EUA fazem primeiro depósito na conta do novo Instituto Brasileiro do Algodão
Esse é o primeiro efeito prático do vitorioso contencioso que o Brasil iniciou há oito anos na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios americanos. Pelo acordo feito entre os dois países, o fundo compensatório receberá US$ 12,3 milhões por mês. Ao fim dos dois anos do acerto, que manteve congelada a retaliação autorizada pela OMC, os produtores terão recebido US$ 294,6 milhões dos americanos.
A Fundação Dom Cabral foi contratada para realizar o planejamento estratégico para aplicar os recursos, assim como assessorar na estruturação da governança e da controladoria do instituto, segundo explica Haroldo Cunha, presidente do IBA e ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
O instituto tem como foco investir os recursos prioritariamente em projetos de infraestrutura e de combate a pragas e doenças que afetam o algodão. Os produtores planejam, ainda, financiar campanhas de promoção comercial e de marketing para incentivar o uso do algodão brasileiro. O detalhamento dessas demandas será feito a partir de janeiro, explica Cunha. "Nossa expectativa é de que entre março e abril os primeiros projetos já estejam sendo executados", afirma o executivo.