Ibope: tudo na mesma e Dilma perdendo fôlego!

Publicado em 18/03/2010 10:53

1. Mesma diferença que últimas pesquisas: Serra 38%, Dilma 33%, Marina 8%. Com Ciro, diferença aumenta para Serra 35%, Dilma 33%. Segundo turno: Serra 44%, Dilma 39%.

2. 43% votam independente da opinião de Lula. 53% preferem votar em candidato de Lula. A palavra é "preferem", ou seja, depende de quem seja.

3. Serra amplia diferença no Norte/Centro-Oeste para 45% a 28% de Dilma e 13% de Marina. Dilma mantém vantagem no Nordeste com 42% contra 30% de Serra e 7% de Marina. No Sudeste Serra mantém vantagem em 41% a 28%. No Sul Dilma reduz diferença agora tem 37% contra 41% de Serra.

4. Dos entrevistados que manifestam preferência por Ciro Gomes (PSB), 52% afirmam optar, caso ele não concorra, por Serra e 28% por Dilma.

5. Números mostram que mais cedo do que se esperava a curva ascendente de Dilma começa a se tornar horizontal.

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ROYALTIES: GOVERNO DO ESTADO DO RIO NÃO AGIU SERIAMENTE!
      
Trechos da coluna de Merval, no Globo (17)!

1. Este nosso arremedo de Guerra de Secessão, com choro e ranger de dentes tipicamente tropicais, pode se transformar em uma crise política grave se o governo do Estado do Rio não agir seriamente, como não fez até agora.

2. Mas o fato é que a posição do Rio não é tão segura assim como querem fazer crer as autoridades fluminenses, e é preciso mais do que protestos para que se chegue a bom termo na negociação.

3. Mas será preciso muita negociação para que os estados produtores não saiam desse episódio com um prejuízo irrecuperável.

4. O governador Sérgio Cabral, que conduziu muito mal a negociação congressual, irritando-se excessivamente no primeiro momento e chegando às lágrimas quando o estado foi atingido pelo corte de recursos, tem que tomar cuidado para que a passeata de hoje não se transforme em um tiro no pé.

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FORRÓ NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PREFEITURA-RIO!
              
Trechos do relatório da reunião do conselho de Diretores com a Secretária e equipe em 12 de março de 2010.
      
1. O processo de matrícula não deu certo: não tanto pela internet, mas pelo telefone 0800.  Isto teve consequências na organização das escolas/formação de turmas para 2010. (argh!)
      
2. Outro problema: falta de professores e agentes educadores. A questão dos Agentes Auxiliares de Creche é bem séria. 1300 saíram. (argh!)
      
3. Salas de Leitura. Diante da falta de professores, os professores das Salas de Leitura terão que ir para turma. A Sala de Leitura pode ser utilizada pelo professor de turma, independente da existência de um professor exclusivo da Sala de Leitura. (argh! Livros fora...)
    
4. Computadores retirados de salas de leitura. (argh!)
      
5. A situação das creches está difícil. Convocação de agentes educadores e mães voluntárias (argh! Atropela LDB e volta à creche a ser assistencial). A questão dos alunos com Necessidades Especiais: escolas especiais não acabaram. Os alunos serão ou não integrados de acordo com a síndrome de que são portadores. (argh!)

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JACQUES SÉGUÉLA, PUBLICITÁRIO DE MITTERAND!
            
"Lograr uma eleição é contar uma história de tal maneira que a criança adormecida em todos os eleitores acredite que o candidato é o único herói credível nessa história". ("Faire une élection, c'est raconter une histoire de telle façon que l'enfant qui sommeille en tout électeur croie que le candidat est le seul héros crédible de cette histoire.").

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ALEMANHA: VIRTUDES E PROBLEMAS ECONÔMICOS!

Trechos do artigo do analista argentino Jorge Castro, no Clarín (14).
            
1. A Alemanha é o segundo maior exportador, com um superávit em conta corrente que atingiu 195 bilhões em 2007 (6% do PIB mundial). As exportações alemãs representam 47% do PIB e eram 20% no início de 1990. O caráter sincronizado da recuperação da economia mundial, como também sua queda, voltou a colocar as exportações alemãs ao nível anterior a crise: em fevereiro subiram 20% e este ano aumentariam 7,5% / 8%, após cair 15% em 2009. As vendas para a China/Ásia cresceram três vezes mais: 24% /26%. Portanto, o PIB industrial subiria 6% em 2010.
            
2. O desafio global enfrentado pela Alemanha é que, por um lado, os EUA experimentam um crescimento da produtividade, enquanto o dólar se desvaloriza no mercado mundial. Por isso, Obama pretende duplicar as exportações em cinco anos.  Ao mesmo tempo, a China, com 10,9% do mercado mundial, aumentou suas exportações em 47% ao ano em fevereiro de 2010 e terá 15% ou mais em 2020. Enquanto a Alemanha, apesar do notável aumento de suas exportações, reduziu sua participação no mercado global de 5,2% para 4,4% entre 2003 e 2008.
            
3. Mas o maior teste para a Alemanha é de ordem interna, de caráter demográfico. Hoje ela tem 82 milhões de habitantes, e em 2050 terá entre 8 e 14 milhões a menos, e 25% de sua força de trabalho terão mais de 55 anos (agora 15%).  Assim, a renda per capita vai cair 8% / 15% em relação aos EUA.
            
4. Max Weber observou que não existe outra política que não a mundial, e que a necessidade é a única guia da “virtude" dos estadistas.

ELEITOR NO CHILE REAGIU CONTRA PARTICIPAÇÃO DE MINISTROS E DA PRESIDENTE NA CAMPANHA!
                  
1. Na transição de governo no Chile, foram divulgadas as pesquisas semanais que fazia o gabinete do ministro das comunicações da presidente Bachelet. Estas estavam preocupadas em como estava reagindo e reagiria o eleitor chileno em relação à participação ostensiva de ministros e da própria presidente na campanha de Frei, candidato do governo.
                  
2. As pesquisas foram realizadas pela empresa TNS Time. Uma pergunta que se repetia: Você considera adequado à Presidente tornar pública a sua escolha?  A pesquisa mostrou que, enquanto 41% acreditavam ser "adequado" ou "muito adequado", a maioria, 56% viam como algo "inapropriado" ou "muito inadequado".
                  
3. Foi perguntado se o governo interveio positivamente durante a campanha de Frei. 40% concordaram e 46% rejeitaram. Quanto à participação de funcionários do governo na campanha, 32% concordaram e 56% discordaram. Em relação à participação dos ministros a crítica foi mais dura. A rejeição foi de 53%.
                  
4. Finalmente, no segundo turno, perguntou-se sobre a participação de autoridades do governo em atos de campanha: 29% apoiaram e 66% rechaçaram.
                  
5. São números que apontam para uma maioria silenciosa, que sem ruído, rechaçou o uso da máquina, o que afetou o resultado eleitoral, na avaliação pós-eleitoral de analistas da Concertación. E lá, a presidente em si, foi muito, muito menos ostensiva que o presidente aqui. Essa insistência, aqui, pode estressar o eleitor. Se é que já não começou a estressar.

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Fonte:
Blog do Cesar Maia

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