ICAC alerta para possíveis impactos negativos da política chinesa do algodão

Publicado em 07/04/2014 07:46

Em seu mais recente press release (datado de 1º de abril), a Secretaria do Conselho Consultivo Internacional do Algodão (ICAC na sigla em inglês) diz que a incerteza sobre como a China vai conduzir suas imensas reservas na próxima safra e a diferença significativa entre os preços do poliéster e do algodão não são favoráveis ao consumo de algodão na China e, por extensão, aos países que exportaram muito para os chineses nas últimas temporadas.

Em 2013/14, o Cotlook A Index foi de aproximadamente 90 centavos de dólar por libra-peso enquanto o do poliéster foi de 73 na China. No entanto, em março deste ano, o preço do poliéster nesse país chegou a 66 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o Cotlook A Index ficou em 97 centavos. Dada à substancial diferença de preço, a participação do algodão no mercado deverá continuar caindo nesta temporada. Contudo, o consumo em termos absolutos deverá subir 1%, passando para 23,6 milhões de ton em 2013/14 e para 24,3 milhões de ton em 2014/15 (um aumento de 3%) como resultado da recuperação da economia mundial e do crescimento na população do planeta.

Embora o uso industrial do algodão na China deva cair de 8,3 milhões de ton em 2012/13 para 7,9 milhões de ton nesta temporada, o país continuará sendo o maior consumidor mundial em 2013/14.

Este ano, o governo chinês anunciou que iria acabar com sua política de reservas e testar uma política de preço-alvo em Xinjiang. Em 2013/14, o governo comprou aproximadamente 6,3 milhões de toneladas de algodão, sendo que 42% desse total veio de Xinjiang, e vendou cerca de 930 mil ton. Entretanto, as vendas devem crescer na medida em que o Beijing Cotlook informa que o governo chinês deverá reduzir o preço inicial do leilão de 18.000 yuan por toneladas para 17.250 yuan e vai permitir às indústrias de fiação a comercializarem 1 fardo da reserva importada para cada 3 fardos negociados dos depósitos de Xinjiang.

A Secretaria do ICAC não acredita que as vendas de reservas excedam 3,7 milhões de ton, que foi o volume de vendas efetuado em 2012/13. A Secretaria estima que o governo chinês tem aproximadamente 12,8 milhões de ton de estoques de reserva. Os estoques finais da China (incluindo o setor privado de holdings) são estimados em 11,5 milhões de ton em 2013/14, o que corresponde a 58% do total dos estoques finais mundiais.

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Fonte:
Ampa

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