A quem interessa uma eleição presidencial plebiscitária?

Publicado em 25/01/2010 08:25
1.  A dinâmica do processo pré-eleitoral até este início de 2010 mostra que a campanha presidencial sofreu mudanças importantes. O lançamento a fórceps de Dilma por Lula e o estressamento em suas aparições acompanhadas deste, mostraram que seu potencial é menor do que se imaginava. Sua imagem -burocrata- e a de Lula -paizão- são opostas. O fato de Dilma ter nos setores de renda menor a mesma média que tem em geral, pode ser também por dificuldade de introjeção.
                  
2. Ciro, nas últimas pesquisas de 2009, mostrou menos potencial do que se imaginava, e mesmo no nordeste passou a ter sua média igual a geral, apesar de disparar no Ceará. Sem o Ceará, curiosamente, teria no nordeste menos do que nas demais regiões. Hoje, se poderia dizer que se ele ficar, vai ser só para atrapalhar Dilma. Havendo consciência disso, ele deixará de ser candidato.
                  
3. Marina teve sete meses para sair da Amazônia e entrar nos demais Estados. Copenhague mostrou isso: seu destaque estava entre os de outros países preocupados com a Amazônia. O programa do PV não acrescentou uma vírgula à sua intenção de voto. Se conseguir reproduzir o resultado de Heloísa Helena, será um sucesso. Dessa forma, a Marina que cresceria e tornaria o segundo turno compulsório, parece não  existir mais. Ela passou a ser um número baixo que levará ou não a eleição para o segundo turno, dependendo da diferença de Serra e Dilma.
                  
4.  Num quadro como esse, a eleição plebiscitária tende a passar a interessar especialmente a Serra. As razões parecem claras. Se a introjeção da imagem de Dilma não será simples, quanto menor o tempo de exposição, pior para ela. Sem experiência eleitoral, com imagem fotograficamente mutante, com uma TV dia sim, dia não, e cheia de ruídos de governadores, senadores, deputados federais e estaduais, maior a dificuldade para fazer entender que ela é "irmã" de Lula.
                  
5. Os temas -economia, social, saúde, segurança, política externa...,- terminam não sendo diferenciadores. Até porque a oposição prefere o  "somos todos iguais nesta noite", ou tudo começou com FHC, que a diferenciação, por temor à popularidade de Lula. A eleição vai depender de tipping points e da clássica dialética "segurança-insegurança" do eleitor. Segurança/Insegurança no sentido de risco. A capilaridade dos candidatos a governador do PT ou os realmente integrados é menor que os da oposição em proporção ao eleitorado.
                  
6. Num segundo turno, com 10 minutos para cada lado, todo dia, sem os ruídos do primeiro turno, com as imagens limpas, com debates polarizantes, com a experiência adquirida na campanha e, por isso tudo, com a maior facilidade para Lula explicar o que a burocrata tem que ver com o paizão, Dilma terá um terreno mais fértil para avançar. Lembre-se de Alckmin x Lula em 2006.
                  
7. Com essas preliminares, a tese da eleição plebiscitária, que pesava a favor de Dilma, agora pesa a favor de Serra. Nesse sentido, quanto menor o peso de Marina, maior a probabilidade da eleição se decidir no primeiro turno, e sendo assim, hoje, maior a probabilidade de vitória de Serra. Um quadro curioso, pois é o inverso do que se pensava seis meses atrás.  

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MENSALÃO DO PT: NÃO HÁ PROCESSO, NINGUÉM SAI E AINDA É PROMOVIDO!

(Folha SP, 24)  O PT oficializou ontem a volta de nomes envolvidos no escândalo do mensalão à direção do partido. Conforme indicação da corrente majoritária da legenda, a CNB (Construindo um Novo Brasil), José Dirceu, João Paulo Cunha e José Genoino irão compor o novo Diretório Nacional, que tomará posse no mês que vem.

A campanha da candidata do partido à Presidência, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), promoverá outra reedição: a do grupo de sindicalistas bancários que originou os "aloprados" e desempenhará funções estratégicas, como a centralização da captação de recursos.

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NINGUÉM MAIS AGUENTA TANTO IMPOSTO!

(Agência Estado, 24)  Pesquisas do Instituto Análise mostram que 67% das pessoas com renda familiar de até R$ 465 dizem preferir um presidente que reduza os impostos dos alimentos para que se compre comida mais barata.  "As pessoas sabem que poderiam consumir mais, mas não conseguem por causa dos impostos", afirmou o cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise. Realizadas em 2009, as pesquisas ouviram mil pessoas por mês. "São 70 cidades no País, incluindo as nove regiões metropolitanas e locais do interior", disse ele.

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PERFIL DOS HISPÂNICOS NOS ESTADOS UNIDOS!


(https://pewhispanic.org/) (2007)
                    
1. Total: 45,4 milhões. Mexicanos: 29,2 milhões Porto-riquenhos: 4,1 milhões Cubanos: 1,6 milhão Dominicanos: 1,2 milhão.
                    
2. Idade média: 27 anos. Maior: cubanos, 40 anos. Menor: mexicanos, 25 anos.
                    
3. 28,2% têm ou estão cursando nível superior.
                    
4. Renda Familiar Média: 40.476 dólares.   19,5% abaixo da linha de pobreza.
                    
5. Acesso a internet: 64% Casa própria: 49,9%.
                    
6.  Eleitores nos EUA. Eram 3,6% em 1988. São 7,4% em 2008. (Negros 12,1% e Brancos 76,3%). (Em 1988 os Brancos eram 84,9% dos eleitores).
                    
7. São 44% os imigrantes hispânicos não autorizados. 35% os legalizados. 21% os já nascidos nos EUA.
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Fonte:
Blog do Cesar Maia

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