Por quê a CNBB critica o Novo Código Florestal Brasileiro?, por Telmo Heinen

Publicado em 02/11/2011 11:01
O eng. agrônomo Telmo Heinen é consultor em comercialização e colaborador do Notícias Agrícolas


Um unico motivo já seria o bastante para apoiar o novo Código Florestal: Passar a limpo e ordenar os 16 mil itens desconexos e inaplicáveis que temos na nossa atual legislação ambiental. Pode-se chamar isto, esta colcha de retalhos ai, de Código Florestal? Todo dia vemos noticias de fome no mundo, com a população crescendo demais, mas a Igreja é CONTRA qualquer tipo de controle de natalidade, não admitindo nem mesmo o controle via educacional.

Incoerentemente, LUTA para que, no Brasil, seja DIMINUIDA a área de cultivo de produtos agricolas quando apóia a instituição de APP's de 30 m de largura até em corguinhos de um (1) palmo de largura até 15 m. Por que a proteção de mata ciliar não pode ser 15 m ou até 7,5 m nos corguinhos de menos de 10 m de largura?
 
Por outro lado os Bispos da CNBB apoiam a Reserva Legal de 20% a  80 % em cima da melhores terras agricultáveis. Acho que desta reza eles não sabem um terço...

Vamos admitir que Areas de Preservação Permanente (APP's) sejam realmente necessárias. Todavia, qual foi o estudo que determinou a largura destas APP's em córregos com largura minima de 30 metros? Por que não pode ser 15 ou 7,5 m nos locais explorados desde o descobrimento do Brasil, pelo menos nos corguinhos de um palmo de largura?

 
Tenho notado que os Senhores Bispos, ao invés de lerem os Relatórios oficiais ou até mesmo o texto dos Projetos aprovados, formam a sua opinião e seus conceitos em cima de teses abordadas pelos abobalhadores midiáticos de plantão. Muito feio isto, ainda mais para quem é Confidente.
 
É inconcebivel esta alaúza toda porquanto o cultivo de GRÃOS no Brasil ocupa uma área inferior a 38 milhões de hectares, ou seja menos de 4,5% dos 851 milhões de hectares que o Brasil tem.

Atenção, quando os senhores pesquisam na internet, por exemplo, é fácil obter a informação de que a agricultura brasileira soma de 48 a 50 milhões de hectares, mas é preciso saber o seguinte: Nas somas do IBGE ou da Conab (ou dos jornalistas que não tem nem aritmética no vestibular da Faculdade) o plantio do Trigo é computado com o da soja, cevada, amendoim, feijão etc, junto com o plantio do milho safrinha!!! ou seja, eles somam várias culturas que ocupam a mesma área fisica. Assim não dá!!! Desse jeito, o emburrecimento geral da Nação fica sempre garantido!
 
Além disto a cana-de-açúcar, eucalipto, pinus, café e fruticultuta, além de hortaliças, ocupam, juntas, cerca de 19,5 milhões de hectares, ou seja 2,3% dos 851 milhões de hectares do território brasileiro.
 
Portanto, a agricultura ocupa MENOS de 7,0% do território nacional e a CNBB apóia a sua redução?

Vamos ter que recomendar aos Bispos um retorno às aulas de aritmética.
 
Saibam que o total ocupado pela Zona Urbana brasileira, todas as estradas, rios e lagos no Brasil ocupam mais de 10% dos 851 milhões de hectares do território nacional... Portanto MAIS do que a Agricultura...
 
Nesta luta contra os agricultores, a CNBB corre um sério risco de jogar os Padres CONTRA os paroquianos em muitos municipios brasileiros... e oxalá estes proprietários rurais saibam abrir pelo menos a capinha dos olhos dos padres antes de oferecerem donativos na próxima quermesse!!
 
Penso particularmente que a CNBB deveria ser muito mais racional e coerente.
 
A Igreja já ERROU muito ao longo da história e deveria ter aprendido a lição.
 
Acreditar no embuste do tal aquecimento global é manifestar total ignorâncioa sobre o tema uma vez que o Planeta Terra está em resfriamento desde 1998...
 
Finalmente aos Padres de discurso socialista eu informo: A alternativa ao capitalismo é o cooperativismo!!!

Vejam onde eu sou sócio:
https://www.credibrasilia.com.br
Aqui se mostra o pau e cobra...
 
Att. Telmo Heinen, Formosa, GO
(61)9989-6005 oi
(61)8110-0910 tim

(Comentário de José Augusto Baldassari F.o): 

Caro Telmo

 

A matéria-prima da esquerda e de parte da igreja que comunga com o falido credo marxista  é, e sempre foi, a miséria e a ignorância..., por isto, para eles, é necessário mantê-las e não extirpá-las. Como exemplo, basta analisar-se o esvaziamento do MST e assemelhados , esvaziamento este  que é apenas consequência das parcas doações da ”bolsa família” cujos recursos, é bom que se lembre, são oriundos dos impostos pagospor quem trabalha, produz e gera o verdadeiro desenvolvimento socioeconômico.

 

Abraço companheiro

do

José Augusto Baldassari

 

PS: Todas as suas colocações estão prá la de provadas e comprovadas,... já estamos roucos de falar e de ouvir..., é o velho óbvio ululante..., porem, com este pessoal não adianta argumentar usando a prova técnica e apelar para um mínimo de bom senso, pois ”embebedados” de ideologia há muito se despediram da razão... e  outros, por auferirem vantagen$, lutam para manterem este retrógado “status quo” à custa da ignorância e da miséria.   


ARTIGO A ideologia da inveja, por João Luiz Mauad

(publicado na edição desta terça-feira, 1 de novembro de 2011, em O Globo)
  
João Luiz Mauad

O movimento Occupy Wall Street é um sucesso — nem tanto de público, eu diria, mas certamente de mídia. Como qualquer iniciativa de esquerda, sua principal queixa é a desigualdade de renda produzida pelo malvado capitalismo. Dizendo-se representantes dos 99%, destilam todo seu ódio contra o 1% mais rico da população, segundo eles os responsáveis exclusivos e principais beneficiários da crise econômica que assola o mundo há três anos.

Suas diatribes, no entanto, carregam um enorme paradoxo, pois os maiores perdedores, em qualquer crise econômica, são justamente os mais ricos. De acordo com o Departamento do Tesouro americano, a renda bruta dos Top 1% era equivalente a 22,83% do total, em 2007. Depois do estouro da bolha, em 2009, caiu para 16,93%. Logo, pela ótica da desigualdade, não há como maldizer as crises, pois elas derrubam a renda dos mais ricos numa proporção muito maior que a dos demais.

Contradições à parte, é sintomático de uma grave doença da alma que essa gente não esteja propriamente protestando contra a pobreza, mas efetivamente contra a riqueza. É por essas e outras que, quando alguém lamenta o famigerado abismo entre ricos e pobres, pergunto se estaria disposto a admitir que os milionários se tornassem ainda mais ricos, desde que isso significasse um aumento significativo da renda dos mais pobres. Quando a resposta é “não”, ela equivale à admissão de que a verdadeira preocupação do meu interlocutor é com o que os mais ricos possuem, e não realmente com o que falta aos miseráveis. Se, por outro lado, a resposta for “sim”, restará demonstrado que a desigualdade é irrelevante.

Outro ponto importante a destacar é que riqueza e bem-estar são coisas diferentes. Nos EUA, 1% população é dona de 38% da riqueza (dados de 2001). Porém, tal distribuição mudaria drasticamente se os bens de capital fossem excluídos da equação, pois 95% da riqueza do 1% mais rico referem-se à propriedade desses bens. Não por acaso, os níveis de consumo e bem-estar das famílias americanas são muito menos desiguais do que a distribuição da riqueza.

O empresário Eike Batista, por exemplo, é milhões de vezes mais abastado do que um cidadão de classe média, como eu. No entanto, provavelmente nós dois ingerimos quantidades equivalentes de calorias diariamente. Além disso, sua comida não deve ser assim tão mais saborosa que a minha. Suas muitas casas devem ser extremamente confortáveis, mas duvido que sejam milhões de vezes mais aconchegantes que a minha. Será que seus filhos são muito mais bem educados que os meus? Não creio. Também é improvável que a sua saúde seja milhões de vezes melhor que a minha.

Desigualdade só é algo injusto quando o status de alguém é medido não pelo que ele tem, mas pelo que os outros têm. Infelizmente, esse é o padrão dos igualitaristas, que sonham com uma inalcançável uniformidade, independentemente da capacidade de cada um de gerar bens e serviços de valor para os demais. É o padrão da inveja, que denota um grande rancor pelo simples motivo de que alguns têm mais, de qualquer coisa, do que a maioria.

Ademais, a desigualdade é um efeito. Sua causa é a diferença de produtividade. Não há uma cesta fixa, preexistente, de riquezas que, de alguma forma injusta, escorrem para os bolsos dos nababos, em detrimento dos pobres. Numa economia livre, a riqueza é constantemente criada, multiplicada e trocada de forma voluntária.

Graças a esse fenômeno, nos últimos 200 anos houve um aumento exponencial do padrão de bem-estar no mundo e, consequentemente, uma redução espetacular dos níveis de pobreza. Só para se ter uma ideia desse milagre, 85% da população mundial viviam com menos de um dólar por dia (a preços correntes), em 1820, enquanto hoje são 20%. Será que esta verdadeira revolução pode ser atribuída à distribuição de recursos dos ricos para os pobres, ou será que isso se deve ao efeito multiplicador da produtividade capitalista?

Proibir um Steve Jobs de ser fabulosamente rico, de fato, reduz a desigualdade, mas não melhora a vida dos pobres. Numa economia verdadeiramente capitalista, na qual o governo não interfere escolhendo vencedores e perdedores, a profusão de milionários, longe de ser algo a lamentar, é altamente benéfica. Em condições de livre mercado, riqueza pressupõe investimentos em empreendimentos rentáveis, onde os recursos disponíveis foram utilizados de forma eficiente na produção de coisas necessárias e desejáveis. Num sistema desse tipo, os ricos criam um monte de valor para um monte de gente, além, é claro, de um monte de empregos.

Fonte: O Globo, 01/11/2011

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Abrasgrãos

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1 comentário

  • Lindalvo José Teixeira Marialva - PR

    O que falta no Brasil é o conhecimento porque interesses e malandros tem por toda parte. Esconder a falta de capacidade e vontade de trabalhar na sombra de criticas, greves, falácias, bolsa familia, inveja, ignorância e tudo que esta aliado a falta de inicitiva própria e decisão para ser algo ou alguém e muito fácil. Criticar quem tem é não ter nada, mais nada! nem vontade de ter?

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