Beltrame finalmente reconhece que bandidos migraram do Rio para Niterói. Neste blog, ninguém está surpreso faz tempo!

Publicado em 12/04/2012 19:03 e atualizado em 15/08/2013 14:34
por Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, de veja.com.br

Beltrame finalmente reconhece que bandidos migraram do Rio para Niterói. Neste blog, ninguém está surpreso faz tempo! Ou: Os bandidos do Rio nascem bons; os de SP é que os corrompem

Se eu fosse instado a escolher uma palavra ou expressão que defina nossos dias, eu não hesitaria: “A era da perda do sentido das palavras”. Não significam mais nada. O aparelhamento político das redes sociais, que contaminou de maneira deletéria o próprio jornalismo, joga-nos em verdadeiros buracos de significação. Foi o que pensei quando li no Globo uma reportagem sobre a explosão de violência em Niterói. Leiam trechos do que informa Taís Mendes.  Volto em seguida.

Durante uma inauguração no pacificado Morro da Providência, no Centro, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu, pela primeira vez, que vem ocorrendo uma migração de bandidos do Rio para Niterói, cujos habitantes vivem um momento de intranquilidade devido ao crescimento da violência urbana. Duzentos e cinquenta homens das polícias Civil e Militar participam de duas operações em Niterói e em São Gonçalo.

“Não existe uma informação técnica de que haja efetivamente migração. Claro que ela há, mas não é um dado mensurável, se é um, se são cem ou se são mil. Tivemos 472 prisões em Niterói e 32 do Rio. A migração pode até haver, mas é relativa. O que temos que fazer é atuar aqui, em Niterói e na Serra. Entendo que as coisas possam não estar muito bem, mas estão muito melhor do que estavam”, afirmou o secretário.  Segundo Beltrame, ainda se referindo a Niterói, enquanto as UPPs não chegam são tomadas atitudes temporárias. “Está planejado. O que não podemos fazer é um movimento pirotécnico. Existe um plano e ele será cumprido”, acrescentou.

Outra comunidade pacificada, o Morro da Mangueira teve na quarta-feira o policiamento reforçado. Isso porque o comércio local fechou as portas - o que ocorre pela primeira vez numa área com UPP- em sinal de luto pela morte do traficante Wagner da Silva Assunção, conhecido como Sargento. Ele é apontado como gerente do tráfico nos morros da Mangueira e do Tuiuti (outra região pacificada), onde o comércio também está com as portas fechadas.

(…)
Seis pessoas detidas na Mangueira e Cidade de Deus
Na Cidade de Deus, outra beneficiada com UPP, comerciantes também fecharam as portas em sinal de luto e medo de represálias. Segundo o site G1, três pessoas foram detidas nessa comunidade de Jacarepaguá e levadas para a 32ª DP (Tanque). Outras três também foram detidas no Morro da Mangueira. Nas duas comunidades, o tráfico era comandado pela mesma facção criminosa.

De acordo com informações da polícia, os três detidos na Cidade de Deus são jovens (um deles menor) e estavam incitando os moradores e comerciantes à desordem. Eles teriam sido denunciados por moradores da própria comunidade. Já na Mangueira, as três pessoas foram detidas por desacato. A polícia informou, ontem à tarde, que o comércio começou a reabrir as portas no início da noite. No entanto, até à noite de ontem, os comerciantes da Cidade de Deus permaneciam com seus estabelecimentos fechados - mesmo aqueles instalados nas proximidades de uma cabine da PM.
(…)
O comandante da UPP da Mangueira explicou que remanejou o policiamento na comunidade para as ruas Visconde de Niterói, São Luiz Gonzaga e Capitão Felix, regiões onde há maior atividade comercial. Há informações de que a ordem para que o comércio fechasse as portas tenha partido de um morador do morro. “A gente tem que ficar atento porque isso é ameaça e quem comete esse crime tem que ser preso”, afirmou o comandante.

Comento
Beltrame admite tardiamente o óbvio, ainda que de maneira um tanto matreira. Faz de conta que é só uma possibilidade inerente à lógica do processo, não uma realidade empírica, experimentável, constatável. Mas anuncia: a política de segurança pública continua…

Ele anuncia, ainda que demore um tempo, que chegará a vez de Niterói ter as UPPs, nos mesmos moldes, obviamente, das do Rio. Digamos que um dia haja UPPs em todas as “comunidades” (como agora é moda dizer) do estado. Dada a política espalha-bandido, eles migrariam para os estados vizinhos.

Há uma ironia involuntária no texto do Globo — e não estou sendo sarcástico com a repórter, não, que fez o seu trabalho. É que assim estão as coisas. A que me refiro? Releiam estes trechos:
“Outra comunidade pacificada, o Morro da Mangueira teve na quarta-feira o policiamento reforçado. Isso porque o comércio local fechou as portas - o que ocorre pela primeira vez numa área com UPP (…)”
“Na Cidade de Deus, outra beneficiada com UPP, comerciantes também fecharam as portas em sinal de luto e medo de represálias.”

O que a palavra “pacificada” passou a significar no fim das contas? Somente isto: a bandidagem não anda mais brandindo as suas armas para as câmeras de TV. Que “pacificação” é essa em que comerciantes têm de obedecer ordens de bandidos?

Mas tudo está no seu lugar, segundo Beltrame, e a política de segurança pública continua. Até, imagino, o limite em que o Rio passasse a ser, efetivamente, exportador de bandido para outros estados — consequência óbvia das escolhas de Beltrame e Sergio Cabral caso realizassem seu intento.

Tolices antipaulistas
Ontem, a área de segurança do Rio anunciou, com certo, estardalhaço, que, como consequência da mui bem-sucedida política aplicada no estado, a bandidagem passou a negociar a compra de drogas e armas com “uma facção de São Paulo”, o PCC.

Ah, bom! Eu sabia que havia malvados bandidos paulistas corrompendo os bons selvagens do Rio. Como a gente sabe, a organização do crime como partido político — ou organização terrorista — começou em Piratininga, não é mesmo? “Ora, Reinaldo, você nega essa conexão?” Eu não! Creio que essas organizações criminosas estão sempre negociando entre si. O problema é a forma como isso é anunciando. Fica-se com a impressão de que, como o governo de São Paulo não combate seus marginais, eles acabam contaminando o estado vizinho, cujo governo é tão zeloso na área de segurança.

Qual é??? São Paulo tem 22% da população brasileira e reúne mais de 40% dos presos do país. É claro que episódios violentos acontecem no estado, mas também é fato que ele etá em 25º  lugar no ranking de homicídios por 100 mil habitantes — a capital está em último. A sugestão de que os problemas enfrentados pelo Rio têm origem além das fronteiras é malandra.

Não estou aqui fazendo concurso de bandidagem, não! Mas me parece estranho que, na área de segurança, mais apanhe quem mais dá combate aos bandidos.

Por Reinaldo Azevedo

 

Freddy Krueger perdeu a “Sexta-Feira, 13” para King Jong-Lula

missa-lula

O Ministério da Cultura, comandado pela irmã do Chico Jabuti, vai financiar, vejam só, um museu da greve em São Bernardo, uma homenagem a Kim Jong-Lula. O culto à personalidade vai custar R$ 18 milhões aos cofres públicos — R$ 14,4 milhões dos quais saídos do Minc. Quem disse que esse não é um governo que se importa com a cultura? Como a gente sabe, o Instituto Lula teria imensa dificuldade para conseguir esse dinheiro, né?

Eis Kim Jong-Lula, o nosso estimado líder. Na Coreia do Norte, eventos maravilhosos estão associados a datas importantes para a família real comunista - os Kim. Temos aqui a nossa própria estirpe de fabulosos. Lula também está ligado ao maravilhoso e ao milagroso.

A bancada do PT na Assembleia Legislativa da Bahia encomendou para amanhã, uma “sexta-feira 13″, uma missa na Igreja do Bonfim, em Salvador, para orar pela saúde de Kim Jong-Lula.

A urucubaca associada à data não assusta os petistas, claro! Estão convictos de que Deus também vota no 13. Yulo Oiticica, líder do partido na Assembléia, é um dos organizadores do evento. Vocês sabem como é: Deus acredita em Lula.

Eis o Freddy Krueger do estado democrático e de direito. O original não é mais o dono dessa data.

Freddy Krueger, o original: ele está inconformado; o PT roubou até a sua data

Freddy Krueger, o original: ele está inconformado; o PT roubou até a sua data

 

Por Reinaldo Azevedo

 

Assessor suspeito de ligação com Cachoeira vai a evento de Dilma

Na Folha Online:
Em mais uma demonstração de que conta com apoio do governo, o assessor do Palácio do Planalto que teve contato com um dos principais aliados do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Olavo Noleto participou nesta quinta-feira de cerimônia do programa Minha Casa, Minha Vida. A solenidade foi comandada pela presidente Dilma Rousseff. O assessor é subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais e uma das atribuições é o relacionamento com governadores, prefeitos e políticos.

Noleto manteve, como de costume, postura discreta. Sentou em uma das primeiras filas em frente ao palco. Não foi citado pela presidente nem pelo ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades). Assessor da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto conversou com Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Goiânia (GO), para tratar de um possível apoio do senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO) à candidatura Dilma Rousseff em 2010.

A versão foi apresentada por Noleto ao governo para explicar a suposta ligação com o grupo de Cachoeira. Em nota, ele disse ainda que conheceu Garcez em 2002, quando trabalhava na Prefeitura de Goiânia como subchefe de assuntos federativos. Garcez, que é acusado de ser um dos principais nomes do esquema de exploração do jogo ilegal comandado por Cachoeira, está preso.
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Por Reinaldo Azevedo

 

Novas gravações da PF confirmam ligação de Dadá com Protógenes

Por Rosa Costa, no Estadão Online:
Apesar da tentativa do deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) de esconder sua proximidade com Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, pelo menos duas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram que da parte do operador do contraventor Carlinhos Cachoeira, a situação era outra. Dadá não apenas fala de sua amizade por Protógenes, como também que chegou a se indispor com o então delegado da PF, Daniel Lorenz, para defender o amigo.

No grampo de mais de 5 minutos, no dia 20 de dezembro de 2011, Dadá conversa com o policial civil Ventura, da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, sobre a nomeação de Lorenz para comandar o órgão. O faz-tudo de Cachoeira diz que Lorenz “é um cara bom”, mas acrescenta: “Meu problema com ele é que ele queria que eu botasse o Protógenes na mão dele e esse negócio é o seguinte, cara, você vai para vala com os amigos, né”. Dadá e Cachoeira estão presos desde fevereiro, acusados de integrar esquema de exploração de jogo ilegal.

Em outra conversa de 6 minutos, grampeada no dia 14 de janeiro do ano passado, Dadá conta para um determinado Serjão que tentou arrumar emprego no gabinete do deputado Protógenes para uma ex-secretária do deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), derrotado nas eleições. No meio da conversa ele diz: “…Aí eu liguei para o Protógenes, eu sou muito amigo do Protógenes, ele está na Bahia, na Bahia. Falei: ‘Protógenes em seu gabinete como é que tá?’ Ele disse: ‘Tá fechado, não tem jeito de botar mais ninguém’”. Mais na frente, o diálogo grampeado chama a atenção por ser um dos poucos em que Dadá fala o nome completo de Cláudio Monteiro, chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, que deixou o cargo na última terça-feira para se defender da acusação de receber propina para favorecer empresas de limpeza urbana. Dadá pergunta a Serjão: “O pessoal foi lá no Cláudio Monteiro ou não….mas que foram, foram, né?”. No final, ele retoma o nome do ex-auxiliar de Agnelo para falar da nomeação do diretor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). “Amanhã, os meninos vão estar com Cláudio Monteiro, só pra saber como é que está a questão do SLU, quando é que o João Monteiro assume”.

A reação do deputado Protógenes de desqualificar sua ligação com Dadá, com quem ele nega ter “relação de amizade profunda” ocorreu após o Estado divulgar conversas em que eles acertam encontros para tratar dos depoimentos no inquérito da Operação Satiagraha.
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Por Reinaldo Azevedo

 

Desculpo-me! Rui Falcão não tem nada a ver com Carequinha e Arrelia. Eu deveria ter evocado Goebbels. Ou: Para os petralhas, somos os “judeus insolentes”

Leitores têm razão, e me cabe aqui corrigir uma injustiça. Ontem, no post que informava que Rui Falcão, presidente do PT, gravou um vídeo em que afirma que a CPI do Cachoeira tem de apurar os “escândalos dos autores da farsa do mensalão”, cometi uma terrível injustiça. Escrevi: “Só falta agora chamar Arrelia e Carequinha”. Esses dois palhaços que levaram a sério a sua arte, que encantaram gerações, não mereceriam ser associados ao amadorismo de Falcão. Desculpo-me com os admiradores desses dois artistas e com suas respectivas famílias. Prometo nunca mais associar petistas a essa categoria profissional e a essa arte, exercidas sempre com abnegação e honestidade. Foi um momento impensado.

Falcão merecia, não pela magnitude da fraude moral e ética — que aquela foi incomparavelmente maior —, mas pela essência, ter sido comparado a Goebbels, o chefe da máquina de propaganda nazista. Aquele, sim, era especialista em violentar a história, em enganar a opinião pública, em espalhar mentiras. E o fazia, seus discursos o demonstram, com plena convicção. É muito raro haver um homem que tenha plena consciência do seu tempo e que assuma de maneira inequívoca o compromisso com a trapaça. Goebbels era assim.

Há muitos anos, uma expressão é frequente nas reuniões de petistas: “pautar a sociedade”. Isso quer dizer, não raro, lançar um falsa questão para que seus militantes a espalhem por aí, com a ajuda da imprensa — tarefa hoje facilitada pela Internet, onde atuam seus agentes pagos com dinheiro público (propaganda oficial e de estatais). Vejam o vídeo. Volto em seguida.

A fala abre com uma mentira escandalosa: segundo ele, setores políticos e os meios de comunicação estariam empenhados numa “operação-abafa” para impedir a investigação. Como sabe qualquer leitor, o que vemos é justamente o contrário. A imprensa tem veiculado tudo o que está sendo vazado pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público e tenta, diga-se, ela própria, fazer suas apurações. Não há, pois, “operação-abafa” nenhuma!

Ocorre que o petismo precisam fazer com que os seus militantes e uma parte ao menos da opinião pública vejam a imprensa com suspeição, de modo a que o partido e seus asseclas sejam a única referência de verdade.

Os petistas, como Gobbels, não gostam da imprensa independente. Em 10 de fevereiro de 1933, no primeiro grande comício nazista depois que Hitler havia sido nomeado chanceler (30 de janeiro daquele ano), afirmava Goebbels:
“Eu só queria acertar as contas com os [nossos] inimigos na imprensa e com os partidos inimigos e dizer-lhes pessoalmente o que quero dizer em todas as rádios alemãs para milhões de pessoas.”

Assim faz Falcão: acusa a imprensa, que está fazendo o seu trabalho, e, como vocês podem notar, cita o nome do governador de Goiás (PSDB), Marconi Perillo, como parte do esquema Cachoeira. Por óbvio, ele ignora que, por enquanto ao menos, há mais evidências de comprometimento é do petista Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, com a máfia do bicheiro.

Falcão, como Goebbels, tem um chefe. A decisão de sair acusando a imprensa — ??? — e de tratar Cachoeira como um problema exclusivo da oposição foi tomada por Luiz Inácio Lula da Silva. Não por acaso, anteontem, quem saiu atirando contra Perillo foi, imaginem vocês!, Paulo Okamoto, que é do Instituto Lula. É evidente que existem indícios de comprometimento do governo de Goiás com a máfia de Cachoeira. Mas o que dizer sobre o governo do Distrito Federal? Ora, ontem, ninguém menos do que José Dirceu, o chefe de quadrilha (segundo a PGR), atestou a inocência de Queiroz — tudo não passaria de uma tramoia da… “mídia”. Goebbels diria: “a mídia dos judeus”.

É com esse espírito limpo que os petistas pretendem fazer uma CPI. Se instalada, eles terão maioria. Podem,  se quiserem, chamar para depor apenas políticos da oposição. Lembro, por exemplo, que, até agora, vídeo propriamente em que se negocia dinheiro sujo só existe com o deputado petita Rubens Otoni (GO). O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), já disse que ele é apenas uma vítima.

Tática da gritaria
É a tática da gritaria, a tentativa de vencer no berro. Lembro, a propósito, que essa foi a postura do PT por ocasião da morte de Celso Daniel. Antes que a polícia paulista pudesse respirar e antes que a sociedade se desse conta das hipóteses, os petistas saíram gritando: “Estão tentando nos acusar pela morte; estão tentando nos acusar pela morte”. Nota: ninguém estava acusando o PT de coisa nenhuma! Era, na verdade, uma ação preventiva, uma vacina, uma maneira de se blindar de qualquer investigação. O Ministério Público já estava de olho num esquema de caixa dois que vigia na Prefeitura de Santo Adré para transferir ilegalmente recursos para o PT. Um dos irmãos de Celso afirma que Gilberto Carvalho lhe confessou que levara dinheiro vivo da Prefeitura para… José Dirceu! Os dois negam. O casal Bruno e Marilena Nakano, irmão e cunhada do prefeito assassinado, viveu um tempo exilado na França. No Brasil, estavam sendo ameaçados de morte porque não aceitavam a tese crime comum. Eram petistas de primeira hora — ela pertencera ao grupo de esquerda “Movimento de Emancipação do Proletariado”, mesma origem ideológica de Celso — e romperam com o partido. A família acumula indícios de que foi queima de arquivo.

A grande farsa
Agora atenção para este trecho da fala de Falcão:
“As bancadas do PT na Câmara e no Senado defendem uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, as centrais sindicais, os movimentos populares, os partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o caso do PT, se mobilizem para impedir a operação-abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas, que se diziam defensores da moral e dos bons costumes”

O Supremo Tribunal Federal fará em breve, se Ricardo Lewandowski assim o permitir, o maior julgamento de sua história: o dos 37 do mensalão! Seu protagonista foi o PT, o mesmo partido que comandou a tramoia dos aloprados em 2006. Também é a legenda de Ideli Salvatti das lanchas ou de Erenice Guerra. Isso para fazer um resumo rápido. Mas Rui Falcão inclui o seu partido entre aqueles que… combatem a corrupção! E convoca as bate-paus do partido para a guerra santa!

“Autores do mensalão”??? Quem? Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres? Não, senhor! Esse crime, ao menos, eles não cometeram! A tese é escandalosamente falsa, destinada apenas a tentar livrar a cara dos criminosos mensaleiros.
- Os autores do mensalão são aqueles que pagavam o… mensalão!
- São aqueles que movimentavam o dinheiro sujo que passava pelas agências de Marcos Valério.
- São aqueles que iam sacar dinheiro na boca do caixa do BMG e do Banco Rural.
- São aqueles que passaram, o que Roberto Jefferson confessou, uma mala de dinheiro “não-contabilizado” para o PTB fazer campanha.
- São aqueles que compraram o então PL, de Valdemar Costa Neto.
- São aqueles que pagaram no exterior, pelo caixa dois, a bolada que Duda Mendonça cobrou pela campanha eleitoral de 2002.
- São aqueles que assinaram falsos documentos de empréstimos.
- São aqueles que fraudaram a contabilidade do partido.
Os autores do mensalão são aqueles que comandavam o partido quando tudo isso seu deu: José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares — além da outra penca. E, claro!, embora não tenha sido incluído na denúncia, o autor do mensalão é Luiz Inácio Lula da Silva, chefe inconteste de todos eles, desde sempre.

Como não ler aquele trecho do discurso do chefão do PT e associar a este trecho do discurso do chefão da propaganda nazista?
Há alguns anos, não falávamos da boca pra fora quando dizíamos que vocês, judeus, são nossos professores e que só queremos ser seus alunos e aprender com vocês. Além disso, é preciso esclarecer que aquilo que esses senhores conseguiram no terreno da política de propaganda durante os últimos 14 anos foi realmente uma porcaria. Apesar de eles controlarem os meios de comunicação, tudo o que conseguiram fazer foi encobrir os escândalos parlamentares, que eram inúteis para formar uma nova base política.
O Movimento Nacional-Socialista vai mostrar como eles realmente deveriam ter lidado com isso, ou seja, quando se faz um bom governo, uma boa propaganda é consequência. Uma coisa segue a outra. Um bom governo sem propaganda dificilmente se sai melhor do que uma boa propaganda sem um bom governo. Um tem que complementar o outro. Se hoje a imprensa judaica acredita que pode fazer ameaças veladas contra o movimento Nacional-Socialista e acredita que pode burlar nossos meios de defesa, então, não deve continuar mentindo. Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!

Encerro
É isso aí! Para o petismo, nós somos os “judeus insolentes” e as “bocas mentirosas”. Abaixo, segue o vídeo com Goebbels para quem tiver alguma curiosidade. Num post do dia 20 de setembro de 2010, escrevi a respeito e traduzi o trecho do discurso que aparece nesse vídeo. Volto para encerrar.

Voltei
Júlio Cesar — o da peça de Shakespeare — dizia, referindo-se a Cássio, ter certo receio dessas pessoas de ar esfaimado, como Goebbels e Falcão. Achava que tinham certo pendor para a conspiração… Os magros (hoje eu também sou um magro!) não reclamem por favor. É só uma notinha de literatura para alegrar a vida. Para falar de Falcão, com sua vocação para carcará da democracia (que falcão é bicho europeu), preciso lembrar que a beleza ainda resiste…

Não! Desta vez, carcará não pega, não mata nem come! Vai ter que recolher seu “bico vorteado que nem gavião”.

Por Reinaldo Azevedo

 

12/04/2012 às 5:45

Grampo mostra ação da Delta, maior construtora do PAC, em governo petista para cobrar “faturas eleitorais”

Por Alana Rizzo e Fábio Fabrini,  no Estadão:
Maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Delta Construções S.A. teria negociado facilidades em contratos diretamente com a cúpula do Governo do Distrito Federal (GDF), em troca de favores de campanha eleitoral, como indicam grampos da Polícia Federal. Em conversas gravadas na Operação Monte Carlo, aliados do contraventor Carlinhos Cachoeira - acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no País - revelam que a diretoria da empresa no Rio “cobrava a fatura” de doações eleitorais ao pressionar o Palácio do Buriti por nomeações e a liberação de verbas.

Em 2010, a Delta consta como doadora de R$ 2,3 milhões apenas a comitês partidários no País. Do total, R$ 1,1 milhão foi destinado ao Comitê Nacional do PT e o restante ao PMDB. Não consta na prestação de contas do governador do Distrito Federal eleito, Agnelo Queiroz (PT), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) doação da construtura. Com Agnelo eleito, segundo a PF, a Delta tentava emplacar aliados em cargos-chave de administrações regionais e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) de Brasília, o que facilitaria seus negócios. Além disso, tentava receber débitos do GDF por serviços supostamente prestados.

Segundo revelam os grampos, o então diretor da empresa no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, enfrentava dificuldades para atingir seus interesses, ao que os diretores da Delta no Rio tiveram de tomar as rédeas. “Como ele (Cláudio) tá no ‘pé da goiaba’ e a chefia do Rio é que ficou na negociação de campanha, as autoridades do Rio que mexeram, vieram e cobraram a fatura”, relatou num telefonema o araponga Idalberto Matias, o Dadá, aliado de Cachoeira, ao ex-assessor especial da Casa Militar do GDF Marcelo Lopes, o Marcelão, que aguardava para conversar com o chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro.

A conversa foi interceptada pela PF em 31 de março de 2011, dia em que Monteiro foi nomeado para o cargo. “O Cláudio não participou da negociação da campanha. Quem participou da campanha foi os ‘picas’ (sic) do Rio e os ‘picas’ do Rio estão dizendo que o Cláudio não tá dando conta de resolver o problema”, acrescenta Dadá ao interlocutor. Dadá diz a Lopes que Monteiro precisa entender que Abreu, da Delta, tem chefe. “Em cima dele, tem uma porrada de gente.”
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

12/04/2012 às 5:43

O PT e “os picas” do Rio. Ou: Diálogos que dignificam o partido de Falcão e Dirceu

Abaixo, transcrição do diálogo dos homens da quadrilha de Cachoeira, referindo-se ao governo de Agnelo Queiroz:
No Estadão:

pt-e-os-picas-do-rio

Por Reinaldo Azevedo

 

12/04/2012 às 5:41

O Apedeuta botou fogo para ter CPI antes de saber a exata extensão do “cachoeirismo”; agora petistas falam em melar comissão, mas não sabem como

Tio Rei avisou aqui, não foi? O nome do problema é “Delta”, a principal construtora do PAC e empresa que teve formidável crescimento depois que recebeu a preciosa consultoria deste grande homem de negócios chamado José Dirceu. Pois é…

“Estamos numa enrascada que não tem fim”. Essa é frase de um dirigente petista, registrada em reportagem do Estadão desta quinta, de Christiane Samarco e Eugênia Rocha. Os petistas, informa o texto, tentam  melar a CPI, mas não veem mais caminho pra isso. Agora quem não quer saber de recuo são os partidos aliados e as oposições. “Só se a presidente Dilma pedir publicamente”, diz um representante da base. Pois é…

O Planalto, por sua vez, acha que o comprometimento de parlamentares com o esquema de Cachoeira tem de ser investigado, mas sem mexer com as empresas. Ah, entendi! Como de hábito, é para pegar corruptos meio pés de chinelo, mas nada de corruptores. É! Muito sofisticado moralmente!

O que deixou o Planalto assustado foi a rede de influências da Delta. De saída, já deu para perceber que na lama em que Lula sonhava ver Marconi Perillo, seu desafeto, e Demóstenes Torres, também pode se afundar Agnelo Queiroz — isso só para começo de conversa. Ainda que PT e PMDB dominem a comissão, sabem como é… Não há meios de patriotas como Cachoeira e o tal Dadá se saírem bem. Essa gente pode ser um canhão solto no convés.

Entre os petistas de mais alto escalão, não há quem não lamente dia sim e dia também a entrada de Agnelo no partido — mais uma obra pessoal de Lula. Não é que a moralidade da legenda seja incompatível com a do governador. É que ele é considerado um trapalhão, e seu, como vou chamar?, “esquema”, meio primitivo. No ano passado, a sua renúncia chegou a ser debatida nas altas esferas partidárias. Ainda quem defenda que ela seja imposta ao governador.

Informa o Estadão que o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), avalia que a única forma de minimizar o estrago é tentar limitar a CPI a Demóstenes Torres e à arapongagem. Pois é… Aí será preciso combinar com os russos.

De governadores aliados do Nordeste chegam ecos para que a CPI deixe a Delta fora do imbróglio. Na sua vingança cega, Lula não avaliou direito os riscos. Apostou na CPI para esmagar a oposição e para destruir Perillo.

Pode ter detonado uma bomba no governo do DF.

Por Reinaldo Azevedo

 

12/04/2012 às 5:39

Governo federal vai pagar museu para reunir a memória das greves comandadas por Kim Jung-Lula

Por Bernardo Mello Franco, na Folha:
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), vão anunciar amanhã o início da construção de um museu que lembrará as greves de metalúrgicos comandadas pelo ex-presidente Lula no ABC. As obras devem custar R$ 18 milhões aos cofres públicos, sendo R$ 14,4 milhões do governo federal e R$ 3,6 milhões do município. O valor inclui apenas as despesas com instalações físicas. O anúncio será feito um dia antes do primeiro ato público de Lula após o desaparecimento do câncer, a inauguração de um CEU em São Bernardo. Ele dividirá o palanque com Marinho, que tenta a reeleição, e Fernando Haddad, pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo.

O Museu do Trabalho e do Trabalhador será erguido num terreno de cerca de 10 mil m2 ao lado do Paço Municipal, um dos cenários das greves que antecederam a criação do partido. Entre as principais atrações está uma sala vai recriar, com recursos audiovisuais, o ambiente das reuniões históricas lideradas pelo petista nas décadas de 1970 e 1980. “Não é um museu do Lula, mas é evidente que ele terá uma presença muito forte. Queremos que o visitante se sinta como se estivesse dentro das assembleias de metalúrgicos”, diz o prefeito. O entorno do edifício terá um jardim com ferramentas das fábricas da época. “Incluindo um torno como o que o Lula usava quando perdeu o dedo”, anima-se Marinho.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

12/04/2012 às 5:37

Vergonha na cara à moda petista - “Aloprado” de Mercadante volta à cena para disputar cargo de vereador

Por Sérgio Roxo, no Estadão:
Quase seis anos depois de se transformar num dos protagonistas do caso dos aloprados, o petista Hamilton Lacerda vai tentar retornar à carreira política interrompida por causa do escândalo, e será candidato a vereador nas eleições de outubro em São Caetano do Sul, na região do ABC paulista.

Em 2006, quando era coordenador da campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, Lacerda foi filmado com uma mala em um hotel de São Paulo onde Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos com R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê que vinculava o tucano José Serra, que também disputava a eleição estadual, à máfia das ambulâncias superfaturadas.

De acordo com a investigação da Polícia Federal, foi Lacerda quem levou a quantia ao hotel. Na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disputava a reeleição, classificou os petistas envolvidos no caso de “aloprados”. Gedimar Passos integrava a campanha presidencial do PT.

Depois que o escândalo veio à tona, Lacerda deixou o PT. A sua volta à legenda só foi aprovada em 2010. No período de afastamento, atuou como empresário e administrou uma fazenda de plantação de eucalipto no Sul da Bahia, além de dar aulas em faculdades.

Antes do escândalo, Lacerda era uma das principais lideranças do PT no município do ABC paulista. Havia sido vereador por três mandatos e também chegou a disputar a prefeitura de São Caetano do Sul em 2004, quando ficou em segundo lugar e somou 32,2% dos votos válidos.

PT aponta Lacerda como um forte candidato
Agora, é apontado pelo presidente do PT em São Caetano do Sul, Edgar Nóbrega, como um dos “candidatos de peso” a vereador para a eleição deste ano. Lacerda já está em ritmo de campanha e tem tido participação intensa nas atividades do partido, com visitas semanais aos bairros da cidade.

Na última segunda-feira, Lacerda esteve na homenagem que a Câmara Municipal de São Caetano do Sul fez ao prefeito da vizinha São Bernardo, o ex-ministro Luiz Marinho, um dos principais amigos de Lula. A mulher de Lacerda, Maria Izabel Fonseca, foi, até fevereiro deste ano, secretária-adjunta de Administração de São Bernardo.

O presidente do PT de São Caetano afirmou que a reintegração de Lacerda aos quadros do partido se deu pela direção anterior “na medida em que as investigações” por envolvimento no escândalo dos aloprados “não evoluíram”. Em seguida, segundo Nóbrega, ele reivindicou a candidatura a vereador e o “partido não tinha motivos a se opor”.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

11/04/2012 às 20:27

O circo de Rui Falcão - Presidente do PT fala que CPI do Cachoeira seria para provar “a farsa do mensalão”. Faltou chamar para o vídeo os profissionais Carequinha e Arrelia

Por Maria Lima, no Globo Online:
Num vídeo de quase dois minutos postado nesta quarta-feira no site oficial do partido, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, conclama que centrais sindicais, partidos políticos que defendem o combate a corrupção e movimentos populares se mobilizem contra o que chamou de “operação abafa” que visa impedir a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para desvendar o escândalo Carlinhos Cachoeira. No vídeo, pela primeira vez Falcão vincula a CPI com a estratégia do PT de neutralizar o escândalo do mensalão que está para ser julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Ele começa sua fala dizendo que está em operação nesse momento “uma verdadeira operação abafa, uma tentativa de setores políticos e veículos de comunicação que tentam a qualquer custo impedir que se esclareça plenamente toda a organização criminosa montada por Carlinhos Cachoeira em conluio com o senador Demóstenes Torres, que já se afastou com DEM na tentativa de isolar o partido do escândalo”. “A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção como é o PT, se mobilizem para impedir a operação abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas que se diziam defensores da moral e dos bons costumes”, conclama Rui Falcão.

No vídeo Rui Falcão ataca o governador de Goiás, Marconi Perillo, mas não faz nenhuma menção ao envolvimento do governador petista do Distrito Federal Agnelo Queiroz e seus assessores com o esquema de Carlinhos Cachoeira.

“Nós queremos que uma CPI possa apurar todos os vínculos desse senador e vários políticos de vários políticos de diferentes partidos com o jogo do bicho, com contrabando, com informações privilegiadas sobre operações da policiais. É um esquema que chega ao governador de Goiás Marconi Perillo, que tenta colocar todo mundo na vala comum. essa semana mesmo ele disse que em Goiás todo mundo tinha relações com Carlinhos cachoeira”, diz Falcão, sem citar também o suposto envolvimento do deputado Rubens Otoni e do secretário Olavo Noleto , da Secretaria de Relações Institucionais.

Falcão encerra o vídeo com um apelo final: “CPI do Demóstenes para esclarecer seus vínculos com a corrupção e com os políticos corruptos”.

Por Reinaldo Azevedo

 

11/04/2012 às 19:03

Grampo mostra que Agnelo quis negociar com Cachoeira, diz PF

Por Fábio Fabrini e Alçana Rizzo, no Estadão Online. Volto depois.
Citado como o “01″ de Brasília pela organização do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o governador Agnelo Queiroz (PT) pediu, segundo indica o inquérito da Operação Monte Carlo, uma reunião com o contraventor, apontado como o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal. O esquema, até ser desmontado pela PF, se articulava para operar negócios miliónários no Governo do Distrito Federal (GDF). A aproximação do governador com o bicheiro, para a PF, tinha como pano de fundo pagamentos do GDF a empresas do esquema, notadamente a Delta Construções, e nomeações de representantes da quadrilha em cargos-chave da administração do DF.

Em telefonema gravado pela Polícia Federal em 16 de junho do ano passado, o sargento Idalberto Matias, o Dadá, um dos aliados de Cachoeira, avisa ao bicheiro que foi procurado por João Carlos Feitosa Zunga, ex-subsecretário de Esportes e funcionário do Governo do Distrito Federal (GDF), que disse que o “01″ estava querendo falar com ele.

De acordo com a PF, “01″ era a forma como os aliados de Cachoeira se referiam a Agnelo, chefe do governo. “O Zunga me ligou aqui, está querendo falar com você, porque o chefe dele lá, o 01, está querendo…quer falar com você”, diz Dadá. “Vou falar com ele”, responde Cachoeira. O próprio relatório da PF quando transcreve as escutas identifica o “01″ como “governador”.

O “01″ também aparece em outras gravações obtidas pela PF. Em 6 de abril, Dadá e Marcelo Lopes, ex-assessor especial da Casa Militar do governo Agnelo, conversam sobre uma pessoa (não identificada nas investigações) que estaria fazendo a ponte com o governador.

Poucos dias antes, os mesmos interlocutores afirmam que Cláudio Abreu, diretor da Delta Construções S/A no Centro-Oeste, está com um contato dentro do governo, direto e sem intermediários, para azeitar os interesses da construtora em nomeações e liberação de pagamentos.
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Voltei
Vamos esperar a explicação dos petistas. Eu não tenho dúvida de que este monumento à moral e aos bons costumes, que é Agnelo, só fez isso para o bem do povo. Se um petista for flagrado tomando o pirulito de uma criança e lhe dando um peteleco na orelha, alguma o infante aprontou…

Por Reinaldo Azevedo

 

11/04/2012 às 18:58

Entidades criticam declaração de Dilma sobre tortura em delegacias

Na Folha Online. Volto em seguida.
Entidades de direitos humanos divulgaram nesta quarta-feira (11) nota de repúdio à declaração da presidente Dilma Rousseff sobre tortura em delegacias. Ontem, durante sessão de perguntas feitas pela plateia na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, Dilma disse que não tinha como “impedir em todas as delegacias do Brasil de haver tortura”. A nota, assinada por dez organizações, pede uma declaração explícita da presidente de que não tolerará a tortura e empenhará todos os esforços para combatê-la.

“A declaração de Dilma –ela mesma ex-presa política e vítima de tortura– é inadmissível sob qualquer circunstância, mas vem revestida de ainda maior gravidade porque ocorre num momento especialmente sensível. O país enfrenta hoje um debate acalorado sobre o estabelecimento da Comissão da Verdade, que conta com o apoio da presidente, para esclarecer crimes praticados durante a ditadura militar, incluindo o crime de tortura.”
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Comento
Serei breve. Procurem no arquivo do blog a expressão “presos sem pedigree” (sem as aspas). Já escrevi aqui algumas vezes sobre o dar de ombros das autoridades brasileiras para a tortura de presos comuns no Brasil, o que é, obviamente, uma barbaridade. Ninguém está nem aí. São o que chamo “presos sem pedigree”, que não têm a marca da distinção ideológica.

Por Reinaldo Azevedo

 

da coluna Direto ao Ponto, de Augusto Nunes:

Celso Arnaldo captura em Harvard a menina que queria ser bailarina, sonhou com a vida de bombeira e acabou virando presidenta

O jornalista Celso Arnaldo Araújo não deixou escapar a novidade inaugurada na visita à Universidade de Harvard: antes de “comprimentá” meio mundo durante alguns minutos, a presidente Dilma Rousseff fez questão de cumprimentar a presidenta Dilma Rousseff. “Pra mim, boa noite, é um prazer, boa tarde, indo pra noite, é um prazer estar aqui em Harvard mais uma vez”, desandou o neurônio solitário na primeira linha da discurseira.

“Harvard nunca mais será a mesma depois da visita de uma presidente afetada pelo fuso horário que dá boa noite a si própria”, resumiu Celso Arnaldo. Ainda sob o efeito do primeiro espanto, o implacável caçador de cretinices foi submetido à reprise da narrativa do encontro fortuito num aeroporto, durante a campanha eleitoral, com criança jamais identificada que teria perguntado à candidata se “as meninas também podem”.

“Podem o quê”?, garante ter replicado a chefe de governo. “Ser presidenta”, jura ter ouvido da misteriosa criança que, se Dilma não está mentindo outra vez, foi a primeira desde o Descobrimento a substituir o corriqueiro “presidente” por esse estranho “presidenta” que. depois de eleita, a presidente oficializou. Como acontece em todo palavrório, a historinha repetida em Harvard precedeu o embarque na máquina do tempo.

O vídeo abaixo registra o grande momento da viagem de volta à infância, transcrito por Celso Arnaldo: “Eu não sonhava em ser presidenta. A minha geração … eu (sic) sonhava em ser uma de duas coisas: ou bailarina ou participá do Corpo de Bombeiro (sic), apagá incêndio. Hoje, as meninas podem sonhar com uma terceira opção: ser presidentas (sic) do Brasil”.

Comentário do nosso especialista em dilmês: “A palestra que abalou a solidez acadêmica dos 375 anos da melhor universidade do planeta também revelou ao mundo que, não sendo Dilma, as mulheres brasileiras só podem escolher entre fazer pas de deux e apagar fogo”.

Em Harvard, Dilma diz que sonhava ser bailarina ou bombeira

 

11/04/2012 às 17:17 \Direto ao Ponto

O deputado detetive será o primeiro da história interrogado pela CPI que criou

É compreensível que o deputado debutante não soubesse que são imprevisíveis os caminhos percorridos por uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Difícil é entender o que teria levado o detetive veterano a nem desconfiar que poderia ser pilhado no pântano que resolveu drenar. Candidato pelo PCdoB e eleito pela sobra de votos do colega Tiririca, foi Protógenes Queiroz quem propôs a instauração da CPI do Cachoeira, para investigar as ligações promíscuas entre o delinquente goiano e o senador Demóstenes Torres. Descobriu nesta terça-feira que mirou num adversário e atingiu a própria testa.

Como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, a divulgação das conversas entre o deputado e um figurão da quadrilha de Carlinhos Cachoeira avisa que Protógenes terá de explicar o suspeitíssimo conteúdo dos telefonemas grampeados pela Polícia Federal. O interlocutor do sherloque trapalhão é Idalberto Matias, o Dadá, ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica e ex-funcionário da Delta Construções.

Não é pouca coisa, mas não é tudo: Dadá fez parte do bando que, na campanha eleitoral de 2010, agiu na usina de dossiês do PT para fabricar um papelório com acusações ao candidato José Serra. Um único fio pode conduzir a três meadas especialmente interessantes. O investigador açodado tem muito a dizer. Está em gestação, portanto, mais um exotismo da exuberante fauna política brasileira: Protógenes Queiroz será o primeiro parlamentar da história interrogado pela CPI que pariu.

 

10/04/2012 às 23:20 \ Direto ao Ponto

Quem tem medo de CPI e sofre de alergia à verdade é o bando que controla o Congresso

E a CPI do Cachoeira?, andam uivando na internet as milícias escaladas para tentar poluir os blogs independentes com imundícies recolhidas na esgotosfera. No faroeste brasileiro, vilão brinca de xerife. Seja bem-vinda, retruca o Brasil decente. Mesmo se concebida para impedir que a quadrilha do mensalão ocupe sozinha o palco dos pecadores à espera de punição, qualquer investigação do gênero é bem-vinda. Gente honesta não tem bandidos de estimação, não acoberta criminosos e entende que todo fora-da-lei merece castigo. Quem tem medo da verdade é a turma acampada no coração do poder.

“As forças progressistas precisam agir de imediato, pois está em curso uma tentativa de acabar logo com o caso Demóstenes & Cachoeira”, viajou nesta terça-feira o secretário-geral do PT, Elói Pietá. “Para muitos, é incômodo discuti-lo. Vai atingir bastante gente por comissão ou omissão”. Se o recado foi endereçado à tíbia minoria oposicionista, houve um erro de destinatário. Quem decide o que deve ser investigado, esquecido ou engavetado no Congresso é a ampla maioria governista.  Pietá que se entenda com seus companheiros e parceiros da base alugada.

Nesta segunda-feira, o senador Álvaro Dias, do PSDB paranaense, fez um pedagógico resumo da ópera. “O escândalo do Cachoeira não é de ontem, e não tem limites no estado de Goiás. Essa cachoeira também afoga Brasília. Que pessoas estariam sendo protegidas no caso Cachoeira? Que se instaure a CPI”. É isso. As mesmas águas malcheirosas que engoliram Demóstenes Torres e já cobriram parlamentares do PSDB e do PT vão atingindo a linha da cintura dos governadores Marconi Perillo e Agnelo Queiroz, chegaram ao Planalto e rondam o Judiciário.

Nenhum partido está fora do alcance da catarata de patifarias. Nenhum dos três Poderes ficará sem representantes na lista dos mortos por afogamento. Como avisa o texto publicado na seção História em Imagens, ninguém sabe como vai terminar uma CPI. Só é possível saber como começa. No caso da protagonizada pela maior caixa preta do Brasil, tem de começar pelo episódio que tornou nacionalmente conhecido o meliante goiano. Ninguém sabia quem era Carlinhos Cachoeira até 2004, quando foi divulgado pela TV o vídeo da conversa com Waldomiro Diniz, o vigarista promovido pelo amigo José Dirceu a assessor especial para assuntos parlamentares da Casa Civil. Waldomiro submergiu no jorro inaugural da cachoeira. Merece puxar a fila dos interrogados.

Que venha a CPI.

(por Augusto Nunes)

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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