Negociadores buscam acordo sobre algodão

Publicado em 01/06/2010 16:27
As reuniões que acontecem em São Paulo entre representantes do governo americano e brasileiro para se chegar a um acordo sobre os subsídios do algodão são vistas com ceticismo por pessoas próximas aos negociadores. Para que as conversas evoluam, os representantes do governo brasileiro esperam uma sinalização mais concreta dos Estados Unidos de que o programa de crédito à exportação GSM-102 vai ser remodelado, dando origem a taxas mais altas para os exportadores americanos, com prazos mais curtos de financiamento. Esse programa pode ser alterado sem apreciação do Congresso americano e seria uma forma de gerar "credibilidade" em relação ao esforço dos EUA na retirada dos demais subsídios ao algodão até 2012.

As reuniões em São Paulo fazem parte do processo de negociação bilateral entre o Brasil e os EUA para evitar a retaliação que Brasília pode impor sobre produtos americanos, no contencioso do algodão. O direito à retaliação foi garantido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) que, ao julgar ilegais subsídios americanos aos produtores de algodão, autorizou o Brasil a aplicar retaliação no valor total de US$ 800 milhões. Parte da punição pode ser aplicada com sobretaxas à importação de produtos americanos e outra por meio da chamada retaliação cruzada, no pagamento por patentes e direitos autorais.

Caso Brasil e Estados Unidos não cheguem a um acordo, a retaliação brasileira pode ser aplicada a partir do dia 22 de junho. Até dia 21 a aplicação da punição foi suspensa pelo governo brasileiro na expectativa de que os dois países cheguem a uma acordo.
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Fonte:
Valor Econômico

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