O e-mail do filho de Erenice comprova...

Publicado em 15/09/2010 17:59

O e-mail do filho de Erenice comprova que, no Brasil de Lula, bandido de estimação não precisa nem ter cérebro para ficar milionário

O e-mail enviado à direção de VEJA por Israel Guerra é uma prova de muitos crimes. O conteúdo, um desfile de desmentidos inconvincentes, fantasias indecorosas e desculpas esfarrapadas, confirma as delinquências divulgadas pela revista. A descoberta de que a forma foi revisada no Planalto acrescenta alguns crimes hediondos aos prontuários do bando que transformou a Casa Civil em gazua e esconderijo.

Claro que todos os envolvidos nas bandalheiras leram a sopa de letras. É certo que Erenice aprovou o texto assinado por seu garoto. Como se apresenta como advogada, deve ter prontamente confiscada a carteirinha da OAB. Israel, que se proclama “bacharelando em direito”, deve ser devolvido ao curso primário. E todos ─ mãe, filho, parentes e agregados ─ merecem o imediato enquadramento por atentados contra a gramática, linchamento da ortografia e tentativa de assassinato da língua portuguesa.

O lado bom da coisa é que o e-mail produzido a muitas mãos já se transformou em documento histórico. Daqui a muitos anos, a leitura do amontoado de cretinices ajudará a compreender como eram as cabeças que governaram o Brasil durante a Era da Mediocridade. Confiram o palavrório, reproduzido sem correções:

No final do mês de dezembro do ano de 2009, o sr. Fábio Baracat, me procurou com o problema de que a empresa ao qual se dizia sócio, e que inclusive, apregoava que estava assumindo o controle total, a MTA Linhas Aéreas, estava quase expirada sua autorização para voar e solicitando ajuda no sentido de trabalhar e resolver tal situação. Informei ao senhor Fábio que, estando cumpridas todas as regras e requisitos de segurança operacional, havia a possibilidade legal prevista na legislação vigente, da concessão de outorga pelo Diretor Presidente da ANAC, pelo expediente AD REFERENDUM, conquanto a empresa também estivesse regular quanto suas obrigações jurídico fiscais. Eu construí a argumentação e o embasamento legal da referida peça e a encaminhei ao representante legal da empresa aqui na cidade de Bsb, que a protocolou no órgão competente. Por razão deste serviço prestado, solicitei a gentileza de meu irmão, que a CAPITAL emitisse nota fiscal contra a pessoa jurídica indicada pelo senhor Fabio Baracat para cobrança do pagamento. Os documentos fiscais e contábeis, encontram-se a disposição para eventuais esclarecimentos.

Cumpre informar que conheci o sr. Fabio em meados de 2008, apresentado a mim pelo meu amigo e compadre Vinicius e que durante certo período, foi de meu círculo de amigos, tendo inclusive, sido apresentado em momento social, a minha mãe, que a época, era Secretária Executiva da Casa Civil, na condição de amigo meu, nada mais do que isto.

Ressalto que não houve a busca por clientes, mas sim, um suposto empresário, que a época se dizia uma amigo, que na verdade era um agenciador de cargas para a mencionada empresa aérea, solicitando a produção de um trabalho, junto a área do direito aeronáutico que eu detenho relativo conhecimento, e este trabalho foi produzido e apresentado de maneira satisfatória ao órgão regulador pelo procurador constituído a época dos fatos. Me foi perguntado, se já havia recebido “empresários” e feito negociatas no escritório Trajano e Silva. Informo que isto nunca ocorreu, já fui lá inúmeras vezes, visto que meu tio trabalha no referido escritório e sou bacharelando em Direito, sendo que constantemente, vou ao escritório para a complementação de minha graduação e que, inclusive, a época em que fiz o trabalho acima mencionado para o senhor Fábio, solicitei a permissão de recebê-lo na sala de reuniões do escritório, visto que não dispunha de espaço razoável para expor o trabalho feito ao referido “empresário” Fábio Baracat.

Por último esclareço, que a época da constituição da CAPITAL, meu irmão me solicitou que esta fosse registrada no meu endereço residencial, em razão da impossibilidade financeira de estabelecer o escritório numa sala comercial, ademais, meu irmão me informou que deu entrada no encerramento da empresa já no início deste ano corrente

Espero ter respondido aos questionamentos.

Atenciosamente,

Israel Guerra

Só Lula, promovido a inimputável pela intelectuália companheira, pode produzir impunemente um desfile tão obsceno de frases sem pé nem cabeça, vírgulas fora de lugar, substantivos na contramão, plurais guilhotinados, adjetivos bêbados, concordâncias desatinadas e outros assombros. Todos os envolvidos na construção desse monumento à estupidez são desprovidos de raciocínio  lógico. São todos incapazes de contar uma história infantil com começo, meio e fim.

Se Israel Guerra é mesmo estudante universitário, a faculdade que frequenta precisa ser lacrada antes que recrute outro lote de analfabetos funcionais. Sem o socorro da melhor amiga de Dilma Rousseff, o bacharelando estaria condenado ao desemprego perpétuo. Sem o amparo da Casa Civil, não seria convidado para intermediar sequer a negociação da gorjeta entre o freguês do botequim e o garçom. Só uma cabeça baldia escreve uma coisa dessas. Acomodado no colo da mãe, Israel Guerra se atreve a fingir que pensa. E vai fazendo fortuna como lobista fora-da-lei.

No Brasil de Lula, bandido de estimação já nem precisa ter cérebro para continuar em liberdade e virar milionário.

Sempre longe do local do emprego, disputando o terceiro mandato com o patrocínio do governo e o codinome Dilma Rousseff, o presidente Lula protagonizou nesta segunda-feira, em Criciúma, outro capítulo surreal do espetáculo do cinismo: “Quando tem roubo a gente pega”, fez de conta. “Vocês viram o que aconteceu agora no Amapá. Houve um tempo em que era mais fácil levantar o tapete e jogar tudo para baixo. Agora não”.

É muito atrevimento. Se no Brasil se pegasse quem rouba, cairia dramaticamente a densidade demográfica do palanque de Dilma Rousseff.  Quem vê as coisas como as coisas são enxergou no Amapá a prisão de aliados do orador. Foram capturados pela Polícia Federal, não pelo Poder Executivo. Se dependesse do presidente, iriam todos para baixo do tapete que há quase oito anos não para de acolher bandidos de estimação.

A bravata em Criciúma foi desmoralizada no mesmo dia por outro pontapé  na verdade. Alheio à montanha de provas, evidências e indícios veementes, Lula decidiu que Erenice Guerra nada fez de errado e não existem, portanto, motivos para afastá-la da Casa Civil. Em países menos primitivos, uma Erenice jamais seria ministra. Se por acaso fosse, não escaparia da exoneração caso desse um único telefonema para favorecer parentes. Como estamos no Brasil, vai continuar acumulando a chefia da Casa Civil e a presidência interina.

No comício em Santa Catarina, o orador embutiu na imaginária herança maldita até a impunidade dos delinquentes aliados, institucionalizada pela Era Lula. Se os partidos oposicionistas fizessem oposição, teriam reapresentado no horário eleitoral, na mesma noite, alguns dos piores momentos da CPI do Mensalão. Entre eles figura o depoimento do publicitário Duda Mendonça, que apareceu espontaneamente no Congresso, no dia 11 de agosto de 2005, para contar como foi sua participação no Pai de Todos os Escândalos.

“Quando tem roubo a gente pega”? Pega nada, berram os vídeos. O marqueteiro do rei revela que, para receber os milhões de dólares que cobrou para inventar o Lulinha Paz e Amor na campanha de 2002, foi forçado a abrir contas em paraísos fiscais pelo vigarista Marcos Valério e pelo companheiro Delúbio Soares, tesoureiro do PT. O dinheiro continua em lugar incerto e não sabido. Os vilões nunca foram punidos. O principal  beneficiário da maracutaia segue espancando a verdade. Na versão original e definitiva, está no meio dos bandidos. Na remontagem mambembe, aparece fantasiado de xerife.




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Fonte:
Blog Augusto Nunes (Revista Veja

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