Algodão dos chapadões apresenta acentuada queda de produção
As chuvas constantes de março e do início de abril prejudicaram a produtividade do algodão, com perdas das maçãs do baixeiro, safra de verão (primeira safra), plantada em dezembro.
A esperança era de recuperação da perda com a produção dos ponteiros. Ocorre que o clima apresentou temperaturas mais baixas do que o esperado e igualmente prejudicou a abertura das maçãs e formação dos capulhos.
Segundo o Diretor Executivo da Ampasul, Adão Hoffmann, a queda na produtividade do algodão primeira safra ou de verão chega a 15%, na região dos chapadões. No sul do estado a colheita da primeira safra foi concluída e a produtividade igualmente ficou abaixo da média histórica, nos municípios de Maracajú e Sidrolândia. Em Naviraí, onde se planta e se colhe mais cedo, a produtividade ficou em média de 205@/ha. Aquele município representa apenas 1% da área total do estado.
Adão lembra que está em maturação o algodão 2ª safra, que indica nova quebra, ainda por fatores climáticos. A falta de chuva e o clima frio inibiram o desenvolvimento vegetativo e a produção final. “A quebra na 2ª safra pode ultrapassar os 20% e ela representa 20% da área total do estado”, alerta o Diretor Executivo da AMPASUL.
Mercado
Os produtores do sul do estado, que colheram mais cedo conseguiram melhores preços, já aqueles que colhem neste momento encontram o mercado com preços mais baixos, mas acima do mínimo estabelecido pelo Governo Federal, que está em R$44,60 a arroba de pluma. Ocorre que a grande parte da safra é comercializada antecipadamente e na sua maioria foi negociada em média a R$50,00. Com a quebra na produção deverá estar em negociação no mercado, 20% da produção atual de algodão do Estado de Mato Grosso do Sul.
Na primeira e segunda safras foram plantados em Mato Grosso do Sul, 60,7 mil hectares de algodão herbáceo, que deverão produzir em média 85 mil toneladas de pluma, estima Adão Hoffmann.