Mercado de algodão perde a tendência de alta
Mercado de algodão está com forte queda nos preços internacionais e nacionais nesta última semana (11 ao dia 15 de abril). Com os preços elevados a demanda vem reduzindo drasticamente, o que tem pressionado os preços negativamente. Além disso, a situação macroeconômica faz com que fundos de investimentos liquidem suas posições em Nova York (NYMEX, sigla em inglês) reduzindo ainda mais o valor dos contratos em questão.
Na bolsa de mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês) o contrato de julho de 2011 perdeu o suporte fundamental de alta, fechando a semana sendo cotado a US$ 1,77/libra peso, queda de 7% em relação à segunda-feira. O recuo no preço do petróleo já retirava grande parte dos investidores do mercado, os quais buscavam proteção em investimentos mais seguros. No entanto o principal motivo da queda esta na redução da demanda da pluma.
Na quinta-feira (14) o departamento de agricultura dos EUA divulgou o relatório de exportações semanais americanas. De acordo com o USDA as exportações recuaram 72% na semana do dia 04 a 08 de abril, quando comparada com a última semana.
É importante ressaltar que a posição de julho de 2011 em Nova York é referencia para a formação de preço para o hemisfério sul, é não representa a formação de preço para a safra 2011/12 do hemisfério norte, principal produtor de pluma (EUA e China). Sendo assim, a próxima safra já começa a se desenhar com preços menores, devido principalmente a elevada área plantada de ocorrera, principalmente nos EUA. Na sexta-feira (15) a posição de dezembro de 2011, referência para a formação de preço da safra americana foi cotada a US$ 1,29/libra peso.
É diante deste cenário que os principais consumidores se baseiam, com a eminente redução dos preços a médio prazo, buscam pluma apenas para o necessário. Com isso, o preço no mercado acompanha a queda dos preços internacionais, o índice CEPEA fechou a semana cotada a US$ 3,53/libra peso, queda semana de 6%.
No mercado interno há reduzidas negociações da safra antiga, já que há poucos estoques e nenhum interesse por parte das indústrias têxteis. Sendo assim, as negociações que vem ocorrendo são da safra nova, com valores bastante reduzidos.