Imbróglio Eleitoral no Estado do Rio! - 01 de outubro de 2009
Publicado em 01/10/2009 08:24
1. O quadro eleitoral no Estado do Rio caminha para uma eleição em que quem chegar aos 25% dos votos irá para o segundo turno. Cabral, com um noticiário convergente, com comícios periódicos de Lula e todos os recursos que precisa, empacou no entorno dos 30%. Esse, claramente, é seu teto. Quando a pré-campanha esquentar, ano que vem, as demais forças políticas terão espaços crescentes e o quadro deverá afunilar mais. Ou seja, ninguém pode afirmar que esse ou aquele candidato estará no segundo turno.
2. Garotinho cresceu em qualquer pesquisa que se faça, estando quase no empate técnico com Cabral no Interior e Baixada Fluminense. Coloca-se como adversário contundente de Cabral. Para isso basta ler seu blog (https://www.blogdogarotinho.com.br/). Diz que tem armas poderosas contra Cabral. O problema é que boa parte dessas armas atingem indistintamente os dois governos do PMDB, o atual e o anterior. Afirma que é candidato a pedido de Dilma, para armar outro palanque, pois o palanque de Cabral seria insuficiente. Bem, se o PR do ministro de transportes o lançou, parece que é verdade.
3. Lindbergh cada dia é mais candidato. Usar de forma isolada o número 13 dará ao PT mais deputados que numa campanha de apoio a Cabral, onde o número 15 só favorecerá os deputados do PMDB. Por outro lado, se o recuo dele significar um acordo com Cabral, será ele o candidato ao senado. Benedita não terá legenda. Nesse caso, como votarão -discretamente- os delegados de Benedita na convenção? Lindbergh terá que se desincompatibilizar em abril: é acordo de campanha. Como sempre fez suas campanhas com grande energia e competência, uma vez sendo candidato, em pouco tempo estará sinalizando suas possibilidades de ir a um segundo turno.
4. A entrada de Marina Silva terminou servindo de pretexto para um processo com o qual Cabral sonhava. Gabeira vence, e na campanha muito mais, nas pesquisas no Rio-Capital e Niterói, e com isso sua probabilidade de bater os 25% é enorme. Afinal, Denise Frossard foi para o segundo turno com 22% contra um Cabral muito mais forte com 37%. A confusão, ou pretexto, a partir do nome de Marina, tem colocado em suspenso a coligação ampla com PV, PPS, PSDB e DEM. Com isso, a decisão estará sendo deslocada para depois da semana santa. Nada disso ajuda a campanha presidencial do PSDB no Estado do Rio. Afinal, a diferença de Serra para Ciro não é tão grande aqui.
5. E ainda há a possibilidade -ou necessidade - de Ciro ter candidato a governador no Rio, onde seu nome é forte, o que ajudaria sua alavancagem. Se for assim, o quadro caminharia para todos os candidatos serem competitivos na faixa dos 20%.
* * *
PATROCÍNIO PARA OS CANDIDATOS A PRESIDENTE NÃO SERÁ O PROBLEMA!
Ontem este Ex-Blog dizia que nenhum candidato a presidente terá problema com patrocínio. Chegaram vários e-mails perguntando se valia para Marina Silva o mesmo. Certamente vale. E ontem mesmo a resposta foi dada.
(FSP, 01/10) Entre os novos "verdes" está o presidente da Natura, Guilherme Leal. Além de Leal, também aderiram ao PV Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, Roberto Klabin, diretor-executivo da Klabin, o presidente do Instituto Socioambiental, Henrique Svirsky, o presidente do Moinho Brasil, Fernando Simões, a empresária e socialite Ana Paula Junqueira, o jurista José Afonso da Silva e Fernando Monteiro de Carvalho Garnero, do grupo Garnero, todos ligados às questões ambientais.
* * *
A CRISE DAS REVISTAS NOS EUA!
(Valor Econômico - caderno especial - trechos, 26/09)
1. "BusinessWeek", no início dos anos 1970, tinha mais de 200 páginas, quase metade de anúncios, e no fim dos anos 1990, estava recusando publicidade por falta de condições físicas para acomodá-la. Na virada desta década, a situação piorou drasticamente. Em 1999, publicou 5 mil páginas de publicidade; em 2008, apenas 1,9 mil e nos primeiros quatro meses deste ano perdeu 38% em relação ao ano passado. A receita de publicidade do portal na internet aumentou de US$ 900 mil em 2006 para US$ 20,5 milhões em 2008, mas foi insuficiente para compensar a queda de anúncios na versão impressa, de US$ 110 milhões em 2006 para os US$ 60 milhões estimados para este ano.
2. Em 2008, "BusinessWeek" perdeu US$ 43 milhões e para este ano a previsão é de um prejuízo de US$ 41 milhões. A revista foi colocada à venda. "BusinessWeek" já encabeçou o "ranking" das revistas com maior número de páginas de publicidade dos Estados Unidos, "Forbes" foi a segunda e "Fortune", a terceira. Mas ficaram vulneráveis. Segundo "The Wall Street Journal", seu modelo de negócios deixou de ser economicamente viável. As três vêm perdendo circulação e dinheiro.
3. "Fortune", do grupo Time Warner, vende 825 mil cópias por quinzena. Publicou no primeiro trimestre 38% menos páginas de anúncios que em 2008 e menos da metade em algumas edições recentes. Seu sítio na internet, que divide com a CNN, tem 4,9 milhões de visitantes e 61 milhões de páginas vistas. Mas sua receita não compensa a queda da edição impressa. Para este ano são previstas perdas de US$ 7 milhões a US$ 8 milhões.
4. "Forbes", também quinzenal, tem uma circulação de 886 mil exemplares. No ano passado, perdeu 17% do volume de anúncios e 18% no começo deste ano. Aparentemente, é das três revistas a que se encontra em melhor situação. A edição impressa é deficitária, mas já fez profundos cortes. Além disso, a versão digital, com 5,6 milhões de visitantes e 66 milhões de páginas vistas, atraiu receita estimada entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões. Por esse motivo, poderia passar a circular mensalmente, ou reduzir o número de assinantes, uma vez que depende menos da versão impressa do que suas concorrentes.
* * *
1 DE OUTUBRO: 60 ANOS DA REVOLUÇÃO CHINESA!
https://www.youtube.com/watch?v=Ge8Rin5ReXY
* * *
PASSEATA DOS POLICIAIS MILITARES E BOMBEIROS!
Coro de vaias na avenida Atlântica, domingo.
https://www.youtube.com/watch?v=-T32M6M2v1k
* * *
"VOLT": CARRO ELÉTRICO-HÍBRIDO ENTRANDO NO MERCADO!
Trechos do artigo de Jeffrey Sachs (La Nacion, 30/09).
1. Na época em que apareceram os primeiros automóveis, nos fins do século 19, havia vários tipos de autos que competiam entre si: vapor, bateria, combustão interna. Os motores diesel e gasolina ganharam competitividade com o modelo T, que saiu de fábrica em 1908. Cem anos depois a concorrência se renova.
2. Está à nossa frente a era dos veículos elétricos. O Toyota Prius, um veículo híbrido-elétrico introduzido no Japão em 1997, foi um avanço inicial. Ao conectar um pequeno gerador, uma bateria recarregável, o sistema de freio de um alto padrão, o híbrido incrementa o motor normal com um motor alimentado a bateria. O rendimento por litro de gasolina se incrementa o suficiente para fazer que o híbrido seja comercialmente viável. E serão ainda mais quando os consumidores forem gravados pelo dióxido de carbono que emitem seus veículos.
3. E há mais por vir, encabeçado pelo veículo híbrido recarregável da General Motors, o Chevy Volt anunciado para 2010. Enquanto o Prius é um automóvel normal de combustão interna com um motor pequeno, o Volt será um veículo elétrico com um motor adicional. A bateria do Volt será de última geração, de alto desempenho, com íons de lítio, que promete um rendimento de 64 km por carga e um tempo de recarga de seis horas usando uma tomada residencial. Segundo as pautas básicas de média de direção, o Volt pode cobrir cerca de 110 km por litro de gasolina.
2. Garotinho cresceu em qualquer pesquisa que se faça, estando quase no empate técnico com Cabral no Interior e Baixada Fluminense. Coloca-se como adversário contundente de Cabral. Para isso basta ler seu blog (https://www.blogdogarotinho.com.br/). Diz que tem armas poderosas contra Cabral. O problema é que boa parte dessas armas atingem indistintamente os dois governos do PMDB, o atual e o anterior. Afirma que é candidato a pedido de Dilma, para armar outro palanque, pois o palanque de Cabral seria insuficiente. Bem, se o PR do ministro de transportes o lançou, parece que é verdade.
3. Lindbergh cada dia é mais candidato. Usar de forma isolada o número 13 dará ao PT mais deputados que numa campanha de apoio a Cabral, onde o número 15 só favorecerá os deputados do PMDB. Por outro lado, se o recuo dele significar um acordo com Cabral, será ele o candidato ao senado. Benedita não terá legenda. Nesse caso, como votarão -discretamente- os delegados de Benedita na convenção? Lindbergh terá que se desincompatibilizar em abril: é acordo de campanha. Como sempre fez suas campanhas com grande energia e competência, uma vez sendo candidato, em pouco tempo estará sinalizando suas possibilidades de ir a um segundo turno.
4. A entrada de Marina Silva terminou servindo de pretexto para um processo com o qual Cabral sonhava. Gabeira vence, e na campanha muito mais, nas pesquisas no Rio-Capital e Niterói, e com isso sua probabilidade de bater os 25% é enorme. Afinal, Denise Frossard foi para o segundo turno com 22% contra um Cabral muito mais forte com 37%. A confusão, ou pretexto, a partir do nome de Marina, tem colocado em suspenso a coligação ampla com PV, PPS, PSDB e DEM. Com isso, a decisão estará sendo deslocada para depois da semana santa. Nada disso ajuda a campanha presidencial do PSDB no Estado do Rio. Afinal, a diferença de Serra para Ciro não é tão grande aqui.
5. E ainda há a possibilidade -ou necessidade - de Ciro ter candidato a governador no Rio, onde seu nome é forte, o que ajudaria sua alavancagem. Se for assim, o quadro caminharia para todos os candidatos serem competitivos na faixa dos 20%.
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PATROCÍNIO PARA OS CANDIDATOS A PRESIDENTE NÃO SERÁ O PROBLEMA!
Ontem este Ex-Blog dizia que nenhum candidato a presidente terá problema com patrocínio. Chegaram vários e-mails perguntando se valia para Marina Silva o mesmo. Certamente vale. E ontem mesmo a resposta foi dada.
(FSP, 01/10) Entre os novos "verdes" está o presidente da Natura, Guilherme Leal. Além de Leal, também aderiram ao PV Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, Roberto Klabin, diretor-executivo da Klabin, o presidente do Instituto Socioambiental, Henrique Svirsky, o presidente do Moinho Brasil, Fernando Simões, a empresária e socialite Ana Paula Junqueira, o jurista José Afonso da Silva e Fernando Monteiro de Carvalho Garnero, do grupo Garnero, todos ligados às questões ambientais.
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A CRISE DAS REVISTAS NOS EUA!
(Valor Econômico - caderno especial - trechos, 26/09)
1. "BusinessWeek", no início dos anos 1970, tinha mais de 200 páginas, quase metade de anúncios, e no fim dos anos 1990, estava recusando publicidade por falta de condições físicas para acomodá-la. Na virada desta década, a situação piorou drasticamente. Em 1999, publicou 5 mil páginas de publicidade; em 2008, apenas 1,9 mil e nos primeiros quatro meses deste ano perdeu 38% em relação ao ano passado. A receita de publicidade do portal na internet aumentou de US$ 900 mil em 2006 para US$ 20,5 milhões em 2008, mas foi insuficiente para compensar a queda de anúncios na versão impressa, de US$ 110 milhões em 2006 para os US$ 60 milhões estimados para este ano.
2. Em 2008, "BusinessWeek" perdeu US$ 43 milhões e para este ano a previsão é de um prejuízo de US$ 41 milhões. A revista foi colocada à venda. "BusinessWeek" já encabeçou o "ranking" das revistas com maior número de páginas de publicidade dos Estados Unidos, "Forbes" foi a segunda e "Fortune", a terceira. Mas ficaram vulneráveis. Segundo "The Wall Street Journal", seu modelo de negócios deixou de ser economicamente viável. As três vêm perdendo circulação e dinheiro.
3. "Fortune", do grupo Time Warner, vende 825 mil cópias por quinzena. Publicou no primeiro trimestre 38% menos páginas de anúncios que em 2008 e menos da metade em algumas edições recentes. Seu sítio na internet, que divide com a CNN, tem 4,9 milhões de visitantes e 61 milhões de páginas vistas. Mas sua receita não compensa a queda da edição impressa. Para este ano são previstas perdas de US$ 7 milhões a US$ 8 milhões.
4. "Forbes", também quinzenal, tem uma circulação de 886 mil exemplares. No ano passado, perdeu 17% do volume de anúncios e 18% no começo deste ano. Aparentemente, é das três revistas a que se encontra em melhor situação. A edição impressa é deficitária, mas já fez profundos cortes. Além disso, a versão digital, com 5,6 milhões de visitantes e 66 milhões de páginas vistas, atraiu receita estimada entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões. Por esse motivo, poderia passar a circular mensalmente, ou reduzir o número de assinantes, uma vez que depende menos da versão impressa do que suas concorrentes.
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1 DE OUTUBRO: 60 ANOS DA REVOLUÇÃO CHINESA!
https://www.youtube.com/watch?v=Ge8Rin5ReXY
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PASSEATA DOS POLICIAIS MILITARES E BOMBEIROS!
Coro de vaias na avenida Atlântica, domingo.
https://www.youtube.com/watch?v=-T32M6M2v1k
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"VOLT": CARRO ELÉTRICO-HÍBRIDO ENTRANDO NO MERCADO!
Trechos do artigo de Jeffrey Sachs (La Nacion, 30/09).
1. Na época em que apareceram os primeiros automóveis, nos fins do século 19, havia vários tipos de autos que competiam entre si: vapor, bateria, combustão interna. Os motores diesel e gasolina ganharam competitividade com o modelo T, que saiu de fábrica em 1908. Cem anos depois a concorrência se renova.
2. Está à nossa frente a era dos veículos elétricos. O Toyota Prius, um veículo híbrido-elétrico introduzido no Japão em 1997, foi um avanço inicial. Ao conectar um pequeno gerador, uma bateria recarregável, o sistema de freio de um alto padrão, o híbrido incrementa o motor normal com um motor alimentado a bateria. O rendimento por litro de gasolina se incrementa o suficiente para fazer que o híbrido seja comercialmente viável. E serão ainda mais quando os consumidores forem gravados pelo dióxido de carbono que emitem seus veículos.
3. E há mais por vir, encabeçado pelo veículo híbrido recarregável da General Motors, o Chevy Volt anunciado para 2010. Enquanto o Prius é um automóvel normal de combustão interna com um motor pequeno, o Volt será um veículo elétrico com um motor adicional. A bateria do Volt será de última geração, de alto desempenho, com íons de lítio, que promete um rendimento de 64 km por carga e um tempo de recarga de seis horas usando uma tomada residencial. Segundo as pautas básicas de média de direção, o Volt pode cobrir cerca de 110 km por litro de gasolina.
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Fonte:
Ex-Blog César Maia
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