Fiat e Inmetro criam motor movido a óleo vegetal
O novo motor está em testes no câmpus do Inmetro, em Duque de Caxias (RJ), com a participação do grupo de engenharia automotiva da FPT Powertrain Technologies, a unidade que produz motores para o grupo Fiat no Brasil. A multinacional quer aumentar sua participação no mercado de máquinas agrícolas, especialmente as voltadas para pequenos agricultores.
O protótipo pode gerar um trator que dispensa a compra de combustível. O insumo poderá ser preparado pelo próprio agricultor com sementes oleaginosas, como soja e girassol. Segundo Romeu Daroda, coordenador do projeto no Inmetro, a produção caseira, livre de impostos, pode chegar a um custo final de R$ 0,70 por litro, cerca de 30% abaixo do biodiesel industrializado. "Até hoje, tínhamos de estudar formas de converter o óleo vegetal em algo que se assemelhasse à aparência química dos combustíveis tradicionais e, assim, usar nos motores disponíveis na indústria. O que estamos fazendo é adaptar o motor ao combustível", explica Daroda.
Desempenho. Segundo o pesquisador, a estimativa de ganho econômico de uso do óleo vegetal puro não contabiliza ainda a performance do motor. Mas ele acredita que o óleo caseiro tem maior eficiência por litro do que o diesel ou o biodiesel industrializado, já que será usado o extrato puro, sem passar por processo químico.
Juntamente com o motor, os técnicos envolvidos no projeto aperfeiçoam uma máquina elétrica que extrai óleo de 60 quilos de sementes por hora, o que resulta em oito litros.
Daroda explica que a ideia nasceu de uma preocupação social: criar uma fonte de energia para comunidades agrícolas isoladas. Além de produzir o combustível dos tratores, os agricultores também poderão usar as máquinas como geradores de energia elétrica para residências. Mas a tecnologia pode, ainda, alavancar a produtividade de grandes empreendimentos do agronegócio, como a produção de soja.
Comentário - Telmo Heinen
Reinventando a Roda, com defeitos...!
Impossivel concorrer com a escala das multinacionais na extração de óleos, com solventes.
É balela o agricultor extrair óleo de soja, girassol, canola, de qualquer cultura anual... com vantagem econômica. Fazer o que com o farelo?
O rendimento de extração à frio não atinge sequer 70% Como anda o processo do Pastor Fuchs, de aquecimento por microondas?
Solução: Produzir óleos vegetais a partir de Culturas Perenes como diversas palmáceas, Tungue, Pinhão Manso etc...ou a partir de culturas anuais que sejam plantadas por conveniência agronômica e não por conveniência econômica por exemplo colza ou mesmo canola, crambe ou até nabo forrageiro, plantados com a finalidade de rotação com a soja para fazer palhada para o plantio direto desta, sem preocupação de conveniencia econômica e aí sim, extrair oleo à frio e aproveitar o farelo em compostagem, fermentação, biogás... etc...
Telmo.