Fiat e Inmetro criam motor movido a óleo vegetal

Publicado em 17/06/2010 14:48 e atualizado em 17/06/2010 16:18
Novo equipamento já está em testes; objetivo é diminuir gastos dos pequenos agricultores com combustíveis.
Em meio à busca de combustíveis  alternativos no setor automobilístico, o grupo Fiat investe no desenvolvimento  de um motor para máquinas agrícolas movido a óleo vegetal puro, que poderá ser  produzido nas próprias unidades rurais. A substituição do diesel convencional no  motor desenvolvido com o Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial  (Inmetro) pode representar 30% de economia e chegar ao mercado no final do ano que vem.  

 O novo motor está em testes no  câmpus do Inmetro, em Duque de Caxias (RJ), com a participação do grupo de  engenharia automotiva da FPT Powertrain Technologies, a unidade que produz  motores para o grupo Fiat no Brasil. A multinacional quer aumentar sua participação no mercado de máquinas agrícolas, especialmente as voltadas para  pequenos agricultores.  

 O protótipo pode gerar um trator  que dispensa a compra de combustível. O insumo poderá ser preparado pelo próprio agricultor com sementes oleaginosas, como soja e girassol. Segundo Romeu Daroda,  coordenador do projeto no Inmetro, a produção caseira, livre de impostos, pode  chegar a um custo final de R$ 0,70 por litro, cerca de 30% abaixo do biodiesel  industrializado. "Até hoje, tínhamos de estudar formas de converter o óleo  vegetal em algo que se assemelhasse à aparência química dos combustíveis tradicionais e, assim, usar nos motores disponíveis na indústria. O que estamos  fazendo é adaptar o motor ao combustível", explica Daroda.  

 Desempenho. Segundo o  pesquisador, a estimativa de ganho econômico de uso do óleo vegetal puro não  contabiliza ainda a performance do motor. Mas ele acredita que o óleo caseiro  tem maior eficiência por litro do que o diesel ou o biodiesel industrializado,  já que será usado o extrato puro, sem passar por processo químico.
Juntamente  com o motor, os técnicos envolvidos no projeto aperfeiçoam uma máquina elétrica  que extrai óleo de 60 quilos de sementes por hora, o que resulta em oito  litros.  

 Daroda explica que a ideia  nasceu de uma preocupação social: criar uma fonte de energia para comunidades  agrícolas isoladas. Além de produzir o combustível dos tratores, os agricultores também poderão usar as máquinas como geradores de energia elétrica para  residências. Mas a tecnologia pode, ainda, alavancar a produtividade de grandes  empreendimentos do agronegócio, como a produção de  soja.    

Comentário - Telmo Heinen

Reinventando a Roda, com  defeitos...!

Impossivel concorrer com a escala das multinacionais na extração de óleos, com solventes.
É balela o agricultor extrair óleo de soja,  girassol, canola, de qualquer cultura anual... com vantagem econômica. Fazer o  que com o farelo?
O rendimento de extração à frio não atinge sequer  70% Como anda o processo do Pastor Fuchs, de aquecimento por  microondas?
Solução: Produzir óleos  vegetais a partir de Culturas Perenes como diversas palmáceas, Tungue, Pinhão  Manso etc...ou a partir de culturas anuais que sejam plantadas por  conveniência agronômica e não por conveniência econômica por exemplo colza ou mesmo canola, crambe ou até nabo forrageiro, plantados com a finalidade de  rotação com a soja para fazer palhada para o plantio direto desta, sem  preocupação de conveniencia econômica e aí sim, extrair oleo à frio e aproveitar  o farelo em compostagem, fermentação, biogás... etc...

Telmo.



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Fonte:
O Estado de São Paulo

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