Os brasileiros conformados com a vida não vivida agora se rendem à morte anunciada, por Augusto Nunes

Publicado em 26/09/2011 21:48
dos blogs de Augusto Nunes e Lauro Jardim, em veja.com.br

Os brasileiros conformados com a vida não vivida agora se rendem à morte anunciada

O Orçamento da União reservou R$ 296,9 milhões para o programa de Prevenção e Preparação para Desastres Naturais, uma peça de ficção vinculada ao lastimavelmente real Ministério da Integração Nacional. A três meses do início da temporada das chuvas e inundações, informouO Globo nesta segunda-feira, ninguém viu a cor do dinheiro. Dos R$ 9 milhões prometidos ao Rio de Janeiro para 2011, por exemplo, nenhum centavo saiu do papel. Como a verba não saiu, nada mudou. Nenhuma obra, nem mesmo uma medida preventiva reduziu o medo dos moradores dos morros cariocas e da Região Serrana. Ainda recolhidos a abrigos improvisados em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, flagelados de janeiro aguardam a chegada da estação dos temporais com a angústia dos indefesos. Ninguém sabe que fim levaram as 6 mil casas anunciadas por Dilma Rousseff e Sérgio Cabral.

Foram mais de mil os soterrados e afogados há menos de um ano. E os que perderam parentes não se queixam. Outros tantos podem ser levados por inundações e deslizamentos de terra. E os marcados para morrer não protestam. Os brasileiros conformados com a vida mal vivida agora se rendem à morte anunciada. De novo, Dilma Rousseff e Sérgio Cabral vão assistir de longe à reedição do pesadelo. Enquanto as imagens do horror frequentarem as vitrines dos telejornais e as primeiras páginas, os comparsas capricharão na cara de choro, repetirão promessas que não serão cumpridas e lembrarão que, graças à harmonia entre os governos federal e estadual, o Rio se transformou numa Califórnia sul-americana, só que  com praias e mulheres mais bonitas.

Cúmplices por omissão da matança premeditada, Dilma e Cabral  não escapariam da ira das vítimas se o rebanho fosse menos obediente. Mas até os intelectuais do Rio, antes tão inclementes com nulidades e impostores, hoje  ajudam a manter em altitudes confortáveis a popularidade de uma dupla de farsantes. Eles capitularam. As multidões afundadas na pobreza sobrevivem como podem. Os deserdados do Brasil aprenderam faz tempo a sofrer sem balidos. Vão agora aprendendo que devem ser gratos a seus algozes.

26/09/2011

 às 21:32 \ Direto ao Ponto

Dilma e o imposto da saúde: haja cinismo

“Oi, internautas”, cumprimentou a candidata Dilma Rousseff num vídeo que já nasceu clássico. Alguém precisa dizer que a internet não acabou, e segue exibindo a coleção das promessas de campanha. Veja na seçãoHistória em Imagens três provas contundentes de que Dilma jurou manter no túmulo um imposto que vive tentando ressuscitar. Haja cinismo.

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26/09/2011

 às 21:17 \ Direto ao Ponto

A TV Câmara camuflou a fraude

Produzido e dirigido pela Câmara, o vídeo protagonizado por dois deputados completou o espetáculo da vigarice. Veja na seção O País quer Saber.

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26/09/2011

 às 19:37 \ Direto ao Ponto

Começou o 2° turno do Homem sem Visão

Vencedor do 1° turno, Márcio Thomaz Bastos tenta manter na enquete a ligeira vantagem sobre Miriam Belchior. Confira o resultado na seçãoHomem sem Visão. E não deixe de participar da única eleição que permite votar sem remorso em candidatos que ninguém merece.

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24/09/2011

 às 1:15 \ Direto ao Ponto

O presidente do sindicato dos delegados da Polícia Federal em São Paulo fala ao site de VEJA: o Brasil é o país da corrupção impune

Presidente do sindicato dos delegados da Polícia Federal em São Paulo há seis anos, integrante da instituição desde os 20, Amaury Portugal deixou claro já na primeira resposta que não haveria temas proibidos. Ele achou estranha a decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre a Operação Boi Barrica, que envolve a Famiglia Sarney? “Colarinho branco e gravata não combinam com algemas nem com barras de prisão”, diz o delegado já na abertura da entrevista ao site de VEJA. Depois das declarações registradas em dois vídeos, Portugal conversou por mais duas horas com os repórteres Aiuri Rebello e Fernanda Nascimento. As frases reproduzidas abaixo retratam um entrevistado sem medo de tocar em nervos expostos:

“A decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre a Operação Boi Barrica foi absurda”

“O Brasil é o pais da impunidade”

“Ficou mais difícil combater a corrupção oficial”

“O coitado do cidadão comum pode ser algemado sem que ninguém proteste. Mas o mafioso, o banqueiro, o político, esses não podem ser tocados”

“Os acusados são beneficiados pelos prazos de prescrição. Dificilmente veremos um desses indivíduos atrás das grades”

“Não sei se os ministros atendem a interesses espúrios. Mas que estão julgando mal, isso estão”

É só uma amostra. Leia a íntegra do depoimento de Amaury Portugal na seção Entrevista.

23/09/2011

 às 19:37 \ Direto ao Ponto

O orador da manifestação que juntou menos de 20 milicianos culpa a mídia golpista pelo fiasco do protesto contra a mídia golpista

Os organizadores dos atos de protesto de 7 de setembro decidiram que nenhum partido seria mencionado nas palavras de ordem gritadas nas ruas ou inscritas nas faixas. Cautela dispensável: tão logo souberam que o alvo das manifestações era a corrupção impune, militantes do PT reivindicaram a carapuça e deixaram claro que quem combate a roubalheira é inimigo do partido. Açulados por blogueiros estatizados, jornalistas federais, companheiros vigaristas e comparsas da base alugada, atribuíram a paternidade do movimento à imprensa reacionária. E resolveram mostrar aos filhos dos granfinos quatrocentões como se faz uma manifestação de verdade.

Marcado para 17 de setembro, um sábado, o “protesto contra a mídia golpista” foi precedido de veementes exortações aos jovens guerreiros governistas, difundidas pelo Facebook e por sites da internet. Todos deveriam juntar-se no mesmo vão do Masp, na Avenida Paulista, onde 4 mil brasileiros honestos haviam exigido o fim da ladroagem. Desafiada até a véspera da manifestação a registrar o momento histórico, a coluna estranhou o sumiço dos milicianos nos dias seguintes. A explicação está no vídeo abaixo. O protesto contra a mídia golpista foi abortado pelo mais singelo e desmoralizante dos motivos: não apareceu ninguém. Corrijo-me. Apareceram menos de 20 gatos pingados e um orador. Que nem estudante é. Se não mentiu, é professor.

Enquanto filma o cenário de Saara, o combatente solitário fala para o nada: “Adoráveis alunos da juventude politizada do Brasil. Aqui é o professor Marcelo de Paula, de novo, de Sociologia”. Ouve-se o silêncio estrepitoso. O tribuno vai em frente. “Ó, tamo aqui no vão do Masp.  Tá vendo como é complicado você fazê uma mobilização? Ó, esse aqui é o pessoal que compareceu até o momento para o protesto contra a mídia golpista”. O que se vê são transeuntes distraídos e meia dúzia de milicianos tão animados quanto uma Quarta-Feira de Cinzas.

“Qué dizê, não é fácil você fazê qualqué trabalho sem a participação da mídia, sem a mídia apoiando, cobrindo, dando visibilidade pro evento”, explica o professor que, simultaneamente, comanda a multidão que não há, grava imagens de uma paisagem desoladora e narra o próprio naufrágio. Ele faz o que pode para provar, em 1min48, que o ato de protesto contra a mídia golpista foi um fiasco por falta de apoio da mídia golpista.

“Mas tamo aqui. É assim que é a nossa luta. Difícil as pessoas aderirem, mas tem aqui alguns corajosos, com essas faixas aqui que vocês estão vendo”. Aparecem algumas faixas filmadas pelas costas. “Pessoas que vieram pelo Orkut, pelo Facebook, atendendo ao chamamento”. Fica feliz com a aparição de um companheiro que qualifica de “amigaço meu, gente boa esse cara”. Um pedaço de plástico cruza a tela voando baixo. O amigaço começa a sair à francesa enquanto passam, apressados, um mascarado e um punk da corrente moicana.

“Tem uma galerinha aí fazendo um protesto diferenciado”, entusiasma-se o narrador. A dupla passa direto, rumo a outra manifestação. “Isso é democracia, pluralidade de opinião, pessoal”, conforma-se. Mais alguns segundos e resolve dirigir-se aos ausentes. “Daqui a pouco chega mais gente. Seria muito bom se vocês estivessem aqui. Foi tudo muito em cima. Numa próxima com certeza vocês estarão aqui”.

Pela primeira vez na história, um orador conclamou uma plateia imaginária a voltar a um local onde não esteve. A câmera se aproxima de uma mostra de faixas, cada uma carregada por dois companheiros. “Movimento dos Sem Mídia. Campanha nacional pela democratização e regulamentação da mídia”, avisa uma inscrição. Outra fala em corrupção da mídia. “Beleza? Vô nessa”, encerra abruptamente a aulae a manifestação o professor Marcelo. E dá o vídeo por concluído.

O PT, quem diria, tornou-se um fracasso de público. Como vêm reiterando nos últimos anos as comemorações do Dia do Trabalho, agora só junta gente se primeiro juntar muito sanduíche, muito refrigerante, um sorteio de apartamentos e duas ou três duplas sertanejas.

Longa amizade (ou o Partido de Kátia)

Depois de acompanhar o relatório de Nancy Andrighi para lá de favorável ao PSD, um integrante do DEM lembrou: Nancy e Kátia Abreu, possível futura presidente do PSD, são amigas de longa data.

Kátia, aliás, anda radiante com o voto de sua amiga. Amanhã o TSE deve retomar o julgamento do pedido de registro do partido de Kátia.

Por Lauro Jardim
18:30 \ Governo

Faxina liberada

Michel Temer ficou incomodado com peemedebistas que querem manter cargos na Agricultura

Pode até ser uma viagem de trabalho, mas há quem diga que a missão oficial de Michel Temeraos EUA terá também efeitos medicinais. É que no período em que passará por Nova York e Washington, Temer ficará livre das picuinhas da turma do PMDB que vive em busca de cargos.

Temer ficou incomodado, nos últimos dias, depois de detectar a atuação de peemedebistas que utilizavam seu nome para tentar pressionar Mendes Ribeiro a manter apadrinhados no Ministério da Agricultura.

Antes de viajar aos EUA, Temer tratou de deixar bem claro a Mendes: na faxina da Agricultura, Mendes tem autonomia total para demitir. Temer começa hoje a agenda de compromissos e só retorna ao Brasil na quarta-feira à noite.

Por Lauro Jardim
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veja.com.br

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