IBOPE e Datafolha mantém vantagem de Aécio (51%) contra Dilma (49%)

Publicado em 15/10/2014 15:02 e atualizado em 15/10/2014 20:40
e mais: O duelo final entre Dilma e Aécio, por Juan Árias, do El País.

O novo Ibope

Novas pesquisas

Novas pesquisas

A nova pesquisa Ibope que o Jornal Nacional divulgou hoje à noite apresenta um resultado igual ao do Datafolha de hoje: Aécio Neves  aparecerá com 51% dos votos válidos contra 49% de Dilma Rousseff. Repete, assim, a pesquisa Ibope de quarta-feira passada.

Por um lado, um bom resultado para Aécio, que a nove dias da eleição mantém o desempenho da semana passada. Por outro, uma má notícia: apesar de tanta agenda positiva nos últimos dias (apoio de Renata Campos, Marina Silva)  sua pontuação não se mexeu.

Por Lauro Jardim

 

Aécio cresce no Rio

aecio

Recuperação tucana no Rio

De acordo com trackings do PSDB e do PT, Aécio teria ultrapassado Dilma Rousseff no Rio de Janeiro, ainda que por apenas dois pontos percentuais – ou seja, um empate técnico. De qualquer modo, é uma posição inédita para um tucanos desde que FHC disputava eleições.

Por Lauro Jardim

Sem vencedores, mas…

Em cena

Em cena

No debate da Band, ao contrário do que ocorreu no da Globo, duas semanas atrás, Aécio Nevesnão foi incontestavelmente superior.

Foi um embate sem vencedores, nem na retórica, nem nos argumentos. Um enfrentamento em que nem Dilma Rousseff nem Aécio conseguiram derrubar o outro.

Mas, como no futebol, um empate muitas vezes não é um bom resultado para um dos lados.  Neste sentido, o empate foi melhor para Dilma.

Motivo: Aécio não lançou na discussão de ontem qualquer tema novo para desgastar sua adversária.

Já Dilma o fez. Tirou da cartola assuntos como o nepotismo e lançou na cabeça do eleitor dúvidas a respeito da gestão de Aécio em Minas – com dados verdadeiros ou não, mas como o eleitor não tem condições de avaliar na hora a veracidade do que foi dito, o que vale, portanto, é a dúvida plantada no simpatizante de Aécio, sobretudo aquele que não mora em Minas, claro, e também sobre aqueles recém-convertidos.

Fora isso foi um debate em que Dilma manteve a postura dura, carrancuda, que a tem caracterizado nos debates, além da sua tradicional incapacidade de concluir pensamentos.

Por Lauro Jardim

Programa preferido

Falas dentro do script

Dilma e Santana: tudo no script

De acordo com pesquisas qualitativas realizadas pelos tucanos ontem durante o debate da Band com eleitores indecisos e neoacesistas, as falas de Dilma Rousseff sobre a inflação não convencem.

Em compensação, Dilma vai bem neste grupo quando fala do Pronatec. Não foi à toa que Dilma citou umas duzentas vezes o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. Institucional. Certamente, foi avisada sobre isso por seu marqueteiro, João Santana.

Pouca coisa, ou quase nada, num debate hoje é espontâneo. Tanto de um lado quanto de outro.

Por Lauro Jardim

“Governador exemplar”

Dilma e Aécio: segundo turno vem aí

Dilma e Aécio: elogios ficaram no passado

Ou os petardos trocados entre Aécio Neves e Dilma Rousseff têm encurtado a memória dos presidenciáveis ou esta campanha é mais uma a provar que, em política, a mão que hoje afaga pode ser a que baterá amanhã.

Se hoje os scripts de João Santana criticam os governos de Aécio em Minas Gerais, em abril de 2010, quando o adversário era José Serra, a análise de Dilma era outra.

A então pré-candidata do PT à presidência aproveitou uma visita a Minas para afagar Aécio, de olho na cisão entre tucanos mineiros e paulistas e no voto “Dilmasia”: Dilma para presidente e o tucano Antonio Anastasia para governador.

Em entrevista a uma rádio mineira, como se não bastasse ter dito que “respeita muito o governador Aécio Neves”, Dilma chamou Aécio de “governador exemplar” e disse que esperava ter com ele “boa relação”.

Já Aécio, que hoje reclama do nível dos ataques da campanha petista, tinha opinião diferente em 2009, quando postulava a candidatura tucana ao Planalto no ano seguinte. Depois de uma reunião com Lula, o então governador mineiro mandou:

– Se for candidata, a ministra Dilma Rousseff é garantia de uma campanha de altíssimo nível (…) É um privilégio para o Brasil ter alguém da sua qualidade disputando eleições.

Por Lauro Jardim

“Figura competente”

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Armínio: alvo dos petistas

A seletiva memória petista não é exclusividade da candidata-presidente. Eleito em 2002, Lula se saiu com essa para explicar a saída do hoje tão bombardeado Armínio Fraga da presidência do Banco Central:

– Não tenho nada contra ninguém. Acho o Armínio uma figura competente, mas nós nos elegemos prometendo mudança na política econômica e um outro rumo para o país.

Em 2005, o então ministro da Fazenda Antônio Palocci estendeu os elogios à política econômica de Fernando Henrique Cardoso e ao “colega” Pedro Malan, ministro da Fazenda de FHC.

– A mais importante reforma dessas quatro décadas foi a adoção do regime de metas para inflação, quando aqui esteve Armínio Fraga e, na Fazenda, o colega Pedro Malan (…) Sua implantação (do regime de metas), a partir de 1999, coroou uma nova fase de atuação do BC.

Por Lauro Jardim

34 minutos

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Debate sem vencedor

No debate de ontem entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, somando todas as intervenções, cada candidato falou durante 34 minutos.

Por Lauro Jardim

Sem “JN”

Dilma no JN,  em 2010

Dilma no JN, em 2010

As entrevistas com Dilma Rousseff e Aécio Neves no Jornal Nacional, previstas para ir ao ao na segunda-feira e terça-feira da semana que vem,  foram canceladas.

O motivo foi um impasse entre a Globo a os assessores de campanha do PT e do PSDB. As entrevistas teriam quinze minutos, como ocorreu no primeiro turno, mas PT e PSDB pediam que houvesse um “tempo líquido mínimo” para as respostas de cada um dos candidatos.

Ou seja, queriam a garantia de que Dilma e Aécio falariam  um número mínimo de minutos, dentro do tempo total da entrevista. A Globo não aceitou.

Por Lauro Jardim

Guerra Santa no Rio

Macedo: julgamento marcado

Macedo: tio de Crivella

A decisão tomada pela campanha de Luiz Fernando Pezão de centrar fogo na relação entre Marcelo Crivella e Edir Macedo não foi à toa.

De acordo com pesquisas internas do PMDB, 80% do eleitorado fluminense, pasme, desconhecia que Crivella é sobrinho de Macedo e com vínculos estreitos, como é natural, com a Igreja Universal.

E quase a metade dessa turma fica muito mal impressionada quando apresentada à essa informação. Daí para partir para a desconstrução foi um pulo.

Por Lauro Jardim

 

No debate da Band, Dilma passou o tempo todo demonizando o governo FHC, mas já fez elogios rasgados em público ao ex-presidente. Qual das duas Dilmas diz a verdade? VEJAM ESTE VÍDEO IMPERDÍVEL

Neste sábado, o programa eleitoral de Aécio Neves começou com a leitura da mensagem em que a mesma Dilma que  acusa o governo de FHC de haver desgraçado o Brasil — como fez seguidamente ontem no debate da Band — e chegou até à barbaridade de alegar que o ex-presidente ”discrimina” os brasileiros do Nordeste se derrete em elogios ao estadista que, segundo a presidente, estabilizou a economia e consolidou o regime democrático.

Como escreveu meu querido amigo Augusto Nunes, “depois de escancarar o contraste entre as verdades contidas na carta e as mentiras obscenas despejadas pela candidata a caminho do naufrágio, um locutor [do programa de Aécio] pergunta: ‘Quem fala a verdade? A Dilma que ataca para ganhar votos ou a Dilma que escreve e assina embaixo?’”

É a mesma coisa que pergunto agora, e que, acredito, milhões de brasileiros também: qual das Dilmas fala a verdade? E qual mente?

Quem assistiu ao tenso debate ontem à noite na TV Bandeirantes entre os candidatos à presidência, Dilma Rousseff e Aécio Neves, não teve dúvidas de que está em andamento um duelo mortal entre ambos que já anuncia o que poderão ser os três debates que ainda acontecerão e que talvez, mais que a gritaria das ruas, serão os que decidirão o resultado final que, segundo os prognósticos, poderia ser por um punhado de votos.

Não é fácil para nenhum dos dois candidatos calcular até que ponto a tática usada até aqui, para os espectadores, que é quem vota, poderá conduzir à vitória ou à derrota. Poucas vezes os brasileiros estiveram tão divididos e tensos em eleições como nestes poucos dias que faltam para decidir a disputa.

O trabalho de demolição realizado com precisão cirúrgica e sem muitos escrúpulos, como costuma acontecer nas guerras, dará frutos para Dilma, com Aécio, como funcionou em relação à candidatura de sua adversária, Marina Silva?

Na rua e através das redes sociais continuam insistindo em que as pessoas preferem propostas concretas dos candidatos para melhorar suas vidas e dizem estar cansadas de que aqueles que disputam o comando do Governo percam tempo e energia jogando um monte de acusações um na cara do outro.Aécio poderá cair na tentação de usar as mesmas armas para tentar golpear a credibilidade pessoal de Rousseff mesmo sabendo que hoje quase a metade do Brasil prefere que ela continue à frente do timão do Estado?

O cidadão que sai cedo de casa nas grandes cidades, às vezes para um trabalho que nem gosta e que só conseguirá voltar para casa à noite, perdendo horas no caos do trânsito, e o que ganha não é suficiente para chegar até o fim do mês; a mãe de família que sai procurando um mercado com ofertas para conseguir gastar um pouco menos porque com cem reais de hoje não compra o que ontem conseguia só com 50; o pequeno empresário que se vê afogado por impostos e burocracia com os quais gasta às vezes mais tempo do que em realizar seu trabalho; o jovem que está começando seu caminho na vida e quer se formar em uma boa escola técnica ou em uma boa universidade onde o mais importante não sejam as lutas políticas, mas um ensino de qualidade; o aposentado que vê como, a cada ano, perde peso sua pensão; todas estas pessoas que lutam para triunfar ou simplesmente sobreviver, preferem que os candidatos briguem nos debates ou digam com credibilidade o que estão oferecendo para melhorar sua existência real, a do dia a dia?

É verdade que nesse caso, para Dilma, por ser a candidata do Governo e da continuidade, a tarefa é mais difícil, já que suas promessas de mudança podem ser respondidas com um "por que não fez isso quando tinha o poder em suas mãos?".

Para o candidato da oposição pode acabar sendo mais fácil pois basta dizer: "Eu vou fazer o que ela não foi capaz de fazer", ou acusá-la de só saber usar o "espelho retrovisor", olhando o passado quando o que interessa aos cidadãos é o futuro.

Dilma é como a esposa que depois de anos de casamento precisa se esforçar para demonstrar o quanto se sacrificou pela família e os filhos, explicando o que foi incapaz de fornecer e os motivos.

Aécio é como o namorado que chega fresco, cheio de entusiasmo, com os olhos colocados na namorada que está aguardando cheia de esperança e que tende a ver nele só qualidades, porque o tempo ainda não o desgastou. Dizem, na verdade, que na fase da paixão, até os defeitos do amante são vistos como virtudes e, ao contrário, no amor mais maduro, as virtudes de ontem acabam sendo vistas como defeitos.

Ontem, no debate, Dilma parecia entender isso quando, frente a um Aécio com ar de conquistador da namorada que espera algo novo, sorridente, que aparecia como promessa, ela, com cara de esposa cansada pela fadiga do que já foi realizado e com o peso em cima do que não conseguiu fazer, tentou com todas suas forças mostrar à namorada que está à espera da "mudança" e do novo, que seu adversário também já foi esposo, já se desgastou também no governo de sua região e não é tão virgem quanto poderia parecer.

Aécio pediu a Dilma que fosse mais "generosa" com todos os que até agora contribuíram, cada um a seu modo, para construir um Brasil melhor. Tem razão, e os brasileiros pedem aos dois que sejam capazes de olhar para a frente e de reconhecer que ninguém tem o monopólio do absoluto; que na política, como na vida, tudo é relativo.

E que nenhum dos dois se esqueça que, definitivamente, os que decidirão qual namorado ou namorada vão escolher, se preferem a segurança do conhecido mesmo com defeitos, como a esposa já madura apesar do desgaste inevitável do tempo, ou da vibração do novo, apesar de ser mais arriscado, são apenas os cidadãos.

A democracia, afinal, é isso, a vontade – de forma absolutamente livre –, cada um, com seu voto, de escolher sob qual teto prefere continuar protegido para melhorar sua vida, sabendo que não existem soluções milagrosas, mas apenas uma que em cada momento histórico termina sendo a mais adequada para seu presente. E tudo isso, podendo ser feito com total liberdade, sem que ninguém seja considerado traidor ou desagradecido. A vida é isso, a possibilidade no pessoal e no coletivo de escolher mesmo correndo o risco de poder se equivocar. O resto é totalitarismo.

(por Juan Árias, no El País).

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1 comentário

  • jandir fausto bombardelli toledo - PR

    Para o Reinaldo Azevedo até o Aecio cagando eh melhor do que qualquer um desfilando.

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