Dilma, a doença de Lula, o SUS e o pronunciamento na TV. Ou: Eles podem ser incompetentes, e são, mas não são burros nem tucanos

Publicado em 07/11/2011 18:27 e atualizado em 07/11/2011 22:00

Dilma, a doença de Lula, o SUS e o pronunciamento na TV. Ou: Eles podem ser incompetentes, e são, mas não são burros nem tucanos

Vamos lá, caros leitores, tratar de assuntos considerados “delicados” no país em que questões que dizem respeito ao interesse público são permanentemente privatizadas por políticos. Também vamos ver como PT e PSDB estão separados por um abismo no que respeita à sensibilidade para questões que mobilizam a opinião pública. Já explico tudo. Vamos devagar.

A presidente Dilma Rousseff vai à TV amanhã anunciar um novo programa do SUS, o “Melhor em Casa”, que prevê atendimento domiciliar a pacientes que não possam se deslocar até hospitais e tal. A prática já existe hoje em situações excepcionais. Agora vai virar um “programa”. Sei. Trata-se de um improviso para, digamos assim, engabelar o povaréu. E não é difícil provar. Isto, que segue em vermelho, é o trecho do programa oficial do PT, entregue ao TSE, que trata do SUS. Deixem para ler depois. Vocês verão que não há qualquer referência à medida que será anunciada. Os marqueteiros de Dilma tiveram, digamos assim, uma “idéia” para passar a impressão de um governo humano e operoso. 

A corrente surgida na Internet para que Lula trate de seu câncer no SUS pegou e preocupa o PT. Já escrevi vários textos a respeito. NÃO ACHO QUE ELE ESTEJA MORALMENTE OBRIGADO A TANTO. Ocorre que ele é a personagem-símbolo da suposta divisão do Brasil entre “povo” e “elite”; entre “nós” e “eles”. Quando é convidado a fazer o tratamento de sua doença no sistema público de saúde, não se lhe está desejando mal nenhum, mas se cobrando coerência. A afirmação estúpida de que isso é um “ataque” parte do pressuposto de que o SUS — que serve ao povo — não presta. Nota à margem: de posse do diagnóstico, o SUS pode ser eficiente no tratamento do câncer (meu pai teve atendimento decente, há quase 15 anos). O problema dos pobres é conseguir chegar ao diagnóstico fechado. Sigamos.

Pode até ser que o tal programa “Melhor em Casa” tenha sido planejado nos últimos meses — vale dizer, seja um improviso já de alguns meses. Mas a decisão de falar em rede nacional decorreu do monitoramento da opinião pública. É claro que a maioria dos brasileiros quer que Lula seja bem-sucedido. Mas também é claro que, para amplas camadas do Brasil, a ficha caiu: o Apedeuta é expressão da própria elite que ele tanto critica, e há um abismo entre os petistas poderosos e o povo. Havia a fantasia de que a coisa não fosse assim. E só por isso Dilma vai à TV.

Petistas X tucanos
Os tucanos deram início hoje a um seminário, com vários de seus luminares (e não vai aqui nenhuma ironia) para tentar descobrir qual é a “nova agenda”. Na democracia, a “nova agenda” costuma ser a velha: representar a vontade da maioria, tentando conjugá-la com valores que remetam à Justiça, à igualdade, à civilidade, essas coisas. É uma questão de equilíbrio, né? A pura “vontade do povo”, demonstra-o a história, pode degenerar em fascismo; ignorar a vontade do povo pode degenerar em ditadura.

Já disse que torço para que surjam boas idéias por lá. Mas seria ignorar o óbvio deixar de apontar a dificuldade que tucanos têm de perceber o, digamos assim, sentimento das massas. Os petistas apontaram “baixaria” na campanha para que Lula se trate no SUS, mas o fizeram de maneira sorrateira, mobilizando seus vogais e seus militantes a soldo na Internet. Ninguém deu a cara para bater. Quem emprestou o bico para censurar gravemente essa opinião — associando-se, pois, indiretamente, àqueles que acham que alguém como Lula está acima do SUS — foram dois tucanos: FHC e Aécio Neves. Um falou em “recalque”, o outro em “agressão”. Então tá.

Nem 20 seminários com uma plêiade de “Schopenhaueres” consegue corrigir o descolamento de um partido do sentimento que vai pelas ruas — ou, modernamente falando, pelas “redes”. O PT e o governo Dilma — que é notavelmente incompetente em várias áreas — sentiram o cheiro de carne queimada com impressionante rapidez.

Não há seminário que dê conta disso. É uma questão de esperteza e agilidade. Eles podem ser incompetentes, e são, mas não são burros. E, por óbvio, também não são tucanos.

Por Reinaldo Azevedo

Nunca antes na história “destepaiz”- Um “Pai Nosso” para Lula em plena reunião de Dilma com líderes da base aliada

Leiam o que informa Lauro Jardim na página “Radar”, aqui ao lado, nesta VEJA Online:

“Em determinado momento da reunião de Dilma Rousseff com os líderes partidários hoje à tarde no Palácio do Planalto, Magno Malta pediu a palavra e sugeriu que todos rezassem um Pai Nosso para pedir pela recuperação de Lula. E todos, Dilma incluída, oraram.”

Por Reinaldo Azevedo

“Temos de ter coragem de denunciar e de combater a subordinação da educação de nossas crianças e jovens à agenda de partidos, de sindicatos e de corporações”

O ex-governador de São Paulo e presidente do Conselho Político do PSDB, José Serra, discursou no seminário que o PSDB promove no Rio (ver post na home). Abaixo, seguem trechos de sua fala:

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Desperdiçam-se muita energia e muito tempo no debate sobre como fazer oposição, mas a receita é algo simples: dizer o que está errado no governo e propor outras maneiras, diferentes, de fazer o que precisa ser feito
(…)
Ao longo das últimas décadas, o Brasil produziu um razoável consenso sobre as linhas gerais do país que queremos. Uma democracia, com justiça social, desenvolvimento, respeito à natureza e aos direitos humanos.
(…)
Acredito haver grandes oportunidades, grandes caminhos abertos para a oposição. Na luta concreta, no ataque aos problemas práticos, oferecer a crítica e também as soluções que levem o Brasil a retomar o desenvolvimento.
(…)
Um bom exemplo vem sendo o debate sobre o novo Código Florestal, tema em que nosso partido tem sabido situar-se combativamente na defesa da produção rural com sustentabilidade. E do meio ambiente, sem comprometer a agricultura.

Precisamos da mesma combatividade para defender a indústria nacional e as exportações, vítimas do populismo cambial e da conveniência política de quem prefere o Brasil anestesiado pelo real forte e resumido ao papel de exportador de commodities. Condenado a perpetuar a mediocridade.

Precisamos da mesma combatividade para defender uma escola pública com a qualidade da escola privada, para que o filho do pobre venha a ter oportunidades parecidas com o do rico ou do cidadão de classe média.

Precisamos de coragem para enfrentar as corporações encistadas na máquina educacional, que se servem do Estado, que sacrificam o futuro das nossas crianças e jovens para manter privilégios. Gente a quem não interessa se o menino ou a menina não aprenderam nada, gente que se recusa a colocar os interesses da sociedade acima do seu próprio egoísmo, dos seus preconceitos ideológicos, de suas idiossincrasias, de sua luta mesquinha pelo poder.

A educação, aliás, há de merecer da nossa parte especial atenção porque ela é um dos pilares para que se construa o Brasil necessário. O PSDB tem de ter a coragem de denunciar alguns mitos que certa militância obscurantista pretende vender como verdades universais.

Todos nós queremos professores mais bem remunerados e mais bem qualificados. Lutamos por isso como parlamentares, como chefes do executivo, como militantes do partido. Mas temos de ter coragem e clareza para denunciar e combater a subordinação da educação de nossas crianças e jovens à agenda de partidos, de sindicatos, de corporações. A educação de ter parar de ser o teatro privilegiado da simples disputa pelo poder.

Precisamos mostrar como colocar mais dinheiro na saúde e as medidas para melhorar a gestão do sistema. O SUS é uma conquista do povo brasileiro e é preciso fazê-lo avançar. Precisamos ser firmes na defesa de políticas de segurança que enfrentem a criminalidade, em vez de maquiar a realidade. Em São Paulo, prendemos mais bandidos e, agora, morre menos gente assassinada. Uma equação que precisa ser nacionalizada.

É preciso deixar claro, em benefício da verdade e em respeito aos pobres, que pobreza não é sinônimo de violência, mas a impunidade é um dos nomes que tem a falta de segurança pública. Infelizmente, nossos adversários se recusam enxergar o óbvio, viciados que estão na mesquinharia política, e o Brasil segue sendo um dos países em que mais se mata no mundo, com baixíssimo índice de punição dos culpados.
Leia a íntegra aqui.

Por Reinaldo Azevedo

Sugestão a Jaques Wagner: renuncie! Ou: Alô, baianos! Seu governador diz que não controla o próprio governo!

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), deveria renunciar e aposentar-se da política. Não estranho que alguns índices sociais da Bahia, como a violência, por exemplo, tenham piorado tanto. Referindo-se às evidências de corrupção no Ministério do Trabalho, fez declarações realmente estupefacientes. Leiam o que informa Tiago Décimo, no Estadão Online. Volto depois.
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Ex-ministro do Trabalho do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), admitiu nesta segunda-feira, 7, em Salvador, que o Poder Executivo não tem capacidade para controlar possíveis atos de corrupção em governos. “A gente vive em um momento no qual as pessoas acham que tudo é patrimônio, então, toda vez que tem dinheiro há a possibilidade de ter corrupção”, afirma. “O Brasil, assim como a Bahia, é muito grande. É difícil para que um gestor consiga saber se cada convênio de R$ 500 mil, de R$ 1 milhão, se cada estrada, se cada hospital vai ser bem feito ou não. É difícil para um secretário ou um ministro saber se, lá na ponta, uma quadra de esportes está sendo feita correta ou incorretamente”, acrescentou.

De acordo com Wagner, a melhor saída para se evitar o desvio de recursos públicos é a população e a imprensa controlarem o destino das verbas. “O que os governos precisam garantir é transparência dos dados dos convênios e incentivar o controle social, para que a sociedade possa conhecer tudo que está acontecendo e a própria sociedade fazer o controle e reclamar”, afirma. “Por exemplo, se, localmente, alguém sabe que tem um convênio de R$ 1 milhão para construir uma escola, se isso é tornado público, e a construção não acontece ou se a construção não justifica o preço vinculado, não tem ninguém melhor para reclamar do que o próprio interessado”.

Ao falar sobre as freqüentes denúncias envolvendo ministros do governo federal, porém, o governador criticou o que chama de “linchamento público” dos gestores. “As investigações da imprensa ajudam a desvendar problemas de corrupção, mas a gente vive num sistema democrático, então a todos é dado o direito à defesa”, avalia. “Se há uma denúncia, ela tem de ser investigada. Se a investigação ocorre e comprova, acho que tem de haver o afastamento, a prisão. O que sou contra é promover o linchamento sem a investigação”, falou o governador baiano.

Voltei
Entendi. Na era do chamado “Terceiro Setor”, Wagner está propondo uma espécie de terceirização do governo. A coisa fica, então, assim: eles se elegem, nomeiam aquela penca de assessores, refestelam-se com os cargos comissionados, aparelham o estado, enchem-no de cupinchas e apaniguados, mas cabe a nós, à sociedade, verificar se o dinheiro está ou não está sendo bem empregado. É o fim da picada!

Uma coisa é defender uma sociedade vigilante, organizada, que zele pelo bem público; outra, distinta, é declarar a falência dos métodos de controle dos governos. Wagner não está sendo nem realista nem sincero. Está apenas sendo cínico. Os baianos agora já sabem: seu governador está dizendo que não controla o própri0 governo. Pior: trata convênios de R$ 500 mil, R$ 1 milhão, como se fosse o troquinho do acarajé!

Por Reinaldo Azevedo

Ou centrais sindicais dizem quais são os “interesses inconfessáveis”, ou restará a suspeita de que estão defendendo uma bando de ladrões

A cada evidência de falcatrua, de roubalheira, de safadeza, é sempre a mesma conversa: lá vem alguém denunciar conspirações e interesses inconfessáveis. Ocorre que nunca dão nomes aos bois. Leiam o que informa a Agência Estado. Volto depois.

Cinco centrais sindicais divulgaram nesta segunda-feira, 7, um manifesto de solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, alvo de denúncias que implicam assessores na cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs) contratadas para oferecer cursos de capacitação. Para as entidades, Lupi está sendo vítima “de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta”.

O manifesto é assinado pelos presidentes da Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB). De acordo com o texto do comunicado divulgado hoje à imprensa, as denúncias surgem em um momento que as demandas dos trabalhadores estão sendo atendidas e por trás das denúncias estariam “interesses políticos inconfessáveis”.

“Ressaltamos o elevado comportamento moral do ministro Carlos Lupi à frente da pasta do Trabalho e Emprego como um defensor ferrenho dos direitos dos trabalhadores, sendo um importante protagonista na luta pelo emprego e pela qualificação profissional”, diz a nota das centrais sindicais.

Oposição
Partidos da oposição na Câmara defendem o afastamento de Lupi e tentam convocá-lo para falar sobre as denúncias de que assessores cobrariam de 5% a 15% de propina de ONGs contratadas para capacitar trabalhadores. O PPS pedirá nesta segunda à Procuradoria-Geral da República a abertura de inquérito. O ministro nega as acusações e diz ter que as irregularidades foram mostradas pelo próprio Ministério do Trabalho. Lupi credita a desafetos as denúncias e afirma que não irá sair do cargo.

Voltei
Há uma braço de ferro do mundo sindical, e não é de hoje, entre a CUT, a central do PT, e as demais, especialmente Força Sindical. Embora o lulo-petismo tenha loteado o poder com sindicalistas de várias correntes, a CUT é a mais presente. Nos últimos tempos, no entanto, a Força cresceu relativamente mais do que a sua rival por dois motivos: a) tem um aparelho forte em mãos, que é o Ministério do Trabalho; b) foi beneficiada pela mamata do Imposto Sindical, que passou a ser distribuído também às centrais por força de lei.

Assim, a CUT tem certamente interesse em desestabilizar a Força etc. Mas e daí? Isso não nos diz nada. Falemos em tese: o fato de Beltrano, um eventual canalha, ser inimigo de Fulano não faz desse Fulano um homem de bem: eles podem apenas divergir sobre a melhor maneira de praticar canalhices. Falemos recorrendo a um exemplo: alguém vai se alinhar com os Amigos dos Amigos porque essa corrente do crime combate o Comando Vermelho?

Coragem, senhores sindicalistas! Se há uma conspiração, digam qual é. Até porque cumpre lembrar que as ONGs picaretas, envolvidas com roubalheiras, trabalham em associação justamente com as… centrais!

Por Reinaldo Azevedo

As centrais sindicais vão dizer que TCU também faz parte de suposta “conspiração”? Tribunal vê “situação crítica” em convênios firmados pelo Ministério do Trabalho

As centrais sindicais que resolveram denunciar uma conspiração contra o ministro Carlos Lupi, do Trabalho, precisam dizer se o Tribunal de Contas da União (TCU) também faz parte do suposto, conluio, não é?  Leiam o informa o Portal G:

Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) do mês passado apontou “situação crítica” na análise de convênios firmados entre entidades públicas e privadas e o Ministério do Trabalho. Conforme o TCU, as irregularidades foram verificadas desde 2009 e, em proposta enviada ao tribunal pelo Ministério do Trabalho, a própria pasta informou que são mais de 500 os convênios cujas prestações de contas estão atrasadas. O tribunal aponta para possibilidade de metade desses contratos ficarem com mais de cinco anos de atraso na análise da prestação de contas.

O teor do relatório foi publicado no jornal “O Globo” desta segunda-feira (7). Conforme o jornal, desde 2007, quando o ministro Carlos Lupi assumiu o cargo, o ministério já firmou R$ 1,55 bilhão em convênios, dos quais um terço abasteceu entidades privadas sem fins lucrativos, como as organizações não governamentais (ONGs).

Reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Veja” aponta envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos. O G1 não conseguiu contato com Anderson Santos.

O relatório do TCU, de 19 de outubro, afirma que a Casa Civil e o Ministério do Planejamento foram acionados “para que tomem conhecimento da situação crítica em que se encontra o Ministério do Trabalho e Emprego quanto à tempestividade na apreciação de contas de convênios”. O TCU ainda recomenda que o ministério “se abstenha de assinar novos convênios pelo prazo de até 60 dias, devendo consignar nos autos do processo as justificativas necessárias quando essa providência não for possível ou não se revelar conveniente, a fim de que sejam concentrados esforços de trabalho com vistas a dar vazão à análise dos estoques de prestação de contas de convênios”.

Conforme o relatório do tribunal, uma proposta do próprio ministério diz que em 2010 o estoque de prestação de contas a ser analisado era de 543 e a meta era reduzir em 8% para 2011, ficando em 500 o estoque. Em 2014, a meta é que o estoque tenha 282 processos de prestação de contas pendentes. Para o TCU, as metas revelam “incapacidade do ministério de, mesmo por meio de esforço operacional específico, atender as disposições infralegais e apreciar as prestações de contas dos convênios e outros ajustes”. “Além do mais, o ministério nada informa sobre o que fará com os restantes 282 processos, que, em 2014, contarão com mais de 5 anos de atraso em suas análises”, completa o relator do processo, ministro Weder de Oliveira.
(…)
Reportagem do G1 publicada neste domingo (6) mostrou que o Ministério do Trabalho é a pasta com mais irregularidades em convênios com entidades privadas - 19 convênios enviados neste ano para o TCU efetuar cobrança de valores que somam R$ 56 milhões.

Denúncias
Segundo as denúncias publicadas pela revista “Veja”, o coordenador de qualificação do Ministério do Trabalho, Anderson Alexandre dos Santos, estaria envolvido em um esquema de cobrança de propinas de ONGs para liberar repasses de recursos. De acordo com a assessoria do ministério, Lupi solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal seja “acionada imediatamente” para apurar as denúncias.

Ainda de acordo com a pasta, todas as denúncias “serão apuradas por meio de uma sindicância interna, que contará com o auxílio dos órgãos de controle externo, além da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, assim como determinou o ministro Carlos Lupi”.

Por Reinaldo Azevedo

A democracia deles - Petista esvazia poder de investigação da Câmara e barra todas as CPIs

Por Denise Madueño, no Estadão:
Sem alarde, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tem tomado decisões, em seus nove meses do mandato, que esvaziam o poder constitucional dos deputados de fiscalizar as ações do governo. Ele não permitiu a instalação de nenhuma comissão parlamentar de inquérito (CPI) e vem dificultando as iniciativas de investigação das comissões e a busca de informações dos parlamentares junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), órgão auxiliar da Câmara responsável por auditorias em programas e gastos públicos.

Ao retirar prerrogativas dos parlamentares, Maia beneficia diretamente o governo. As CPIs são instrumentos de investigação parlamentar com poderes de quebrar sigilos fiscais, telefônicos e convocar qualquer pessoa. Por isso, o Executivo, que nem sempre consegue controlar os trabalhos das comissões, sempre viu as CPIs com desconfiança, como uma “arma perigosa” nas mãos dos parlamentares.

A estratégia de Maia levou a um significativo recorde na história do Legislativo: esta é a primeira vez, nos últimos 36 anos, que não há uma única CPI funcionando na Câmara no início de um período legislativo. Os precedentes apontam exatamente o contrário. Desde 1975, os deputados começaram seus trabalhos com propostas de investigação. A explicação é que Maia, de forma unilateral, barrou os sete requerimentos já protocolados na Casa desde fevereiro passado, quando os deputados tomaram posse e ele foi eleito para presidi-la no biênio 2011/2012.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

A HORA DO VOTO - Uspianos e universitários de todo o Brasil, chega da ditadura dos extremistas!!! Mirem-se no exemplo da Universidade de Brasília! Mandem pra PQP os dinossauros do PT, PSOL, PSTU, PCO, LER-QI…

Falarei sobre a USP porque é o tema do momento, mas o que vai neste post vale para todas as universidades do país, especialmente as públicas, onde os dinossauros costumam se reproduzir em maior número, embora sejam a minoria ridícula e patética de sempre. No fim deste mês, haverá eleição para o DCE da maior universidade do país. Chegou a hora de a racionalidade dar uma resposta à ignorância, à estupidez, à violência, à vigarice intelectual, ao fascismo, à picaretagem, ao tráfico de drogas, ao banditismo, à empulhação, à mentira, às utopias que matam. Chegou a hora de permitir que o século 21 finalmente brote na representação estudantil!

- Até quando uma minoria que não chega a representar 1% da USP dará as cartas na universidade?

- Até quando essa meia-dúzia de radicais vai abusar da instituição, usando-a como mero aparelho de seus delírios ideológicos?

- Até quando estudantes profissionais, que odeiam a USP e têm prontuário em vez de currículo, continuarão a se impor àqueles que realmente estudam?

- Até quando vanguardistas do século 19 ditarão os caminhos que os uspianos devem seguir no século 21?

- Até quando o Sintusp, que congrega servidores da USP, vai tentar impor na marra o ritmo de funcionamento de uma instituição acadêmica?

- Até quando, uspianos, vocês serão assaltados pelos discursos embolorados de sempre, que mentem sobre o passado, distorcem o presente e tentam inviabilizar o futuro?

- Até quando, em suma, minorias de extremistas enlouquecidos, que mal sabem onde têm o nariz ou o que fazem com ele, se colocarão como guias dos estudantes da maior universidade do país?

- Até quando essa minoria de irresponsáveis, que hoje flerta abertamente com o crime organizado dentro da USP, continuará a impor a suja vontade à maioria que quer estudar?

CHEGOU A HORA DO VOTO!

CHEGOU A HORA DE A MAIORIA SILENCIOSA FALAR!

CHEGOU A HORA DE FAZER DA ELEIÇÃO DO DCE DA USP UM FATO REALMENTE HISTÓRICO. FAÇAM, SENHORES USPIANOS SILENCIOSOS, A ELEIÇÃO MAIS REPRESENTATIVA DA HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE!

CHEGOU A HORA DE AS ESQUERDAS DA USP SE CONFRONTAREM COM AQUILO QUE REALMENTE NÃO CONHECEM: A MASSA!

CHEGOU A HORA, ALUNOS QUE QUEREM ESTUDAR E QUE ANSEIAM POR UMA UNIVERSIDADE REALMENTE COMPROMETIDA COM O ESTUDO E COM A PESQUISA, DE DAR UMA RESPOSTA À VANGUARDA DO ATRASO, À VANGUARDA DO RETROCESSO, À VANGUARDA DE ANTEONTEM.

CHEGOU A HORA DE APEAR DO PODER OS BANDIDOS QUE SEQÜESTRAM OS DIREITOS DOS ESTUDANTES PARA ALIMENTAR SUAS ESTÚPIDAS FANTASIAS REVOLUCIONÁRIAS.

Eleições e greve
Entre os dias 22 e 24 deste mês, haverá eleição para o DCE. Seis chapas estão inscritas.  Duas deles reúnem os atuais promotores da invasão: uma junta o PCO com o Movimento Negação da Negação (!?). A outra é da turma da LER-QI, com esse nome de doença ortopédica. É só um braço do Sintusp. Um pedaço do PSOL fez parceria com o PSTU para formar uma terceira; outro preferiu, atenção!, o MST (sim, há um braço do Movimento dos Sem Terra na USP!) e formou a quarta chapa. Uma quinta reúne os de sempre: PT, PCdoB e MR-8, que agora se chama “Partido Pátria Livre”. E há uma sexta chapa que não é de esquerda: uma única. Há nela, parece, alguns alunos filiados ao PSDB, alguns seriam filiados o PP, mas um bom número não tem filiação nenhuma — no caso da chapa vitoriosa da UnB, não há um só estudante filiado.

Atenção, senhores alunos da USP que realmente querem estudar! Nos muitos fóruns de professores e alunos existentes na universidade — eu tenho muitas fontes nesse meio; eles podem espernear à vontade —, os petistas é que estão liderando o debate. Eles querem o fim da “ocupação” (o nome certo é “invasão”) agora porque planejam, como dizem, “reunir forças” para fazer uma “grande greve” no ano que vem. Contra o quê? Eles ainda não sabem. Mas, como diz um dos vigaristas (que é professor!), “a gente sempre acha um motivo”. É isto mesmo, senhores alunos da USP: eles os tratam como mera massa de manobra de seus interesses partidários. E NÃO SE ESQUEÇAM: 2012 É ANO ELEITORAL. E, portanto, ano “bom” para greve!

Defendam-se, uspianos! Votem contra a greve, votem contra as invasões, votem a favor do ensino, votem a favor da pesquisa, votem contra o assassinato no campus, votem contra o tráfico de drogas, votem contra o roubo de carros, votem contra o furto, votem contra a violência, VOTEM, EM SUMA, CONTRA AS ESQUERDAS. Votem a favaor da universidade e de si mesmos!

Sigam o exemplo da Universidade de Brasília. Pela primeira vez em 49 anos, a esquerda está fora do DCE. O estudantes de lá disseram um “não” aos fascistóides que querem se impor na base do berro, da mentira e da violência!

ATENÇÃO, MAIORIA SILENCIOSA DA USP, AS REDES SOCIAIS ESTÃO AÍ! MOBILIZEM-SE! FAÇAM COM QUE AS ESQUERDAS DA USP CONHEÇAM O PESO DA MAIORIA!

Por Reinaldo Azevedo

07/11/2011

 às 6:23

Lugar de bandido mascarado é na cadeia! E que invasores e incitadores do crime paguem por seus atos!

Termina hoje à noite o prazo dado pela Justiça para que um grupo de 50 a 100 pessoas, entre ditos estudantes e funcionários, deixem um prédio da Reitoria da USP. Escrevo “ditos estudantes e funcionários” porque os que são, oficialmente ao menos, alunos não estão lá com a finalidade de aprender, se graduar, pesquisar, essas coisas que indivíduos que pertencem a essa categoria fazem mundo afora. Também os servidores invasores não se contentam em receber o seu salário (poderiam até estar infelizes com os vencimentos e reivindicar mais, isso é do jogo) e, como determina a etimologia, servir à universidade. Uns e outros entendem que a USP é só o lugar que vai dar início à…, Deus do Céu!!!, “revolução socialista”.

Aqui e ali, alguns doutos articulistas tentam entender a “utopia” desses caras e inscrevê-los numa certo movimento de inconformismo que toma conta do planeta. Bobagem! Assim seria se assim fosse. Ocorre que não é. A USP tem quase 90 mil alunos, 15 mil funcionários e mais de 5 mil professores. Uma comunidade de 110 mil pessoas, como se nota, é tiranizada por um bando de 100 meliantes — 0,1% do total! Qualquer grupo humano deve contar com uma taxa parecida de delinqüência. A única seiva que alimenta essa gente é a impunidade. Estão acostumados a promover, ano após ano, a baderna, jogando as leis no lixo e agravando os direitos de mais de 100 mil pessoas, sem que nada lhes aconteça na USP ou fora dela — vale dizer: nem a universidade usa seu Regimento Interno para puni-los nem a lei democrática os alcança para reparar os direitos ofendidos de terceiros. Formam, então, uma casta acima da lei, à qual tudo é permitido.

O mesmo vale para alguns professores, que tentam emprestar sotaque acadêmico superior ao crime, à anomia, à desordem, como se o próprio conhecimento não fosse expressão de uma hierarquia. Entendem a universidade como o lugar da “resistência”. Mas “resistência” exatamente a quê? A resposta só pode ser uma, e ela denuncia a natureza dessa militância: RESISTÊNCIA À DEMOCRACIA. De fato, é isso que não suportam. Como não podem expressar com clareza esse ponto de vista, procuram no seu embornal de idéias mortas palavras que servem para mobilizar essas extremas minorias: a luta contra o “mercado”, o “neoliberalismo”, os “reacionários”, os “fascistas”… Não está entre as garantias de um professor nem encontra abrigo na autonomia universitária ou na liberdade de expressão o incitamento ao crime, à baderna, à desordem e ao descumprimento do Regimento Interno, do Código Penal e da Constituição. No que concerne à corporação, é uma falha funcional; no que diz respeito à sociedade como um todo, trata-se de um crime. Também esses professores precisam começar a arcar com o peso de suas escolhas.

O que estou dizendo é que a ocorrência, e já é assim há muitos anos, não é sintoma de algum mal-estar da democracia, da universidade, da cultura, do capitalismo. É só expressão do banditismo de meia-dúzia de extremistas estúpidos. Já era assim em 2007 ou 2009, quando hordas — escolhi a palavra — de jornalistas da chamada grande imprensa iam lá puxar o saco de invasores, exaltar os seus valores, entender a sua rotina, fazer o dia-a-dia da invasão. A coisa chegou a tal extremo, lembro de novo, que, em 2007, Laura Capriglione, da Folha, chamou uma manifestação de estudantes contra a ocupação da reitoria de a “primeira passeata REACIONÁRIA da USP”. Mais: ela inventou também que se tratava de um movimento apolítico, sem influência das correntes de extrema esquerda…

Sim, havia uma pequena diferença entre 2007 e 2011. Naquele ano, o PT estava apoiando os invasores, tanto é que algumas cabeças coroadas do professorado petista assinaram até manifesto. Na ponta, como sempre, iam Marilena Chaui e Antonio Candido. Vocês sabem: um movimento, para ser considerado “sério”, tem de ter o apoio da MC Marilena Quebra Barraco do Spinoza. Desta vez, PT, PSOL e até o PSTU são, vamos dizer, os “moderados”. Quem assumiu o comando da revolução foi o PCO, a tal Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional (LER-QI) e o Movimento Negação da Negação (!!!). A Laura, a minha musa, foi lá. Ela, que tanto incensou os feios, sujos e malvados em jornadas passadas, foi tratada como agente da “imprensa burguesa”. Abaixo, um trecho do seu texto, bem-escrito, diga-se, na Folha de ontem:

Ninguém vai falar com você. É proibido passar qualquer informação para a imprensa burguesa”, troveja a estudante por detrás da máscara branca comprada na rua 25 de março.
Ela é um dos cerca de 50 jovens que, às 11h da sexta-feira, montam guarda no edifício da reitoria da Universidade de São Paulo (Butantã, zona oeste de São Paulo). A USP tem 89 mil alunos.
O prédio foi invadido na última terça-feira, como protesto contra a presença da PM no campus universitário.
O movimento começou no dia 27 de outubro, quando policiais detiveram três estudantes flagrados com maconha. Solidários, outros alunos tentaram soltar os colegas. Virou pancadaria.
“Acesso Livre. Seja Bien Venido”, assim, em portunhol, avisa a faixa afixada na reitoria. Não é para valer.
Ao se aproximar do portão do prédio, a reportagem depara-se com a barreira humana formada pela “Comissão de Segurança” -seis ou sete jovens nervosos, monossilábicos, mascarados.
Logo, um grandalhão levanta-se de uma das poltronas de couro da reitoria onde, há poucos minutos, se refestelava: “Proibido entrar. Afaste-se. Depois dos cavaletes”, adverte, ameaçador.
O “segurança” tem o rosto coberto por uma camiseta preta, à moda tuaregue.
A tensão se exacerba quando o iPhone da repórter, vibrando, emite aquele brrrrr característico de quando recebe um e-mail. “Desliga isso, desliga esse gravador, porra”, impõe o tuaregue do Butantã, olhando desconfiado para o aparelho. A cena se repetiria várias vezes -brrrrr, “desliga o gravador”; brrrrr, “desliga o gravador”.
“Acabou o amor”, informa outra faixa. Percebe-se.
(…)

Voltei
Só há um caminho, e é aquele que conta com o apoio de 99,9% da comunidade uspiana: o triunfo da legalidade, segundo as regras da democracia. Aqueles 100 baderneiros têm de sair de lá. Se não for por bem, terão de ser retirados pela democracia de farda, a quem os brasileiros de São Paulo concedem o uso legítimo da força. Lugar de bandido mascarado é na cadeia. E sem máscara!

Por Reinaldo Azevedo

07/11/2011

 às 6:21

Os bebês da USP

Nem sempre concordo com Vinícius Motta, articulista da Folha. Já devo tê-lo contestado alguma vez. Eu vivo “atravessando a rua” para arrumar confusão, hehe. O fato é que é ele tem demonstrado pertencer à categoria dos que pensam com destemor, sem se deixar patrulhar. Excelente a sua coluna de hoje, “Os bebês da USP”.

*
A implantação da USP, em 1934, foi um dos maiores acertos da oligarquia paulista. Era um projeto elitista, no sentido modernizador, que agregou núcleos universitários já existentes (direito, medicina e engenharia) em torno de um novíssimo centro nervoso, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

Ali, em razão das missões estrangeiras que moldaram professores nativos, deu-se um salto intelectual. A profissionalização de pesquisadores, a adoção de metodologias exaustivas e o mergulho sistemático na tradição filosófica do Ocidente espantaram o diletantismo bacharelesco.

Na FFCL, jovens da classe ascendente -muitos oriundos de famílias imigrantes- fizeram-se intelectuais capazes de influir no destino da nação. A escola formou quadros que tomaram posições em governos. Formou Fernando Henrique Cardoso, mais tarde presidente da República.

É triste testemunhar a decadência sem elegância a que se entrega a faculdade de filosofia, rebatizada de FFLCH. Deixa-se permear por grupelhos semialfabetizados e violentos que impõem a sua agenda sem encontrar resistência à altura. Encanta-se por um bordão do passado, mera forma sem conteúdo, quando clama pela saída da PM do campus.

A polícia representa a tirania? Ou a força legítima que mantém a ordem na democracia? Defendem-se privilégios no campus. Por que razão mágica alguém pego com maconha ali não deveria ser levado à delegacia?

Está livre para o uso de drogas a Cidade Universitária? Significa liberá-la para o tráfico, sem o qual não há consumo -e o tráfico não existe sem crimes conexos, como homicídios.
Instauraremos também a impunidade no campus? Quem destruiu a reitoria pode continuar estudando e trabalhando livremente na USP?

Chega de paternalismo na faculdade de filosofia. Chega de tratar depredadores como bebês inimputáveis. Chega de defender privilégios no campus.

Por Reinaldo Azevedo

Os Bananas de Pijama da USP, os revolucionários da GAP e o triunfo da impunidade - Comissão de negociação da universidade já começa a despertar aquela sensação da vergonha alheia…

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É incrível! A Justiça já determinou a reintegração de posse do prédio da reitoria da USP invadida por 100 encapuzados. O prazo já foi estendido para hoje, às 23h, em uma das rodadas de negociação. A comissão da universidade voltou a se reunir com representantes dos invasores. Foi-lhes oferecido outro benefício: ninguém será punido por esta nova jornada de violência e arbitrariedade. Permanece a proposta anterior de constituir uma comissão para avaliar os outros processos administrativos.

Os Remelentos & as Mafaldinhas que vestem GAP farão uma assembléia para decidir se desocupam ou não o prédio. Ou por outra: eles farão uma assembléia para decidir se vão ou não cumprir uma decisão judicial. A USP agora é território soberano, entenderam? O tráfico e o consumo de drogas podem ser coibidos no Brasil, menos na USP. Todos os brasileiros têm de obedecer determinação da Justiça, menos os invasores da USP. O Brasil é regido pela Constituição e por códigos legais, menos os extremistas da USP.

É visível que a comissão de professores que negocia em nome da universidade está sendo enredada por meia-dúzia de baderneiros profissionais. Quem aparece na Folha Online falando em nome dos invasores, afirmando que a proposta da universidade é “insuficiente”? Este cara:

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E quem é este cara? A VEJA São Paulo deu a ficha do valente. É esta:

“Entre os agitadores, há gente como Rafael Alves, acusado de participar da invasão da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), em 2010, que deixou um funcionário ferido por estilhaços de vidro de uma janela arrombada. Ele é o típico “estudante profissional”: estourou o prazo máximo de sete anos para concluir o curso de letras - no termo acadêmico, jubilou-se. Perdeu, assim, o direito a continuar vivendo gratuitamente na moradia assistencial. Voltou à instituição neste ano, por meio de vestibular, ocupando vaga que lhe garante a permanência na área por mais um longo período. Tenta também conseguir seu apartamento de volta (a exemplo de outros rebeldes, ele se recusou a dar entrevista para esta reportagem).”

Sabem quantos anos tem esse “garotinho” invasor? 29!!! Com a idade dele, eu já tinha registro em carteira de trabalho havia… 14 anos! Isto mesmo: com a idade de Rafael Alves, este reacionário aqui, este que a canalha vagabunda chama, metaforicamente, de “fascista” para esconder o seu fascismo sem metáfora, trabalhava havia 14 anos! Aliás, aos 29, eu tinha dois empregos: dava aula e trabalhava em jornal!

Mas Rafael é um revolucionário. Jubilado depois de sete anos sem concluir o curso, fez vestibular outra vez e voltou para o primeiro ano de letras. Como ele tem mais sete para concluir o curso, tende a ficar lá até os 36! Quando atingir a marca, recomeça tudo de novo. Quem sabe inaugure, sei lá, uma espécie de aristocracia da Crusp (a moradia dos estudantes carentes), com seus netinhos brincando alegremente no campus… É uma piada!

Impunidade
Estamos falando aqui é de impunidade mesmo! Foi o que a comissão de professores que negocia em nome da USP ofereceu aos “revolucionários” do PCO, da LER-QI e do Movimento Negação da Negação, seja lá o que signifique essa estrovenga.

Por Reinaldo Azevedo

REPORTAGEM DA VEJA 1 - Governo diz ter feito alerta a Lupi sobre convênios suspeitos

Por Márcio Falcão e Andreza Matais, na Folha:
O Palácio do Planalto alertou e cobrou medidas do ministro Carlos Lupi (Trabalho) contra as acusações de irregularidades em convênios firmados pela pasta com ONGs. “A gente fez um alerta de que era preciso cuidado porque não era possível continuar com essa política [de convênios]“, disse o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), segundo quem a conversa ocorreu há cerca de três meses. “A gente fez um alerta geral na época, e ele assegurou que o que precisava ter sido feito foi feito”, acrescentou. Foi após essa conversa que Marcelo Panella, então chefe de gabinete de Lupi e tesoureiro do PDT, foi afastado da pasta por suposto envolvimento nas denúncias. Panella diz que saiu por motivos pessoais e que nunca cuidou de recursos para ONGs.

Reportagem da revista “Veja” desta semana afirma que assessores do ministro teriam pedido propina a ONGs, entre elas o Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte. Anteontem, Carvalho voltou a conversar com Lupi. Disse que orientou o colega a se defender. “A nossa expectativa é que haja um roteiro diferente desta vez”, afirmou Carvalho, que também acompanhou os casos que resultaram na saída de seis ministros do governo. Sobre as suspeitas contra o Ministério do Trabalho, até o momento, a avaliação do Planalto é que não há fato que atinja diretamente Lupi.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

07/11/2011

 às 6:15

REPORTAGEM DE VEJA 2 – Um, dois, três, quatro, cinco, seis… “Morro, mas não jogo a toalha”, diz Lupi!

Ai, ai…Carlos Lupi é mais um ministro que não vai se entregar de jeito nenhum, que é um poço de virtudes, que reclama da reportagem de VEJA! Deixem-me ver: um, dois, três, quatro, cinco… Isto: é o sexto a entoar a mesma ladainha. Também ele tem suias teorias conspiratórias, fazendo-nos crer que só enfrenta problemas porque é severo demais. Se haverá acomodação desta vez, aí não sei. Os fatos berram. Leiam entrevista a Chico Otavio, de O Globo: 
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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, desembarca nesta segunda-feira em Brasília disposto a resistir no cargo. Acossado por denúncias sobre desvio de recursos e cobrança de propina nos convênios da pasta com ONGs na área de qualificação profissional, ele avisa que morre, mas não joga a toalha. Lupi se diz vítima de retaliação de empresários que sonegariam o FGTS e o INSS no pagamento de horas extras aos trabalhadores. Ele disse que botaria “as mãos e os pés” no fogo pelo ex-chefe de gabinete e amigo pessoal Marcelo Panella, que se afastou em agosto, antes de ser acusado de cobrar de 5% a 15% do valor do contrato com ONGs para restabelecer repasses suspensos por irregularidades.

A Polícia Federal investiga, só em Sergipe, o desvio de R$ 11 milhões em convênios com o Ministério do Trabalho. O que o senhor tem a dizer sobre as denúncias?
CARLOS LUPI
: Quem fez a denúncia de Sergipe foi o próprio Ministério do Trabalho, que também inscreveu as fundações como inadimplentes no Siaf. Todas tiveram o pagamento interrompido. Constatamos o problema com a CGU, que é nossa parceira. Mas isso não é dito. Existe má vontade comigo, uma herança dos tempos do brizolismo. Não me dão direito de resposta.

E quanto à denúncia da revista “Veja” sobre o envolvimento de assessores seus na cobrança de propina a ONGs?
LUPI
: A reportagem da “Veja” tem um vício inicial: o denunciante se esconde atrás do anonimato. Como lutei contra a ditadura, é duro assistir. As organizações citadas, Oxigênio e Instituto Êpa, não chegaram a receber o dinheiro. O ministro Garibaldi Alves, da Previdência Social, realmente me procurou para conversar sobre a Êpa. Mas expliquei a ele que não havia como liberar os repasses. Só saiu a primeira parcela, o que é normal.

O afastamento do coordenador-geral de Qualificação, Anderson Alexandre dos Santos, um dos acusados, indica que a denúncia tem consistência?
LUPI
: Pedi ao Anderson, que trabalha há oito anos no Ministério, que saísse para que pudéssemos apurar as denúncias. Ele é um cara humilde. Está em depressão.

Outro citado, Marcelo Panella, seu chefe de gabinete, também saiu em agosto passado por causa das suspeitas?
LUPI
: Marcelo me pedia desde o ano passado para sair. Ele tem um filho de 10 anos e pavor de viajar de avião. Está esgotado. Por ele, ponho os pés e as mãos no fogo. Nós nos conhecemos há 25 anos. Sou seu padrinho de casamento. Atendendo a seu pedido, eu o exonerei. Ele e Anderson são os mais atingidos com as denúncias. Foram jogados na lama sem direito de defesa. O Ministério do Trabalho tem 10 mil funcionários e 600 unidades descentralizadas. Pode ter erro? Pode. Falhas? Também. Mas corrupção é difícil.

Se o próprio Ministério denunciou convênios à polícia, o senhor admite que havia problemas com os recursos repassados às ONGs?
LUPI
: Até dezembro de 2007, o governo não fazia chamada pública para contratações de ONGs. Até então, bastava apenas apresentar o projeto. Se aprovado, era executado pela própria organização. O pagamento saía na medida em que o serviço era prestado. Esta fórmula, que predominava até a minha chegada, causava problemas de fato. O que não pode é generalizar, como se todos fossem bandidos.

Depois que o senhor entrou, o que foi mudado?
LUPI
: Quando cheguei, implantei a chamada pública. Não é concorrência oficial, mas prevê edital, pregão e escolha do menor preço. Desde o início do ano, não fazemos mais convênios com instituições sem fins lucrativos. Falta-nos pernas para fiscalizar, investigar in loco. Assim, fica difícil controlar. Os convênios, agora, são feitos com estados e municípios. A responsabilidade passou a ser deles.

O senhor disse que já agiu no caso das ONGs de Sergipe. E o caso das propinas?
LUPI
: Pedi ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar as denúncias da “Veja”. Ninguém pode ter a honra jogada no lixo por causa de uma denúncia anônima. Também notifiquei judicialmente o Ministério Público para que faça a sua apuração. Não sou conivente com desvios éticos. Se isso ocorrer, o que não acredito, o responsável terá de pagar. Vou fundo. Tenho 30 anos de partido e ganhei muitos inimigos.

O senhor pretende deixar o Ministério do Trabalho?
LUPI
: Estou no vespeiro. Vou nesta luta até o fim. Descarto totalmente a renúncia. Morro, mas não jogo a toalha. Alguns nascem para se acovardar. Outros, para lutar. É o meu caso. Topo a luta. Vou até o fim.

Contra quem o senhor luta?
LUPI
: Por trás das denúncias, há o dedo daqueles que ficaram insatisfeitos com a implantação do ponto eletrônico no país. Constatei que existia uma fraude no descontrole da frequência dos trabalhadores. Muitas empresas pagam a hora extra, mas não recolhem FGTS e INSS. Com o ponto, o ministério passa a enfrentar essa sonegação. Mexi com poderosos inimigos. Atirei no que vi e acertei no que não vi. Agora, esses caras me escolheram para derrubar.

Por Reinaldo Azevedo

07/11/2011

 às 6:11

REPORTAGEM DE VEJA 3 - “Estamos cansados de crises”, diz auxiliar de Dilma. E o país está cansado da corrupção, certo?

Por João Domingos, no Estadão:
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ontem ao Estado que “já está ficando cansado” de administrar crises envolvendo colegas do primeiro escalão. Ele se referia às notícias de que o PDT montou um esquema de achaque para aprovar convênios firmados entre o Ministério do Trabalho e ONGs. Sua declaração foi feita em tom de desabafo.

“Teremos de ver isso amanhã (hoje). Se bem que o ministro Carlos Lupi (Trabalho) tomou providências imediatas e afastou dois assessores”, ponderou Carvalho. Lupi exonerou os dois servidores no sábado, mesmo dia em que circulou a edição da revista Veja com a notícia de que os auxiliares tinham montado um esquema de cobrança de propina contra ONGs que têm convênio com o ministério.

De junho até agora, coube a Gilberto Carvalho negociar a queda de cinco ministros envolvidos em escândalos, que vão desde as suspeitas de enriquecimento ilícito - caso de Antonio Palocci (Casa Civil) - a suposto desvio de dinheiro e cobrança de propinas, que atingiu Alfredo Nascimento (Transportes), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esporte).
(…)

Por Reinaldo Azevedo

07/11/2011

 às 6:09

REPORTAGEM DE VEJA 4 - Após denúncias, oposição quer Lupi fora de ministério

Por Eugênia Lopes, no Estadão:
Enquanto o governo tenta votar, em primeiro turno, a prorrogação da emenda constitucional da Desvinculação das Receitas da União (DRU), sua oposição na Câmara defende a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT). Haverá ainda a tentativa de convocá-lo para falar sobre a denúncia de que seus assessores cobravam de 5% a 15% de propina de ONGs contratadas para capacitar trabalhadores.

O governo não está certo se a demissão de um dos assessores da pasta, no mesmo dia das denúncias, dará fim ao caso. “Não sei se resolve, mas isso não tem nada a ver com a DRU”, afirmou ontem o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Em nota, o PSDB defendeu o afastamento de Lupi. “Uma das atribuições do ministro é gerir o dinheiro recolhido do trabalhador para promover o emprego. Pelas sucessivas denúncias, parte desses recursos ou está sendo desviada ou está abastecendo os cofres partidários. Ou seja, o dinheiro que o governo tira do cidadão está indo para o ralo”, diz o comunicado assinado pelo líder tucano, deputado Duarte Nogueira (SP).

As medidas tomadas por Lupi até agora, para ele, não bastam: “O mais transparente é que o ministro se afaste para não comprometer ou dificultar as investigações. Se nada for comprovado, ele poderá retornar ao cargo”.
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Por Reinaldo Azevedo

Polícia apreende fuzil em ação que culminou em morte de cinegrafista da Band

Traficantes são presos durante operação policial do Bope com o Batalhão de Choque, na favela de Antares, no Rio de Janeiro (Jadson Marques/AE)

Traficantes são presos durante operação policial do Bope com o Batalhão de Choque, na favela de Antares, no Rio de Janeiro (Jadson Marques/AE)

Na VEJA Online:
Um fuzil AR 15, três pistolas, um quilo de maconha, 100 papelotes de cocaína e 522 pedras de crack foram algumas das apreensões feitas pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em operação realizada na Favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo. O cinegrafista da Band Gelson Domingos da Silva, que acompanhava a ação, morreu baleado com um tiro de fuzil no confronto entre traficantes e policiais.

Segundo informações da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o objetivo da ação era checar informações da área de Inteligência do Bope e do Choque de que líderes do tráfico, armados, se reuniam no local. O site oficial da corporação informa que oito criminosos foram presos, dentre eles o “gerente” do tráfico local, conhecido como BBC, e seu braço-direito China. No confronto com policiais militares, quatro bandidos foram mortos.

Cabo era o alvo
O cabo Gomes, do Bope, que participou da ação, disse que ele era o alvo do tiro que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos. “O tiro que pegou o Gelson era para mim”, disse, muito abalado.

O tiroteio começou cedo, por volta das 6h, quando oito policiais, acompanhados de jornalistas, foram recebidos a tiros. Em determinado momento o grupo se separou. A maioria ficou protegida por um muro. O cabo Gomes atravessou a rua e foi seguido por Gelson, protegidos por uma árvore. Os traficantes dispararam dois tiros de fuzil. O primeiro acertou a árvore e o segundo, o cinegrafista.

Segundo testemunhas, o atendimento a Gelson demorou cerca de 20 minutos, já que o tiroteio continuou com intensidade mesmo depois de o cinegrafista ter sido socorrido. Além de Gelson, morreram outras quatro pessoas que, segundo a polícia, eram traficantes. A Polícia Civil quer analisar as filmagens de Gelson para ver se o grupo de quatro pessoas que ele filmara e que posteriormente fez os disparos é o mesmo que foi morto em seguida.

Nota de pesar
Em nota, o Grupo Bandeirantes lamentou a morte do cinegrafista. Segundo a empresa, Gelson usava um modelo de colete à prova de balas permitido pelas Forças Armadas em situações como essa. O cinegrafista foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante, chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu. Confira abaixo o comunicado na íntegra:

“O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas, sempre usados por profissionais da Band em situações como esta. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante.

Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia.

O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência.”

Por Reinaldo Azevedo


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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

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