Chuva ajuda a melhorar safra de algodão baiano

Publicado em 26/03/2010 10:15 e atualizado em 03/03/2020 16:11
“Se chover até 15 de abril, dentro da normalidade para a época, teremos uma boa safra”, é o que afirma o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), João Carlos Jacobsen. De acordo com a instituição, são boas as perspectivas para a próxima safra do oeste do estado. No ano passado, o volume das chuvas passou da normalidade e acabou prejudicando a safra desse período.

A boa fase ocorre porque o veranico, período de estiagem acompanhado por calor intenso e baixa umidade, ocorreu somente em pontos isolados da cultura. “Os cotonicultores estão bastante otimistas e esperando melhor produtividade e produção, caso as chuvas continuem com a regularidade com que vêm ocorrendo. Um período de chuva seguido por um período de sol é o ideal para uma pluma de bom peso e boa qualidade”, completa Jacobsen.

O algodão da Bahia é mais fácil de ser comercializado porque tem qualidade superior ao que é exigido pelo mercado nacional e mundial. Em comparação com os índices nacionais, o algodão baiano tem média superior em 90% das características analisadas, como micronaire, resistência, maturidade, comprimento e uniformidade.

Apesar da expectativa positiva para a safra, o preço continua remunerando mal o produtor. O preço médio da arroba da pluma está em R$ 45, o que, segundo o presidente da Abapa, não cobre sequer os custos de produção. Para ele, a arroba da pluma teria que custar, no mínimo, R$ 50.

Segundo dados da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), entre as principais culturas produzidas na região Oeste da Bahia, o algodão é a que apresenta o custo mais elevado, com R$ 5,7 mil por hectare.
Fonte: Gazeta Cidadania & Negócios

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