Bancada da agricultura cresce 33% no Congresso. Resposta dos brasileiros cansados do PT...

Publicado em 09/10/2014 15:35 e atualizado em 10/10/2014 14:19
por Rodrigo Constantino, de veja.com

Bancadas ruralista e evangélica aumentam no Congresso: reação da direita?

A típica visão preconceituosa contra os ruralistas

A julgar pelo que se lê na imprensa ou se escuta dos “formadores de opinião” deste país, não existe nada abaixo dos ruralistas e dos evangélicos na hierarquia evolutiva, nem mesmo os vermes. Ambos os grupos costumam ser tratados como reacionários neandertais, inimigos do povo, do ambiente, das minorias. Seriam ou latifundiários escravocratas que pretendem lucrar destruindo o planeta, ou machistas que odeiam os gays.

Mas as urnas mostram uma realidade bem diferente. Essa não é, nem de perto, a percepção do eleitor brasileiro. Como mostra reportagem do Valor, por exemplo, os ruralistas viraram a maior bancada do Congresso, acrescentando dezenas de novos deputados:

Maior bancada suprapartidária do Congresso Nacional, os ruralistas aumentarão em 33% na próxima legislatura, segundo estimativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O grupo, que conta hoje com 205 deputados e senadores, deve chegar a 273 e já definiu sua prioridade: aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, que transfere para o Legislativo a decisão sobre a demarcação de terras indígenas.

Na Câmara dos Deputados, onde a FPA conta com o apoio de 191 parlamentares, a bancada vai atingir maioria absoluta: 257 representantes do agronegócio, contra 256 deputados não-ruralistas. Embora apenas 30 sejam realmente atuantes, o grupo costuma se unir em pautas de interesse dos produtores rurais, como o Código Florestal, em 2011, na maior derrota do início do governo Dilma Rousseff. No Senado Federal, o percentual é menor, mas o grupo aumentará de 14 senadores para 16.

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Outra bancada com força é a evangélica, que contará com pelo menos 53 deputados a partir de 2015, de acordo com levantamento parcial do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Por enquanto, é menos do que os 70 eleitos em 2010, mas Antônio Queiroz, diretor do Diap, diz que a estimava é que o grupo seja maior.

A bancada evangélica costuma atuar em temas que envolvem direitos dos homossexuais, questões ligadas a vida, como o aborto, e na Comissão de Direitos Humanos. O grupo, bastante ativo, gerou várias dores de cabeça para a o governo, travando discussões de outros projetos enquanto não tinha suas pautas atendidas.

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Já os sindicalistas caíram de 83 deputados para 46, principalmente pela redução da bancadas de PT e PCdoB em 23 deputados.

Diante desses fatos, desse Congresso mais “conservador”, na falta de termo melhor para definir tais grupos, o leitor tem duas alternativas: concluir que os “intelectuais” e artistas de esquerda estão certos e que o Brasil é que está errado, sendo um país reacionário e machista, ou concluir que a pauta destacada pela imprensa não tem respaldo popular pois é equivocada, exagerada, distorcida.

Vejamos o caso dos ruralistas: o agronegócio é o salvador da Pátria nessa economia estagnada, por culpa dos erros do governo Dilma. É responsável por cerca de 40% dos empregos no país e o mesmo percentual das exportações. Mas a elite verde os trata como desgraçados que vão derreter o planeta, endossando um ecoterrorismo desprovido de qualquer embasamento científico.

Parte dessa elite “melancia” ainda defende o MST e os movimentos indígenas que aterrorizam os proprietários de terras que tentam criar riqueza para o país. Insistem em uma visão ultrapassada de que esses produtores rurais são latifundiários que abusam de “trabalho escravo”, ignorando que basta não atender a alguns itens arbitrários das leis trabalhistas, como a espessura do colchão, para ser considerado um “escravocrata” atualmente.

Algo similar ocorre no caso dos evangélicos. A esquerda radical impõe uma agenda “progressista”, ataca cada vez mais valores tradicionais, a família, banaliza o aborto sem levar em conta os direitos dos fetos humanos, substitui liberdade individual por coletivismo de classe ou sexo, confunde tolerância com relativismo moral e fomenta um hedonismo irresponsável na juventude. E não quer uma forte reação da sociedade?

Tenho batido nessa tecla aqui pois a julgo importante: essa elite “formadora de opinião” vive numa bolha e perdeu o contato com a realidade do povo brasileiro. Sua agenda não é a do eleitor em geral. Suas prioridades são outras. Causas liberais justas e legítimas em defesa das minorias foram usurpadas por grupos organizados com militância política e ideológica com forte viés de esquerda.

O aumento da base “conservadora” é uma clara resposta dos brasileiros, cansados do MST, de Guilherme Boulos, de Jean Wyllys e companhia. Quem oferece mais resistência ao avanço vermelho hoje, se não justamente os ruralistas e os evangélicos? Jair Bolsonaro e Silas Malafaia são o desespero dos petistas não é por acaso.

Quanto mais a mídia insistir nessa agenda “progressista”, mais reação haverá. E os liberais verdadeiros não terão muita opção além de ficarem do lado “conservador”, pois a alternativa esquerdista é infinitamente pior.

Rodrigo Constantino

 

Arminio Fraga x Guido Mantega: poderia ter sido um massacre muito maior

A jornalista Miriam Leitão entrevistou o ministro Guido Mantega e o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, em programa que foi ao ar hoje, às 19:30, na Globo News.

Arminio Fraga começou lembrando que o Brasil tem um histórico de inflação alta e que é muito perigoso deixá-la sair do controle. Os mais jovens não lembram ou não viram a época de hiperinflação, mas era caótico, e os mais pobres são os que mais sofrem. A sensação que o povo tem, com vários preços represados, é a de que o índice não está em 6,75%, o que já seria um patamar elevado, e sim bem acima disso. É um risco grande e a perda de confiança no governo é total.

Mantega abriu sua fala repetindo que a inflação está “sob controle” (e tossiu nessa hora, o que Freud explica). Disse que o índice está 6,75% no acumulado em 12 meses, mas que deve terminar o ano abaixo disso, em 6,4% (que maravilha!). Disse que o governo sempre entregou uma inflação dentro da meta, e culpou as commodities pela alta. E tentou espetar Arminio, afirmando que a inflação em seu período no Banco Central foi maior.

Ou seja, para Mantega a meta é acima de 6%, e não os 4,5% do governo. Responsabilizar as commodities é uma piada, uma vez que a inflação é mais forte no setor de serviços, e que o resto do mundo emergente tem inflação bem menor. E sobre a acusação à Arminio, Mantega simplesmente resolveu ignorar a crise de 1999, que tinha o Brasil no epicentro dos problemas e cuja desvalorização da moeda impactou diretamente os preços.

Arminio lembrou, ainda, que o risco Lula esteve no centro do nervosismo em 2002, afetando negativamente os indicadores. Mantega rejeitou a “tese” (um fato, na verdade), afirmando que o problema era a fragilidade de nossa economia, e não tinha nada a ver com qualquer tensão em relação à vitória iminente de Lula. O ministro da Fazenda de Dilma realmente vive em Marte.

A postura de lorde britânico, de verdadeiro gentleman de Arminio, o impediu de ser mais duro com as mentiras e malandragens de Mantega. Preciso ao menos admitir a coragem ou a extrema cara de pau de Mantega de aceitar o debate. A voz rouca e um tanto embargada demonstra que havia um resquício de vergonha na cara. O ministro repetiu ad nauseam que a culpa é da tal crise internacional, ignorando que todos os emergentes crescem mais do que a gente e com menos inflação. Restou ao ministro de Dilma nos comparar com a Europa!

Acho que Arminio perdeu uma ótima oportunidade de esfregar na cara de Mantega suas mentiras com mais contundência, mostrando as taxas de crescimento dos países latino-americanos da Aliança do Pacífico em comparação com a brasileira. Cheguei a preparar uma tabela comparativae enviar ao ex-presidente do BC, mas infelizmente soube que a entrevista era gravada e já tinha ocorrido. Era preciso desmascarar sem piedade essa falácia repetida por Mantega, tentando colocar o Brasil junto com o resto do mundo emergente. Apenas no final Arminio citou com mais ênfase que estamos crescendo dois pontos percentuais abaixo da média latino-americana.

Perguntado sobre qual seria a diferença em uma gestão Aécio Neves, Arminio Fraga respondeu se tratar de uma diferença fundamental, que é a capacidade de fomentar o crescimento. Lembrou que o governo Dilma ficou cinco anos sem fazer concessões por questões ideológicas. Disse, ainda, que a transparência é crucial, e que o governo fracassou nesse aspecto. Retomar uma agenda de reformas também teria um impacto favorável.

Já Mantega repetiu a ladainha de que estamos em crise e que precisamos de medidas anticíclicas, aquelas que já duram vários anos, sem resultado positivo para mostrar. Insinuou que Arminio usaria o resgate do tripé macroeconômico para combater a inflação, e que isso seria negativo. Talvez o ministro ache que ter abandonado o tripé foi algo inteligente, e por culpa dos marcianos estamos em estagflação. Por fim, reforçou a importância de um estado hiperativo na economia, com subsídios e tudo mais, ou seja, aquilo que só serviu para beneficiar grandes grupos enquanto a taxa de investimento despencava em relação ao PIB.

Arminio não perdeu a oportunidade de citar isso, e ainda mencionou o BNDES. Tal modelo não foi capaz de entregar bons resultados. Ainda puxou da cartola que foi o governo FHC que criou o Bolsa Família, e que o uso do BNDES para poucos empresários custa muito mais com menos impacto na vida dos brasileiros. Depois dessa, não sei como Mantega não pediu para ir ao banheiro e saiu de fininho…

Mantega, o ministro que Dilma precisou “demitir” em campanha para tentar resgatar alguma credibilidade, teve de insistir como um fanático na tecla da crise internacional, que não existe para países emergentes. Segundo o ministro, o cenário é muito adverso para investimentos. Será que ele não sabe que o custo de capital nos países desenvolvidos ainda está negativo e que os investidores estão desesperados atrás de alternativas em mercados emergentes?

Em suma, poderia ter sido um massacre muito maior, mas mesmo com a postura tímida de Arminio, é covardia colocar o Barcelona para jogar com o time de Várzea. O excesso de polidez de Arminio o segurou muitas vezes, e imagino como deve ter sido difícil se controlar. Com isso, a malandragem de Mantega passou relativamente impune em alguns momentos, e os mais leigos podem sair com a impressão de que esse quadro lamentável de nossa economia é mesmo fruto de uma suposta crise internacional. Não é. É tudo culpa dos trapalhões liderados por Dilma e Mantega. Se o Brasil não se livrar do PT, o PT vai afundar de vez o Brasil.

Rodrigo Constantino

 

Quem tem preconceito contra o nordeste é o PT!

Eis a nova tática do PT, além de fazer terrorismo com a questão do Bolsa Família, programa que foi sugerido por um tucano: repetir que o PSDB é elitista e tem preconceito contra o nordeste. Vale tudo para continuar enganando os mais ignorantes na ótica do PT. Ocorre que os fatos insistem em refutar o PT. Vejam essa declaração do próprio Lula, por exemplo, para ficar claro quem demonstra preconceito contra nordestino:

“A Dilma não é nenhuma nordestina. A Dilma é uma mulher bem formada”, solta o ex-presidente, cujo preconceito não se limita ao nordeste (ele também é aquele que acha que Pelotas é polo de exportação de “viado”). Em outra ocasião, Lula diz que o nordestino é feio porque come pouco:

Sou da tese de que muita bandeira de esquerda surge como projeção freudiana, ou seja, o sujeito carrega dentro de si o próprio preconceito e extrapola isso para o resto do mundo todo. Quando um Francisco Bosco diz que os garis são “invisíveis” para as elites, por exemplo, será que não está falando de si mesmo? Pois eu sempre dei “bom dia” ou “boa tarde” para os lixeiros, que nunca foram invisíveis ao meu olhar. São seres humanos trabalhando honestamente, ao contrário de muito “malandro” petista…

Enfim, o nordeste é mais uma região do Brasil, composta por brasileiros como todos os outros. Simplesmente é uma região mais pobre, com mais miséria e menos escolaridade. E é justamente isso o que tanto atrai o PT, como os velhos coronéis: é mais fácil enganar uma massa de miseráveis com o populismo tosco à lá Chávez. Segregar o povo brasileiro é o esporte preferido dos petistas. Vejam o que o próprio Lula falava antes sobre esmolas para os pobres:

Por outro lado, Aécio Neves pretende melhorar a vida dos nordestinos, e não manter muitos deles na miséria para poder explorá-los, como faz o PT. O tucano tem repetido que pretende governar para todos os brasileiros, enquanto o PT tenta jogar uns contra os outros. Quem gosta do nordeste e dos nordestinos quer que eles enriqueçam, que possam ter uma qualidade de vida como a do sudeste ou sul. Isso é preconceito?

Nelson Rodrigues dizia que Dom Helder Câmara precisava da fome nordestina mais que tudo, pois era seu “ganha pão”. É exatamente isso: os populistas falam em nome dos nordestinos pobres, mas no fundo necessitam dessa pobreza, pois vivem dela. Os pobres são seus mascotes. Já os acusados de “preconceituosos” querem ajudar os nordestinos pobres a sair da pobreza. Quem é o preconceituoso de verdade?

Rodrigo Constantino

Lulopetistas demonizam Aécio, como fizeram com Marina, por supostamente serem “contra” o Bolsa Família. MAS NÃO PERCAM ESTE VÍDEO, em que Lula atribui a ideia do programa… a um governador tucano

O vídeo abaixo não precisa de explicação alguma.

Ele foi obtido no canal no YouTube do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Confiram:

Vamos comparar FHC a Dilma e Arminio a Mantega?

A estratégia petista de “desconstrução” de Aécio Neves terá como alvo Arminio Fraga. A ideia do PT é comparar o governo Dilma – ou de preferência o governo Lula – ao governo FHC, cuja economia ficava em parte sob os cuidados de Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central de março de 1999 ao final de 2002. A campanha de Dilma pretende fazer isso sem levar em conta o contexto de cada época.

É como comparar a temperatura de dois períodos diferentes e constatar que num deles faz mais calor, sem levar em conta que se trata do verão enquanto no outro caso era inverno. Apenas a má-fé justifica uma comparação de absolutos sem considerar o que acontecia com o restante do mundo – e no próprio Brasil.

Para começo de conversa, o Brasil vinha de um completo caos econômico. O Plano Collor não foi capaz de debelar a inflação, algo que só foi possível com o Plano Real da equipe de FHC, o qual o PT votou contra. FHC foi eleito e reeleito no primeiro turno contra Lula em boa parte por causa desse sucesso.

Falar simplesmente que a inflação era maior naquela época do que hoje é ridículo, pois deixa de lado a hiperinflação que aquele governo derrotou. É como celebrar que o seu time está hoje entre os cinco melhores e há 15 anos estava na sexta colocação, ignorando que antes disso ele vinha da terceira divisão. Creio que o técnico de lá teve mais mérito, não?

Eis o fato que o PT pretende ignorar e deseja que o eleitor ignore também: naquela época de FHC, o epicentro da crise internacional foi o mercado emergente, enquanto na era Dilma o mercado emergente se beneficiou com as ações dos países desenvolvidos para enfrentar suas crises.

Portanto, a comparação justa é analisar como o Brasil se saiu lá em relação aos demais países latino-americanos, e como se saiu hoje vis-à-vis seus pares. Vamos fazer isso? Comecemos pelo crescimento econômico:

Fonte: FMI

Fonte: FMI

Vejam que interessante: o Brasil cresceu uma média (aritmética) de 2,8% ao ano naquela fase, e agora caiu para 2%, sendo que a estimativa do FMI que usei para este ano de 2014 ainda foi a antiga, de um crescimento de 1,8%, completamente irrealista. Se a estimativa for ajustada para zero, taxa mais realista, a média do governo Dilma cai para somente 1,5% ao ano!

O mais relevante não são os dados absolutos. Muito mais importante é comparar essa taxa com a dos outros países da região. O Brasil cresceu, no período FHC/Arminio Fraga, mais que o dobro da média da América Latina, enquanto na era Dilma/Mantega terá crescido menos da metade. Em outras palavras, Arminio Fraga entregou um resultado quatro vezes melhor do que Mantega em termos relativos!

O mesmo ocorre quando analisamos a inflação:

Fonte: FMI

Fonte: FMI

O PT utiliza apenas os dados absolutos, concluindo que Dilma entregou uma taxa média de inflação menor do que FHC com o BC de Arminio. Mas é absurdo fazer tal comparação sem levar em conta o contexto. A inflação média na América Latina naquela época estava acima de 10% ao ano, e mesmo a mediana, para expurgar parcialmente o efeito Equador, era de quase 8%. O Brasil tinha uma inflação, portanto, menor do que seus pares. Hoje ela é bem maior!

Em suma, o que os tucanos menos temem é um embate direto com os petistas sobre dados econômicos, desde que haja um mínimo de honestidade na comparação. Infelizmente, sabemos que o PT detesta a honestidade, preferindo sempre a mentira como método, ou as meias verdades distorcidas para pintar um quadro mentiroso, o que dá no mesmo.

O Brasil de FHC cresceu mais do que os demais países da vizinhança e com menos inflação, enquanto o Brasil de Dilma cresceu menos e com mais inflação. Como alguém pode realmente celebrar essa mudança? Isso sem falar que não é FHC quem disputa o cargo, e sim Aécio Neves, e devemos olhar sempre para a frente. Até por que olhar o presente com Dilma e essa estagflação é deprimente demais…

Rodrigo Constantino

Dilma x FHC: vamos comparar de verdade?

Vídeo em que mostro como a comparação honesta entre Dilma e FHC é desfavorável à petista, que entregou um crescimento muito menor com uma inflação muito maior em termos relativos.

Rodrigo Constantino

Arminio é o alvo do PT totalmente fora do contexto. Ou: A mentira como método

Sabemos que o PT joga sujo, encara a mentira apenas como um instrumento normal para a conquista e manutenção do poder. Sempre enxergou a ética como uma afetação burguesa. Com isso, polui o debate no país, nivela por baixo, ataca pessoas em vez de debater ideias, retira tudo de contexto com o único objetivo de difamar. E o alvo dessa vez será Arminio Fraga.

É dessa forma que consegue pintar um dos responsáveis pela vitória sobre a inflação como alguém que permitiu mais inflação do que hoje, ignorando completamente o abacaxi que era preciso descascar naquela época.

Se um governo consegue pegar um país com hiperinflação e entregá-lo com inflação perto de 10% ao ano, ainda por cima plantando as sementes para sua continuada queda, isso é uma conquista e tanto. Mas o marqueteiro de Dilma tenta comparar apenas aquele índice com o de hoje, alegando que era maior a inflação, e ignorando que Dilma deixou um quadro pior do que recebeu.

É mais ou menos como criticar o técnico que conseguiu levar o time da terceira divisão para os seis melhores da primeira divisão, pois hoje o time está em quinto lugar, à frente do que estava com o antigo técnico. Só mesmo o PT tem a cara de pau de fazer exatamente isso.

Arminio Fraga já está ciente de que vem chumbo grosso por aí, mas ainda tem alguma esperança de que o PT não desça tanto na lama, ou que suas mentiras tenham perna curta. Foi o que disse em entrevista à Veja:

O PT já sinalizou que vai usar o desempenho da economia durante o governo FHC para atingir Aécio. Trata-se de um período de taxa de juros e de desemprego mais altas. Qual será a contra-artilharia?
Primeiramente, é preciso olhar as coisas em seu devido contexto.  É muito natural que, passados 12 anos, muita coisa tenha melhorado no Brasil, como resultado do controle da inflação. É preciso ser cuidadoso na hora de comparar isso. O caso dos juros é um ótimo exemplo. No início de 1999, a taxa de câmbio flutuou aqui no Brasil e criou-se um grande receio de que a inflação voltaria. E fez parte do processo de estabilização lidar com a flutuação do câmbio. Sabia-se, no início, que o trabalho de estabilização não terminaria da noite para o dia. Sabia-se naquele momento que a expectativa de inflação estava desgovernada, entre 20% e 50% ao ano. Havia uma expectativa de que o PIB cairia 4%. Nós tomamos as providências que hoje são bem conhecidas e, no fim, houve crescimento positivo no PIB naquele ano. A inflação encerrou em 9%, bem abaixo das expectativas. Preservaram-se os ganhos do Plano Real e se evitou a indexação. Apresentadas fora de contexto, as informações não fazem jus ao desafio que se enfrentou anos atrás. Fernando Henrique assumiu o país com hiperinflação, moratória, onde um telefone custava o equivalente a 30 mil reais. E entregou a Lula um país com inflação controlada, um país estável. Eu acho sempre bom trazer o exemplo daquela época de maneira honesta. Isso enriquece o debate. Mas, mais importante que isso é se perguntar onde o país está, quais são as perspectivas e o que será feito no ano que vem pra melhorar um quadro econômico que já é bastante desolador. O investimento está travado, a inflação está alta, apesar de todos os controles. Há um quadro fiscal extremamente preocupante, um potencial de crescimento em tendência de queda, recessão técnica. Ou seja, a economia precisa ser debatida e entendida.

Em campanha, o governo insiste que a culpa é da crise internacional.
Fica difícil provar isso quando se analisa as perspectivas mais recentes. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento global este ano será de 3%, e o do Brasil, quase zero. Na América Latina, durante os últimos quatro anos, o crescimento está dois pontos porcentuais acima do Brasil. E olha que na região há Venezuela e Argentina, o que não é exatamente um parâmetro muito exigente. E o Brasil está parado.

O senhor está preparado para ser alvo da campanha adversária?
Eu acho que é do jogo, desde que as declarações sejam verdadeiras. O que tem acontecido comigo é que eles têm citado declarações que eu não fiz. Aí já acho uma coisa mais complicada. E a outra coisa que precisa ser esclarecida é o contexto das comparações. É obrigação de qualquer governo deixar as coisas melhores do que ele encontrou. Então, a comparação com 12 anos atrás precisa ser feita com certo cuidado. Mas já se espera que a discussão descambe para o lado contrário ao debate. A esperança é que, no fim, como dizem os antigos, a mentira tem perna curta.

Espero que esteja certo. De fato, é preciso ser muito alienado para ainda cair nas mentiras do PT. Infelizmente, há muita gente alienada por aí, e o PT tem um exército de militantes pagos justamente para espalhar mentiras. Resta-nos torcer pela vitória do bom senso, e arregaçar as mangas para reagir, demonstrando uma a uma as mentiras da campanha de Dilma.

O PSDB já está se preparando. Criou um site chamado Aécio de Verdade, que pretende justamente rebater as falácias criadas pelo PT. “Quanto mais mentiras disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles”, diz o comunicado. O PT precisa apelar para mentiras para enganar trouxas e ganhar votos; para derrotar os petistas, por outro lado, basta dizer e mostrar a verdade.

Rodrigo Constantino

Todos unidos contra o PT bolivariano!

O PSB de Marina Silva aprovou apoio oficial a Aécio Neves no segundo turno. A adesão do partido de Marina Silva ao tucano superou os 15 votos necessários na Executiva para a aprovação. Até as 17h30, 17 votaram pelo apoio ao tucano, outros 6 dirigentes votaram pela neutralidade, e 1, pelo apoio a Dilma Rousseff (PT). O vice na chapa de Marina, Beto Albuquerque, já havia dito que a maioria estava com o tucano, e que estava muito claro que o partido não quer Dilma, e sim mudança.

Outro que fechou com o PSDB foi o PV de Eduardo Jorge. ”É claro que nós temos nossas diferenças, mas entendemos que é hora de marcar o nosso interesse pela alternância de poder no Brasil”, afirmou José Luiz Penna, presidente do partido. “O governo do PT é praticamente uma aversão ao equilíbrio ecológico e desenvolvimento ambiental”, disse o candidato do PV, que se destacou nas redes sociais durante os debates eleitorais.

Mais esperado foi o apoio oficial do Pastor Everaldo, que fez “dobradinhas” importantes com Aécio durante os debates, levantando bolas para que o tucano cortasse, além de insistir em bandeiras econômicas liberais, defender a privatização e atacar com firmeza o bolivarianismo petista.

“Ouvi a bancada. A executiva nacional decidiu que Aécio é a melhor opção para o nosso Brasil, a opção de mordenidade para o país, a opção de cuidar dos pobres e mais necessitados deste país, a opção de cuidar do empreendedores deste país”, disse o Pastor Everaldo.

Como fica claro, estão todos se unindo ao candidato que representa mudança, que pretende deixar para trás a era Dilma, combater o bolivarianismo petista. E nada disso se reflete ainda na primeira pesquisa divulgada para o segundo turno, que já coloca Aécio Neves com vantagem de 8 pontos percentuais, com 54% dos votos válidos contra 46% de Dilma.

O PT está em pânico. Os petistas estão desesperados. Temem perder todas as tetas estatais que conquistaram nesses 12 anos à custa do país. Sentem calafrios só com a ideia de que terão de efetivamente trabalhar. Os “jornalistas” a soldo do partido morrem de medo de perder o patrocínio das estatais. Os artistas engajados estremecem ao pensar na possibilidade de redução das boquinhas públicas.

Enfim, todos aqueles que se penduraram no projeto lulopetista de poder estão com receio de perder as mamatas e privilégios. É contra essa turma que Aécio Neves costurou um amplo acordo. Não com troca de cargos, mas com base programática e ideológica. É um projeto contra o bolivarianismo e a favor do Brasil. Podemos esperar uma reação ainda de mais baixo nível agora. O PT está em polvorosa. Os brasileiros estão esperançosos!

PS: Para não dizer que todos se uniram ao tucano, vale notar que a socialista Luciana Genro declarou voto em Dilma e seu PSOL ficou neutro. Mas convenhamos: é o tipo de apoio que quem deseja um país melhor, mais livre e mais próspero, dispensa completamente. Afinal, queremos progredir, não regredir e virar uma Venezuela!

Rodrigo Constantino

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Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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