Código Florestal: Senador Luiz Henrique faz alterações no relatório Aldo
O senador Luis Henrique da Silveira cercou-se de cuidados para evitar que o novo texto seja emperrado no retorno à Câmara ou vetado pelo governo.
A intenção do senador-relator era sair do Planalto com o aval do governo sobre todos os pontos e conseguir apoio para o texto. Segundo as contas do senador, a proposta deve ser votada na comissão conjunta em 8 de novembro. Em seguida, seria analisado na Comissão de Meio Ambiente – provavelmente dia 22. No dia seguinte, acredita o relator, a proposta seguiria ao plenário do Senado para a votação final na Câmara Alta. Caso as mudanças incluídas sejam aceitas, o projeto voltaria para a Câmara para, depois, ir à sanção presidencial antes do final do ano.
O novoCódigo Florestal precisa ser sancionado até 11 de dezembro, data em que vence o decreto presidencial que prorrogou por mais seis meses o prazo para que os produtores rurais registrem em cartório a área de reservas legais de seus terrenos. Caso contrário, proprietários que não cumprirem a regra, ficarão na ilegalidade, sujeitando-se à multas e outras penalidades (incluidas no Código Penal).
Mudanças –
Outro item destacado pelo relator é a ideia de punição e incentivo. Para ele, a melhor forma de evitar o desmatamento é punir exemplarmente quem o provoca e incentivar, inclusive financeiramente, quem preserva o meio ambiente.
O senador pretende diferenciar também as normas transitórias das normas permanentes. As primeiras serão aplicadas nos casos consolidados, em que as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as Reservas Legais tenham sido desmatadas irregularmente. Elas valerão ainda para casos excepcionais, como áreas em que serão feitas obras para os jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. “Haverá exceção para obras consideradas de interesse público", afirmou o relator. "O Brasil tem pressa”. As outras servirão para proteger as florestas existentes e as que vierem a ser reflorestadas.