Rússia diz que acordo sobre carnes permite entrada na OMC

Publicado em 04/10/2011 12:25 e atualizado em 04/10/2011 16:32
A Rússia, que visa entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) até o final do ano, chegou a um acordo sobre as importações de carne, algo que está por trás de um impasse nas negociações finais sobre o acesso, segundo o vice-ministro da Economia nesta terça-feira.

A Rússia regula as importações de carne com cotas anuais, sobre as quais certo volume pode ser importado com desconto, enquanto volumes acima da cota podem ser importados a uma tarifa mais alta, sistema que visa encorajar a indústria doméstica de carne suína e avícola.

"Sobre carne, todas as principais condições com os participantes-chave estão acordadas. Nós não vamos divulgá-las, mas no geral há um acordo. Eu posso dizer que elas são bastante confortáveis para nós e para todo o processo e nossos parceiros", disse o vice-ministro da Economia Andrei Slepnyov.

As condições "implicam certo aumento nas entregas sob cota comparadas ao que tínhamos antes", acrescentou. Slepnyov não deu mais detalhes. A Rússia é o principal comprador de carnes do Brasil. Mas atualmente tem colocado embargo a algumas unidades.

O embargo sanitário russo entrou em vigor no dia 15 de junho, restringindo vendas dos Estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, provocando queda das exportações. O representante comercial dos Estados Unidos, Ron Kirk, reuniu-se na segunda-feira com o principal responsável pelas negociações, o vice-primeiro-ministro russo Igor Shuvalov. Após as discussões, que em particular focaram nas cotas de carne da Rússia, Kirk disse estar confiante de que a Rússia seria capaz de resolver as questões pendentes a fim de aderir à OMC este ano.

A Rússia, grande consumidora de carne de frango dos EUA, baniu as importações em março de 2002 citando preocupação com saúde e suspendeu a proibição um mês mais tarde, após intenso lobby dos EUA. A disputa coincide com a irritação da Rússia com as tarifas de Washington às importações de aço, mas nenhum dos lados relacionou publicamente as duas questões.

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Fonte:
Reuters

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