Meta da UE para biocombustíveis está no limiar da sustentabilidade

Publicado em 01/04/2010 09:29
As metas da União Europeia (UE) no uso de biocombustíveis apontam para uma percentagem de 5,6 por cento do total do combustível usado para transportes, em 2020.

Tendo por base este objectivo, um relatório, redigido pelo Instituto Internacional de Pesquisa sobre Política Alimentar (IFPRI, na sigla em inglês) e divulgado na última semana, conclui que ir além desse valor pode trazer um «verdadeiro risco» para o ambiente.

A Directiva para as Energias Renováveis da UE estipula que, até 2020, 10 por cento dos combustíveis no sector dos transportes tenham origem renovável, assumindo que, dessa fatia, apenas 5,6 por cento correspondam a biocombustíveis de primeira geração.

De acordo com a indústria, estes valores não trazem problemas de desflorestação, já que o biocombustível apenas é responsável por cerca de 4,5 por cento das importações totais de óleo de palma (dados de 2008).

No entanto, estas metas não são pacíficas para os ambientalistas. «A estratégia da UE para os biocombustíveis parece cada vez mais insustentável», defende Adrian Bebb, da associação Friends of the Earth Europe, citado pelo EurActiv. A associação acredita que um uso superior a 4,6 por cento para os biocombustíveis provoca um aumento das emissões de gases de efeito de estufa (GEE).

A Comissão Europeia deverá apresentar, no final deste ano, um relatório sobre o impacte indirecto do uso do solo para produção de biocombustíveis.

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Fonte:
Ambiente Online

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