‘Palavra de Lula’, por Ricardo Noblat

Publicado em 16/04/2012 17:01 e atualizado em 29/08/2013 14:32

PUBLICADO NO GLOBO DESTA SEGUNDA-FEIRA

RICARDO NOBLAT

Pobre Dilma. Vista de longe parece que manda com mão de ferro nos seus ministros, no partido que poderia chamar de seu e nos outros que a apoiam. Vista de perto não é assim. Tem uma pessoa que, bem ou mal de saúde, manda mais do que ela. Pior: que lhe dá ordens quando quer. E a quem Dilma obedece por lhe dever favores. Você sabe quem é…

Aprovada por 77% dos brasileiros, tudo estava ótimo para Dilma até aqui. Desde que a economia não desandasse… Os partidos reclamavam dos seus maus modos, mas não tinham o que fazer. Ministros tremiam à sua passagem, mas tocavam a vida. O Congresso estava relativamente em paz ─ salvo uma marolinha ou outra, o que é natural. Até que…

Até que Lula se recuperou do câncer na laringe e resolveu mostrar uma vez mais quem é que manda de fato. Reunido há duas semanas em São Paulo com José Dirceu, Lula estava mais furioso com o noticiário político do que o seu ex-ministro da Casa Civil e coordenador da campanha que o levou em 2002 a se eleger presidente da República pela primeira vez.

Foi durante a reunião que nasceu a ideia de se criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as bandidagens cometidas pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e quem mais tenha se relacionado com eles. Lula resgatava ali compromisso assumido com Dirceu em novembro de 2010: ao deixar o governo, batalharia para desmontar “a farsa do mensalão”.

Rui Falcão, presidente do PT, foi orientado a reunir os ministros do partido para ouvi-los a respeito da CPI. Dilma estava viajando. Os ministros aprovaram a ideia da CPI. A Polícia Federal colecionava material contra a gang de Cachoeira desde 2009. A parte do material que envolvia Demóstenes foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Ricardo Lewandowski, indicado para relator do caso, negou-se a repassá-la ao Conselho de Ética do Senado, onde Demóstenes será julgado por quebra de decoro. Uma CPI tem poderes para requisitar o material.

Lula e Dirceu viram na CPI do Cachoeira a oportunidade de extrair uma série de vantagens políticas. A principal: o barulho político provocado por ela deverá impedir o julgamento do Caso do Mensalão pelo STF ainda neste semestre. Se de fato o julgamento dos 38 acusados ficar para o segundo semestre, dê como certo que ele só ocorrerá no final de 2013.

Em dezembro último, o ministro Joaquim Barbosa entregou 122 páginas com um resumo do processo do mensalão ao colega Lewandowski, encarregado de revisá-lo. Sem que Lewandowski dê a revisão por terminada, não haverá julgamento. Há 20 dias, em conversa com um amigo, o ministro antecipou que dificilmente concluirá seu trabalho antes do recesso da Justiça, em julho.

No segundo semestre, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá sessões diárias por conta das eleições de outubro próximo. Seis dos 11 ministros do STF fazem parte do TSE ─ três como titulares e três como suplentes. Estarão sobrecarregados. Cezar Peluso se aposentará compulsoriamente em três de setembro ao completar 70 anos de idade. Em novembro será a vez de Carlos Ayres Brito, presidente do STF a partir desta semana.

Digamos que Dilma leve de quatro a cinco meses para preencher as vagas de Peluzo e de Ayres Brito. Nada mais razoável que os novos ministros precisarem também de quatro a cinco meses para estudar os 233 volumes do processo e mais os 495 anexos, num total de 50.118 páginas. Calcularam? Estamos no segundo semestre do próximo ano. Alguns crimes, a depender das penas, estarão prescritos.

Lula quer a cabeça de Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, suspeito de tenebrosas transações com Cachoeira. Em 2005, Marconi revelou que alertara Lula para o esquema do mensalão. Lula não perdoa Marconi por isso. Em troca, e sem verter uma lágrima, entregará a cabeça de Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, enrolado com Cachoeira e problemas domésticos. Está pouco se lixando para a Delta, empreiteira das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, que anda devagar. E de obras em nove de dez Estados. Se a Delta for para o vinagre, que vá pelo que fez ou deixou de fazer nos Estados – principalmente no Rio de Janeiro.

Oposição ama CPIs ─ governos, não. Dilma está empenhada em abortar a CPI de Lula. Com delicadeza. O deputado baiano ACM Neto, do DEM, foi visto na semana passada desfilando sorridente no Congresso. Media quase dois metros.

 

As falsas vestais do PT seriam recusadas até pelos bordéis de quinta categoria

MAURO PEREIRA

No plano político, os petistas usam até hoje a mesma máscara de paladinos da justiça que sempre encobriu o caráter torpe que caracteriza a personalidade desvirtuada de seus maquiavéis autodidatas. São especialistas na montagem de planos mirabolantes para a destruição de seus adversários, mas pateticamente incapazes de se sustentarem no poder sem abusar da mentira como forma convencimento, e da miséria que atormenta milhões de brasileiros como método de persuasão.

No plano administrativo, os petistas não conseguem ao menos abrandar o caos que assola a saúde, a educação, a segurança, o saneamento básico. E lhe falta qualificação para estancar a corrupção que, se numa ponta os enriquece, na outra ponta tripudia sobre a dignidade humana ao negar de maneira cruel o acesso de uma multidão de crianças, adultos, jovens e idosos às mais comezinhas condições de sobrevivência.

Na esfera policial, de tanto conviverem com os corruptos ─ companheiros ou aliados ─ e com a corrupção, aprenderam a contornar a imensa fossa que os sufoca distribuindo afagos aos seus bandidos de estimação, absolvendo-os de seus crimes mesmo antes que sejam julgados pela Justiça. Os exemplos abundam e demandaria um espaço extraordinário para elencá-los.

O escândalo envolvendo o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que acabou atingindo os governadores Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Agnelo Queiroz (PT), de Brasília, dimensiona com exatidão o modo canhestro que orienta a ação dos petistas. O perigo de tornar-se realidade a CPI que tentaram encenar os desorientou, o que exigiu a imediata intervenção de sua estrela maior.

A cínica declaração do ex-presidente Lula criticando o governador tucano e poupando seu companheiro petista prenuncia uma CPI conspurcada na sua essência, cuja missão principal será enquadrar somente os corruptos opositores e, de lambuja, demolir a oposição. Os corruptos de estimação de Lula se sentirão a salvo enquanto a certeza da impunidade predominar.

Experientes na arte da empulhação, tratarão de fantasiar-se de parlamentares indignados. Procurarão vender à sociedade a imagem de donzelas indignadas, embora esteja evidente que dificuldades para se empregarem até mesmo como cortesãs de bordéis de quinta categoria. “Joguem merda no Demóstenes, maldito Demóstenes!”, berrarão coléricos. De positivo, fica a certeza de que o mau cheiro que exala de tanta podridão inexoravelmente os igualará.

No universo petista, não faltarão testemunhas para garantir a conduta ilibada do companheiro Agnelo. José Dirceu, Erenice Guerra, Antonio Palocci, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e muito outros nomes de peso estarão à disposição. É só escolher.

 

14/04/2012 às 9:00 \ Feira Livre

Deonísio da Silva: ‘O que os mensaleiros querem é destruir a ordem democrática’

Reincidente? Recalcitrante? Os mensaleiros vão acabar esgotando o estoque de designações na língua portuguesa antes de serem julgados. É de um divertido horror a orquestra que ora montam para ameaçar a ninguém menos do que os ministros do STF. Um dia um aliado deles no próprio STF, ansioso pela prescrição, diz que não vai dar tempo de julgar este ano. É balão de ensaio. Todos vão pra cima dele. Sai outra tentativa: o presidente do PT diz que foi uma farsa o mensalão, que resultou até na criação de uma nova palavra nos dicionários de língua portuguesa. O próprio espanhol criou o neologismo mensalón.

O cenário nos lembra paradoxalmente uma fala de Castello Branco sobre aqueles que rondavam os quartéis à procura de um golpe. Elio Gaspari gosta muito de citar o trecho. Castello se referia aos políticos civis que iam aos quartéis para buscar conchavos com a oficialidade: “Eu os identifico a todos. São muitos deles os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas,vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar.” Só o que o cerco, que outrora foi ao Exército, agora é à mídia, ao Ministéro Público, ao Judiciário. E vale tudo, sejam embargos escritos ou embargos auriculares.

O sítio é estendido a blogues e colunas independentes como esta! É fácil identificar milicianos subsidiados para o serviço sujo de marcar homem a homem, responder a cada artigo. Augusto Nunes, que é um craque, não começou ontem, sabe onde eles estão. Aqui na coluna “de vez em sempre” aparecem alguns deles. O que querem? Destruir a ordem democrática, evidentemente. Chamam de mentiroso – disfarçamente, é claro – a ninguém menos do que o Procurador Geral da República, que denunciou uma organização criminosa, indicando o líder e os outros 39 dirigentes.

E a imprensa inventou? Não, a imprensa fez e faz seu papel: informou, analisou, repercutiu, levou ao conhecimento da sociedade, como se dissesse: toma, que o filho é teu! Sim, o problema do mensalão não é mais só dos poderes que o denunciaram e dos que agora o julgam. É da sociedade. Se os mensaleiros não forem punidos – até agora só Silvinho Land Rover o foi e por crime confesso! – voltará a máxima do velho Stanislaw Ponte Preta: ou se recupere a moralidade ou nos locupletemos todos.

 

13/04/2012 às 23:36 \ Feira Livre

Em 14 tópicos, Reynaldo-BH reduz a frangalhos o embusteiro canastrão

VAMOS ACRESCENTAR?

por REYNALDO-BH

1 ─ Se o mensalão SEQUER existiu, de que material eram feitos os pacotes de dinheiro entregues a Roberto Jefferson?

2 ─ Se o mensalão não existiu, onde foram parar os milhões que seriam legitimamente de propriedade de quem nele colocasse as mãos?

3 ─ Na mesma linha, como o STF tem entre seus juízes (no mais alto posto do Judiciário) um completo pateta como Joaquim Barbosa, visto que o mesmo está há anos debruçado sobre esta que seria a maior das ficções já produzidas no Brasil?

4 ─ Como o mensalão foi somente uma farsa, o que quereria dizer Lula quando afirmou ter sido “traído” no episódio que nunca existiu? Excesso de álcool ou falta de vergonha?

5 ─ Já que nunca houve mensalão, por que Delúbio Soares afirmou que este era somente outro nome de caixa 2?

6 ─ Como foi tudo fruto de fantasia coletiva, por que Tarso Genro chegou a propor a refundação do PT?

7 ─ Se a oposição brasileira é tão forte a ponto de criar esta farsa, como conseguiu perder as eleições?

8 ─ Como o mensalão foi uma farsa, o “Lulinha Paz e Amor” também foi? Afinal, Duda Mendonça – marqueteiro oficial do PT – atesta a existência dos dois. Em depoimento.

9 ─ Se o mensalão do PT foi uma farsa, por que os petistas exigiram que a outra “farsa” (a de Arruda) fosse punida com a cassação do bandido do DEM?

10 ─ Como farsa montada, qual o papel do carequinha Marcos Valério? Foi cooptado pelas oposições ou era um personagem de comédia em meio a uma farsa?

11 ─ Já que tudo não passou de uma fantasia, certamente houve veiculação de propagandas do BB nas TVs e jornais, embora ninguém as tenha visto. (Outro caso exemplar de delírio coletivo: a propaganda que foi feita, paga, mas nunca foi veiculada.)

12 ─ Segundo a ave de rapina Falcão, a farsa montada deturpou o fato de João Paulo ter ido a um shopping de Brasília pagar uma reles conta de TV a Cabo. Como pagou cash, teve troco de R$ 50.000,00.

13 ─ Como o mensalão é uma farsa, o início da mesma foi a montagem de um vídeo com o injustiçado Waldomiro acertando uma partidinha de futebol com o Cachoeira. A fita teve montagem posterior com inserção de áudio para justificar a farsa. Seguido de outra filmagem, de um pobre e dedicado servidor dos Correios que pegou uma “petequinha”, transformada nesta farsa, em um suborno em dinheiro.

14 ─ Como farsa, o ex-senador e atual deputado Eduardo Azeredo (PSDB) foi também mais uma vítima de algo que foi montado pelo PSDB para atingir o PT… peraí, me perdi… Ou perdi um pedaço da história…

Entendo Rui Falcão. Homem culto, letrado, ex-jornalista. Conhecedor das artes. Entre as mesmas, o teatro. Que define FARSA como: “gênero dramático predominantemente baixo cômico, de ação trivial, com tendência para o burlesco (cômico; ridículo). Inspira-se no cotidiano e no cenário familiar e é o mais irresponsável de todos os tipos de drama. Caracteriza-se por seus personagens e situações caricatas. Distingue-se da comédia e da sátira por não preocupar-se com a verossimilhança nem pretender o questionamento de valores. Busca apenas o humor e, para isso, vale-se de todos os recursos; assuntos introduzidos rapidamente, evitando-se qualquer interrupção no fio da ação ou análises psicológicas mais profundas; ações exageradas e situações inverossímeis. Sua estrutura e trama são baseadas em situações em que as personagens se comportam de maneira extravagante, ainda que pelo geral mantenha uma quota de credibilidade. Seus temas e personagens podem ser fantásticos, mas podem ser críveis e verossímeis.”

O problema é que nas FARSAS os palhaços estão no palco.

Nunca na plateia. Menos ainda nos assentos de juízes.

 

13/04/2012 às 17:19 \ Feira Livre

‘Moradia popular no lixo: imagens de um Brasil que precisamos encarar’, escrito por Raquel Rolnik

PUBLICADO NO YAHOO NESTA QUINTA-FEIRA

RAQUEL ROLNIK

Recebi esta semana estas fotos de um leitor que, passando por uma estrada no Maranhão, deparou-se com este panorama. Trata-se de um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, construído ao lado de um lixão, na cidade de Santa Luzia, no interior do Estado, que, por sinal, é um dos que mais teve projetos construídos pelo programa. A lógica de produção de casas no terreno mais barato possível leva esses empreendimentos para as terras mais desvalorizadas e, em muitos casos, perto de áreas contaminadas como esta. Com certeza, esse não é o único caso.

As imagens falam por si, mas não custa lembrar: o processo de produção de habitação que corre a todo vapor em nosso país está completamente desvinculado de um processo de qualificação da produção e gestão das cidades. Falta política urbana e falta gestão urbana. Lixões como este não deveriam mais existir, muito menos conjuntos habitacionais no meio do nada, junto a áreas contaminadas. De um lado, temos municípios precários, com pouquíssima ou nula capacidade de planejamento e gestão, e, de outro, um programa federal de produção de moradias que em nada ajuda a mudar essa situação.

Estas são, no fim das contas, imagens da precariedade da política urbana no Brasil em um momento em que temos recursos para enfrentar o problema do déficit de urbanidade.

PS: enviei as fotos para a Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades e para a Caixa Econômica Federal e ambos responderam que vão apurar o caso.

 

12/04/2012 às 19:03 \ Feira Livre

Reportagem do Estadão: ‘Alcance da CPI põe PT em colisão com PMDB’

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA QUINTA-FEIRA

CHRISTIANE SAMARCO E EUGÊNIA LOPES

Um dia depois de anunciar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as ligações políticas do contraventor Carlinhos Cachoeira, o Congresso e o Palácio do Planalto tomaram um susto com o alcance das investigações, que ameaçam expoentes do governo, a oposição, dentro e fora do Executivo, em Brasília e nos Estados, e pode atingir uma forte doadora de campanha do PMDB e com negócios em vários Estados: a Delta Construções.

Com isso, PMDB e PT entraram em rota de colisão. Apesar do clima de arrependimento, no entanto, já não havia espaço para brecar a CPI. “Agora não dá mais para segurar. Avançamos demais, e não tem retorno”, avisou o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), a petistas que ensaiavam um recuo ontem. “Eu avisei… Esses caras são irresponsáveis”, desabafou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que na véspera recebera em seu gabinete o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para propor a criação de uma CPI mista das duas Casas do Congresso.

“Estamos numa enrascada que não tem fim”, queixou-se ontem um dirigente do PT, defendendo a tese de que é preciso dar um jeito de “melar” a CPI. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), disse que a única alternativa para reduzir o estrago, a esta altura, é limitar o objeto da CPI ao senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e à arapongagem. Enquanto os petistas reclamavam da falta de articulação do Planalto, que deixou a CPI correr frouxa, aliados diziam que só voltam atrás se houver um pedido público da presidente Dilma Rousseff.

“Ninguém queria ficar com o ônus da recusa e a ideia da CPI acabou vingando no jogo do deixa que eu deixo”, diz o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB). “O governo não acreditava que topássemos e nós não achávamos que ele levaria isso adiante.”

‘Vingança’.  Quando a CPI começou a ser discutida, os alvos eram o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o senador Demóstenes ─ em grande parte porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca uma espécie de “vingança política” contra Perillo. O que assustou foi a rede de contatos e negócios de Cachoeira, que percorre prefeituras goianas comandadas por vários partidos e avança de Goiás para o Centro- Oeste, o Sudeste e o Nordeste.

A empresa Delta, que tem vínculos com integrantes do esquema de Cachoeira e entrou na mira da CPI, também tem negócios com o governo federal, com governadores do PMDB, do PSDB e do PT e com prefeituras de vários partidos. Isso explica a irritação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que foi a Brasília e reclamou da CPI.

Sediada no Rio, a empreiteira ganhou notoriedade depois de emprestar um jatinho para o governador fluminense. Há nove meses, um acidente com um helicóptero em Trancoso, na Bahia, matou sete pessoas, entre elas a namorada do filho do governador Cabral. Foi aí que veio à tona a ligação íntima de Sérgio Cabral como empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta e do helicóptero emprestado à família Cabral.

Além de ser a maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que recebeu R$ 4,13 bilhões do Tesouro nos últimos cinco anos, a Delta também é uma das responsáveis pela reforma do Maracanã. Atua também no governo de Perillo, que deu ontem sinal verde para a CPI. O governador informou ao partido que herdara o contrato de locação de veículos de seu antecessor – Alcides Rodrigues (PP) ─ e desde então não fez um só reajuste de preço, reivindicado pela Delta.

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Blog do Noblat

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