Previsão de safra cearense recua 9,5%
Um outro decréscimo, desta vez de 0,38%, foi medido em relação ao prognóstico do LSPA referente ao mês anterior, que era de 1.341.478 toneladas. Já na comparação com a produção obtida em 2010 (335.947 toneladas), o GCEA-CE registrou um crescimento de 289,78%.
Arroz varia positivamente
Entre os cereais, leguminosas e oleaginosas que influenciaram o indicador do grupo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destaca-se o arroz de sequeiro, único com variação positiva. Segundo o relatório da pesquisa, em relação a julho, houve uma variação positiva de 0,46%. Porém, ante o primeiro levantamento, uma baixa de 13,83% foi contabilizada. Dos demais 13 produtos investigados, o algodão herbáceo de sequeiro (-1,78%), o feijão de corda de primeira safra (-0,20), o girassol (-6,84), o milho em grão (-0,09) e a mamona (-14,11) variaram negativamente no comparativo; e o restante dos artigos manteve-se com as mesmas medições.
Perto do prognóstico
Ao todo, até setembro foram colhidas 1.154.673 toneladas no Estado. O montante representa 88,17% do último prognóstico (1.309.455 toneladas) e, segundo análise da secretária do GCEA-CE, Regina Feitosa, aliado a outros fatores favorável, está bem próximo de ser alcançado. "O número de áreas cultivadas com milho híbrido de cultivo simples cresceu. Isso significa mais plantas por hectares e, consequentemente, aumenta o rendimento", aponta Regina, enfatizando também as chuvas que inferiram sobre o Ceará neste ano, "diferente do ano passado, que foi um ano muito seco".
Mais área para Mamona
Outro artigo ressaltado pela secretária do grupo é a mamona, que teve sua área de cultivo expandida em 87,53% ante o ano passado. "Por ela ser consorciada com principalmente feijão e um pouco de milho, ela também aumenta a produção destes grãos", afirma.
O programa nacional para produção de biodiesel, promovido pela Petrobras e o governo federal, também potencializa a produção da mamona no Estado, segundo Regina. Na avaliação da secretária do GCEA-CE, Regina Feitosa, os resultados da castanha de caju poderá indicar um declínio maior nos próximos meses devido a dois fungos que afetam os cajueiros gigante e anão precoce. A nova previsão de colheita para o fruto seco é de 159.152 toneladas, o que implica uma redução de 3,45% ante o mês anterior e de 3,05% frente o primeiro prognóstico. No entanto, na comparação com a safra da castanha em 2010 (39.596 toneladas), está estimado um incremento de 301,94% para 2011.