BRASIL DIVIDIDO: "A culpa não é do nordeste, e sim do PT!"

Publicado em 28/10/2014 14:04
por Rodrigo Constantino, de veja.com

A culpa não é do nordeste, e sim do PT!

Vou enganar os trouxas direitinho, companheiro Castro!

O Brasil está dividido sim. Alguns tentam negar, mas é um fato. Só que não é entre nordeste e sul, e sim entre brasileiros mais produtivos e aqueles que vivem das benesses estatais, ou seja, pagadores e consumidores de impostos. Eis a grande segregação hoje. O nordeste é apenas mais pobre e, por isso, conta com mais brasileiros na segunda categoria.

Escrevi um texto em que cito a ideia do separatismo para efeito de reflexão, e logo depois digo que não é esse o caminho. Como era de se esperar, o lado de lá, sem um pingo de decência, retirou um trecho do contexto para disseminar por aí que eu fomento o ódio ao nordeste e a separação. Sempre acusando os outros do que são. Quem fomenta o ódio é o PT, sempre. Que fique claro isso.

Vejo a maioria nordestina que votou em Dilma como uma massa de manobra, como uma gente pobre e sofrida que foi vítima do terrorismo eleitoral do PT, que temeu perder suas vantagens. O Bolsa Família tem grandes problemas sim, como sempre apontei. O maior deles é justamente esse: fomenta a dependência e serve como voto de cabresto.

Mas vamos ter raiva dos coitados desesperados ou dos coronéis? É isso que precisa ficar claro aqui: o PT é o novo coronelismo. Inclusive está junto dos velhos coronéis nordestinos. Nossa raiva, nossa indignação, devem ser voltadas contra eles, os exploradores da miséria, os que vivem da alienação alheia, os que abusam de um povo carente como se gado fosse.

A provocação ao falar de separatismo serve como reflexão para compreendermos o jogo do PT: para os pobres diz que é necessário para protegê-los dos ricos exploradores da elite, e para os ricos diz que é necessário para protegê-los dos pobres revolucionários e impedir o comunismo. O câncer é o próprio PT. É ele que faz esse jogo sujo e explora todos.

O discurso de ódio vem de lá, e mais importante: ele é fundamental para a sobrevivência do PT. Sem o “nós contra eles” o partido não vive. Um deputado petista já veio destilar seu ódio e seu preconceito contra a “elite paulista mesquinha”. É isso que vão fazer agora uma vez mais: jogar uns contra os outros, com base nos critérios errados.

O Brasil está dividido, mas é entre quem quer trabalhar e quem quer explorar, entre quem quer democracia e quem quer tirania, entre quem paga impostos e quem vive deles. Minha indignação não é contra nordestinos pobres, que mereciam um país com mais oportunidades de trabalho, e sim contra parte da elite carioca, com seus artistas engajados e professores marxistas, que vivem de mamatas da Lei Rouanet ou de estabilidade de emprego sem meritocracia. Ou ainda contra a turma que mama nas tetas do BNDES, e está bem aqui ao lado, em São Paulo mesmo.

Claro, como a maior quantidade de massa de manobra está no nordeste – basta ver a votação proporcional de Dilma lá – entendo como natural a reação dos sulistas, que repetem que o Sul é sua Pátria. No limite, se o abuso e a exploração desse povo carente for levar o país todo rumo ao modelo venezuelano, é óbvio que o pessoal mais esclarecido do sul e sudeste tem o direito de reagir, e até mesmo de desejar viver em outro país, livre das garras autoritárias dos puxa-sacos de Fidel Castro.

Mas espero não chegarmos a tanto. Espero que seja possível preservar o nosso Brasil unido, e mostrar a esses nordestinos – e também cariocas, paulistas e mineiros – mais pobres e ignorantes, o que o PT quer de verdade: quer destruir nossa democracia. Mas não vai conseguir. Foi por pouco dessa vez, e há suspeitas e indícios de fraude nas urnas eletrônicas.

Dilma ainda corre o risco de impeachment, a economia vai piorar bastante, e boa parte do povo, espera-se, compreenderá que o inimigo não é o rico paulista ou a elite branca, e sim aquele câncer populista e demagogo chamado PT, com seus aliados podres da própria elite carioca e paulista.

Rodrigo Constantino

 

Constituinte é tentativa de golpe à democracia

Quando ocorreram as manifestações em junho de 2013, o governo Dilma tirou da gaveta seu sonho de fazer uma nova Constituinte, como se fosse uma reação espontânea aos pedidos das ruas. Não era. Mas o PT nunca desistiu desse sonho, pois viu que foi esse caminho que permitiu a perpetuação dos vizinhos bolivarianos no poder, a despeito de suas graves crises econômicas (a nossa vem por aí).

Não por acaso Dilma puxou da cartola o papo de Constituinte logo no discurso de vitória. Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, os dois principais objetivos do governo serão a “reforma política” por meio de plebiscito (à lá Chávez) e a “democratização da imprensa”, ou seja, censura. Quem tem olhos para enxergar não pode ser vítima de wishful thinking. É o que eles querem. A única dúvida é se vão conseguir, ou se o Congresso vai barrar.

No “Liberdade de Expressão” de hoje, na CBN, Viviane Mosé aplaudiu entusiasticamente a proposta e a fala da presidente. Mencionou até sua “disposição” de combater a corrupção. Um espanto! Ao menos Artur Xexéo e até Carlos Heitor Cony, quem diria?, mostraram-se mais cautelosos com este caminho desejado pelo PT. É tentativa de golpe à democracia sim!

Podem esperar um ataque sistemático ao Congresso nos próximos dias, para preparar o terreno para a ideia da “democracia direta”. Os colunistas a soldo do partido vão vir com tudo nessa direção. Querem mesmo transformar isso aqui em uma Venezuela. Segue um vídeo que gravei sobre o tema lá na época das manifestações:

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Rodrigo Constantino

Palestra: os três pilares do liberalismo e o Brasil

Segue a palestra que fiz em Jundiaí na semana passada, em que explico como chegamos nessa situação preocupante da economia e quais são os principais pilares defendidos pelo liberalismo como solução:

Rodrigo Constantino

 

Não é hora de união, e sim de oposição!

Vermelho é Dilma, azul é Aécio. Fonte: VEJA

Vermelho é Dilma, azul é Aécio. Fonte: VEJA

A presidente Dilma, em seu discurso de vitória, disse estar preparada para o diálogo e que deseja a união em favor da pátria. Tarde demais, “presidenta”. Nem sua roupa branca convenceu, pois como disse Reinaldo Azevedo, a alma continua vermelha. Essa “pátria” que você e seu partido desejam não é a nossa, da outra metade que ama a liberdade e a democracia.

Apesar das palavras, que chegam muito tarde e de forma oportunista após uma campanha nojenta de difamação, não houve correspondência nos gestos. Aécio Neves, que lutou com dignidade, sequer foi mencionado em seu discurso. E a primeira coisa que puxou da cartola foi um plebiscito, bem nos moldes bolivarianos.

Aécio, por sinal, tentou vestir a camisa de estadista derrotado, e disse que a “maior de todas as prioridades” é unir o país. Há controvérsias. Tenho profundo respeito pelo candidato e senador, especialmente depois desse combate. Lutou a boa luta. Mas terá de aprender, junto com seu partido, a ser oposição de verdade. Agora mais do que nunca.

Quem dividiu o Brasil, que fique bem claro, foi o próprio PT. Sua campanha reforçou muito aquele discurso que já vinha de longa data, de “nós contra eles”, de criar inimigos fantasmas, como a “elite”, os “preconceituosos”, os “ricos incomodados com a ascensão dos pobres”, etc. Agora querem falar em união? Só na hora de passar o chapéu, ou melhor, de apontar uma arma e pegar nossa carteira?

Sinto muito, mas não vai rolar. O país está dividido, e não é hora de união. Que união é essa em que um lado entra com o bolso e o outro com o populismo? O povo brasileiro está rachado por que o PT rachou o povo brasileiro. E nunca ficou tão nítida a divisão, entre aqueles que não ligam a mínima para a corrupção, e aqueles que trabalham para pagar a conta dessa corrupção; entre aqueles que não se importam com o autoritarismo, e aqueles que querem preservar a democracia sólida.

Não sou daqueles que faz campanha contra o nordeste, até porque estou no Rio, que vergonhosamente deu a vitória para Dilma também. Mas é inegável que há uma divisão geográfica no país. Basta olhar o mapa acima. E não sou radicalmente contra movimentos pacíficos separatistas.

Afinal, como sabiam os “pais fundadores” dos Estados Unidos, nação democrática com a mesma Constituição há mais de 200 anos, o direito de secessão é uma prerrogativa legítima justamente para preservar a paz e a democracia. O federalismo serve para descentralizar o poder e permitir o voto com os pés.

Tiradentes, não custa lembrar, tentou exatamente isso, inspirado nas ideias iluministas. Queria Minas independente da Coroa portuguesa. E hoje, se não somos mais súditos de Portugal, somos de Brasília. A Inconfidência se rebelou contra o “quinto”, e nós já pagamos “dois quintos” a fundo perdido para um estado obeso e corrupto.

Dilma quer falar em plebiscito? Então por que seria absurdo falar em plebiscito de segregação voluntária? Não é melhor do que integração forçada? O Canadá já fez isso. A Escócia acabou de fazer. Catalunha na Espanha deve fazer em breve. Se há uma clara divisão, se um lado quer ser governado pelo PT, e o outro rejeita veementemente o PT, não seria mais democrático dar o direito a cada um de ser governado por quem deseja?

Sei que é inconstitucional e sei que não vai acontecer. Não é também o que estou defendendo aqui. Estou apenas chamando a atenção do leitor para o que realmente está em jogo: aqueles que acusam os paulistas e sulistas de “preconceito” querem, no fundo, que eles paguem a conta de sua demagogia, que explora a miséria e a ignorância país afora, especialmente no nordeste pobre. Se esses locais tivessem que pagar sozinhos a fatura, a história seria bem diferente. O PT necessita da miséria e ignorância para ser eleito, e da riqueza de baixo para pagar as contas.

Quero um Brasil unido. Quero ver o povo que fala a mesma língua (ou quase) e desfruta das mesmas raízes junto, lutando efetivamente em prol da pátria. Mas aí é que está o busílis da questão: isso é impossível com o PT no poder. O PT é o partido da discórdia, que semeia vento e colhe tempestade. E tem um projeto autoritário de poder, inspirado nos bolivarianos, que a turma do sul e boa parte do sudeste rejeitou claramente.

Que os tucanos, em vez de costurar uma união com quem quer destruí-los, saibam fazer oposição de verdade. Até porque o PT vai, agora, indicar mais ministros para o STF, e ao término do mandato poderão ser dez apontados pelo partido de onze no total. No passado, até petista de carteirinha sem qualificação técnica passou na “sabatina” do Senado. Dormiram no ponto. Que estejam mais vigilantes agora!

Rodrigo Constantino

Política & Cia

Delação premiada: arma eficaz contra o crime

(Foto: Fcpamericas.com)

Em várias ocorrências fora do Brasil, a ferramenta da delação premiada já auxiliou na resolução de casos aparentemente perdidos (Foto: Fcpamericas.com)

Editorial publicado no jornal O Globo

Os desdobramentos mais recentes da Operação Lava-Jato, que culminaram com os acordos de delação premiada feitos pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef — ambos presos pela Polícia Federal no curso das investigações sobre uma extensa malha de lavagem de dinheiro, inclusive da estatal —, em troca do abrandamento das penas a que estão sujeitos, trouxeram para o primeiro plano dos grandes temas do momento esse tipo de colaboração de réus com a Justiça.

Os personagens e partidos envolvidos nas denúncias de que dirigentes do PT, PMDB e PP teriam recebido propinas de empreiteiras no curso de negócios feitos com a empresa potencializam o escândalo, e o acordo de delação surge como um dos principais instrumentos de elucidação de casos e acusação contra os envolvidos.

Não é a primeira vez que esse recurso ajuda a polícia, o Ministério Público e a Justiça a resolver casos que pareciam destinados a ser abafados pelas dificuldades de se identificarem culpados.

O próprio instituto já é um antigo aliado da Justiça em diversos países. Nos anos 60, a delação premiada foi fundamental para os Estados Unidos enfrentarem quadrilhas do crime organizado, principalmente cartéis mafiosos, cuja blindagem só desmoronou quando bandidos presos se sentiram estimulados a, em troca de redução de penas, reclusão em prisões especiais e garantias de segurança para suas famílias, delatar os chefões das organizações.

As famiglias italianas também foram desarticuladas graças à colaboração de mafiosos presos que fizeram acordos com a Justiça.

No Brasil, tais acordos também não são uma novidade — ainda que somente tenham se tornado um tema mais discutido a partir dos depoimentos de Costa e Youssef sobre a extensão da rede de corrupção na Petrobras.

(PARA CONTINUAR LENDO, CLIQUEM AQUI)

Em 2016, o PT terá indicado dez dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal

Os atuais 11 ministros do Supremo Tribunal:

Os atuais 11 ministros do Supremo Tribunal: Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Tóffoli,  Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Marco Aurélio, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso (Fotos: STF)

Gilmar Mendes será o único integrante da corte a não ter sido nomeado por um presidente petista; Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão o STF

Por Gabriel Castro, de Brasília, para VEJA.com

No momento em que as investigações sobre o petrolão avançam e mais autoridades com foro privilegiado são mencionadas pelos delatores do caso, a reeleição da presidente Dilma Rousseff permitirá a ela indicar mais cinco nomes para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de 2016, o único integrante do STF não indicado por um presidente petista será Gilmar Mendes. Se permanecer no cargo até a aposentadoria compulsória, ele deixará a corte em 2025.

Hoje, há uma vaga aberta no tribunal: Dilma ainda não escolheu o sucessor de Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho. Outros dois lugares surgirão na primeira metade do próximo mandato da presidente. Em novembro de 2015, Celso de Mello completará 70 anos e deixará a corte por causa do limite de idade. Decano do STF, ele foi indicado em 1989 pelo presidente José Sarney. Em julho de 2016, quem terá de se aposentar é Marco Aurélio Mello, nomeado por Fernando Collor em 1990.

Com exceção de Gilmar Mendes, dos outros dez ministros, três foram escolhidos por Lula: Ricardo Lewandowski, Cármen Lucia e José Dias Toffoli. Sete estarão na conta de Dilma: Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso e os três nomes que ela ainda vai escolher. Dilma ainda poderá substituir outros três ministros em 2018: Lewandowski, Rosa Weber e Zavascki. Eles terão de se aposentar no último ano de mandato da presidente.

A mudança no perfil do STF se acentuou nos últimos anos. Ojulgamento do mensalão deixou evidente uma divisão na corte: os ministros mais antigos, inclusive alguns nomeados por Lula, foram mais rigorosos do que os integrantes mais novos do Supremo. O julgamento dos embargos do processo, que favoreceu os condenados e reduziu a pena de figuras como José Dirceu e José Genoino, teve a participação decisiva dos novatos Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.

Durante o julgamento dos embargos, após a absolvição dos réus que haviam sido condenados por formação de quadrilha, Joaquim Barbosa afirmou que os novos nomes foram escolhidos para livrar os mensaleiros: “Temos uma maioria formada sob medida para lançar por terra o trabalho primoroso desta corte no segundo semestre de 2012″, disse. Barbosa também fez um alerta: “Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que esse é apenas o primeiro passo. É uma maioria de circunstância que tem todo o tempo a seu favor para continuar sua sanha reformadora”.

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Fonte:
Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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3 comentários

  • Everton Pereira de Oliveira Três Corações - MG

    Sabias palavras , teria nos Brasileiros compaixão pela Nação ?

    Estamos preparados para uma Evolução tamanha ?

    Ou continuamos a servir os Nobres , pois somos uma mistura de raças dedicadas a ser sugada , enganada e sabiamente ouvir tantas enganações.

    Iremos um dia apurar nossa Raça ou vamos varrer nosso Pais do mapa Múndi ?

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  • Antonio Nascimento campo mourão - PR

    Vendo a nossa NOVA presidente o seu mestre de vestidos brancos, animadores circenses fazem pantomímicas melhores, o duro q conseguem o seu intento. Realmente o nordestino e outros não devem levar a culpa e sim essas maquinihas q mais parece uma balança de super mercado, urnas turbinadas( denuncias ñ faltaram) q NÃO permitem recontagem apuração conduzidas por apadrinhados e após 3 horas o (toque trombetas) anuncio da rainha.Ora! conta pra outro para mim ( cidadão comum com leitura mediana) não engulo esse engodo.Se esse projeto bolivariano do pete vingar( é so aparelhar policia ou melhor unifica la )O separatismo infelizmente , seria bem vindo.

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  • Antonio Nascimento campo mourão - PR

    Vendo a nossa NOVA presidente o seu mestre de vestidos brancos, animadores circenses fazem pantomímicas melhores, o duro q conseguem o seu intento. Realmente o nordestino e outros não devem levar a culpa e sim essas maquinihas q mais parece uma balança de super mercado, urnas turbinadas( denuncias ñ faltaram) q NÃO permitem recontagem apuração conduzidas por apadrinhados e após 3 horas o (toque trombetas) anuncio da rainha.Ora! conta pra outro para mim ( cidadão comum com leitura mediana) não engulo esse engodo.Se esse projeto bolivariano do pete vingar( é so aparelhar policia ou melhor unifica la )O separatismo infelizmente , seria bem vindo.

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