Pizzolato, agora criminoso em dois países, não foi preso por causa dos crimes do mensalão, mas porque portava documento falso

Publicado em 05/02/2014 05:58 e atualizado em 20/03/2014 16:34
por Reinaldo Azevedo, de veja.com.br

Pizzolato, agora criminoso em dois países, não foi preso por causa dos crimes do mensalão, mas porque portava documento falso

Henrique Pizzolato tem dupla cidadania, brasileira e italiana. Agora ele já é um criminoso no Brasil e na Itália. Em dois países. Em dois idiomas. Pudesse ter uma terceira, vocês já sabem… Que vocação a desse senhor, não é mesmo? O poeta latino Horário, nascido onde hoje é a Itália, país em que Pizzolato foi preso, dizia que aquele que cruza o oceano muda de céu, mas não de espírito. Isso quer dizer, leitor, que a pessoa sempre leva consigo aquilo que ela essencialmente é. Pizzolato cometeu no Brasil os crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para entrar na Itália, recorreu a documentos e passaporte falsos, usando o nome de um irmão morto. O Brasil, que já tem movimento de sem-terra, movimento de sem-teto, movimento do sem sei-lá-o-que, também tem o MSL: Movimento dos Sem-Limites.

Atenção! Ele não foi preso pelas autoridades italianas por causa dos R$ 76 milhões desviados do fundo Visanet, do Banco do Brasil, para a sem-vergonhice mensaleira. Ele foi preso porque recorreu a documentos falsos para entrar na Itália. Se não tivesse cometido crime nenhum naquele país, teria continuado livre, leve e solto. Considerando a dinheirama viva que estava com ele — 15 mil euros mais US$ 2 mil —, não parece que estivesse passando por um aperto. Sem contar que este valoroso senhor jamais deixou de receber a aposentadoria de R$ 25 mil como ex-funcionário do Banco do Brasil. Isso corresponde a quase 8 mil euros. Considerando que o salário médio na Itália está faixa dos 900 euros, dava para levar uma vida boa.

Para ser preso na Itália por causa do mensalão, seria preciso que a Justiça de lá abrisse um processo e o condenasse pelos crimes cometidos aqui. A hipótese é remotíssima. A extradição era improvável porque, afinal, ele também era um cidadão italiano que não havia cometido crime nenhum por lá.

Mesmo agora, preso por ter entrado em solo italiano com documento falso, a extradição ainda é uma hipótese remota. E cumpre, sim, lembrar o caso Cesare Battisti. O Brasil se negou a extraditar o terrorista, embora ele tivesse sido condenado na Itália pelo assassinato de três pessoas. Será que, se os italianos se negarem a entregar Pizzolato, estarão apenas se vingando? Não! Battisti, que também entrou no Brasil com documento falso, não tinha cidadania brasileira, e Pizzolato tem cidadania italiana. No caso do terrorista, o Tratado de Extradição vigente entre os dois países obrigava a entrega; no caso de Pizzolato, não.

O governo brasileiro diz estudar duas possibilidades: tanto o pedido de extradição como o pedido para que a Justiça italiana abra um processo pelos crimes do mensalão. As duas são implausíveis, embora não impossíveis. Há, no entanto, uma terceira, que deixo como sugestão se as outras duas falharem: pedir que a Justiça italiana reconheça aos menos os efeitos civis da condenação, o que implicaria o sequestro de bens eventualmente adquiridos na Itália e o confisco de sua rica aposentadoria caso continue a ser enviada para a Itália.

PS – O governo brasileiro está chamando a prisão de “operação conjunta” com a polícia italiana. Se a PF participou, foi no monitoramento de Pizzolato, com eventuais ações de inteligência. Foram os italianos que prenderam o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, em razão do crime cometido na Itália.

Por Reinaldo Azevedo

 

Pizzolato: com passaporte falso, em nome do irmão morto, 15 mil euros e US$ 2 mil

O passaporte falso de Pizzolato, em nome do irmão morto

O passaporte falso de Pizzolato, em nome do irmão morto

Por Jamil Chace e Felipe Cordeiro, no Estadão Online. Volto no próximo post:
Henrique Pizzolato foi preso na manhã desta quarta-feira, 5, na cidade de Maranello na Itália, onde vivia escondido na casa de um sobrinho que trabalhava na Ferrari. A informação foi passada ao grupo Estado pela polícia da cidade, que o transferiu para Modena, onde o brasileiro está preso. Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão, foi encontrado com 15 mil euros em dinheiro e mais US$ 2 mil. Ele estava acompanhado de sua mulher.

Segundo a Polícia de Maranello, há dois dias existia a pista de que Pizzolato estaria na casa de seu sobrinho, Fernando Paulo, filho da irmã do ex-diretor. Nesta quarta, às 11 horas (8 horas, segundo horário de Brasília), a polícia viu que uma das janelas da casa foi aberta e que uma mulher que parecia ser a esposa de Pizzolato apareceu na janela.

Segundos depois, a polícia invadiu a casa e prendeu Pizzolato, que estava com um documento italiano e passaporte falsos. Ele passará a noite na cadeia de Modena, para onde foi transferido. A esposa dele não está presa e não há qualquer intenção da polícia italiana de mantê-la em custódia.

A polícia italiana confirmou também que o ex-diretor utilizou o passaporte de um irmão para entrar na Europa. “Era um documento com o nome de um irmão que morreu em um acidente”, afirmou o coronel Carlo Carrozzo, do departamento operacional de Modena, província onde Pizzolato foi encontrado.

De acordo com Carrozzo, o ex-diretor será encaminhado a Modena, capital da província e, em seguida, a Roma para aguardar uma decisão conjunta da Itália e do Brasil sobre seu destino. “Ele vai esperar um acordo entre o governo brasileiro e o italiano, mas não é competência nossa. O nosso dever era só prendê-lo”, disse.

Pizzolato foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato e cumprirá a pena em regime fechado.

Por Reinaldo Azevedo

 

Escrava cubana que atuava no “Mais Médicos” do candidato Padilha deserta, é perseguida pela PF de Dilma, que atua a serviço dos irmãos Castro, e pede asilo no gabinete de Caiado, deputado do DEM. Ou: Contrato de médica pode ser indício de caixa dois eleitoral

Médica cubana na Câmara exibe contrato com uma tal

Médica cubana na Câmara exibe contrato com uma tal “Sociedade Mercantil Cubana”, que ninguém sabe o que é (Pedro Ladeira/Folhapress)

Que título forte, não é, colegas? Será que exagero? Acho que não. O caso é complicado mesmo. Vou lhes contar uma história que envolve trabalho escravo, tirania política e , não sei não, podemos estar diante de um caso monumental de tráfico de divisas, lavagem de dinheiro e financiamento irregular de campanha eleitoral no Brasil. Vamos com calma.

O busílis é o seguinte. Ramona Matos Rodriguez, de 51 anos, é uma médica cubana, que está em Banânia por causa do tal programa “Mais Médicos” — aquele que levou Alexandre Padilha a mandar a ética às favas ao transmitir o cargo a Arthur Chioro. Ela atuava em Pacajá, no Pará. Como sabemos, cada médico estrangeiro custa ao Brasil R$ 10 mil. Ocorre que, no caso dos cubanos, esse dinheiro é repassado a uma entidade, que o transfere para o governo ditatorial da ilha, e os tiranos passam aos doutores apenas uma parcela do valor — cerca de 30%. Os outros 70%, na melhor das hipóteses, ficam com a ditadura. Na pior, nós já vamos ver.

Pois bem. No caso de Ramona, ela disse receber o correspondente a apenas US$ 400 (mais ou menos R$ 968). Outros US$ 600 (R$ 1.452) seriam depositados em Cuba e só poderiam ser sacados no seu retorno ao país. O restante — R$ 7.580 — engordam o caixa dos tiranos (e pode não ser só isso…). Devem atuar hoje no Brasil 4 mil cubanos. Mantida essa proporção, a ilha lucra por mês, depois de pagar os médicos, R$ 30,320 milhões —ou R$ 363,840 milhões por ano. Como o governo Dilma pretende ter 6 mil cubanos no país, essa conta salta para R$ 545,760 milhões por ano — ou US$ 225,520 milhões. Convenham: não é qualquer país que amealha tudo isso traficando gente. É preciso ser comuna! Mas vamos ao caso.

Ramona fugiu, resolveu desertar. Não consegue viver no Brasil com os US$ 400. Sente-se ludibriada. Ocorre que os cubanos que estão por aqui, o que é um escárnio, obedecem às leis de Cuba. Eles assinam um contrato de trabalho em que se obrigam a não pedir asilo ao país — o que viola leis nacionais e internacionais. Caso queiram deixar o programa, não podem atuar como médicos no Brasil — já que estão proibidos de fazer o Revalida e só podem atuar no Mais Médicos — são obrigado a cair nos braços dos irmãos Castro. A deportação — é esse o nome — é automática.

Pois bem. Ramona quis cair for do programa. Imediatamente, segundo ela, passou a ser procurada pela Polícia Federal do Brasil. Acabou conseguindo contato com o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é médico, e está agora refugiada em seu gabinete — na verdade, no gabinete da Liderança do DEM. Ali, ela está a salvo da ação da Polícia Federal. Não poderão fazer com ela o que fizeram com os pugilistas cubanos quando Tarso Genro era ministro. Eles foram metidos num avião cedido por Hugo Chávez e devolvidos a Cuba.

Vejam que coisa… Ramona sabia, sim, que receberia apenas US$ 1 mil pelo serviço — só US$ 400 aqui. Até achou bom, coitada! Afinal, naquele paraíso de onde ela veio, cantada em prosa e verso pelo petismo, um médico recebe US$ 25 por mês. A economia, como se sabe, se movimenta no mercado negro. Ocorre que a médica, que é clínica geral, disse não saber que o custo de vida no Brasil era tão caro.

A contratante
O dado que mais chama a atenção nessa historia toda, no entanto, é outro. Até esta terça-feira, todos achávamos que os médicos cubanos eram contratados pela OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), que é um órgão ligado à OMS (Organização Mundial de Saúde), da ONU. Sim, a OPAS é uma das subordinadas ideológicas do regime dos Castro. Está lotada de comunistas, da portaria à diretoria. De todo modo, é obrigada a prestar contas a uma divisão das Nações Unidas. Ocorre que o contrato da médica que desertou é celebrado com uma tal “Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Cubanos”

Que estrovenga é essa, de que nunca ninguém ouviu falar? Olhem aqui: como Cuba é uma tirania, a entrada e a saída de dinheiro são atos de arbítrio; dependem da vontade do mandatário. Quem controla a não ser o ditador, com a colaboração de sua corriola? Assim, é muito fácil entrar no país um dinheiro como investimento do BNDES — em porto, por exemplo —, e uma parcela voltar ao Brasil na forma, deixem-me ver, de doação eleitoral irregular. E o mesmo vale para o Mais Médicos. Nesse caso, a tal OPAS podia atrapalhar um pouco, não é? Mas eis que entra em cena essa tal “Sociedade Mercantil Cubana”, seja lá o que isso signifique.

A Polícia Federal não poderá entrar na Câmara para tirar Ramona de lá. O contrato com os cubanos — e, reitero, é ilegal — não prevê asilo político. A Mesa da Câmara também não pode fazer nada porque o espaço da liderança pertence ao partido.

Vamos ver no que vai dar. O primeiro fio que tem de ser puxado nessa meada é essa tal “Sociedade Mercantil”, que não havia aparecido na história até agora. Quantos médicos vieram por intermédio dela? O que isso significa em valores? Quem tem o controle sobre esse dinheiro?

Texto publicado originalmente às 2h32

Por Reinaldo Azevedo

 

Cardozo nega que PF esteja monitorado cubana que desertou do programa “Mais Médicos”

Por Marcela Mattos, na VEJA.com. Volto no próximo post:
A cubana Ramona Matos Rodrigues, em plenário. Participante do programa Mais Médicos, do governo federal, a médica e os parlamentares do DEM, liderados pelo deputado Ronaldo Caiado (GO), denunciam que a médica teve seu telefone grampeado e foi buscada por policiais federais na residência que ocupava em Pacajá, no Pará, após ter deixado a cidade frustrada com os valores pagos pelo trabalho no programa.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou nesta quarta-feira que a Polícia Federal tenha interceptado telefonemas da médica cubana Ramona Matos Rodriguez ou esteja à procura da profissional, que integra o programa federal Mais Médicos. Ramona afirma ter fugido de Pacajá (PA) no último sábado, após agentes da PF grampearem seu telefone. “Não existe a menor possibilidade legal para que isso tivesse ocorrido. A Polícia Federal não a está procurando ou investigando e não existe nenhuma interceptação legal de telefone. Se algum policial fez isso, o fez em total situação de ilegalidade”, disse Cardozo. “Não há nenhuma medida em curso em relação à cubana.”

Ramona contou que saiu de Pacajá no sábado e avisou a colegas da cidade que viajaria para uma fazenda e retornaria no domingo. Com a ajuda de uma amiga, ela foi até Marabá, onde embarcou para Brasília. Ao telefonar para a amiga, ela teria recebido a informação de que as ligações foram interceptadas e que policiais federais foram procurá-la na sua residência. Cardozo rebateu a versão e afirmou que a família que a hospedava em Pacajá acionou a Polícia Civil por causa da demora da cubana em voltar para casa.  A médica foi abrigada pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e está morando provisoriamente no gabinete do DEM na Câmara. Ela teme ser deportada para Cuba e entregue ao regime dos irmãos Castro.

De acordo com Cardozo, no entanto, não houve nenhuma comunicação sobre o descredenciamento dela do programa Mais Médicos, o que implicaria na cassação do visto. O ministro recebeu nesta tarde parlamentares do DEM para tratar do pedido de refúgio. O partido deve protocolar a solicitação ainda hoje. “Até o momento ela tem o visto regular. Não há nenhuma razão objetiva para que ela tenha de se refugiar em qualquer lugar. Ela pode circular livremente”, disse.

A partir do momento em que o pedido de refúgio for feito, a cubana passará a ter garantida a permanência no Brasil até o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) julgar o caso. Depois de formalizado o pedido de refúgio, uma espécie de investigação é instaurada para avaliar a requisição. A decisão dificilmente será tomada antes de março porque “há uma fila a ser obedecida”, segundo o secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão. Atualmente, 71 cubanos estão refugiados no país e cinco aguardam apreciação do órgão.

Por Reinaldo Azevedo

 

Mais Médicos — Não custa lembrar: titular da AGU ameaçou com extradição cubanos que desertassem. Ou: As negativas de Cardozo

José Eduardo Cardozo nega que a Polícia Federal esteja monitorando a médica cubana que desertou do programa “Mais Médicos”. Tomara que seja verdade. Os petistas certamente acham que tenho muitos defeitos — numa coisa ou outra, talvez tenham razão. Quem sou eu para negar? Mas aquilo de que menos gostam em mim é a memória — que, sei lá, acho uma qualidade. E, agora, eu tenho de voltar ao dia 26 de agosto do ano passado.

Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, numa curta entrevista, protagonizou uma das cenas mais infames dos quase 12 anos de governo petista. Eu mal podia acreditar no que via e ouvia. Com os meridianos da hombridade ajustados, ele não teria falado o que falou. Depois de tê-lo feito, ainda que combalida, a hombridade remanescente deveria tê-lo levado a se demitir. Por quê?

Por ocasião da chegada dos médicos cubanos, os jornalistas dirigiram a Adams uma questão absolutamente pertinente: qual será a reação do governo brasileiro caso médicos cubanos peçam asilo ao governo brasileiro? Respondeu a excelência: “Nesse caso me parece que não teriam direito a essa pretensão. Provavelmente seriam devolvidos.” E ele foi adiante, tentando explicar: “Todos os tratados, quando se trata de asilo, [consideram] situações que configurem ameaça por razões de ordem políticas, de crença religiosa ou outra razão. É nesses condições que você analisa as situações de refúgio. E, nesse caso, não me parece que configuraria essa situação”.

Entenderam por que a médica cubana Ramona Matos Rodríguez está com medo? Sim, meus caros, é preciso considerar as condições em que estes pobres-coitados vêm trabalhar no Brasil, inclusive com agressão explícita à nossa soberania.

Eles estão impedidos de construir uma carreira no Brasil porque suas famílias ficaram em Cuba, e o visto provisório não lhes dá o direito de exercer outra atividade que não aquela do “contrato”. A informação que lhes foi passada é que era inútil tentar desertar ou seriam “devolvidos”, como ameaçou Adams.

Atenção! Mesmo no Brasil, os médicos cubanos estão submetidos às ordens do regime comunista, uma vez que  estão sob a tutela de agentes cubanos, que são seus verdadeiros chefes. Melhor ainda: obrigados a ser comunistas, eles não reivindicarão nada. Ficarão longe de qualquer associação ou órgão de classe.

É importante lembrar: quem decide quando é chegada a hora de substituir um médico não são as autoridades brasileiras da saúde, mas os cubanos que chefiam a equipe. Se, por qualquer razão, decidirem “devolver” um médico e importar outro, isso é lá com eles. O Brasil não interfere. E vocês já sabem como funciona o esquema de remuneração. No governo, fala-se em chegar a até 10 mil cubanos, o que poderia render à ilha comunista, nos valores de hoje, líquidos, depois do pagamento miserável feito aos médicos, R$ 75,8 milhões por mês — R$ 909,6 milhões num ano. No comunismo, a carne humana sempre foi muito valorizada.

Esforço-me para acreditar em José Eduardo Cardozo, embora tenha de ser honesto e confessar que tenho alguma dificuldade. Até porque não custa lembrar que raramente o governo mentiu tanto sobre um programa como nesse caso. O Planalto chegou praticamente a descartar a vinda dos cubanos no começo de julho. Pouco mais de um mês depois, anunciou-se a vinda dos cubanos e se descobriu que as negociações estavam em curso havia um ano e meio.

Por Reinaldo Azevedo

 

PT diz que vai interpelar Gilmar Mendes. É mesmo, é? Então vamos ver

Que pitoresco!

O PT anunciou que vai interpelar Gilmar Mendes por conta de algumas indagações que fez o ministro sobre a origem do dinheiro que está sendo “doado” aos mensaleiros pela Internet. Depois de uma sequência de atos debochados de petistas contra o Poder Judiciário — incluindo a própria arrecadação de dinheiro para pagar a multa de criminosos —, Mendes afirmou que é preciso verificar se o procedimento não é uma forma de lavagem de dinheiro.

Os petistas não gostaram. Rui Falcão anunciou que pretende interpelar o ministro com base no Artigo 284 do Código Penal, a saber:
“Art. 144 – Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.”

Certo! O PT, então, como pessoa jurídica, vai alegar “crime contra a honra” por causa de uma pergunta ou de uma hipótese? Isso é só para gerar notícia…

Venham cá: quando João Paulo, José Genoino, José Dirceu, Rui Falcão ou André Vargas acusam um ministro do Supremo de condenar sem provas; de agir com preconceito contra o partido; se não seguir os fundamentos do Estado de direito; de ceder à pressão midiática, isso é o quê? Vejam o ato asqueroso, patético, protagonizado por André Vargas numa solenidade oficial. Como definir aquilo?

Ora, juiz que faz essas coisas é, quando menos, um prevaricador, não é mesmo? Se é de crimes contra a honra que estamos falando, quem ofende a honra de quem? Não custa lembrar que acusações dessa natureza estão sendo feitas pelos petistas até em documentos oficiais do partido.

Por Reinaldo Azevedo

 

Corpos de homens desaparecidos, assassinados por índios, são encontrados em reserva. Wagner Moura, Camila Pitanga, Bete Mendes, Dira Paes e Marcelo Freixo não acenderão nem uma velinha por eles…

Pois é… Vocês se lembram dos três homens que desaparecem numa reserva dos índios tenharins, no Amazonas? Seus respectivos corpos foram encontrados anteontem. Cinco indígenas já haviam sido presos pela Polícia Federal, que tinha ouvido relatos detalhados dos assassinatos, mas não havia encontrado os cadáveres. No mês passado, revoltada com o desaparecimento, a população da cidade de Humaitá incendiou a sede local da Funai e carros e barcos que serviam à fundação.

Relembro o caso. No dia 16 de dezembro, os três homens desapareceram quando cruzavam a reserva indígena dos Tenharins: Aldenei Salvador, que era funcionário da Eletrobrás, Luciano Ferreira, um representante comercial, e Stef de Souza, um professor. Sumiram quando trafegavam de carro pelo trecho da Transamazônica que corta a reserva, onde os índios espalharam postos de pedágio, o que é ilegal, mas tolerado pela Funai.

Os que acusavam os índios pelo assassinado afirmavam que eles estariam vingando a morte do cacique Ivan Tenharim, ocorrida em junho. E como ele morreu? O seu próprio filho admite que foi em decorrência de um acidente de moto. Ocorre que Ivã Bocchini, que era coordenador regional da Funai, havia publicado no blog oficial do órgão um texto levantando a hipótese de assassinato. Aí já viu! O tal Bocchini foi afastado.

Pois bem. A população estava errada na forma de protesto, mas certa no mérito. Agora cabe a pergunta: quem se interessa por esses três cadáveres?

Que título é aquele?
Eu me refiro a mais um vídeo que os deslumbretes do politicamente e indianisticamente correto gravaram em defesa dos “Guaranis-Kaiowas” — que, claro, merecem todo o apoio desde que sua “causa” não concorra para jogar outros na miséria e no desamparo. Quem conhece o caso sabe muito bem que o embate, no caso desses outros índios, à diferença do que informa o vídeo, não se dá com “ruralistas”.

De resto, só a rematada ignorância — e artistas deveriam se informar antes de abraçar causas — pode sustentar que a taxa de homicídios dos “Guaranis-Kaiowas” está entre as mais altas do mundo. Se alguém perguntar a essa gente qual é a taxa de homicídios do Brasil, de Alagoas, do Sergipe ou da Bahia — né, Moura? —, vocês acham que sai a resposta? O que importa é se posicionar contra “os inimigos de sempre”. Aliás, não fosse o agronegócio, talvez todos eles estivessem com os bolsos mais vazios porque o país já teria quebrado faz tempo. Se algum deles tiver a curiosidade, forneço os números. Mas eles não têm. Estão ocupados demais sendo bonzinhos…

Mas isso fica para outra hora. Amanhã, ninguém mais vai se lembrar dos três homens mortos pelos índios. Eles são sem-ONG. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai se calar. Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, vai tapar os olhos, o ouvido e a boca.

E a gente se protege tapando o nariz.

Por Reinaldo Azevedo

 

Gilmar Mendes diz que é preciso examinar se não há lavagem de dinheiro em grana arrecadada por PT para pagar multa. E, de novo, o financiamento de campanha

Gilmar Mendes, ministro do STF, fez declarações nesta terça-feira que me deixaram um pouquinho envergonhado. Não por ele, que disse as coisas pertinentes. Mas por setores nem tão minoritários da imprensa, que assistiram ao espetáculo de pornografia política explícita e fizeram de conta que nada estava acontecendo. Houve até quem elogiasse! A que me refiro? À tal “arrecadação” que o PT teria feito pela Internet para pagar a multa de políticos presos por corrupção ativa e passiva, peculato e formação de quadrilha.

O ministro perguntou, segundo informa a Folha“Será que esse dinheiro que está voltando é de fato de militantes? Ou estão distribuindo dinheiro para fazer esse tipo de doação? Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui? São coisas que nós precisamos examinar”.

O ministro foi adiante:
“Há algo de grave nisso. E precisa ser investigado. E essa gente, eles não são criminosos políticos, não é gente que lutava por um ideal e está sendo condenado por isso. São políticos presos por corrupção (…) são coisas que precisam ser refletidas. A sociedade precisa discutir isso”.

Perfeito! Mendes, de resto, não está a falar de um caso ainda em julgamento, mas de sentenças já com trânsito em julgado. O deboche é explícito

O Supremo Tribunal Federal está a um voto de jogar o financiamento das campanhas eleitorais na clandestinidade, naquele que pode ser um dos mais graves erros cometidos pelo tribunal em toda a sua história. O acinte dos petistas para “arrecadar” o dinheiro da multa ajuda a iluminar o debate. Afirmou o ministro:

“Isso mostra também o risco desse chamado modelo de doação individual. Imaginem os senhores, com organizações sindicais, associações, distribuindo dinheiro por CPF”.

No ponto! Se as doações de empresas forem proibidas, sobrarão duas alternativas, que se combinarão:
a: financiamento público, que hoje beneficia o PT, que é o maior partido na Câmara;
b: doações de pessoas físicas.

Vejam o caso do dinheiro supostamente “doado” aos mensaleiros. Quem são as pessoas? Quem aceita financiar criminosos com tanta determinação? Qual é a origem dessa grana?

O “esquema” montado pelo PT para pagar as multas revela, sem que tenha sido essa a intenção, é óbvio, o que está por trás da proibição das doações de empresas. O país ficará reféns de esquemas que se movem nas sombras.

Por Reinaldo Azevedo

 

“O Brasil saiu dos trilhos”, diz Campos ao lançar plano de governo

Por Marcela Mattos, na VEJA.com:
Ao lançar nessa terça-feira o plano de governo do PSB-Rede, o governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência Eduardo Campos dedicou parte dos 35 minutos de discurso para fazer duras críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff. Campos afirmou que o país “saiu dos trilhos” e atacou a estagnação econômica um dia após a presidente ter enviado mensagem aos Congresso Nacional pedindo socorro aos parlamentares para conter o desequilíbrio fiscal. “É possível, necessário e imperativo melhorar o país e fazer com que ele não saia dos trilhos, que é essa a percepção brasileira. Onde vamos temos a clara percepção de que o Brasil parou, de que saiu dos trilhos, que estava avançando no sentido de acumular conquistas e mais do que de repente teve a sensação de freada e de desencontro”, disse Campos em auditório na Câmara dos Deputados. Antes, o PPS recebeu as diretrizes do partido e reafirmou o apoio nas eleições deste ano.

Campos passou a subir o tom com o governo no início do ano, após texto divulgado na página do PT no Facebook tê-lo chamado de ‘playboy’ e afirmar que o governador de Pernambuco não tem programas claros de governo. Nesta manhã, o presidenciável voltou a dizer que não vai entrar no jogo de quem quer baixar o nível do debate político, mas não poupou críticas: “Não há nenhum canto nesse país onde passamos e alguém ache que mais quatro anos do que está aí vai fazer bem ao povo brasileiro. Até os que estão lá hoje contam a hora de estarem aqui conosco, essa é a verdade que vai se revelar”.

Durante o evento, a ex-senadora Marina Silva voltou a colocar Campos como o cabeça da chapa. Uma das condições para Marina aceitar entrar na disputa na vice-presidência foi o veto do PSB ao apoio ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), uma exigência feita durante a aliança PSB-Rede. “Eduardo tem vantagens em relação a mim: não tem a metade dos preconceitos que muitas vezes eu tenho de enfrentar. Eu não sou muito boa para ganhar votos para mim mesma, mas sou muito boa para pedir voto para outras pessoas”, disse, ao colocar as mãos sobre o ombro do pernambucano. “Vice é o candidato quem define, e o candidato é ele [Campos]. Vocês têm ainda alguma dúvida disso?”

Também estiveram na mira dos presidenciáveis o inchaço da máquina pública – o governo Dilma atingiu número recorde de ministérios, com 39 pastas – e as estratégias utilizadas para acomodar partidos políticos em troca de tempo de televisão. “O Estado não pode ser apropriado pela estrutura, pelos partidos políticos. Não adianta vir com o currículo de um incompetente debaixo do braço para servir ao povo porque é amigo. Esse padrão está esgotado”, afirmou Campos. Marina Silva concluiu: “É por isso que a educação figura como um dos maiores problemas do país. E mesmo com o diagnóstico de que temos graves problemas em educação, as reformas ministeriais não são feitas para resolvê-los. São feitas para acomodar aliados pensando nas eleições”. Dilma iniciou na semana passada as trocas ministeriais. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi alçado à Casa Civil para melhorar a articulação política do governo.

Programa
A educação está entre os principais eixos da campanha da parceria PSB-Rede. Nas diretrizes para a elaboração de programa de governo, está a proposta de ensino integral e o compromisso com o fim do analfabetismo. O programa sugere um método de atuação “radicalmente novo” e com base no diálogo permanente com a sociedade.

Após ver a criação do Rede Sustentabilidade, partido em construção de Marina Silva, barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro do ano passado, o programa da parceira entre socialistas e sustentáveis traz a possibilidade de candidaturas avulsas, extinguindo a exigência de filiação partidária. Também como parte de uma reforma política, a cartilha sugere a revisão do financiamento eleitoral para baratear as campanhas e “diminuir a influência do poder econômico”.

A apresentação do programa foi intercalada por performances artísticas. Os principais pontos foram explicados no formato de poesia. Em seguida, um músico tocou no pandeiro o som do frevo pernambucano.

Por Reinaldo Azevedo

 

O ataque ao filho de Alckmin e a tentação da demagogia

O evento já vem pronto, desde a origem, para a exploração política. E o primeiro a ter feito uma associação não muito, como direi?, decorosa foi o ex-prefeito Gilberto Kassab. Já chego lá. A que me refiro? Thomaz, um dos filhos do governador Geraldo Alckmin, foi vítima no domingo à noite do que pode ter sido uma tentativa de assalto, sequestro ou coisa pior.

Ele estava de carro, um Hyundai i30 sem blindagem, em companhia da filha, de 9 anos, quando um carro à sua frente deu cavalo de pau. De dentro saíram quatro homens armados. Os policiais militares que faziam a escolta de Thomaz em outro veículo saltaram, deram voz de prisão aos bandidos, e houve troca de tiros. Os marginais conseguiram fugir e largaram o carro logo adiante, um Nissan Tiida, que também havia sido roubado. Quando os policiais o encontraram, havia manchas de sangue. Nada aconteceu com Thomaz, com sua filha e com os policiais.

Kassab, que demonstra a intenção de se candidatar ao governo de São Paulo, fez o que não se deve fazer em casos assim. Concedeu uma entrevista e afirmou que o evento tem “um forte simbolismo porque ressalta o grau de insegurança a que estão submetidos todos os paulistanos”.

Pois é… Os familiares do governador não são, de fato, diferentes dos demais paulistanos. Ter acontecido com um deles não tem importância estatística nenhuma. Kassab é inteligente o bastante para saber disso e deve ter o bom gosto de evitar a exploração politiqueira do caso. “Se aconteceu até com o filho do governador…” Caros, é a mesma probabilidade que há de acontecer com o filho do seu Joaquim da padaria. De resto, o presidente do PSD deve se lembrar do que se passa na Bahia, já que Otto Alencar, o vice-governador, é do seu partido. O estado tem quase o quádruplo de homicídios por 100 mil habitantes na comparação com São Paulo: mais de 40. Não consta que Kassab tenha se referido alguma vez ao “grau de insegurança a que estão submetidos todos os baianos”. Ou estou enganado?

A abordagem aconteceu na rua Professor Alcebíades Delamare, no Morumbi. Moradores da região dizem que os assaltos são frequentes por ali. É claro que o caso é grave, mas não se pode perder de vista que São Paulo é o estado que tem hoje a menor taxa de homicídios do país. “Ah, está querendo dourar a pílula”. Não! Estou lidando com dados objetivos, só isso — o que não quer dizer que o governo ou nós todos devamos nos conformar com isso.

Estranho
Acho, sinceramente, o caso um pouco estranho. Quatro assaltantes num carro, armados até os dentes, numa manobra arriscada como essa? Tudo para roubar um carro? A polícia certamente pode avaliar melhor do que eu, mas não me parece um caso muito convencional.

Em outubro, sou obrigado a lembrar, veio a público a interceptação de conversas telefônicas entre membros do PCC que traziam uma ameaça de morte ao governador Geraldo Alckmin. Luís Henrique Fernandes, conhecido como LH, conversa com Rodrigo Felício, o Tiquinho, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca, todos integrantes do partido do crime. Diz LH:
“Depois que esse governador entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara, na época que ‘nóis’ decretou ele, então, hoje em dia, secretário de Segurança Pública, secretário de Administração, comandante dos vermes (Polícia Militar), estão todos contra ‘nois’.” O diálogo ocorreu em 11 de agosto de 2011, às 22h37. “Decretar” alguém significa ordem para matar.

Não estou tirando conclusão precipitada nenhuma ou fazendo afirmações oblíquas. Apenas considero obrigatório lembrar esse episódio. A Polícia de São Paulo, gostem ou não seus detratores — e eles não gostam —, apesar dos muitos problemas, é, sim, uma das mais eficientes do Brasil. E bandido não costuma gostar disso.

Aí o petralha assanhado fica excitado: “Ah, quando é o Distrito Federal, governado pelo PT, você faz alarde!”. Calma! Tire as mãozinhas do chão antes de ficar nervoso, tente raciocinar, petralha fascinado por mim. A taxa de homicídios do DF, sem que haja qualquer razão, digamos, sociológica para isso, é superior ao triplo da de São Paulo — e isso antes da atual onda de violência, decorrente da estúpida Operação Tartaruga.

Nenhuma hipótese pode ser descartada em São Paulo. Mas que se descarte, de saída, a demagogia.

Por Reinaldo Azevedo

 

Recorde – Gastos de publicidade do Ministério da Saúde chegaram a R$ 232 milhões em 2013

Por Johanna Nublat e Gustavo Patu, na Folha:
Antes de deixar o Ministério da Saúde para concorrer pelo PT ao governo paulista nas próximas eleições, Alexandre Padilha promoveu a maior alta dos gastos com publicidade da pasta desde o início do governo petista. As despesas alcançaram no ano passado R$ 232 milhões, com um crescimento de 19,7% acima da inflação sobre os desembolsos de 2012 — que já haviam crescido 18,6% sobre 2011. O ritmo de expansão desse biênio não tem paralelo em uma década, como mostram os dados do próprio ministério. O último registro de uma taxa de aumento expressivo aconteceu no ano eleitoral de 2006, quando os montantes envolvidos eram bem menores que os atuais.

Tecnicamente, quase todos os gastos com publicidade da Saúde são classificados como de utilidade pública. Entre os exemplos tradicionais estão as campanhas de vacinação contra a paralisia infantil e as de prevenção de doenças como a Aids e a dengue. No entanto, essa classificação de despesa também abriga a promoção de programas que estão entre as vitrines eleitorais do governo Dilma Rousseff e de Padilha, como o Saúde Não Tem Preço e o Mais Médicos. O primeiro, lançado no início do governo Dilma, instituiu a distribuição gratuita, nas farmácias, de medicamentos contra diabetes e hipertensão e, a partir de 2012, contra a asma. O segundo, o Mais Médicos, foi lançado em 2013 após batalha pública contra as entidades médicas nacionais, contrárias ao programa. O governo já contabiliza 9.549 profissionais selecionados pelo Mais Médicos — sendo que 77,5% deles são médicos cubanos.

Uma citação aos dois programas foi inserida no pronunciamento que Padilha fez na TV semana passada sobre a vacina contra o HPV, o que gerou críticas da oposição. O Mais Médicos liderou as verbas publicitárias de 2013, com R$ 36,9 milhões, seguido pela prevenção da dengue, que mereceu R$ 33,2 milhões. O Saúde Não Tem Preço recebeu R$ 13,9 milhões. Em nota enviada à Folha, a Saúde afirmou que a expansão dessas despesas está ligada à ampliação dos serviços públicos prestados.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Economia

Déficit histórico

Produção em queda

Produção em baixa, importação em alta

O governo acaba de fechar os dados da conta-petróleo de 2013, ou seja, do volume de exportação e importação de petróleo e derivados. O déficit foi de 20,1 bilhões de dólares, um recorde absoluto na história do Brasil.

Foram exportados 23 bilhões de dólares de petróleo e derivados e importados 42,9 bilhões de dólares de petróleo, derivados e gás natural.

As áreas de energia e balança comercial têm sido pródigas em más notícias. Mas esta é superlativamente ruim.

Por Lauro Jardim

 

Brasil

No pico

Usina termelétricas: no limite

Usina termelétrica: no limite

Depois do recorde de quarta-feira passada, ontem o Brasil registrou um novo recorde de consumo de energia. Foram 84 331 megawatts-hora, registrados às 15h32.

Entre os dias 21 de janeiro e ontem, ou seja, nos últimos quinze dias, foram registrados os dez maiores picos de consumo de energia da história do Brasil.

O sistema elétrico está operando no limite.  E as térmicas que seguram a barra nestes tempos de pouca chuva, calor excessivo e obras de infraestrutura atrasadas?

De acordo com dados do próprio governo, ontem a situação era explosiva. O Brasil tem 21.317 megawatts  de capacidade instalada de termelétricas. Desse total, 5 094 megawatts estão em manutenção e 15 242 megawatts estão em operação.

Portanto, há uma sobra de magros 981 megawatts, o que em termos de geração é quase nada.

Por Lauro Jardim

 

Brasil

Dependência termelétrica

Termelétricas em ação

Para afastar os apagões

O governo autorizou o acionamento de mais megawatts nas termelétricas nesta semana. Quer evitar riscos de apagões. Hoje, 25% de toda a energia consumida do Brasil vem das caríssimas usinas termelétricas.

Historicamente, só na primeira semana de julho de 2013, o Brasil tinha tantos megawatts de termelétricas acionados.

Por Lauro Jardim

 

Congresso

Inteligência rara

Arrebentou

Arrebentou

Os petistas mais sensatos chegaram à conclusão de que André Vargas é um gênio. Com uma única atitude idiota conseguiu: ofuscar a posse de Aloizio Mercadante e provocar ostensivamente o responsável pelo futuro de seu correligionário.

Resultado: a foto de Mercadante ficou em segundo plano nos jornais de hoje; Joaquim Barbosa executou o que já havia decidido, mandando prender João Paulo Cunha e, 24 horas depois do episódio, o punho e a truculência de Vargas viraram o grand finale de mais um capítulo na derrocada dos mensaleiros petistas.

Por Lauro Jardim

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Sobre os indios assassinos de Humaitá, AM:

    Amanhã, ninguém mais vai se lembrar dos três homens mortos pelos índios. Eles são sem-ONG. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai se calar. Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, vai tapar os olhos, o ouvido e a boca.

    E a gente se protege tapando o nariz.

    Por Reinaldo Azevedo

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