Direto ao Ponto - O recorde de Lula: uma facada na razão e um assassinato da verdade em 26 segundos
O recorde de Lula: uma facada na razão e um assassinato da verdade em 26 segundos
O vídeo que registra um trecho do palavrório de Lula no último Encontro Nacional do PT enfileira, em apenas 26 segundos, uma facada nas costas da razão, o extermínio de um plural e outro assassinato da verdade. É coisa de espantar mesmo quem já não se espanta com nada que venha do palanque ambulante.
“Disputa eleitoral é sempre troca de farpa, troca de acusação e nós temos alguns partido (sic) de oposição”, diz o mestre a seus discípulos. Uma eleição pode caber nesse reducionismo mequetrefe no submundo em que o ex-presidente nasceu, vive e morrerá. Em nações civilizadas, embates decididos nas urnas não têm parentesco com o vale-tudo em que o vitorioso é quem desfere golpes baixos com maior eficiência. Nas democracias de verdade, candidatos lutam por votos amparados em programas, ideias e pontos de vista.
Para concluir o sermão de missa negra, o celebrante se volta para Dilma Rousseff: “Mas o que me causa preocupação, presidenta, é que o principal partido de oposição a Vossa Excelência é a nossa gloriosa imprensa, que é o grande partido de oposição neste país”, capricha na redundância o recordista mundial de mentiras por minuto. O adjetivo “glorioso” identifica o jornalismo independente. O resto, muito apreciado pelo orador, é o lixão que junta jornais, revistas, canais de TV, emissoras de rádio, sites e blogs a serviço da seita lulopetista e de seu único deus.
Lula finge que a imprensa é um partido oposicionista para escapar de cobranças e perguntas que todo governante é obrigado a enfrentar em países onde efetivamente vigoram a liberdade de expressão e o direito à informação.
Que fim levou a autossuficiência na produção de petróleo proclamada em 2006 pelo fundador do Brasil Maravilha que continua importando milhões de barris? Ele também nunca soube nada sobre a compra do trambolho de Pasadena? O que aconteceu para que o preço da Refinaria de Abreu e Lima, tramada em parceria com Hugo Chávez, subisse de US$ 2 bilhões para US$ 20 bilhões? Um filho de um operário metalúrgico tornar-se multimilionário é apenas um milagre brasileiro? Onde estão as provas de que o mensalão foi apenas uma trama golpista dos loiros de olhos azuis? Como explicar o fiasco monumental da supergerente transformada em sucessora? Quando será balbuciado algum álibi vinculado às roubalheiras promovidas por Rosemary Noronha e seus amigos no escritório da Presidência da República em São Paulo?
É para furtar-se a essas e outras perguntas sem respostas convincentes que Lula resolveu decretar que a imprensa é um partido de oposição. Antes que use o mesmo argumento contra o Ministério Público, os procuradores e promotores de Justiça responsáveis por investigar as maracutaias que envolvem o ex-presidente devem cumprir seu dever e intimá-lo a contar o muito que sabe.
(por Augusto Nunes)
Dez vezes mais caro
Tucuruí: sem conexão a Manaus e Macapá
Não são só, como todo brasileiro sabe, as obras da Copa que ficam prontas fora do prazo. Eis outro exemplo de lerdeza e incompetência que resultam em mais gastos dos cofres públicos: trata-se da linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus.
Conhecida no setor como “linhão de Tucuruí”, liga a usina hidrelétrica Tucuruí a Manaus e Macapá. Foi concluído em janeiro, com 1 798 km de extensão e com as duas das maiores torres de alta tensão do mundo com 305 metros de altura.
Com a conexão funcionando, as duas capitais finalmente estariam conectadas ao Sistema Integrado Nacional (SIN). E, assim, todas as caras termelétricas poderiam ser finalmente desligadas em Manaus e Macapá.
Isso no papel. Na realidade, a história é outra.
Por falta de obras de infraestrutura, que deveriam ser feitas por estatais ligadas ao sistema Eletrobras, a previsão é que tudo esteja conectado em 2015, com mais de um ano de atraso. Isso se nenhum imprevisto acontecer até lá.
Para que o leitor entenda o tamanho da encrenca: o custo para gerar energia com estas termelétricas é dez vezes maior do que o custo médio de megawatts/hora médio das hidrelétricas.
Por Lauro Jardim
Tags: Macapá, Manaus, Termelétricas
Aldo Rebelo afirma que o Brasil é mais seguro que a Síria e Renan Calheiros invade outra vez a briga pelo troféu
“O chefe não entendeu porque tanto bafafá”, revelou um dos 141 assessores diretos de Aldo Rebelo durante o lançamento do ministro do Esporte ao título de Homem sem Visão de Maio. “Os estrangeiros precisam saber que, caso fiquem longe das favelas pacificadas, não caminhem nas ruas à noite, não carreguem equipamentos eletrônicos, andem com pouco dinheiro e não ofereçam resistência caso sejam abordados por bandidos, nosso país sem dúvida é muito menos perigoso que a Síria, o Iraque e o Afeganistão”.
Na disputa por ter visto no Brasil um exemplo de paz e tranquilidade quando comparado a países em guerra, Aldo Rebelo também mereceu a indicação ao troféu por não enxergar nenhum problema no descumprimento de mais da metade das metas previstas pelo governo para o Mundial. “Quem precisa de transporte público quando temos lindos estádios?”, questionou a fonte.
Ao saber que o ministro já entrara com a papelada para garantir uma vaga na enquete, Renan Calheiros mandou um dos 12 mil servidores comissionados da Casa do Espanto protocolar novamente sua candidatura. O presidente do Senado, que perdeu a eleição de abril para Gleisi Hoffmann por menos de 200 votos, está na briga por ver tudo certo na CPI da Petrobras no Senado e tudo errado na CPI da Petrobras no Congresso. “Ele também não vê a hora de exibir a cabeleira na cerimônia de premiação”, confidenciou o funcionário.
São dois candidatos de assustar qualquer campeão, leitores eleitores! Outras feras se preparam para entrar na jaula! Quem será o vencedor? Que vença o pior!
(por Augusto Nunes)
POLÍTICA
Um estuário de mágoas
por José Casado, de O Globo
São 2.200 palavras espalhadas por dez páginas com as “diretrizes” do programa de governo, da tática de campanha e da política de alianças do Partido dos Trabalhadores para a disputa em outubro. Foram proclamadas na semana passada por 800 dirigentes do partido, sob a batuta de Lula, na sagração da candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
O conteúdo surpreende: revela que o maior partido político brasileiro, a cinco meses da eleição e com sua candidata liderando todas as pesquisas, planeja uma campanha eleitoral raivosa sobre os adversários, na defensiva diante da “complexidade da conjuntura” e dos “reflexos da crise mundial”.
O documento, disponível na rede do PT, é cinco vezes mais extenso que o da campanha de 2010. Indica uma drástica mudança no humor petista depois de 12 anos no poder.
Dissiparam-se o tom de leveza e o autojúbilo com a certeza de que se mudavam “substancialmente o Brasil e a vida dos brasileiros”.
Agora, a “resolução” do PT é pela guerra total a quem ameaçar a “conquista de hegemonia em torno do nosso projeto de sociedade”.
Os dirigentes creem ter uma missão salvacionista: “Superar a herança maldita, cujas fontes são a ditadura militar, o desenvolvimentismo conservador e a devastação neoliberal.”
Assim, veem como “tarefa” o “aprofundamento da soberania nacional, a aceleração e radicalização da integração latino-americana e caribenha, e uma política externa que confronte os interesses dos Estados Unidos e seus aliados”.
Em síndrome persecutória, enxergam “um pesado ataque ao nosso projeto, ao nosso governo e ao PT, por parte de setores da elite conservadora e da mídia oligopolista, que funciona como verdadeiro partido de oposição”. O “principal exemplo”, afirmam, foi o “julgamento de exceção” do mensalão no STF.
Supõem ser essencial desqualificar os adversários:
“Representam um projeto oposto ao nosso, muito embora um deles se esforce em transmutar-se em uma suposta terceira via. Guardadas as diferenças secundárias e temporais, arregimentam os interesses privatistas, rentistas, entreguistas, sob o guarda-chuva ideológico do neoliberalismo e de valores retrógrados do machismo, racismo e homofobia, daqueles que pretendem voltar ao passado neoliberal, excludente e conservador.”
Interpretam a ansiedade por mudanças (expressa por 74% dos eleitores, no Datafolha) como atestado da própria onisciência, pois “todas estão contidas em nosso programa, como é o caso exemplar da reforma política, a democratização da comunicação, a reforma agrária, a reforma urbana e a reforma tributária”.
Acham que o epicentro está na “luta pela reforma política”. Porque “nosso grande objetivo é democratizar o Estado, inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo, construir um socialismo radicalmente democrático para o Brasil”.
Essas “diretrizes” esvanecem a possibilidade de sedução do eleitor pela oferta objetiva de um futuro de progresso pessoal e coletivo. Elas pressupõem que a militância petista vá às ruas intimar o eleitorado a votar em Dilma por solidariedade à cúpula, que parece se afogar num estuário de mágoas. Seria um exercício eleitoral inovador sobre a arte de viver da fé. Só não se sabe fé em quê.
Na Olimpíada de Matemática, a economista Dilma bate todos os recordes em Nada Sincronizado, Pensamentos com Obstáculos, Barbarismos sem Barreira, Apedeutismo Feminino e Arremesso de Anacolutos
CELSO ARNALDO ARAÚJO
Cidade das Artes, Rio de Janeiro. A imaginária pistola de partida é acionada, autorizando a largada. Diante de uma plateia de autênticos campeões – os 500 jovens medalhistas da nona edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – Dilma Rousseff se põe na pista com um sprint fenomenal:
“Eu gostaria inicialmente de comprimentá a cada um dos medalhistas de ouro e a cada uma das medalhistas de ouro”.
Sua próxima meta é revisar o pétreo artigo 5 da Constituição, que passará a ser escrito: “Todos e todas são iguais perante a lei”.
Mas já nas primeiras passadas, ela deixa claro que serão, como sempre, 100 metros de ideias rasas:
“Dizer para vocês que este é um momento especial pra vocês, para a família de vocês e pro Brasil. E isso significa que nós temos um grande orgulho e por isso eu estou aqui. Por isso, como presidenta da República, eu represento este país que quer, que tem ânsia, que deseja que a educação seja o principal caminho dos jovens, das crianças, dos homens e das mulheres deste país”.
Ânsia tem a ver com a vertigem produzida pelo tropel de palavras tontas que correm para um lado, enquanto o país real vai para outro: a Economist Intelligence Unit acaba de divulgar um ranking da qualidade da educação em 40 nações pesquisadas. O Brasil, há 11 anos e meio governado pelo lulopetismo, é o 38º colocado, só à frente de México e Indonésia – e vem se esforçando, nesse período, para ser o lanterninha.
Mas a matemática pode ser nossa redenção.
“Porque a matemática, ela tem um poder muito interessante. Ela é a base de todas as ciências, ou seja, a matemática pode ser usada em todas as áreas da ciência. Pode também… é um elemento fundamental para que nós tenhamos capacidade e melhor condição de usar isso que nos distingue, que é o conhecimento e que é a aplicação da lógica e de todos os recursos que a matemática pode trazer para o país”.
Explicar a matemática em dilmês é um problema insolúvel. Mas ok. Só que, no caso da refinaria de Pasadena, a matemática foi ingrata e nos roubou recursos. Mas a presidente continua uma entusiasta do raciocínio lógico, filho da aritmética.
“Por isso, esse ano, não na formatura de vocês, mas a próxima edição, será a 10ª edição, essa foi a 9ª, a próxima, de 2014, que vamos nós vamos fazer em 2015, será a 10ª. É algo que nós devemos considerar como sucesso”.
Sim: um sucesso o 10 vir depois do 9, num país onde o PAC 2 vem antes da conclusão do PAC 1.
Mas é aos 31min47s da prova que – na linguagem dos maratonistas – Dilma bate no muro.
“Nós somos um país excepcional. Nós somos 201 milhões de brasileiros. É pouco, pouco pro tamanho do território. Cês olham só a Índia e a China, uma tem 1 bilhão e 300 mil pessoas, pessoas, a outra tem 1… Um trilhão, aliás, não é? Não, é um bilhão, 1 bilhão e 850 mil, que é a Índia. Cinquenta milhões (sopro), obrigada, tão ótimos hoje”.
Na linha de chegada, não foi difícil constatar que qualquer um dos 500 adolescentes ali presentes sabe mais matemática, geografia, português e lógica do que a presidente da República – que não domina sua própria língua e que, num lampejo, criou um país habitado por mais de um trilhão de habitantes. Ninguém no mundo havia pensado nisso antes, nem como ato falho.
Pensando bem: uma tremenda injustiça a má colocação da Educação brasileira no ranking da Economist.
Ouça aqui a íntegra do discurso de Dilma Rousseff
(por Augusto Nunes)
2 comentários
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Sr. João Batista, fatos novos e fatos antigos nos ajudam a visualizar o provável destino da “viagem” petista.
O cineasta e escritor, num artigo sobre a crise, Arnaldo Jabor cita: A crise nos tira o sono e nos faz alertas. A crise nos faz importantes pois, subitamente, todos se preocupam conosco – nós, a opinião pública, nós, o “povo”, nós, os babacas que todos preferiam na sombra, na modorra, e que, de repente, podem sair batendo panelas nas ruas. A crise nos inclui na política. Aliás, crise no Brasil é quando a política fica visível para a população. A crise nos revelou a revolução dramática de Roberto Jefferson. Trata-se de um “Gargântua”, um ex-Pantagruel, um raro tipo rabelaisiano que se virou ao avesso e transformou merda em ouro, mentira em verdade. Jeff é o anti-herói heróico. Jeff conhece a boca do boi, a baba das coisas, a barra-pesada. A verdade de Jeff tem a legitimação do crime assumido, Jeff suja a limpeza e não denuncia exceções, mas exibe a regra. A crise mostra que a velha esquerda não tem programa, tem um sonho. Que vira pesadelo. A crise que muito mais importante que estudar a miséria do país é estudar a “riqueza” do país. A crise mostra que não adianta mostrar os horrores da miséria e dos despossuídos. São consequências da verdadeira miséria que nasce nos intestinos das classes altas. A miséria é a riqueza é a própria política. SÁBIAS PALAVRAS !! ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! ! ....Lourivaldo Verga Barra do Bugres - MT
BRASILEIROS E BRASILEIRAS! no nosso governo (mais brasileiras que brasileiros)demos um salto no desenvolvimento do país! Aumentamos em muito a quantidade de projetos para podermos angariar mais recursos; sabermos que muitas vezes esses recursos não são aplicados, mas está no projeto. Aumentamos consideravelmente o salário mínimo até chegar a mensalão. Na segurança pública, já podemos ser comparados à Síria, afeganistão, Iraque... Já afundamos no pré-sal. Agora nosso esforço é para abafar CPIdaqui e incendiar a de lá! Estamos no caminho, certo!?