As cenas repulsivas avisam que, no Brasil dos cafajestes, os parentes dos bandidos é que se enfurecem com gente honesta

Publicado em 28/07/2011 18:56 e atualizado em 29/07/2011 05:47
dos blogs de Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes

As cenas repulsivas avisam que, no Brasil dos cafajestes, os parentes dos bandidos é que se enfurecem com gente honesta

Acusados de uso indevido do dinheiro público, enriquecimento ilícito e formação de quadrilha, todos os nove vereadores de Fronteira, no Triângulo Mineiro, foram presos no dia 19. Segundo o Ministério Público, a quadrilha que se apossou da Câmara Municipal, lacrada por ordem judicial desde fevereiro, desviou para os próprios bolsos, em apenas um ano e meio, R$ 600 mil das “verbas indenizatórias” destinadas à compra de combustível para os carros oficiais. No dia 21, os nove foram levados para depor no fórum de Frutal, onde estão presos.

Obedientes à lei, os policiais estenderam o tratamento dispensado aos detentos sem cadeira na Câmara aos vereadores Maurílio Carlos de Toledo, Raidar Mamed, Sileide Nunes do Nascimento Faitarone, João Veraldi Júnior, Nildomar Lázaro da Silva, José Marcelo Soares dos Santos, Eduardo Florêncio de Souza, Daniel dos Reis Linhares Pontes e Samer Saroute. Todos chegaram a bordo de camburões, algemados e vestidos de presidiários.

Acampadas na entrada do fórum, as famílias dos criminosos reagiram à presença de repórteres e câmeras da TV com a indignação que tem faltado às vítimas do roubo. Exigindo aos berros “mais respeito aos familiares”, desafiando os jornalistas com gestos obscenos, impediram que as cenas fossem filmadas. Os quadrilheiros só aceitam exibir-se na telinha em liberdade.

Há alguns anos, parentes de ladrões capturados temiam a fúria das vítimas e sentiam vergonha. Hoje, os familiares de políticos bandidos é que se enfurecem ─ e afrontam a gente honesta com o espetáculo da pouca vergonha. A coluna pede desculpas pela divulgação das cenas repulsivas. Mas é preciso mostrar sem camuflagens o que pode acontecer a um país que aceita ficar parecido com um grande clube dos cafajestes.

(na coluna Direto ao Ponto, de Augusto Nunes)

Serra ao El País: corrupção nunca foi tão grave no país como agora

Em entrevista ao jornal espanhol El País, o tucano José Serra, presidente do Conselho Político do PSDB, afirmou que o problema da corrupção nunca foi tão grave no Brasil como agora. Apresentado por Fernando Gualdoni como “chefe da oposição”, Serra diz que a presidente Dilma Rousseff fez o que lhe cabia ao demitir os envolvidos em irregularidades, mas afirma que agiu pressionada pela imprensa. “A corrupção não é o único problema e não pode ser tratada como uma preocupação em si. O desvio de recursos acentua a ineficiência e impede o planejamento. O Ministério dos Transportes é um exemplo”, acrescentou.

Na entrevista, o tucano afirmou que a política externa de Dilma teve um começo promissor, mas que houve, depois, um recuo. Disse ainda acreditar que Lula será o candidato do PT à Presidência em 2014. Segue o texto em espanhol, que se lê com facilidade.

El jefe de la oposición brasileña reconoce que la presidenta, Dilma Rousseff, ha hecho lo que debía para atajar los escándalos de corrupción que solo en los últimos dos meses le han costado al Gobierno dos ministros clave, el jefe de Gabinete, Antonio Palocci, y el titular de Transportes y líder de un partido aliado del Gobierno, Alfredo Nascimento. Sin embargo, José Serra (São Paulo, 1942) cree que la presidenta ha actuado espoleada por la prensa, no por una convicción interna de que hay que limpiar el gigante sudamericano. “Lula también acabó por separar a los implicados en casos de corrupción, pero aquello que debió ser el comienzo de una política de transparencia se quedó en nada. Y fue un error, porque hay problemas en muchas áreas del Gobierno”.

Serra, de paso por Madrid para participar en el programa del Foro de Liderazgo Empresarial de IE Business School, opina que el problema de la corrupción “nunca ha sido tan serio” -por encima del escándalo que acabó con la presidencia de Fernando Collor de Mello (1990-1992)- y “que sus consecuencias políticas son aún imprevisibles porque no se sabe cuántos escándalos más habrá y de qué magnitud”. El líder del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) afirma que la clave de la corrupción está en la decisión de los sucesivos Gobiernos del Partido de los Trabajadores (PT) -desde la primera presidencia de Lula, que arranca en 2003- de entregar a los partidos que componen la coalición de Gobierno áreas donde ejercen un poder casi absoluto. “Como el PT ha exacerbado el sistema de prebendas y de favores, la situación se les ha ido de las manos”.

El Ministerio de Transportes, centro del más reciente escándalo, estaba en manos del Partido de la República (PR), uno de los 17 que apuntalan al Ejecutivo de Rousseff. El PR aporta 40 diputados y 6 senadores de un total de 512 y 81, respectivamente, por lo que el malestar entre esta fuerza y Rousseff contribuye aún más a bloquear un Parlamento muy polarizado en el que el Ejecutivo necesita un acuerdo concreto para cada proyecto que quiere aprobar. La presidenta no solo tiene un conflicto con el PR, sino también roces con su socio más importante, el Partido del Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), una fuerza sin cuya alianza la gobernabilidad es imposible.

“La corrupción en Brasil no es el único problema y tampoco puede tratarse como una preocupación aislada. Provoca una desviación indebida de recursos, acentúa la ineficiencia y hace imposible la planificación. Esto quedaba ejemplificado en el caso del Ministerio de Transporte”, una cartera clave en un país tan extenso y hambriento de infraestructuras.

Dicho esto, Serra reconoce que la “imagen internacional de Brasil sigue siendo buena. Que la economía sigue yendo bien tanto en el ritmo de crecimiento como en el de creación de empleo”. Aunque muchas veces Lula insiste en que a la oposición “le molesta que un pobre tenga un coche nuevo”, Serra dice que esas declaraciones del expresidente son pura retórica electoral. “Lula nunca ha dejado de estar en campaña”, dice Serra.

Serra cree que “la probabilidad de que Lula sea candidato en las presidenciales de 2014 es muy alta”. Pero ya el año próximo hay elecciones locales que pueden servir para calibrar la popularidad de Rousseff. El jefe socialdemócrata se resiste a hablar de si será candidato para la alcaldía de São Paulo, y mucho menos a hacer comentarios sobre sus planes para las generales de 2014.

La situación de Serra dentro del PSDB no es fácil. Ya acumula dos derrotas en el intento de conseguir la presidencia y tras la última -frente a Rousseff el año pasado-, uno de sus principales rivales dentro del grupo, el actual senador y exgobernador de Minas Gerais, Aecio Neves, ha ganado mucho peso dentro del partido. Serra es reconocido como un eficaz gestor tanto durante su etapa en la alcaldía como en la gobernación paulista. Siendo ministro de Salud del expresidente Fernando Henrique Cardoso, allanó en el seno de la Organización Mundial de Comercio (OMC) el acceso de los países emergentes a los medicamentos genéricos en caso de emergencia sanitaria.

Sobre la política exterior de Rousseff, Serra cree que la presidenta comenzó bien, sobre todo en lo que respecta a la defensa de los derechos humanos, tomando distancias con Irán. “Sin embargo”, dice Serra, “la posición de la presidenta comenzó a ser ambigua y ese ímpetu en favor de los derechos civiles se diluyó”.

Por Reinaldo Azevedo

Lula tem uma concepção fascista de imprensa

O Apedeuta continua a praticar o seu esporte predileto, que é brutalizar a lógica, o bom senso e a verdade. E, como se nota, está mais assanhado que lambari na sanga. Leiam o que informa a Folha Online. Volto em seguida:

Lula critica imprensa e defende gastos em publicidade
Por Italo Nogueira:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, na manhã desta quinta-feira, o gasto em publicidade dos governos para divulgar melhorias no serviço público. Para ele, que visitou o hospital de traumatologia Dona Lindu, em Paraíba dos Sul (RJ), “o que é ruim tem preferência no noticiário”.

“Vocês têm a obrigação política com o povo do Rio e com quem não mora aqui de dizer o que estão fazendo aqui. Acho que isso é uma falta de opção nossa. Tem muita gente que fala: ‘Ah, você vai gastar dinheiro com publicidade?’ Enquanto você não gasta para fazer publicidade das coisas boas, gasta para fazer nota reexplicando aquilo que foi equivocadamente denunciado”, disse Lula, a uma pequena audiência no auditório do hospital.

Lula visitou a unidade, inaugurado em junho de 2010 que recebe o nome de sua mãe, Eurídice Ferreira de Mello, morta em 1980. De acordo com o governo do Estado, o hospital se tornou referencia em cirurgias ortopédicas em média e alta complexidade e é o que mais realiza cirurgias deste tipo na rede estadual. “Normalmente o que é ruim tem preferência no noticiário sobre o que é bom. Raramente você vê uma reportagem elogiando um hospital. O que é bom parte-se do pressuposto que é obrigação. Um hospital salvar vidas não é notícia, mas se morrer um é”, disse Lula. O ex-presidente disse que a publicidade institucional “não é dizer que está tudo pronto”.

“Sabemos que ainda tem fila. Mas, se o que melhorou, a gente não colocar para o povo saber, o povo vai ficar sabendo apenas aquilo que os outros querem que eles saibam. Tem muita coisa errada, mas [tem que] mostrar o que foi feito. Numa escada de 16 degraus, vocês chegaram a 8, 9. Tem que mostrar. A gente aprendeu com Chacrinha há muito tempo atrás: ‘Quem não se comunica, se trumbica’”.

Ao final da fala, Lula cobrou o secretário estadual Sérgio Côrtes  a inauguração da nova sede do Into (Instituto de Traumatologia), cuja obra está atrasada. “Desde o Humberto Costa (ex-ministro da Saúde) a gente está esperando”, queixou-se Lula. Côrtes disse que o ministro Alexandre Padilha está definindo a data com presidente Dilma. Durante a apresentação, Côrtes mostrou casos de pessoas amputadas que tiveram membros reimplantados no hospital. Uma das fotos mostrava uma pessoa sem dedo, situação semelhante à ocorrida com o ex-presidente quando metalúrgico. A imagem provocou frisson no auditório. Lula não se referiu ao episódio, mas disse que levaria um de seus filhos, de 40 anos, que sofre com próteses nos quadris.

Voltei
A primeira pergunta óbvia: o que este senhor fazia lá? É visível que Lula está ocupando o espaço político que caberia à presidente Dilma Rousseff. Leva cada vez mais a sério aquela sua frase, dita durante a campanha, segundo a qual quem escolhesse “Dilma” estaria votando em “Lula”.  Vamos ao mérito de sua consideração.

Lula tem uma visão da imprensa típica de regimes fascistas e comunistas. Sua tarefa, como se nota, seria fazer propaganda do regime. Como não dispõe do porrete para obrigá-la a tanto, então que os cofres públicos arquem com mais conseqüências.

Está explicitando um método. De propaganda em propaganda, construiu-se sua fortuna crítica, muito acima das suas realizações. Pior do que isso: conseguiu, com seu enorme talento para difamar, expropriar os adversários de seus méritos.

E não acusem Lula de defender a propaganda de obras que ainda nem foram concluídas porque ele não vê mal nenhum nisso; ao contrário: para ele, trata-se de um mérito.

Por Reinaldo Azevedo

A campanha começou cinco meses depois do encerramento da apuração

O tom afirmativo dos artigos que tem publicado regularmente, a consistência das críticas à gastança federal e a delírios megalomaníacos como o trem-bala, a vigorosa defesa do legado de Fernando Henrique Cardoso, a contundência dos ataques aos bandidos de estimação, a agressividade das réplicas a provocações do PT, de Dilma Rousseff ou de Lula ─ essas e outras mudanças no comportamento de José Serra, somadas à declaração de apoio reiterada pelo ministro Nelson Jobim, embutem duas notícias.

Uma é boa: o ex-governador paulista descobriu que cabe a um líder oposicionista fazer oposição. A outra é ruim: Serra esperou cinco meses para começar a dizer o que deveria ter dito desde o primeiro dia da campanha presidencial de 2010.

(por Augusto Nunes)


A mão grande de Lula - Direção do PT age para mudar estatuto em congresso e esvaziar as prévias

Por Vera Rosa, no Estadão:
Acostumado a enfrentar polêmica tanto no PT como no governo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que “seria um desastre” o partido promover uma prévia para a escolha do candidato à Prefeitura de São Paulo. Carvalho cobrou “maturidade política” do PT no momento em que o partido começa a debater as alianças para as eleições de 2012 e a reforma de seu estatuto. A tendência do 4.º Congresso do PT, marcado para setembro, é dificultar as prévias.

“Seria um desastre ter prévia no PT em São Paulo”, afirmou Carvalho ao Estado. “As prévias acabaram se transformando em trauma para nós porque, toda vez em que foram realizadas, houve enorme dificuldade para juntar o partido e reunificar a base. Com a disputa no nosso campo, as prévias oferecem munição para o adversário.”

O diagnóstico de Carvalho, um dos mais respeitados quadros do PT, coincide com avaliações reservadas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente Dilma Rousseff. Embora desvie do assunto publicamente, sob o argumento de que foi ele quem instituiu no PT o voto dos filiados para a escolha de candidatos a presidente, governador e prefeito, Lula se movimenta para convencer o partido a enterrar as prévias, conforme revelou o Estado na segunda-feira. O alvo são as cidades estratégicas para o projeto de poder petista, como São Paulo e Belo Horizonte.

O assunto promete agitar o 4.º Congresso do PT, de 2 a 4 de setembro, em Brasília. Convocado para mudar o estatuto do PT, o Congresso vai repaginar o sistema de consulta aos filiados para definição de candidatos a cargos majoritários. Propostas em discussão preveem, ainda, o aumento do dízimo petista para saldar a dívida do partido, na casa dos R$ 35 milhões, e a possibilidade de “recall” para troca de direção, antes do fim do mandato.

De todos os temas, porém, o que mais tem causado desconforto é a defesa do fim das prévias. Na capital paulista, Lula prega a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), à sucessão do prefeito Gilberto Kassab. Para abençoar o calouro Haddad, ele recorreu a cálculo político semelhante ao utilizado em 2010, quando bateu o martelo sobre o nome da então desconhecida ministra Dilma, sem ouvir o PT. Na sua avaliação, Haddad é um nome sem desgaste, que pode atrair a classe média em São Paulo.

A preferência do ex-presidente constrange a senadora Marta Suplicy, que quer entrar novamente no páreo pela Prefeitura e já está em campanha. Os deputados Carlos Zarattini e Jilmar Tatto, secretários de Marta quando ela foi prefeita (2001-2004), também estão de olho na vaga.

Em um cenário no qual o PSDB poderá bancar a candidatura do ex-governador José Serra, o PMDB põe à prova o deputado Gabriel Chalita e o PSD de Kassab ensaia o apoio ao secretário Eduardo Jorge (PV), Lula terá dificuldade para enquadrar a cúpula do PT, que não se entusiasma com Haddad.

Além de Marta e de dois integrantes de seu antigo grupo, hoje rachado, o senador Eduardo Suplicy (PT) já avisou que, se o acordo for inviável, não desistirá de disputar a indicação para concorrer a prefeito. Mesmo que seja com Marta, sua ex-mulher.

Obama. “Voltar atrás nas prévias, ou mesmo esvaziá-las, seria uma incongruência”, comentou Suplicy. “No ano passado, a direção do PT fez um apelo para que eu abrisse mão da candidatura ao governo para Aloizio Mercadante, mas agora é diferente. Assim como Barack Obama e Hillary Clinton se deram tão bem em 21 debates, eu, Marta e todos os demais podemos interagir com os filiados”, emendou o senador, numa referência à eleição nos EUA, em 2008. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

TCU aponta falhas no ”PAC da Segurança”

Por Leandro Colon, no Estadão:
O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, é ineficiente, não cumpre metas, tem falhas de fiscalização e planejamento, além de fazer uso irregular do dinheiro público. É o que aponta auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo os auditores do tribunal, o Pronasci não tem “critérios e parâmetros para sua execução”, é “vulnerável” e “infringe a norma legal”. A investigação atingiu 33 convênios do programa em sete Estados e no Distrito Federal. São R$ 80 milhões os recursos envolvidos.

O Pronasci foi criado em 2007 pelo ex-ministro da Justiça e hoje governador do Rio de Grande do Sul, o petista Tarso Genro. Ganhou o apelido de “PAC da Segurança” em alusão ao Programa de Aceleração do Crescimento, o esteio de obras do governo federal. Teoricamente, o programa busca controlar e reprimir a criminalidade com políticas sociais e ações de proteções às vítimas, incluindo capacitação e ajuda de custo aos beneficiados. Para tanto, o ministério firma parceria com governos estaduais, prefeituras e organizações não governamentais (ONGs).

A auditoria foi realizada entre setembro e dezembro, abrangendo convênios celebrados entre 2008 e 2010. A análise técnica deu base para a decisão tomada pelos ministros do tribunal em junho - e divulgada ontem -, em que uma série de determinações foram enviadas ao ministério.

Convênios. Uma ONG ligada ao PT no Distrito Federal, a Saber Soluções Criativas em Políticas Públicas e Sociais, aparece como foco de irregularidade em dois convênios que somam R$ 6 milhões. A aplicação do Pronasci pela entidade, segundo o TCU, não é fiscalizada in loco pelo Ministério da Justiça e a ONG também não presta contas com regularidade sobre o uso do dinheiro. Isso, alertam os técnicos, gera “riscos de prejuízos em virtude da ausência de fiscalização, da não verificação da boa e regular aplicação dos recursos”.

A ONG Saber é dirigida por um irmão do deputado Patrício, do PT, que preside a Câmara Distrital em Brasília. De acordo com o TCU, há um alto índice de evasão de jovens do projeto tocado pela entidade, inclusive com indícios de registros de frequência “sem a devida comprovação”. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Procuradoria quer fim de contrato do Incra

Por Eduardo Kattah, no Estadão:
O Ministério Público Federal em São Paulo informou ontem que ajuizou ação civil pública com pedido de liminar solicitando a nulidade do contrato de R$ 19,4 milhões celebrado entre a superintendência regional do Incra e a BK Consultoria e Serviços Ltda. A empresa foi vencedora de chamada pública para prestação de serviços ao órgão federal de assistência técnica e extensão rural para 243 projetos de assentamentos no Estado, atendendo 31.270 famílias.

Em março, o Estado antecipou que o Governo de São Paulo decidiu contestar o resultado da chamada pública, alegando que a empresa ganhadora “não tem nenhuma experiência e cobra os preços mais elevados”.

Para a Procuradoria da República em São Paulo, desde o início os procedimentos para a contratação da empresa foram irregulares. O edital foi lançado em setembro de 2010, com valor inicial estimado em mais de R$ 26 milhões. O Tribunal de Contas da União suspendeu o procedimento por considerar o valor excessivamente alto. Um novo edital foi lançado, dessa vez estimando os valores em R$ 19,5 milhões.

Conforme a ação, as irregularidades foram “mais flagrantes” durante a análise das propostas. A BK Consultoria sagrou-se vencedora mesmo apresentando um preço mais elevado. A segunda colocada - Fundação Itesp, ligada ao governo estadual - apresentou proposta no valor de R$ 13,4 milhões. Em março, o governo estadual informou que iria contestar na Justiça o resultado de uma chamada pública.

De acordo com o Ministério Público, também não foi observado o critério de julgamento técnico. Para o procurador José Roberto Pimenta de Oliveira, autor da ação, a vencedora não conseguiu demonstrar sua experiência na prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural por mais de dois anos, como exigido. “O que indiscutivelmente gera situação contrária ao cumprimento regular e eficiente dos serviços contratados.”

Na ação, a procuradoria pede também a suspensão de qualquer pagamento à BK Consultoria e a determinação de que o Incra seja obrigado a realizar nova licitação dentro de 30 dias. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Da coluna Direto ao Ponto:

O procurador Luiz Francisco, aquele que encontrava um bandido por dia, deixou de enxergar criminosos há oito anos e meio

O texto que pergunta o que esperam o governo e o Ministério Público para punir os quadrilheiros demitidos deixou muitos leitores intrigados com o sumiço de um obsessivo caçador de culpados. Onde anda o procurador Luiz Francisco de Souza, que encontrava um bandido por dia durante o governo de Fernando Henrique Cardoso?, querem saber vários comentaristas. Parou de enxergar suspeitos em  janeiro de 2003, informou o post publicado em 31 de julho de 2009, atualizado em junho deste ano e reproduzido agora na seção O País quer Saber.

Valendo-se de sucessivos pedidos de licença, o procurador a serviço do PT não procura delinquentes há oito anos e meio. Em vez de defender a lei, Luiz Francisco segue em lugar incerto para obedecer a um dos mandamentos da seita companheira: não existem pecadores no rebanho. Existem apenas uns poucos devotos que, muito raramente, cometem erros. São todos irrelevantes. A imprensa é que tenta transformá-los em ocorrências policiais por ser portadora da disfunção cujo nome Dilma Rousseff aprendeu com Jorge Hage: “escandalização do nada”.

O contrário da expressão sem pé nem cabeça é a banalização de tudo. Até das roubalheiras bilionárias praticadas pelo mundaréu de bandidos de estimação.

(por Augusto Nunes)

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veja.com.br

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3 comentários

  • JUSTINO CORREIA FILHO Bela Vista do Paraíso - PR

    Brasil, a ilha da fantasia para os oportunistas de plantão!

    * Oferece guarida a condenado estrangeiro.

    * Campeão em corrupção e impunidade.

    * Paga os mais altos juros do mundo ao capital especulativo.

    * Incentiva a desindustrilização através da politica cambial que mantém o real valorizado.

    Que pena este é o Brasil!

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  • HELVIO BORGES REZENDE Goiânia - GO

    Cadê a bandida que só anda roubando!

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  • HELVIO BORGES REZENDE Goiânia - GO

    Eita Brasil! Do jeito que vai a coisa, vão arrumar cadeia para inocentes! Lá poderá ser mais seguro! Eca!

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