Universidade gaúcha estuda oleaginosas para a produção de biodiesel
De acordo com o professor Rogério Margis , o objetivo é “permitir que se possa trabalhar melhor na seleção das cultivares a serem usadas”. A informação foi dada durante a palestra Abordagem genômica comparativa no estudo de genes envolvidos no metabolismo lipídico em oleaginosas.
Margis revelou que as três culturas foram escolhidas por cada uma ter suas vantagens. A mamona, por sua importância como fonte de óleo para uso industrial; a canola é a terceira oleaginosa mais produtiva; e a soja, pela sua importância econômica. “O conhecimento lipídico em plantas está muito aquém do conhecimento lipídico em humanos e animais. Nosso objetivo é conquistar este conhecimento”, finalizou Rogério Margis.
O professor Fábio Roselet, da Fundação Universidade do Rio Grande (Furg), palestrou sobre Avanços tecnológicos na produção de biodiesel de algas. Para ele, ainda são necessários estudos sobre novas espécies, sobre o processo e cultivo, melhoria da qualidade genética para maior produção, redução de custos e criação de co-produtos. “O preço alto do biodiesel de microalgas é uma das maiores opções de pesquisa. Hoje, um litro de custa de 3 a 6 dólares, enquanto o diesel custa 0,85 de dólar o litro”, exemplifica Roselet.
Por outro lado, Roselet cita as potencialidades das microalgas, como a facilidade de cultivo; a alta produtividade, maior produção de biomassa por área de cultivo; menor área de cultivo, que minimiza a concorrência com as terras; e a biomassa é compatível com a visão de biorefinaria.