Ministro demitido faz ameaças, diz que ministros o conhecem bem, sugere que explosão de gastos se deu durante campanha de Dilma

Publicado em 03/08/2011 12:28 e atualizado em 03/08/2011 18:14

Demitido faz ameaças, diz que ministros o conhecem bem, sugere que explosão de gastos se deu durante campanha de Dilma e que seu partido é igual aos outros

Leiam o post abaixo, com a excelente síntese que o G1 publicou da intervenção de Alfredo Nascimento no Senado. Para quem sabe ler, a coisa está recheada de avisos e ameaças. Tudo vai depender do andamento da carruagem a partir de agora. Que o ministério, especialmente o Dnit, estivesse mais para lupanar do que para órgão público, a pletora de casos o evidencia. A coisa fala por si mesma. Então a que vem essa fala de Nascimento na linha: “Paulo Bernardo me conhece; Mantega me conhece; Dilma me conhece…” Ou não entendo mais nada, ou ele está dizendo que se lembra muito bem do que todos eles fizeram no verão passado, e no retrasado, e no outro…

Está pessoalmente magoado com Dilma, acusando-a de traição. Na verdade, mais do que isso até: diz que ela sabia de como as coisas andavam no Ministério e lembra, na prática, que era ela a sua chefe no governo Lula. E, a rigor, era mesmo, né? Aliás, reforça a sua intimidade com o governo passado e sua proximidade com o Apedeuta-chefe.

E o ministro Paulo Sérgio Passos, que estaria na conta do PR, também não escapa. Mais do que sugerir, Nascimento afirma que o descontrole de gastos na pasta se deu durante a sua ausência — vale dizer, na gestão de seu sucessor. Foi literal: “Quando saí, junto com a presidenta Dilma, então ministra, o PAC do Ministério dos Transportes significava um pacote de investimentos da ordem de R$ 58 bilhões. Quando retornei, já estava em R$ 72 bilhões. Dediquei os primeiros 90 dias de gestão a uma imersão em todos os projetos e ações programadas em andamento. Em fevereiro, fui o primeiro a perceber a disparada dos gastos previstos e determinei um pente fino para conhecer a origem de tal movimentação”. Segundo ele, o governo estaria informado de tudo.

A fala quer dizer rigorosamente aquilo que diz. O PR quer ser deixado em paz e não aceita ser bode expiatório do, como dizem por aí, “presidencialismo de coalizão” (que chamo “de colisão com a moralidade”). Tão eloqüente como enigmático, diz que seu partido não é nem melhor nem pior do que os outros.

Ainda que não queira, Nascimento joga a favor de Dilma quando a acusa de não tê-lo apoiado. É  bom para ela. Passa por moralizadora. Mas o ministro não tem a menor dúvida em apontar que a explosão de gastos seu deu em 2010: ano da campanha eleitoral da Presidência. Não se esqueçam de que Luiz Antonio Pagot, antes da demissão, sugeria nos bastidores que o Ministério dos Transportes tinha sido usado como caixa de campanha da agora presidente. Depois negou.

Em suma: vozes do PR haviam assegurado ao Palácio do Planalto que o discurso de Nascimento seria “light”. De “light”, não teve nada. Fica o aviso: “Que cada um assuma as suas responsabilidades!”

No arremate, o senador Blairo Maggi (PR-MT) deixou claro: Paulo Sérgio Passos não é um ministro do PR.

Texto  pubicado originalmente às 20h59 desta segunda
Por Reinaldo Azevedo

Jucazinho na Câmara

Onyx Lorenzoni decidiu apresentar requerimento para ouvir Oscar Jucá Neto sobre as denúncias envolvendo a Conab. Onyx ficou insatisfeito com as declarações de Wagner Rossi, que, apesar de ter chamado o irmão de Romero Jucá de “mentiroso” e “caluniador”, não vai processá-lo. Disse Onyx:

– Se eu fosse o Wagner Rossi, daria um soco no (Oscar) Jucá e depois moveria um processo. O ministro, ao não agir assim, parece sofrer influências políticas que talvez trouxessem mais esclarecimentos.

Por Lauro Jardim

Os novos aristocratas 1 – Chico, o Gabriel Chalita do Complexo Pucusp, enviou mensagem especial de aniversário para a neta de Lula, a da Lei Rouanet do ministério de Ana, a irmã do Chico…

Como já deixei claro, acho que a caracterização da nova aristocracia brasileira é uma questão de interesse público, especialmente quando nós pagamos parte do regalo, como é o caso da autorização para a produção da peça estrelada por Bia Lula, neta do Apedeuta-chefe, captar R$ 300 mil pela Lei Rouanet. A gente viu que ela tem incli8nação pra coisa. Essa moça tem sorte. Atriz amadora, 16 aninhos, e já patrocinada pela Oi! Bem, no caso da renúncia fiscal, quem paga a conta são os brasileiros. A prebenda foi concedida pelo ministério comandado por Ana de Hollanda.

De aristocratas para aristocratas. Em julho do ano passado, quando se deu a festa, Chico Buarque, o irmão mais famoso de Ana, enviou um “depoimento especial”, exibido no telão. O Gabriel Chalita dos intelectuais do Complexo Pucusp não poderia se omitir. Eu não sabia disso, claro! Uma amiga me enviou o link do site de Luíza Gutierrez, apresentadora do evento. Segue um trecho, na língua em que o texto foi escrito. Encerro depois:

O aniversário de Maria Beatriz Lula da Silva Sato Rosa, a princesa Bia foi um espetáculo em todos os sentidos. A festa de seus 15 anos foi dealizada pela mãe, Lurian Silva e  cada momento da comemoração  aconteceu no palco como  numa produção teatral. Depois de um depoimento especial de Chico Buarque exibido no telão saudando a aniversariante , as cortinas se abriram e Bia surgiu com sapatilhas de ponta dançando ao som da canção Beatriz encantando a todos com sua suavidade e carisma.

Especial
Como mestre de cerimônias da noite, registrei com informalidade, de acordo com a orientação da família e do protocolo, a presença do presidente Lula, numa noite em família e não como chefe de estado, apenas como o avô da aniversariante  fato que não impediu que ele roubasse a cena e fosse assediado para muitas fotos durante o tempo que permaneceu na festa. Bia foi homenageada com um lindo texto escrito e lido pela sua mãe, a jornalista Lurian Silva dançou com o pai Sato e com o irmão menor João.

Surpresas
A festa teve como tema a bailarina e a decoração foi assinada por Luciana Mazzini com cerimonial de Tays Santos e sua equipe. Bia usou dois vestidos criados  pelo estilista Cristiano Alessandro, de Joinville e no camarim a maquiadora Simara e o cabeleleiro Evandro cuidavam da produção para cada uma das suas aparições no palco. A aniversariante dançou com os bartenders do grupo Kamikase e sambou com a bateria da Unidos da Coloninha. O acesso a imprensa foi restrito e toda a filmagem e fotografia do evento  ficou a cargo da equipe da Vita Produções, com orientação da equipe de segurança da presidência.

Encerro
É isso aí. PEÇO MODERAÇÃO NOS COMENTÁRIOS, SIM?

Por Reinaldo Azevedo
Os novos aristocratas 2 - Filho de Lula investe em futebol americano

Por Tatiana Farah, no Globo:

Filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luis Claudio, o Lulinha, abriu uma empresa para captação de patrocínio esportivo. Ex-preparador físico do Corinthians, o filho de Lula vai investir em futebol americano. A Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda foi constituída na Junta Comercial de São Paulo, sexta-feira, com capital simbólico de R$ 1 mil, mas opera desde 27 de junho e está por trás da terceira edição do Torneio Touchdown, que reúne 16 times do país.

Para entrar no ramo, Lulinha, de 26 anos, associou-se ao locutor e especialista em futebol americano André José Adler, que foi o criador do torneio. Adler tem apenas 10% da Touchdown. Quem detém os outros 90% é a LFT Marketing Esportivo Ltda, empresa que Lulinha abriu em março com dois amigos, Fabio Tsukamoto e Otavio Portugal. Fabio e Otavio têm 10% cada, e Lulinha, 80%.

Adler contou ao GLOBO que há dois meses foi procurado por Lulinha, via Twitter.”Luis Claudio me disse que estava apaixonado pelo futebol americano e que queria entrar para o esporte no Brasil. Só em certo ponto ele me contou ser filho do Lula”, disse Adler, acrescentando que “ainda” não é possível ganhar dinheiro com a modalidade:”Não temos patrocínio, a não ser a empresa que dá as camisas dos árbitros. Por enquanto, não dá para ganhar dinheiro, mas estamos no começo.”

Indagado sobre futuros patrocinadores, Adler disse que as estatais estão fora de questão:”Não sei com quem ele está conversando, mas não vai ser nenhuma estatal.” Com capital registrado de R$ 100 mil, a LFT e a Touchdown ocupam o mesmo endereço: o conjunto 171 de um sofisticado prédio de escritórios, no bairro de Itaim Bibi. O GLOBO procurou Lulinha nesta terça-feira no endereço, mas a recepcionista informou que ele não estava. Ele também não atendeu aos chamados no celular.

Os filhos do ex-presidente Lula têm diversificado os negócios, e o mais bem-sucedido é Fabio Luis Lula da Silva, de 36 anos. Uma de suas empresas, a Gamecorp S.A., recebeu aporte de R$ 5 milhões da antiga Telemar (atual Oi).

A Gamecorp foi aberta com um capital inicial de R$ 10 mil, em 2004, por Fabio Luis e os filhos do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar, petista histórico e um dos melhores amigos de Lula. Em 2005, a Telemar investiu R$ 5 milhões, ampliando o capital da empresa, que apresentava balanço negativo.

Esta semana, reportagem da “Folha de S. Paulo” informou que a Oi é patrocinadora de uma peça de teatro que tem Bia Lula da Silva, neta do ex-presidente, no elenco. A empresa teria investido R$ 300 mil no espetáculo, bancando metade da produção. Bia Lula, de 16 anos, é filha de Lurian Lula da Silva.

Por Reinaldo Azevedo
Um bom artigo de Elio Gaspari, de quem discordo quase sempre

À diferença do que dizem alguns bobocas, eu não leio “pessoas”, mas os seus textos; importa-me menos “quem” diz determinada coisa do que “o que” está sendo dito. Elio Gaspari, de quem discordo quase sempre, escreveu um bom texto hoje na Folha sobre os Estados Unidos. Talvez ele se pergunte onde foi que errou, hehe, já que gostei, mas o fato é que acertou quase tudo. Fez uma síntese um tanto apressada do combate dado por Bush ao terrorismo. A questão não era simples  — na verdade, tratava-se de um tipo de combate inédito. Até hoje, Obama não fechou Guantánamo, por exemplo. Mas é um elemento lateral no texto.

Dado o catastrofismo bocó que toma conta do noticiário mundo afora — no Brasil, não é diferente — e todas as tolices antidemocráticas que foram ditas sobre os republicanos e o Tea Party em particular, Gaspari acertou o tom, inclusive no que concerne à China.

Sou assim, como sabem os leitores habituais do blog: quando gosto, digo “sim”; quando não gosto, digo “não”. E pouco me importa quem diz o que gosto ou aquilo de que não gosto. Sou até tomado de uma discreta excitação intelectual quando concordo com alguém de quem esperava discordar. Leiam o artigo.

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Os EUA iam acabar em 1861

Os Estados Unidos iam acabar. Não nesta semana, mas há exatos 150 anos, depois que as tropas do Sul venceram em Manassas a primeira grande batalha da Guerra Civil. Grandes políticos ingleses, bem como “The Economist” e “The Times” (pré-Murdoch), achavam que o presidente Lincoln forçara a mão com o Sul. Quatro anos e 620 mil mortos depois, a União foi preservada e acabou-se a escravidão.

Passou pouco mais de meio século e, de novo, os Estados Unidos iam acabar. A Depressão desempregou 25% de sua mão de obra e contraiu a produção do país em 47%. A crise transformou fascismo e nazismo em poderosas utopias reacionárias. De Henry Ford a Cole Porter, muita gente se encantou com o ditador italiano Benito Mussolini. Dezesseis anos depois, as tropas americanas entraram em Roma, Berlim e Tóquio.

Em 1961, quando os soviéticos mostraram Yuri Gagarin voando em órbita sobre a Terra, voltou-se a pensar que os Estados Unidos iam se acabar. Em 1989, acabou-se o comunismo.

A decadência americana foi decretada novamente em 1971, quando Richard Nixon desvalorizou o dólar, ou em 1975, quando suas tropas deixaram o Vietnã. O dólar continua sendo a moeda do mundo, inclusive para os vietnamitas.

A última agonia, provocada pela exigência constitucional da aprovação, pelo Congresso, do teto da dívida do país, foi uma crise séria, porém apenas uma crise parlamentar. Para o bem de todos e felicidade geral das nações, não só os Estados Unidos não se acabam, mas o que se acaba são os modelos que se opõem ao seu sistema de organização social e política.

No cenário de hoje, o ocaso americano coincidiria com a alvorada de progresso e eficácia da China. Lá, o teto da dívida jamais será um problema. Basta que o governo decida. Como lá quem decide é o governo, nos últimos cem anos o Império do Meio passou por dois períodos de fome que geraram episódios de antropofagia. Hoje a China não tem os problemas dos Estados Unidos, afinal, nem desastre de trem pode ser discutido pela população.

Guardadas as proporções, o sistema político brasileiro seria melhor que o americano, porque não haveria aqui a crise parlamentar provocada pelo teto da dívida. Se houvesse, o Brasil não teria quebrado nos anos 80 por ter tomado empréstimos dos banqueiros que ajudaram a criar a encrenca que hoje atormenta Washington.

Aquilo que parece uma crise da decadência é uma simples e saudável manifestação do regime democrático. Quando os negros americanos foram para as ruas, marchando em paz ou queimando quarteirões, também temeu-se pelo futuro do país. O que acabou foi a segregação racial.

Se hoje há uma crise nos Estados Unidos, ela não está nas bancadas republicanas ou mesmo na influência parlamentar do movimento Tea Party. Eles defendem o que julgam ser o melhor caminho para o país. A crise está em outro lugar, na negação, por um tipo de conservadorismo extremado, dos valores que fizeram da nação americana o que ela é. Quando o governo Bush sequestrou suspeitos pelo mundo afora, levando-os para centros de tortura, e viu-se obrigado a soltar alguns deles porque não eram o que se pensava, aí sim, os Estados Unidos estavam em perigo.

Por Reinaldo Azevedo
Senadores retiram assinaturas e comprometem criação da CPI do Dnit

Por AdrianaVasconcelos, Maria Lima e Luiza Damé, no Globo:
No segundo dia de funcionamento do Congresso e exatamente um mês após o início da crise nos Transportes, que já resultou na demissão de quase 30 pessoas no Ministério e no Departtamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a oposição conseguiu nesta terça-feira as 27 assinaturas necessárias para a criação de uma CPI no Senado. Mas a instalação da CPI ainda é uma incógnita. Ainda nesta terça-feira à noite, o Palácio do Planalto usou a força do poder e conseguiu retirar a assinatura do senador João Durval (PDT-BA) e deveria convencer também o senador Reditario Cassol (PP-RO) a fazer o mesmo. Do outro lado, a oposição buscava apoio de outros descontentes da base aliada.

O senador João Durval (PDT-BA) integra a base governista e foi um dos quatro senadores que assinaram o pedido nesta terça-feira, permitindo que a oposição alcançasse as 27 assinaturas necessárias para a instalação de uma CPI. Sem Durval, sobram 26 assinaturas, número insuficiente, mas a oposição ainda se movimenta para garantir a CPI. O governo também está em campo para convencer mais senadores a retirar seu apoio.

Mais cedo, a oposição havia conseguido a última assinatura que faltava para criar a CPI do Dnit, que vai investigar denúncias de corrupção na área de transportes. O 27º senador a assinar o requerimento de criação da CPI foi Reditario Cassol (PP-RO), suplente de Ivo Cassol (PP-RO). Para criar uma CPI é necessário o apoio de um terço dos senadores, que são 81 no total.

Ainda nesta terça-feira, outros três senadores assinaram o requerimento para criação da CPI do Dnit : Zezé Perrella (PDT-MG), Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e João Durval (PDT-BA). O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse ainda que vai buscar mais uma adesão para dar mais segurança à criação da CPI.

Ao todo, desde o início da crise no Ministério dos Transportes, 28 pessoas já foram demitidas ou afastadas de suas funções.

Nesta terça-feira, mais três exonerações de diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram publicadas no Diário Oficial da União. Foram demitidos José Henrique Coelho Sadok de Sá, diretor executivo, Geraldo Lourenço de Souza Neto, diretor de Infraestrutura Ferroviária, e Herbert Drummond, diretor de Infraestrutura Aquaviária. Além deles, também foi exonerada Nadja Tereza Monteiro de Oliveira, coordenadora-geral de Cadastro e Licitações. Aqui

Por Reinaldo Azevedo
Para se vingar de denúncia contra mensaleiros, PT ameaça vetar Gurgel

Por Eduardo Bresciani, no Estadão:
Senadores do PT ameaçam, nos bastidores, votar contra a indicação de Roberto Gurgel para um novo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República. A ação seria uma retaliação à manifestação entregue por ele em julho, pedindo a condenação de 36 réus no processo do mensalão. Parte dos réus é filiada ao PT.

A articulação petista foi revelada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em uma conversa na vice-presidência da República, da qual participaram Michel Temer e outros caciques peemedebistas. O líder do PT, Humberto Costa (PE), reconhece que há desconforto no partido, mas acha que, na hora da votação, os petistas darão respaldo à decisão da presidente Dilma Rousseff de reconduzir Gurgel.

A sabatina do procurador-geral da República ocorrerá hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se a indicação for aprovada pela comissão, seguirá para o plenário. Nos dois casos, a votação é secreta. Gurgel foi indicado por Dilma após ter sido o mais votado em eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República.

O DEM, comandado pelo líder Demóstenes Torres (GO), votará contra Gurgel, por causa de um parecer em que poupava Antonio Palocci quando o ex-ministro tentava continuar na Casa Civil. O partido quer convencer o PSDB a seguir o mesmo caminho. Se o PT, no voto secreto, também ficar contra a recondução, a indicação de Gurgel poderia correr risco.

Condenação. O procurador-geral provocou a ira de setores do PT por ter pedido a condenação de 36 dos 38 réus do processo do mensalão um dia após ter sua indicação para um novo mandato oficializada pela presidente.

O esquema foi o principal escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e envolveu autoridades poderosas da época, como o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. Cassado pela Câmara, Dirceu retornou às articulações partidárias e integra o diretório nacional do PT. Outro réu, Delúbio Soares, chegou a ser expulso do partido, mas em abril foi autorizada sua volta à legenda.

A denúncia de um esquema de pagamento de propina em troca de apoio parlamentar foi feita pelo ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, que também foi cassado na Câmara e é réu no processo. Uma CPI investigou o tema e produziu o material que serviu de base para as ações do Ministério Público. Ainda na gestão de Antonio Fernando de Souza, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia contra 40 pessoas.

O STF aceitou a denúncia contra todos os 40 indicados pela PGR. José Janene, ex-líder do PP, morreu e Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, fez um acordo para cumprir pena alternativa. Dos 38 réus que continuam alvos do processo, Gurgel pediu em sua manifestação de julho a absolvição de apenas dois: Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação Social, e Antonio Lamas, ligado ao PR, atual PL. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

PR diz que continua base, mas anuncia que sairá hoje de bloco do governo no Senado

Maria Lima, no Globo:
Para marcar posição, o PR do Senado vai pedir quarta-feira o desligamento do Bloco da Maioria governista na Casa. Durante o seu discurso de defesa, o presidente da legenda, senador Alfredo Nascimento (AM) disse que não tomaria nenhuma decisão açodada, e que romper com o governo agora poderia parecer revanchismo. Mas o líder do partido no Senado, Magno Malta (ES), teve o apoio de todos os cinco companheiros, inclusive de Nascimento, para a retirada do partido do Bloco. Depois do discurso de Nascimento, o senador Clesio Andrade (MG) disse que mesmo com o PR na base do governo e apoiando Dilma Rousseff, agora cada um é independente para votar como quiser.

“Vou permanecer na base, mas vou votar agora com independência. Por orientação do bloco, votei a favor do trem bala, mas se a votação fosse hoje, votaria contra. Cada senador do PR tem um motivo para assumir agora a posição de independência. O senador Blairo Maggi (MT) pode mudar sua posição em relação ao Código Florestal, por exemplo”, disse Clesio Andrade.

Por Reinaldo Azevedo
Cotas não elevam o número de estudantes pobres nas universidades federais

Por Demétrio Weber. no Globo:
Apesar da adoção de políticas afirmativas e do aumento de vagas, a proporção de estudantes das classes C, D e E nas universidades federais ficou estagnada, nos últimos 15 anos. É o que revela levantamento divulgado nesta terça-feira pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). A pesquisa mostra, porém, que aumentou a parcela de alunos com origem na escola pública, assim como a de pretos e pardos.

O levantamento foi realizado ano passado e contou com a participação de 19.691 universitários (3% do total). A definição de classe econômica seguiu critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Em 1996, na primeira pesquisa do gênero, 44,3% dos alunos enquadravam-se nas classes C, D e E. Em 2010, o percentual caiu para 43,7%, variação que está dentro da margem de erro. A renda familiar média desses estudantes é de R$ 1.459 ou menos.

No ano passado, 50,39% dos estudantes das federais tinham feito o ensino médio única ou majoritariamente em estabelecimentos públicos, ante 45,04% em 1996. Já a proporção de pretos e pardos subiu de 34,2%, em 2003, para 40,8%. O relatório destaca que esse grupo continuava subrepresentado nas universidades federais, pois equivale a 50,7% do conjunto da população brasileira. No caso da escola pública, a desproporção é ainda maior, já que 88% dos alunos de ensino médio frequentam estabelecimentos públicos.

O novo presidente da Andifes, João Luiz Martins, diz que houve avanços na democratização do acesso ao ensino superior, mas reivindica mais investimentos do Ministério da Educação em assistência estudantil e considera baixíssimo o índice de 2,52% de graduandos que vivem em moradias oferecidas pelas universidades:”Há uma dívida enorme. As universidades precisam ser mais agressivas nas políticas de inclusão, porque o atendimento é muito baixo em relação à realidade nacional”, afirmou Martins, reitor da Universidade Federal de Ouro Preto.

A parcela de universitários oriundos da escola pública - 50,39%, em 2010 - considera quem frequentou estabelecimentos públicos em todo o ensino médio (44,81%) ou na maior parte dele (5,58%).

O relatório conclui que há uma concentração de estudantes das classes A e B, em detrimento das demais. No conjunto da população, por exemplo, a classe A corresponde a 4,5% do total, mas, nas universidades federais, fica com 15,25% das matrículas. Somadas, as classes A e B representam 32,9% dos habitantes, mas ocupam 56,32% das vagas. Aqui

Por Reinaldo Azevedo
Pacote industrial decepciona

Leia editorial do Estadão:

Corajoso, ousado e audaz foram os adjetivos impropriamente escolhidos pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para qualificar a política industrial lançada nessa terça-feira pela presidente Dilma Rousseff. Bem ao contrário, a política industrial anunciada pela presidente Dilma Rousseff é caracterizada principalmente pela timidez das medidas fiscais, algumas provisórias e até em regime de teste.

O pacote inclui políticas de apoio setorial já testadas e já reprovadas em outras circunstâncias, como a concessão de benefícios ao setor automobilístico em troca de investimentos, inovação tecnológica e geração de empregos. Além de tudo, o chamado Plano Brasil Maior tem um forte viés defensivo, embora o real desafio para o produtor nacional seja competir em todos os mercados. Enfrentar o concorrente estrangeiro no mercado interno é apenas uma parte do problema - agravada pela forte perda de competitividade num cenário global especialmente desfavorável.

A desoneração da folha de pagamentos foi apresentada como experiência piloto por tempo limitado - até dezembro de 2012 - e beneficiará poucos setores. O material divulgado pelo Palácio do Planalto e pelo Ministério do Desenvolvimento menciona somente as indústrias de confecções, calçados, móveis e software. Os quatro segmentos foram escolhidos como representativos dos setores com uso intensivo de mão de obra. Como contrapartida, será cobrada uma contribuição sobre o faturamento, com alíquota “a partir de 1,5% de acordo com o setor”. O governo se absteve de maiores esclarecimentos. Se houver perdas para a Previdência, o Tesouro cuidará da compensação.

A timidez é ostensiva em todo o pacote. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado nas compras de máquinas e equipamentos, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves será estendida por 12 meses. Ou seja, um incentivo já em vigor será simplesmente prorrogado, sem se tornar um componente de uma política industrial de longo prazo. Mas também isso é facilmente explicável: política industrial ou de competitividade, no Brasil, é força de expressão.

A desoneração de exportações, tal como apresentada, é quase uma brincadeira. O governo promete apressar o pagamento de créditos devidos a exportadores e acumulados há vários anos. Essa dívida equivale a uns R$ 24 bilhões e as empresas têm levado até cinco anos para receber o dinheiro - quando conseguem vencer os obstáculos burocráticos. Em outras palavras, cumprir a obrigação de pagar dívidas virou item de política industrial. As novas bondades incluirão “maior agilidade” no atendimento aos 116 maiores exportadores.

Mas o pacote inclui um mimo adicional - a restituição de 0,5% do valor da exportação de manufaturados a empresas até agora sem direito à recuperação de impostos pagos em etapas anteriores da produção. A presidente da República poderá elevar a alíquota a até 4%. O benefício, avisa o governo, é compatível com as normas internacionais. O aviso é feito, obviamente, porque o governo se julga exposto à contestação.

As medidas para o setor automobilístico “ainda estão em estudo”, segundo a informação oficial, mas a indústria deverá atender a certas condições para merecer o benefício. Políticas desse tipo já foram tentadas e resultaram mais em privilégios do que em benefícios para o País.

O resto é pr0messa de crédito por meio de bancos oficiais. Nos últimos anos, os bancos oficiais foram usados amplamente para beneficiar empresas estatais e grandes companhias privadas escolhidas arbitrariamente.

A política defensiva inclui medidas normais de política comercial, até agora mal aplicadas por incompetência administrativa. Trata-se, mais uma vez, de cumprir a obrigação. Além disso, será concedida preferência de preço de até 25% a empresas brasileiras, em certas concorrências. Muito melhor e mais seguro para todos seria adotar uma efetiva política de competitividade - algo mais sério que o Plano Brasil Maior.

Mas isso envolveria mudanças fiscais para valer - com redução da gastança - e melhor aplicação do dinheiro público. Tudo isso está fora de cogitação.

Por Reinaldo Azevedo
Transposição do São Francisco atrasará 4 anos e custará 36% mais. Que coisa, não?

Por Dimmi Amora, na Folha:
As obras de transposição do rio São Francisco, um dos maiores projetos do PAC, vão ficar mais caras que o previsto, e a água só vai começar a chegar aos nordestinos a partir de 2014, quatro anos além da previsão inicial. A informação foi dada ontem pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Segundo ele, a previsão inicial atualizada do custo do projeto era de R$ 5 bilhões, mas o governo agora calcula que ele passará para R$ 6,8 bilhões. O motivo, segundo Bezerra, são aumentos de preços causados por obras não previstas nos projetos básicos, os chamados aditivos, e por compensações ambientais. Alguns contratos vão chegar ao limite de aditivo de 25% do valor sem que a obra consiga ser concluída.

O ministro negou a existência de sobrepreço ou de superfaturamento nas obras. Ao ser questionado sobre o fato de que o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu neste ano que 13 contratos de gerenciamento e supervisão da obra estavam com superfaturamentos avaliados em R$ 35 milhões, o ministro afirmou que não eram contratos de obras e que as decisões do órgão de controle estavam sendo contestadas. “Essa é uma visão do TCU sobre a forma de contratar pessoas que está levando a grandes dificuldades que, se forem confirmadas, poderão levar à desistência da contratada”, afirmou. O ministro afirmou que em 2012 começará a implantar um projeto-piloto para testar a forma de utilizar a água dos canais em algumas cidades. Aqui

Por Reinaldo Azevedo
Crise nos EUA - Risco para o Brasil é real se valorizar ainda mais

Por Ricardo Leopoldo, no Estadão:
O fim da crise política nos Estados Unidos não deve solucionar os problemas fiscais do país no curto prazo e dentro de um cenário onde a nota da dívida soberana americana seja rebaixada no curto prazo e o desempenho da economia não se restabelece num ritmo adequado, a relação rentabilidade e risco deve continuar bem vantajosa para o Brasil e levar o câmbio para R$ 1,50 até novembro. Essa é a leitura feita ontem de Nova York pelo economista-chefe do Barclays Capital, Marcelo Salomon.

A instituição reduziu as perspectivas de crescimento americano, de 2,5% para 1,7% neste ano e de 3,4% para 2,4% em 2012.

Para Salomon, a tendência de continuidade de valorização do real em relação ao dólar é muito provável no próximo trimestre, pois investidores devem escolher ativos de melhor qualidade, como os relativos ao Brasil e à Coreia do Sul, para aplicar seus recursos em momentos de muitas incertezas sobre o cenário para a economia americana e também europeia. “Se não ocorrer um corte de US$ 4 trilhões das despesas dos EUA, a Standard & Poor”s já disse que deve rebaixar o rating soberano do país.”

Por outro lado, caso ocorra de fato uma redução drástica das despesas do orçamento em Washington, Salomon aponta que isso pode causar uma queda adicional do vigor do Produto Interno Bruto dos EUA no médio prazo. De acordo com o Barclays Capital, a expansão de 1,7% neste ano e de 2,4% em 2012 pode ser revista e ficar ainda menor com o corte de despesas nos EUA, que devem ser definidos pelo Congresso nos próximos dias. Aqui

Por Reinaldo Azevedo
EUA expõem fragilidade das reservas da China

Por Cláudia Trevisan, no Estadão:
O acordo que elevou o teto de endividamento dos Estados Unidos reduziu a ansiedade chinesa em relação à possibilidade de um calote americano, mas o longo impasse entre republicanos e democratas evidenciou os riscos enfrentados por Pequim e aumentou a pressão para que o Partido Comunista reveja a política de acumulação de reservas internacionais, cujo valor já alcançou estratosféricos US$ 3,2 trilhões.

Cerca de 70% dessa montanha de dinheiro estão aplicados em ativos denominados em dólar, incluindo US$ 1,16 trilhão em títulos do Tesouro americano, o que põe a China na condição de maior credor de Washington. Isso significa que uma eventual desvalorização persistente da moeda americana provocará redução no valor dos recursos administrados pelo Banco do Povo da China (banco central).

O confronto político em Washington acendeu a luz amarela em Pequim, mas a acumulação de reservas criou uma armadilha difícil de ser desarmada. A China não pode se desfazer dos títulos do Tesouro e dos ativos em dólar sem arriscar derrubar seu valor, o que reduziria sua própria poupança.

Além disso, o modelo de intervenções no mercado para impedir a valorização do yuan torna inevitável o aumento das reservas, já que essa operação é feita por meio da compra de dólares pelo banco central.

Editorial publicado ontem pelo jornal Global Times, ligado ao Partido Comunista, afirmou que as reservas internacionais “enormes, mas em desvalorização” são um peso para o povo chinês, ao mesmo tempo em que reconheceu que há poucas opções para aplicá-las. “Essa talvez seja a lição que a China aprendeu” com a crise em torno do teto de endividamento americano.

A manchete do jornal China Daily, editado pelo Conselho de Estado, foi “O dilema das reservas internacionais da China”. O texto afirma que o acordo é um “alívio” para os credores de Washington, mas observa que Pequim enfrenta o desafio de diversificar suas reservas, “ameaçadas” pela possibilidade de desvalorização do dólar.

Mudança. Em artigo publicado no Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista, o pesquisador Li Xiangyang, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, defendeu o abandono do modelo atual. “É necessário mudar a atual concentração em ativos denominados em dólar, mas o que é mais importante é mudar no futuro a propensão para elevação dos ativos em dólar.” Segundo Li, isso exige um “ajuste fundamental” no modelo de crescimento econômico adotado pela China. Aqui

Por Reinaldo Azevedo
Primeiro texto da ONU para condenar repressão síria tem apoio do Brasil

Por Gustavo Chacra e Vannildo Mendes, no Estadão:

O governo brasileiro ajudou a elaborar ontem o primeiro texto de censura do Conselho de Segurança (CS) da ONU à repressão do governo sírio às manifestações por reformas no país. Delegações dos 15 membros do CS fizeram emendas e os governos devem avaliar hoje o esboço, que prevê só uma condenação ao regime. Falta decidir se será votada uma resolução - opção mais forte - ou uma declaração. A adoção de sanções por ora está descartada.

O texto foi apresentado a todos os membros do CS em uma reunião que durou até às 20h de ontem (21h de Brasília). Uma das exigências do Brasil é que “todo tipo de violência” seja condenado - o que descontenta ativistas, por incluir as agressões sofridas pelas forças de Bashar Assad (mais informações nesta página).

Ontem à tarde, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, admitiu que o País pode apoiar uma resolução condenando o regime de Assad, desde que haja consenso. A adoção de sanções ou uma ação militar está descartada em razão da oposição de membros permanentes do CS, que têm direito a veto.

“Estamos em consultas com os demais membros do Conselho de Segurança, na medida do possível em busca de uma resposta consensual”, disse Patriota, após encontro com o alto comissário da ONU para refugiados, António Guterres.

A tendência é que seja aprovada uma declaração presidencial, que não tem a mesma carga política de uma resolução. A primeira carrega um peso maior, mas corre o risco de sofrer veto da China e da Rússia. Já uma declaração, com um efeito menor e com provável apoio de Moscou e Pequim, precisa ser aprovada por consenso de todos os 15 membros. O problema seria convencer o Líbano, que sofre influência síria na sua política.

Caso as negociações evoluam para uma resolução, ainda assim o Brasil não se oporá, desde que seja definida em termos brandos. “Instamos o governo sírio a proceder as reformas dentro do mais breve prazo e a pôr fim à violência, que já resultou em mortes numa escala inteiramente inaceitável”, disse o chanceler.

O novo tom do Itamaraty ajusta-se à exigência da presidente Dilma Rousseff de que a diplomacia brasileira não demonstre tolerância com regimes que violam direitos humanos.

Patriota disse que o Brasil adota a posição comum do Ibas (bloco composto por Índia, Brasil e África do Sul). Na realidade, houve uma mudança gradativa na posição brasileira, que inicialmente se recusava a apoiar uma resolução. Organizações de direitos humanos classificaram a posição como “vergonhosa”.Aqui

Por Reinaldo Azevedo
Agência chinesa rebaixa nota dos EUA, mas Moody’s e Fitch mantêm “Triplo A”…

Da France Presse:
A agência de classificação de risco chinesa “Dagong” rebaixou o rating do crédito dos EUA depois do acordo do Congresso americano para elevar o teto da dívida, informou a imprensa estatal chinesa.

A “Dagong Global Credit Rating” anunciou na manhã de quarta-feira no horário chinês que rebaixou a qualificação creditícia dos EUA de “A+” para “A”, com perspectiva negativa, segundo indicou a agência de notícias Nova China.

MOODY´S
Mais cedo, a agência de rating Moody’s manteve a nota “AAA” para os Estados Unidos nesta terça-feira, depois de o Congresso ter aprovado uma nova legislação para elevar o limite da dívida, evitando um possível default.

Mas a Moody’s acrescentou uma “perspectiva negativa” para a nota, afirmando que o rebaixamento ainda pode ocorrer se a disciplina fiscal enfraquecer ou o crescimento econômico se deteriorar significantemente.

FITCH
A agência de classificação de risco Fitch também manteve o rating de “AAA” dos EUA. A entidade, no entanto, alertou que a maior economia do mundo precisa reduzir sua dívida, ou enfrentará uma piora na nota.

A Fitch informou que, embora o acordo signifique que o risco de uma moratória é extremamente baixo, os EUA “precisam enfrentar difíceis escolhas quanto aos impostos e gastos contra um cenário econômico fraco para que o déficit orçamentário e a dívida governamental sejam reduzidos para níveis mais seguros no médio prazo.”

O voto de confiança do Fitch, no entanto, não dissipará o temor de que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s reduza o rating do país.

Por Reinaldo Azevedo
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Blog Reinaldo Azevedo

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1 comentário

  • Gerson Luiz Bandeira Assis Chateaubriand - PR

    Eu gostaria de ver, nas medidas não midiáticas da Presidenta Dilma, qual será a punição dos envolvidos nas falcatruas do Ministério dos Transportes. Demissão sómente não é punição. Na minha visão, deveria ser devolução do roubo e cadeia!

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