A árvore que não cabe numa foto só e "Veia empreendedora", de Luiz Cláudio Lula da Silva

Publicado em 29/06/2014 15:20 e atualizado em 18/07/2014 13:56
blogs de Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Lauro Jardim e Rodrigo Constantino, de veja.com.br

A árvore que não cabe numa foto só

Ela está no Sequoia National Park, o célebre abrigo de árvores gigantes ao sul da Califórnia, nos Estados Unidos. The Presidente Tree, ou “A Árvore Presidente”, ganhou este nome há 90 anos, tamanha a admiração dos que lhe observam. O tronco, com 75 metros de altura, se mantém sobre uma base de 8,5 metros de diâmetro e sustenta quase 2 bilhões de folhas. Aos 3.200 anos, a Presidente continua a crescer precisamente 1 m³ por ano e é a segunda maior árvore em volume do mundo, atrás apenas da General Sherman – outra sequoia, com 82,6 metros de altura e 7,8 metros de diâmetro na base.

De tão portentosa, a Presidente nunca havia sido eternizada numa única imagem até que, em novembro de 2012, o fotógrafo Michael Nichols, da revista National Geographic, dedicou-se a superar o desafio em duas semanas. Depois de dividir a árvore em 126 fotos, juntou-as numa só. Confira algumas etapas do trabalho que resultou na imagem que mostra a Presidente em sua gloriosa inteireza:

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Assista abaixo ao vídeo da National Geographic que registrou o desafio dos cientistas e fotógrafos que se propuseram a fazer com que a Presidente coubesse numa única imagem:

Tags: árvore presidenteEstados UnidosfotosNational GeographicPresident tree

 

A Seleção é uma caricatura do time que venceu a Copa das Confederações

Nos quatro jogos da Copa do Mundo, a Seleção foi uma caricatura do time que venceu, merecidamente, a Copa das Confederações. Os nomes do técnico e dos titulares não mudaram. Mas a indigente vitória contra o Chile, outro evento de alto risco para torcedores cardiopatas, reforçou a suspeita de que, passados 12 meses, quase todos se transformaram em sósias de si mesmos. As exceções são Neymar, Thiago Silva e Luis Gustavo. A performance na decisão por pênaltis pode devolver a Júlio César a antiga autoconfiança e acabar por incluí-lo nessa reduzida tropa de elite.

Há um ano, Felipão comandou uma equipe suficientemente ágil, entrosada e corajosa para meter medo em qualquer adversário. Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luís e Marcelo sabiam sair jogando, fechar espaços, desarmar e, eventualmente, aparecer na grande área adversária. Luis Gustavo, Paulinho e Oscar protegiam a retaguarda, dominavam o meio de campo e abasteciam com passes em profundidade um ataque que, além de finalizar com frequência e eficácia, também marcava a saída de bola. Hulk se multiplicava nos dois lados do gramado, Fred fazia gols. E Neymar reiterava a cada partida que logo seria o melhor do mundo.

Um ano depois, o padrão de jogo sumiu e não há vestígios de combinações táticas. O repertório da família Scolari é diminuto e bisonho. O goleiro coleciona chutões para a frente, os zagueiros insistem em ligações diretas, os encarregados da armação se escondem ou trocam passes miúdos, o centroavante marca quem deveria marcá-lo, as jogadas de ataque se limitam a cruzamentos sobre a área ou investidas individuais natimortas. Cumpre a Neymar compensar tantas deficiências com momentos luminosos, lances mágicos e gols de placa. Foi o que fez  durante a fase eliminatória. Neste sábado não deu.

Além de estreitamente vigiado por dois ou três chilenos, o dono da camisa 10 passou 120 minutos sozinho (enquanto Fred se arrastou em campo) ou mal acompanhado pelo inverossímil Jô. Também lhe coube a cobrança do último pênalti. Haja dependência. Neymar é genial. Mas tem apenas 22 anos. É improvável que vá muito longe um grupo de atletas que transfere para um garoto a missão de carregar o Brasil nas costas.

Tags: caricaturaChileNeymarSeleção

 

O homem do jogo! No sufoco, passamos. Mas algo está muito errado quando Hulk é o melhor brasileiro da linha

Júlio César

Que sufoco! Ao defender dois pênaltis, Júlio César fez o que os outros 10 não estavam conseguindo: garantir a passagem da Seleção Brasileira para as quartas de final!

Foi o nosso pior desempenho. O segundo tempo chegou a ser patético. Sim, houve um pênalti não marcado, e, parece, o gol anulado de Hulk era legal. Só uma coisa conseguiu ser mais feia do que atuação da Seleção: a arbitragem do inglês Howard Webb.

O Brasil continua a depender exclusivamente do talento de Neymar. Quando ele está iluminado, bem; quando não, como neste sábado, as coisas se complicam, e Hulk, exceção feita a Júlio César, vira o melhor jogador em campo. É evidente que isso é sinal de problema. Outra coisa preocupante: o grupo ficou completamente destrambelhado depois do gol do Chile.

Mas passamos. Quando vi Júlio César, às lágrimas, antes das cobranças, temi pelo resultado. Mas não! Elas antecipavam um resultado glorioso para ele, que era, até havia pouco, a escolha de Felipão mais contestada.

Graças a Deus e a Júlio, e contra os erros do sr. Webb, a Seleção passou. Mas ainda não dá para perceber qual é o repertório do time de Felipão. Vencemos por 3 a 2 nos pênaltis, o que significa que há muita coisa fora do lugar.

Por Reinaldo Azevedo

 

Novo apagão na Venezuela interrompe discurso de Maduro

Na VEJA.com:

Um apagão atingiu pelo menos quinze dos 23 Estados venezuelanos nesta sexta-feira, segundo o jornal local El Universal, e interrompeu por duas vezes a transmissão ao vivo de um pronunciamento do presidente Nicolás Maduro. O blecaute teve início às 15 horas (16h30 em Brasília), por uma falha na subestação La Arenosa, em Carabobo, uma das mais importantes do país. Outros centros de geração também foram afetados, interrompendo o serviço no oeste e no centro do país. A capital Caracas foi uma das atingidas, e os problemas se estenderam a Maracaibo, segunda maior cidade venezuelana, e ao polo industrial de Valencia.

Maduro discursava durante uma cerimônia de premiação jornalística quando as imagens de TV ficaram congeladas por vários segundos. Ao fundo, foi possível ouvir “parece que caiu a energia”. Pouco depois, disse que o governo investigará “a fundo” as causas do apagão. ““Vamos fazer uma investigação muito objetiva a fundo para ver se é uma falha programada, induzida, por gente enlouquecida. Sabemos que há um grupo que em quatro meses chegou a níveis de loucura e ódio muito além do normal”, disse, referindo-se à onda de protestos contra seu governo, iniciada em fevereiro, contra os altos índices de inflação e criminalidade, o desabastecimento, a falta de liberdade.

O presidente disse que uma reunião será realizada para ver quais medidas especiais devem ser tomadas para “proteger” o setor. Talvez não precisasse se preocupar em buscar respostas para o que está claro: a falta de investimento no setor sujeita a população ao problema, que é se tornou uma constante – de 2008 pra cá, foram sete ocorrências relevantes. O governo, no entanto, costuma culpar “sabotadores”. No ano passado, o governo lançou o programa Grande Missão Elétrica Venezuela, envolvendo as Forças Armadas no ‘combate’ à sabotagem.

O país sofreu com grandes apagões em abril de 2008, abril e junho de 2011, fevereiro, setembro e dezembro de 2013, quando dezenove Estados ficaram às escuras. Em março de 2014, cinco Estados também ficaram sem energia. Nesta sexta-feira, em Caracas, pedestres perambulavam pelas ruas da cidade, já que o apagão forçou o fechamento do metrô e deixou motoristas frustrados buzinando em meio ao caos instaurado pela falta de semáforos. Extraoficialmente, 60% do país ficou sem serviço elétrico.

Em 2007, o caudilho Hugo Chávez nacionalizou setores da economia, incluindo o de energia, o que levou à deterioração dos serviços de geração e transmissão a ponto de a pouca capacidade disponível levar aos racionamentos, apesar de a capacidade instalada do país ser maior que a demanda.

Mudanças – Quando o país já enfrentava a queda de energia, Maduro ainda anunciou que vai promover uma revisão e reestruturação do governo. “Vamos dar uma sacudida completa nos mecanismos de governo para entrar em uma nova etapa de eficiência verdadeira”. O processo, afirmou, será efetivado na primeira quinzena de julho e abrangerá todos os ministérios e programas do governo.

Por Reinaldo Azevedo

 

Dilma tenta, mais uma vez, usar o ódio como um ativo eleitoral! Lula conta piadas involuntárias

A presidente Dilma Rousseff, a criatura, participou da convenção do PT baiano que oficializou a candidatura de Rui Costa ao governo do Estado. Disse que estava feliz por estar lá no momento em que seus “adversários apelam para o ódio, apelam para os xingamentos e apelam para a política desqualificada”.

De novo essa conversa! Muito bem! Desafia-se aqui qualquer petista a demonstrar em que momento as oposições recorreram a esses expedientes. Isso nunca aconteceu! O PT, sim, é um “odiador” profissional. Quando, em 2003, Lula, o criador, lançou a tese vigarista da “herança maldita”, estava fazendo o quê? Amando? Até porque a herança era bendita. Quem xingou Dilma no Itaquerão não foi a oposição, mas os torcedores.

Lula também estava presente, claro! O homem falou, ora vejam, da necessidade de uma reforma que moralize a política. O chefão petista que, até agora, nega a existência óbvia do mensalão, se apresenta como um moralizador. Parece piada. O PT, como sabemos, insiste em fazer um plebiscito para arrancar uma constituinte exclusiva para fazer tal reforma. O expediente só seria benéfico ao próprio partido.

O ex-presidente estava mesmo propenso à piada. Afirmou que o tal “mercado” nunca apoiou o PT, o que, obviamente, é mentira. Basta ver as doações que os petistas receberam e recebem do tal “mercado”. Aliás, é do próprio Lula a frase de que o setor financeiro nunca lucrou tanto como em sua gestão, o que é verdade.

Por Reinaldo Azevedo

 

Veia empreendedora

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Nos ramos da previdência e da saúde

Com três sócios, Luis Claudio Lula da Silva, o filho mais novo de Lula, acaba de abrir em São Paulo uma corretora de seguros, a Silva e Cassaro. Já conseguiu o registro na Susep. Seu foco será vender planos de previdência complementar e de saúde para construtoras.

Por Lauro Jardim

 

Eleições 2014

Afinal, quem nomeia?

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Lula: sem-cerimônia nas articulações para a formação de um segundo governo Dilma

Há cerca de um mês, Lula esteve com Marcelo Crivella e lhe propôs renunciar à candidatura ao governo do Rio de Janeiro, virar vice de Lindbergh Farias e, em 2015, ganhar um ministério importante num eventual segundo governo Dilma.

Pode parecer uma articulação como outra qualquer. Não é. Significa que Lula já está nomeando ministros num governo que não é o seu. E, até onde se sabe, Dilma não lhe deu essa procuração.

Por Lauro Jardim

 

InvestimentosPrivatização

Quanto vale Abreu e Lima para a Petrobras?

Esqueçam a refinaria em Pasadena, no Texas, responsável por um rombo bilionário na Petrobras e a prisão do diretor Paulo Roberto Costa. A refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, significa um rombo muito maior para o caixa da estatal. Mas qual seria o tamanho deste buraco?

Até mesmo o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, admitiu que o custo ficou alto demais para a empreitada. Na época, o então presidente Lula fez muito alarde com o projeto, que teria a parceria da Venezuela de seu camarada Hugo Chávez. A PDVSA, estatal venezuelana, não colocou um tostão na obra.

A refinaria acabou sendo 100% da Petrobras, e o custo inicial, orçado em pouco mais de dois bilhões, já passa dos 20 bilhões de dólares. É este o foco que a imprensa tem dado até agora e, realmente, a discrepância chama muita atenção e levanta inúmeras suspeitas legítimas.

Mas mesmo tendo custado até agora muito mais do que o esperado, o que já seria motivo de duras críticas, o investimento ainda poderia fazer sentido. Bastaria imaginar um fluxo de caixa à frente bastante expressivo. O retorno real seria menor do que o esperado inicialmente, mas ainda assim poderia ser positivo.

Com o objetivo de averiguar tal possibilidade, pedi para um dos mais respeitados analistas do setor de petróleo, de um dos maiores bancos de investimento do país, para me mandar um fluxo de caixa projetado para Abreu e Lima apenas. O resultado segue abaixo, mas antes vou esclarecer algumas possíveis dúvidas que os mais leigos em finanças possam ter.

Todo fluxo de caixa conta com diversas premissas que tornam as previsões um tanto incertas. Não estamos lidando com ciência exata aqui, mas com o futuro imprevisível, cujas inúmeras variáveis podem mudar no tempo. O fluxo projetado é muito sensível às premissas de custo de óleo, por exemplo, ou da taxa de câmbio.

Dito isso, o que mais choca é o fato de que, à época da tomada da decisão de investir, e principalmente de terminar o projeto após a debandada da PDVSA, o valor presente esperado era visivelmente horroroso, a menos que os estudos utilizassem premissas um tanto irreais e fora do mercado.

Outra coisa importante de entender, e algo constantemente ignorado por muitos políticos e até economistas (de esquerda), é que o tempo tem valor. No Brasil, valor muito alto. O que isso significa? Que um real hoje vale muito mais do que um real ano que vem.

O custo do dinheiro no tempo é a taxa de juros. No Brasil, como sabemos, ela é bem alta, por vários motivos. Isso quer dizer que os vários bilhões investidos até agora precisam ser trazidos a valor presente, pois poderiam ter sido aplicados em títulos do governo e rendido uma barbaridade (custo de oportunidade), assim como o fluxo futuro estimado precisa ser descontado, pois só irá se materializar adiante, o que tem menor valor. Todo fluxo é muito sensível a essa taxa de desconto usada.

Feito esse esclarecimento, segue o fluxo de caixa livre estimado pelo analista:

FCF Petro

 

Somente perto de 2019 ou 2020 o fluxo deixaria de ser negativo. Em seguida, ele permaneceria na faixa de um bilhão de reais por vários anos. A partir de 2030, podemos assumir um valor constante para calcular a perpetuidade. Qual seria o valor presente deste fluxo todo?

Usando uma taxa de desconto de 16%, que parece bastante razoável devido ao enorme grau de incerteza do fluxo, e lembrando que a taxa “livre de risco” seria a Selic, hoje em 11%, encontrei um valor presente de quase R$ 30 bilhões para o projeto todo. Trinta bilhões negativos!

Em outras palavras, essa seria a magnitude estimada do rombo de Abreu e Lima para a Petrobras, em valores atuais. Faz o rombo de um bilhão de dólares em Pasadena parecer trocado, não é mesmo? E explica também porque a presidente Dilma disse que “dois bilhões de reais não dão nem para o gasto”, ao justificar que a recente operação entre a estatal e o governo para explorar pré-sal, sem passar pelo crivo do Conselho de Administração, não teria o intuito de melhorar as contas públicas este ano.

De fato, quando se trata de governo federal e da estatal Petrobras, bilhão é troco e evapora com uma velocidade espetacular, como se fosse centavo…

Rodrigo Constantino

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veja.com.br

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