Clima desfavorável pode reduzir safra de café na Colômbia

Publicado em 27/10/2011 19:56

A Colômbia, segundo maior produtor mundial de café arábica, poderá produzir sua menor colheita de café em dois anos em 2011 por causa do excesso de chuvas que está representando um risco para a colheita do próximo ano.
A produção pode cair para menos de 8,5 milhões de sacas nesse ano, disse o membro da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, Mario Gomez. Em agosto, a Federação reduziu sua previsão para 9 milhões de sacas, de 9,5 milhões de sacas previstas anteriormente. A colheita do ano passado foi de 8,9 milhões de sacas.
 
"A produção pode ser afetada principalmente por causa do clima", disse Gomez em uma entrevista dia 21 de outubro na cidade de Manizales, região produtora de café da Colômbia. "A produção não está respondendo. O café, como nenhum outro produto, precisa de luz" e de períodos de clima seco, disse ele.
 
O café aumentou em 25% em 12 meses à medida que a menor produção na Colômbia contribui para uma queda nos estoques de grãos sendo preparados pela Starbucks Corp. e pela Dunkin' Brands Group Inc. A previsão de uma menor colheita colombiana aumenta as preocupações sobre a falta de oferta, disse o analista do Country Hedging em St. Paul, Minnesota, Sterling Smith. "Existe um nervosismo sobre os grãos no mercado que está começando a afetar os preços. Isso significa que ainda teremos poucos grãos".
 
O clima úmido que prejudicou a floração reduziu a produção colombiana nesse mês e contribuirá com declínios no quarto trimestre comparado com o ano anterior, disse Gomez. Em setembro, a produção caiu em 13%, para 459.000 sacas, o menor volume mensal em mais de dois anos. "Esse é um ano difícil em termos de produção também", disse Gomez. "Não podemos mudar o clima".
 
A Colômbia está na expectativa de um possível ressurgimento de chuvas acima da média de dezembro a março, à medida que foram previstos retornos do padrão climático La Niña que traz um clima úmido e afeta a floração. O La Niña também pode prejudicar a produção no Brasil, o maior produtor de arábica, disse Smith.
 
Para impulsionar a recuperação da produção doméstica, a Federação Colombiana tem acelerado os esforços para ajudar os produtores a substituir as plantas velhas por variedades resistentes a doenças. Os grãos plantados há dois anos deverão ajudar a aumentar a próxima colheita para 10 milhões de sacas e impulsionar a colheita para 13 a 14 milhões de sacas em 2015, disse Gomez.
 
O clima adverso reduziu a produção da Colômbia em 32%, para 7,8 milhões de sacas em 2009, a menor colheita desde 1976. A reportagem é do Bloomberg.
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Fonte:
Bloomberg

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