Algodão torna milhocultura mais produtiva

Publicado em 07/04/2011 07:57
Com baixo índice de chuvas, o Estado de Sergipe tem investido na produção de algodão para alavancar os números de outras culturas, como o milho. De acordo com o Supervisor da Área de Comunicação Empresarial e Negócios Tecnológicos da Embrapa Algodão, Waltemilton Cartaxo, por serem duas espécies bastante diferentes, a prática da rotação de cultura é ainda mais eficaz.

Segundo ele, há atualmente em Sergipe, 140 mil hectares plantados por pequenos agricultores e produtores empresariais que mecanizam totalmente a lavoura. Ele diz ainda que esta é a melhor hora de começar a rotação de culturas na região, já que o milho vem sendo plantado na mesma área há alguns anos.

– Já existem informações de que, na região, a produtividade vem caindo drasticamente. No caso da rotação de milho e algodão, de sistemas radiculares diferentes, há um grande ganho. O milho, por exemplo, após seu ciclo de cultura, deixa a palhada no solo. No caso do algodão, a própria raiz deixa resíduos que se transformam em matéria orgânica, melhorando assim a qualidade do solo – afirma o supervisor.

Em termos de cultura, o algodão é hoje o produto mais valorizado no mercado internacional, como diz Waltemilton. A arroba de 15 quilos de pluma de algodão, em uma época normal, gira em torno de R$40. Na região de Sergipe, já se consegue produzir 100 sacas por hectare, uma atividade muito interessante e econômica para a região.

– Havendo a facilidade operacional da rotação, é interessante fazer para que o algodão possa entrar já na safra 2011, cujo projeto inicial da Embrapa é plantar 1 mil hectares de algodão e construir junto aos agricultores um novo modelo de exploração da rotação de culturas – conta Cartaxo.

A época de plantio varia. O supervisor explica que, no caso de Sergipe, o período indicado é entre 20 de abril e 5 de maio. Mas chama atenção para que, em qualquer escala que se queira produzir o algodão, é preciso controlar o ambiente, combatendo assim sua principal praga: o bicudo, que está presente em todas as regiões produtivas do Brasil, mas principalmente, no Cerrado. Portanto, não basta apena investir na rotação, responsável por diminuir a incidência de pragas e doenças.
 
Já o espaçamento, depende muito do sistema de colheita. Na região de Sergipe, calcula-se um espaçamento de 76 cm entre linhas e colocando-se em torno de oito plantas por metro linear. As técnicas de manejo também são importantes. Segundo Waltemilton, o manejo integrado de pragas deve ser uma das preocupações do produtor.

– Além disso, deve ser feita uma avaliação do campo a cada sete dias, trabalhar com sementes selecionadas, como a BRS 286, desenvolvida pela Embrapa Algodão para o Cerrado da Bahia e Goiás, concentrar época de plantio e realizar o manejo de solo, como a adubação e o controle do mato e das ervas daninhas – orienta.

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Portal Dia de Campo

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