Crise da divida na Europa: Angela Merkel diz que acordo não sai antes de quarta-feira (26).

Publicado em 23/10/2011 18:02
União Europeia deve injetar mais de 100 bilhões de euros nos bancos.


O ministro das Finanças da Suécia, Anders Borg, disse neste sábado (22) que os países da União Europeia prepararam a base para um acordo sobre a recapitalização dos bancos europeus. Os ministros das finanças de todos os países do bloco estão reunidos em Bruxelas, capital da Bélgica, neste fim de semana.

"Temos a base para um acordo sobre os bancos", afirmou ele à Reuters após uma reunião dos ministros.

A chanceler alemã, Angela Merkel, confirmou que a reunião trouxe "avanços", mas advertiu que nenhuma decisão será tomada antes de quarta-feira (26).

O objetivo é recapitalizar os bancos europeus que ficaram expostos às dívidas de países em crise orçamentária, em particular a Grécia.

Uma fonte da France Presse disse que os ministros estimaram entre "107 bilhões e 108 bilhões de euros" (em torno de R$ 265 bilhões) o volume a ser injetado nos bancos. Eles ainda estipularam em 9% no capital básico (tier I) que será exigido aos bancos, acrescentou a fonte.

Países da UE farão reunião prévia à da Eurozona nesta quarta

Além da reunião dos 17 países da Eurozona que acontece na próxima quarta-feira, também será realizada uma reunião prévia dos 27 membros da União Europeia (UE), disse neste domingo o presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy.

Em um primeiro momento, Van Rompuy havia convidado apenas os dirigentes da Eurozona para o encontro de quarta-feira, mas neste domingo ele anunciou a decisão de que os 27 membros da UE voltarão a se encontrar na quarta antes da reunião dos 17 membros da Eurozona, disse ele durante uma coletiva de imprensa com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, havia manifestado neste domingo seu descontentamento em relação ao fato de que a reunião de quarta-feira fosse restrita apenas aos 17 membros da Eurozona e não a todos os 27 membros da UE.

Os britânicos também manifestaram seu desejo de que não fossem excluídos do encontro.

"Não deveria haver separação entre a Eurozona e o restante da União Europeia", disse Barroso.

Os dirigentes europeus aceleraram neste domingo as conversações para alcançar uma solução definitiva à crise da dívida, e apresentá-la ante a reunião dos países emergentes e industrializados do G20 na França, que acontece nos dias 3 e 4 de novembro.

Sarkozy e Merkel pressionam Itália por cortar dívida

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy pressionaram o primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi a adotar medidas para reduzir o alto nível de endividamento de seu país. Preocupados com a possibilidade da Itália ter que apelar para os mercados financeiros em função disso, Merkel e Sarkozy encontraram-se com Berlusconi e disseram a ele para "fazer sua lição de casa", como qualquer outro membro da zona do euro.

Merkel afirmou hoje que proteção contra o contágio financeiro não pode ser garantido através de um "firewall", mas com uma política fiscal que tenha credibilidade. "A Itália tem uma grande força econômica, mas também uma dívida pública alta que tem de ser reduzida nos próximos anos de maneira que garanta a credibilidade", disse ela.

Tanto Sarkozy quanto Merkel disseram a repórteres que estão satisfeitos com o progresso feito durante o encontro de hoje na cúpula e que as discussões foram positivas considerando a complexidade das questões levantadas.

A transformação do Fundo de Estabilidade Financeira da Europa em um banco, a opção apoiada pela França para aumentar o seu tamanho, não foi discutida neste domingo porque, segundo Sarkozy, ela não teria o apoio de todas as instituições envolvidas e nem do Banco Central Europeu. A recapitalização dos bancos do bloco será discutida na quarta-feira. As informações são da Dow Jones. 

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Fonte:
Reuters/France Press/Estadão

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