Aviso à Polícia Federal e às demais instâncias do estado de direito: caso algo me aconteça, estas pessoas devem ser procuradas..

Publicado em 29/11/2011 20:25 e atualizado em 30/11/2011 07:38
por Reinaldo Azevedo, em veja.com.br

Aviso à Polícia Federal e às demais instâncias do estado de direito: caso algo me aconteça, estas pessoas devem ser procuradas. E vocês verão por quê

Um sujeito criou uma página no Facebook intitulada “REPÚDIO AO JORNALISTA DA VEJA REINALDO AZEVEDO”. Ele se identifica como “Marquinho Maia” e seria estudante da PUC. O “inho”, o diminutivo, é para que tenhamos uma pista de seu caráter suave. Ele faz o convite (sempre que eu reproduzir um texto da página, vem na grafia e na pontuação originais, em vermelho):

“SE VOCÊ ASSIM COMO EU, TEM ASCO AO BLOGUEIRO (VEJA) REINALDO AZEVEDO, PELO SEUS COMENTÁRIOS REACIONÁRIOS, RACISTAS, MACHISTAS, DENTRE OUTROS.. SE MANIFESTE AQUI. JÁ NÃO AGUENTO MAIS LER ESCRITOS DESTE SENHOR QUE SE ACHA O DONO DA VERDADE ABSOLUTA!!”

Deu para perceber que sou uma pessoa péssima, terrível mesmo!, capaz das piores ignomínias. Ele convida outros que me odeiam a expressar o seu… ódio. E algumas pessoas compareceram para dar lições de civilidade. Para demonstrar que sou um  homem mau e que eles são bacanas, escrevem coisas assim (volto depois).

- O Paulo Marcos da Silva acha que devo ser empalado e me chama de “narcista” (!?):
Só consigo pensar em empalada. Ele deve ter algum aspecto fascista-narcista de apego a si mesmo face ao espelho”.

- O Kaioh Haurani certamente se considera um democrata e diz que sou nazista:
“Me dá asco compartilhar este mundo com gente dessa laia. Quando leio o que ele escreve sinto medo por saber que um monte de acéfalos também estão lendo aquele monte de merda e propagarão como papagaios seus pontos de vista nazistas.”

- A Paula Boller entende que sou prepotente e dá provas de sua humildade:
“Esse Reinaldo Azevedo é, no mínimo, prepotente. Acha que tem carga suficiente pra publicar o que ele publica, ou melhor, defeca. Seu lixo!”

- O Daniel Oliveira demonstra ser um homem sem preconceitos e, por isso, não gosta de mim:
“HAHAH…vcs estão perdendo a ateção por causa de um bacanazinho q não vive 2 dias nasruas do rio de janeiro ,¬¬ …filosóficamente falando …esse velhote almofadinha ai não vive mais que 30 anos ,é recalcado ,e gosta de ser o centro das atenções ,esse maluco deve ter sido feio a vida toda,agora pode ter um carro e conseguiu a atenção das primeiras piranhas q estavam a sua volta, FUDEU !!!acho um…”

- O mesmo Daniel Oliveira se manifesta de novo, em termos igualmente elegantes:
Daniel Oliveira todos vcs velhotes um dia vão morrer…TODOS ,reitores,presidentes,delegados de policia federal,senadores e outros pilantrinhas brasileiros …vcs coroas não duram mais do q 30 anos AHAHAHA…o mundo é nosso velhote acorda e vá se preparar para colocar suas fraldas geriátricas otário !!! BRASIL !!!!

- O Duda Simões Fantini ensina o que é democracia numa página que, como se vê, é uma lição de educação, civilidade e tolerância.
“Democracia substancialmente (não formalmente) consiste no respeito aos direitos humanos. Racismo, difamação, impossibilidade de ampla defesa etc são coisas diametralmente opostas à Democracia. Logo, o que eles fazem não deve ser tido como “manifestação de opinião”. Deve ser tido como um retrocesso, uma cuspida na Constituição.”

- O Vitor Hime, que deve adorar democracia, cobra um evento público mesmo:
“e ai? vai rolar alguma manifestação?”

Voltei
Atenção, meus caros! Reproduzi os comentários, digamos, não muito chocantes. Há coisas lá do arco-da-velha, com as sugestões de sempre de sujeição sexual — são obcecados por isso, algo que deve ser matéria de curiosidade científica. Se o “preconceituoso”, “homofóbico” ou sei lá o quê, segundo eles próprios, sou eu, por que recorrem com tanta freqüência a acusações que, se verdadeiras fossem, denotariam o mais escancarado… preconceito?

Não sou um doce de coco e nunca me apresentei assim. Mas me limito a defender a Constituição democrática do Brasil. De fato, não sou um deles, não penso como eles. Enquanto essa gente borrava a fralda, corri riscos nada desprezíveis para que houvesse liberdade de expressão no Brasil. Isso não me garante direitos especiais. Ao contrário: eu exerço um dos direitos garantidos à coletividade: aquela mesma liberdade conquistada.

Como não conseguem contestar os meus argumentos, então fazem o que se vê acima. Reclamam que não publico seus comentários em minha página. Por que será? O que se lê é só um exemplo pálido do que chega. Como não conseguem contestar os meus argumentos, acusam-me de truculência e agem com essa doçura…

Fui obrigado a tomar medidas para assegurar a minha integridade. Mas nunca se pode garantir eficácia absoluta. Torno essa questão pública, alertando milhares de leitores para o que vai na rede, porque, caso algo me aconteça, cumpre à Polícia Federal procurar o sr. “Marquinho Maia”, que mantém no ar esse festival de baixaria, entre outros.

Sou, sim, muito duro nas minhas opiniões — e não vou mudar. Mas não tento calar ninguém nem participo de correntes na Internet; tampouco me aplico àquilo que se chama “jornalismo investigativo” — há gente com muito mais capacidade do que eu nessa área, fazendo um trabalho brilhante. O que faço é debater idéias. Por que não fazem o mesmo? Essa gente não está só! Há hoje uma miríade de subjornalistas financiados pelo poder — pelo governo propriamente ou por estatais — que alimenta esse clima.

ATENÇÃO! A ÚLTIMA VEZ EM QUE FUI FISICAMENTE AMEAÇADO POR PENSAR O QUE PENSO FOI EM 1980! A ÚLTIMA VEZ EM QUE TEMI O ATAQUE VINDO DE ALGUM LUGAR, DAS SOMBRAS, FOI EM 1977, POR CAUSA DE UM ENROSCO COM O DOPS OCORRIDO NO ANO ANTERIOR. EU TINHA 16 ANOS.

Eu combatia a ditadura. Os que falam acima combatem a democracia. O objetivo é me calar. Não vão. Sintam-se alertados os órgãos de segurança. Já tirei cópia de tudo e darei seqüência às providências legais que tenho tomado.

SIM, MEUS CAROS, CHEGAMOS AO PONTO EM QUE SE PREGA ABERTAMENTE A ELIMINAÇÃO FÍSICA DOS ADVERSÁRIOS EM NOME DA… DEMOCRACIA!

E é evidente, de resto, que, nesse caso, o Facebook é a base material do linchamento e se torna co-responsável pelos crimes de calúnia, injúria e difamação e por ameaças nem tão veladas. Se mantém páginas assim no ar, então ajuda a promover a barbárie.

Não vou desistir! Continuarei a defender a Constituição da República Federativa do Brasil. Agora com ainda mais entusiasmo! Não corri riscos para me deixar intimidar por meia-dúzia de fascistóides que não sabem o que é democracia e por bucaneiros da Internet.

PS - Espalhem este post. Os métodos a que essa gente recorre têm de ser conhecidos.

Por Reinaldo Azevedo

29/11/2011

 às 15:36

Aluna das Letras diz que fui sensacionalista e explica que agressor apenas “invadiu a sala dando um pontapé violento contra a porta, quebrando-a” e “virou a mesa e foi para cima do professor Marcelo Barra”, que só não apanhou porque “algumas pessoas foram pra cima do louco para segurá-lo”. Ah, bom!

Relatei aqui ontem a agressão de que foi vítima um professor do Departamento de Lingüística. Embora a história absurda circulasse nas redes sociais e nos fóruns de debates de alunos e professores — e havia gente achando que “o cara mereceu” (”o cara”, acreditem, é o professor!) —, a “mídia” (que é como os esquerdopatas chamam a imprensa) não se interessava. Mas eu me interesso. Um policial militar não pode, seguindo a lei, abordar três maconheiros no campus. Já um professor ser agredido em seu templo, a sala de aula, bem, isso, segundo alguns, é um “assunto interno”. Mas não mesmo! Não aqui! Quem sustenta a USP é o povo paulista! Enquanto eu escrever, não me conformarei que ela seja seqüestrada por meia-dúzia de delinqüentes. Adiante.

Recebi uma mensagem de uma jovem — vou preservar o seu nome; vou preservá-la de si mesma! — que me deixou realmente espantado. Fica a seu critério identificar-se ou não. Segue o texto. Volto em seguida.

Me desculpe, mas tenho que dizer que houve exagero da sua parte neste relato. Eu sou uma das pessoas que se coloca contra essa greve e estava dentro da sala fazendo a prova quando houve o ocorrido. O sujeito realmente invadiu a sala dando um pontapé violento contra a porta, quebrando-a. Ele realmente virou a mesa e foi para cima do professor Marcelo Barra. Mas no momento em que o cara ia agredi-lo, eu (sim, eu!) e mais algumas pessoas fomos pra cima do louco - não cabe adjetivo melhor - para segurá-lo. Portanto, o professor não foi jogado contra a parede em nenhum momento. Não quero defender aquela pessoa, de maneira alguma (e em outro vídeo publicado na rede, é possível me ver discutindo com ele), porém também não posso tolerar o seu sensacionalismo.

Voltei
A minha primeira tentação é tecer considerações sobre o uso indevido do “que” em locuções verbais, coisa que sempre me incomoda; sobre classe de palavras — o “louco”, no caso, é um substantivo — ou sobre essa “intimidade proclítica” com quem nem se conhece, mas deixo pra lá… O que escrevi em meu texto original? Isto:
“Um sujeito invadiu a sala do professor Marcelo Barra, virou a mesa (literalmente!), pegou-o pelo colarinho e o encostou contra a parede.”
Nem mesmo empreguei o verbo “jogar”, mas “encostar”. A moça age como uma outra que protestou porque Barra, afinal, estaria de camiseta — logo, sem “colarinho”. Ainda haverá uma geração de manetas na FFLCH. Quando alguém pedir a certos estudantes que “dêem uma mãozinha” num determinado serviço, eles decepam um dos… membros dianteiros. Minha solidariedade aos sérios e dedicados, que devem formar a maioria silenciosa. Acordem, por favor!

Volto ao texto da jovem, Ela diz não poder “tolerar” meu “sensacionalismo”. Entendo. Segundo ela própria, o sujeito:
a) “realmente invadiu a sala dando um pontapé violento contra a porta, quebrando-a”;
b) “realmente virou a mesa e foi para cima do professor Marcelo Barra”;
c) o professor só não apanhou porque os alunos contiveram o agressor (no meu texto original: “Barra só não apanhou pra valer (…) porque os alunos intervieram”).

Perdi alguma coisa, ou o relato da jovem que me acusa de “sensacionalista” reproduz uma violência ainda maior?

O primeiro esforço para tentar negar o que de fato aconteceu no prédio das Letras partiu daqueles que tentaram caracterizar o aluno agressor apenas como um “louco”, como se a turma do CAELL, ligada ao PSTU, não estivesse lá, com seu apitaço, constrangendo professores e alunos, criando as circunstâncias favoráveis à agressão.

O segundo esforço, agora, é esse e poderia ser assim resumido: “A coisa não foi tão grave como diz esse Reinaldo aí…” Se quiserem saber, a abordagem feita por essa estudante chega a ser pior do que a do PSTU, PSOL, LER-QI, PCO, aquela gente esquisita toda. Esses não escondem o que pretendem. São golpistas e pronto! Impõem-se pela violência. Ninguém tem o direito de se enganar com eles. Já esta outra tenta naturalizar a violência e tirar a gravidade do ocorrido.

Há uma perda completa de parâmetros! Então, meus caros, que fique registrado, tá? Eu exagerei. O aluno apenas “invadiu a sala dando um pontapé violento contra a porta, quebrando-a”, “virou a mesa e foi para cima do professor Marcelo Barra” e só não o espancou porque “algumas pessoas foram pra cima do louco (…) para segurá-lo.”

Entendi! Eu sou mesmo exagerado!

Por Reinaldo Azevedo

Estão bravos comigo porque defendo que sejam vencidos no voto; eles são diferentes: pregam que eu seja vencido na porrada!

É preciso que algumas coisas fiquem claras. Eu não conheço o professor Marcelo Barra, que foi agredido dentro da sala de aula, na USP. Portanto, eu não o estou defendendo como indivíduo — o que ele pode fazer por sua própria conta.

Eu defendo a instituição.
Eu defendo a USP.
Eu defendo a autonomia universitária.

Ainda que ele próprio viesse a público para declarar: “Esse Reinaldo que se dane! Não quero a sua defesa”, eu não arredaria pé do meu ponto de vista. Eu defendo A LIBERDADE DE PENSAMENTO E A LIBERDADE DE ESCOLHA, valores maiores do que Reinaldo, Barra ou qualquer outro. EU DEFENDO PRINCÍPIOS!

Dizem os extremistas, inclusive alguns professores, que a USP foi “militarizada”, o que é um delírio; que a universidade não pode conviver com a presença de PMs, homens do povo que lá estão para coibir crimes contra a pessoa e o patrimônio, não para patrulhar o pensamento. Há polícias ideológicas na universidade, sim, mas não são os homens de farda.

Digam-me cá:
- Um soldado que intimida ladrões impede um professor da FFLCH de pensar o que quer que seja?

- Um soldado que intimida potenciais homicidas impede um professor da FFLCH de elaborar a teoria a mais revolucionária?

- Um soldado que intimida eventuais molestadores de mulheres impede um professor da FFLCH de arrebatar multidões com o seu biscoito fino para as massas?

Digam-me cá ainda:
- A produção intelectual na FFLCH vivia seus dias fervilhantes e sofreu uma queda abrupta depois que os pensadores começaram a se sentir constrangidos pela presença, no campus, dos filhos da dona Maria, do seu José, do seu Cícero, da dona Sebastiana? ORA, A PRESENÇA DOS PMs NO CAMPUS REPRESENTA UMA CHANCE DE OURO QUE TÊM MUITOS PROFESSORES DA FFLCH DE CONHECER O POVO DE VERDADE! E PELA PRIMEIRA VEZ! NÃO TENHAM DÚVIDA: soldados da PM no campus contribuem para diminuir o PIB per capita da universidade!

Ofendem-me, atacam-me, demonizam-me, pregam que eu seja linchado porque não conseguem responder a uma questão simples, elementar, básica: “O que faria um, digamos, livre-prensador numa USP sem PM que ela não consiga fazer numa USP com PM?”

Um soldado jamais atravessaria o umbral do templo de um professor, ainda que a lei lhe faculte isso se estiver coibindo um crime. Não atravessaria mesmo assim — o que quer dizer que prefere não ir ao limite das prerrogativas legais e constitucionais de que dispõe. Mas os vândalos da USP invadem salas de aula, ignoram e constrangem professores, intimidam seus colegas, impõem-se.

SAIBAM: MESMO NOS PIORES PERÍODOS DA DITADURA, SOB O AI-5, RARAMENTE UMA SALA FOI INVADIDA OU UM PROFESSOR FOI IMPEDIDO DE DAR A SUA AULA, COMO ACONTECE HOJE NA FFLCH.

Ora, quem, hoje em dia, está violando a autonomia universitária?

Não, senhores! Eu não estou defendendo este ou aquele em particular.
- Eu estou defendendo uma instituição!
- Eu estou defendendo o direito de ir e vir!
- Eu estou defendendo que a democracia se faz sob o império da lei!

Não vou parar! Não vou parar, inclusive, em homenagem a alguns verdadeiros mestres que resistem na universidade, que se dedicam ao ensino e à pesquisa e que sabem que o verdadeiro trabalho de um professor estimula a inteligência, a tolerância, a civilidade.

Essa gente faz o contrário: demoniza o adversário, acusa-o de autoritário, transforma-o em inimigo da democracia para que possa, então, incitar as falanges do ódio. Alguma dúvida de que essa gente mandaria me executar sem nem mesmo o direito a um julgamento?

EU COMETO, A SEU JUÍZO, O PIOR DE TODOS OS CRIMES: NÃO CONCORDO COM ELES!

Estão bravos comigo porque defendo que sejam vencidos no voto.
Eles são diferentes de mim! Acham que tenho de ser vencido na porrada!

Por Reinaldo Azevedo

Abaixo Reinaldo Azevedo! Viva a Copa do Mundo antipobre do PT!

Então…

Esse Reinaldo Azevedo é esquisito mesmo! Dizem os extremistas de esquerda, os petistas e os que se auto-intitulam “progressistas” e “modernos” que sou “reacionário”, “conservador”, que não gosto de povo. É… Como ficará claro abaixo, eles o adoram! Veneram mesmo!

Eu, como sou um homem mau, fico procurando chifre em cabeça de cavalo só pra falar mal dessa vanguarda iluminada que está no poder, não importa o assunto. Abaixo, vou tratar da Lei Geral da Copa. VOCÊS VERÃO COMO EU, O REACIONÁRIO, VOU DESTRINCHAR A PROPOSTA DE UM PROGRESSISTA, DO PT. Vocês me dirão depois quem é mais “antipovo”: eu ou eles. Vamos ver.

Leiam com atenção o que informa a Folha Online:
O relator do projeto da Lei Geral da Copa-2014, deputado Vicente Cândido (PT-SP), confirmou nesta terça-feira que definirá uma cota para os 300 mil ingressos populares para o evento. O Mundial deve ter aproximadamente 3 milhões de bilhetes à venda.
Pelos cálculos da Fifa, deverão ser reservados ingressos a US$ 25 (pouco menos de R$ 50) para brasileiros que queiram assistir aos jogos da primeira fase da Copa-2014. Segundo Vicente Cândido, 50% desses ingressos deverão ir para idosos e estudantes e o resto dividido entre pessoas de baixa renda - pelo critério do Bolsa Família - índios e deficientes.
“Essa é uma primeira proposição, temos que ver ainda o número de jogos para definir a distribuição e a demanda. Devemos colocar também ingressos para um convênio do governo brasileiro com a Fifa para o desarmamento”, disse.

Voltei
E então?
Como um “reacionário” deste porte analisa a proposta de um “progressista” à moda Cândido, um homem do povo?

Há aí um estupendo coquetel de ilegalidades, que termina, como não poderia deixar de ser, com o apelo à vigarice politicamente correta. De saída, note-se que a lei da meia entrada, válida para estudantes e idosos em razão de dois estatutos, está sendo claramente violada. O “ingresso popular” substituirá o conceito da “meia entrada”? Em caso afirmativo, que lei geral estabelece o princípio da cota de 10%? Nenhuma!

EU SOU A FAVOR DA MEIA ENTRADA??? NÃÃÃOOO!!!

Eu não sou! Considero-a o fim da picada! Mas há outras leis que também não aprovo. Nem por isso saio por aí desrespeitando-as. A questão óbvia é a seguinte: o benefício para um “estudante” atende a uma categoria, a uma corporação, não necessariamente a pessoas necessitadas. O mesmo vale para brasileiros com mais de 60 anos. Por que se parte do pressuposto de que não podem pagar o ingresso inteiro?

Daqui a cinco anos, o Eike Batista e o lixeiro que recolhe os dejetos de seu solar (se também estiver com 60) poderão ter direito ao benefício… Eike poderá até andar de graça em ônibus…

A lei não é boa? E daí? É a lei! Este “reacionário”, este “direitista” (como dizem os comuno-fascistas da USP), este “conservador” defende que as leis sejam cumpridas e acredita que a FIFA não tem poderes para mudar a legislação brasileira.

Como é que o deputado petista está propondo resolver o esbulho legal? A FIFA propõe, para os mais pobres,  10% de ingressos a preços populares. O tal Cândido pretende fazer de conta que não está violando as leis da meia entrada. De que modo? Reservando 50% dos ingressos mais baratos para estudantes e idosos, sejam pobres ou ricos.

Qualquer pessoa que tenha os dois pés no chão, mas não as duas mãos, entendeu o óbvio: parte dos ingressos dos pobres, que realmente não poderiam comprar os acessos mais caros,  vai parar nas mãos de estudantes e idosos em condições de arcar com o custo de sua diversão.

ESSE É O SOCIALISMO DO PT: TIRAR DOS POBRES PARA DAR PARA OS RICOS.

Eu sou contra essa prática. Mas, vocês sabem, sou apenas um “reacionário”, um “direitista”, um “conservador”.

E os outros 50%?
E os outros 50% dos ingressos? Ah, o “socialista” propõe o corte de renda, segundo os critérios do Bolsa Família, sem esquecer os deficientes e os índios… Talvez a notícia esteja incompleta e outras “minorias organizadas” também sejam contempladas. Critério do Bolsa Família, é? No site da Caixa Econômica Federal, explica-se quem tem direito ao benefício básico, ao variável e ao variável para jovem, a saber:
“O benefício básico é concedido às famílias em situação de extrema pobreza. O valor deste benefício é de R$ 70,00 mensais, independentemente da composição e do número de membros do grupo familiar. Já o variável é concedido no valor mínimo de R$ 32,00 e beneficia famílias pobres e extremamente pobres que tenham, sob sua responsabilidade, crianças e adolescentes na faixa de 0 a 15 anos, até o teto de 3 benefícios por família, ou seja, R$ 96,00. O benefício variável para jovem é concedido às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, que possuam, em sua composição familiar, adolescentes de 16 e 17 anos matriculados na escola. Cada benefício concedido tem o valor de R$ 38,00, podendo ser acumulados até dois benefícios por família, no total de R$ 76,00.”

Então acompanhem os caminhos por onde este “reacionário” desmonta a vigarice antipovo e antipobre desses progressistas. Vejam a que parcela do benefício corresponde um ingresso de R$ 50. Há mais de 11 milhões de famílias no programa. Sobraram 150 mil ingressos para os pobrezinhos (que terão de dividi-los com índios, deficientes, sei lá quem…).

No que concerne à Copa do Mundo, pois,  ser muuuito pobre pode ser um diferencial, um ativo, entendem? Há uma chance — remota, é verdade — de que o miserável do Bolsa Família consiga uma entrada, mas há…

Ferrado mesmo, coitado!, é aquele muito pobre, mas não miserável. Digamos que a família tenha uma renda per capita de R$ 200 por mês, R$ 300. Está fora do Bolsa Família. É estudante? Não é! É idoso? Não é! É deficiente? Não é! É índio? Não é! Pertence a alguma das “minorias” tornadas influentes na luta política? Não! Digamos que seja só, como costumo brincar (e lá vão os vagabundos não entender uma ironia, como de hábito), um “pobre, branco, heterossexual e sem-ONG”…

Ele que vá plantar batatas! O PT tem tempo para cuidar dos interesses dos muito ricos. E como cuida!!! O PT tem tempo para dar alguns benefícios aos miseráveis. O PT até tem algum tempo para se dedicar às “minorias” tornadas influentes. O PT só não tem tempo mesmo é de cuidar de pobre sem pedigree.

Como vocês sabem, eu escrevo isso porque sou um “reacionário”…

Progressista, no Brasil, é aplaudir o esbulho legal praticado por uma entidade internacional privada, com o auxílio dos nossos “socialistas”, que vão roubar os ingressos dos pobres para dar aos ricos!

Se o Ministério Público tiver vergonha na cara, esse troço não prospera!

Abaixo Reinaldo Azevedo!
Viva a Copa do Mundo antipobre do PT!

Por Reinaldo Azevedo

PSDB quer que Gilberto Carvalho se explique à Câmara

Por Gabriel Castro, na VEJA Online:
O PSDB pediu nesta terça-feira a convocação do secretário-geral da Presidência, o ministro Gilberto Carvalho, para falar à Câmara dos Deputados sobre o escândalo de corrupção no Ministério do Trabalho. A mais recente edição de VEJA traz o depoimento do sindicalista Irmar Batista, vítima de extorsão dentro da pasta. Depois que subordinados de Carlos Lupi pediram 1 milhão de reais para regularizar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp), Irmar enviou correspondências à presidente Dilma Rousseff e a Gilberto Carvalho, mas nada foi feito.

O requerimento foi apresentado à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e só tem chances de ser aprovado se a base aliada aceitar a ida de Carvalho à Casa. “Diante da gravidade dos fatos, da omissão da Presidência da República e da informação de que o Ministro Gilberto Carvalho teria sido previamente alertado sobre as denúncias, urge convocar o referido ministro para que preste esclarecimento sobre as denúncias acima referidas”, argumentam os tucanos no pedido.

Também nesta terça-feira, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira, apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um complemento a uma representação contra Lupi e outras duas pessoas: o coordenador-geral de Qualificação do Trabalho, Anderson Alexandre dos Santos, e o ex-chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella.

Os tucanos já havia apresentado à PGR um pedido semelhante quando VEJA mostrou as primeiras revelações sobre o esquema de cobrança de propina dentro do ministério: “É preciso considerar que não se trata de um fato isolado”, afirma diz Duarte Nogueira na nova representação. “Tem-se situação em muitos aspectos semelhante àquela que motivou o oferecimento de representação anterior, contra os mesmos funcionários”.

Por Reinaldo Azevedo

29/11/2011

 às 21:18

A Justiça, a volta do presidente do Metrô e o estado de direito

Então… A Justiça suspendeu nesta terça a decisão da juíza Simone Casoretti, da 9.ª Vara da Fazenda Pública, que havia afastado do cargo o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda. Segundo o Ministério Público, ele teria participado de um conluio entre as empresas para fraudar a concorrência. O modelo de licitação adotado teria causado um prejuízo de R$ 327 milhões aos cofres públicos. A petralhada urrava de prazer: “Não somos só nós!” E me desafiava: “E aí?” E aí o quê? Escrevi (aqui e aqui) por que achava despropositada a suspensão da obra, que não foi concedida pela Justiça, e o afastamento de Avelleda. Como costumo dizer, decisão de Justiça se cumpre, mas se discute, sim! Por que não? Tanto é assim que certamente haverá quem não concorde com a de agora.

Se esperam que vá dizer “sim” àquilo de que discordo para provar à petralhada que sou “isento”, vão morrer ao relento. Pois bem: o relator do caso, desembargador Márcio Franklin Nogueira, não entrou no mérito do caso, mas exercitou um princípio do estado de direito: “não há dúvida que são fortes os indícios de fraude no procedimento licitatório. Porém, com o devido respeito à culta magistrada de primeiro grau, são necessários mais que indícios para providência de tamanha gravidade como o afastamento do Presidente de companhia como a do Metrô”.

Segundo Nogueira, a manutenção de Avelleda no cargo não trará nenhum prejuízo ao interesse público: “Não vislumbro qualquer possibilidade de o réu, valendo-se do exercício da presidência, prejudicar a colheita de provas ou o andamento do feito, por se tratar de ação civil pública já ajuizada. Mesmo porque, se isso vier a ocorrer, comprovadamente, seu afastamento poderá ser novamente determinado”.

Claro que existe impunidade no Brasil! E ela precisa chegar ao fim, mas dentro dos moldes do estado de direito, não fora dele.

Por Reinaldo Azevedo

PSDB sobe o tom

O PSDB começou a exibir há pouco, em rede nacional de TV, um vídeo de 38 segundos que dá uma ideia de como o partido irá coordenar o discurso de enfrentamento à corrupção no governo.

Depois de verificar que as críticas aos “malfeitos” no governo de Dilma Rousseff repercutiram bem na opinião pública, o partido resolveu engrossar o tom para marcar posição. Serão dez inserções nesta noite, entre 19h30 e 22h.

No vídeo, o PSDB lembra propaganda contra a corrupção divulgada há nove anos pelo PT e ironiza o slogan “se o Brasil não acabar com a corrupção, a corrupção vai acabar com o Brasil”:

– O que era apenas uma propaganda do PT virou uma realidade do governo.

Por Lauro Jardim
Da coluna Direto ao Ponto, de Augusto Nunes:

O vídeo prova que Dilma Rousseff fica infeliz quando o governo perde um corrupto

O guerrilheiro aposentado José Dirceu não sabe distinguir o pente de uma Mauser de um pente Flamengo, e acha que o cão do Colt 45 é uma raça de cachorro. Mas faz quase 50 anos que atira na verdade sem jamais errar o alvo. Vê pecadores em quem não tem culpa no cartório, absolve liminarmente bandidos de nascença, solta rajadas de mentiras com a rapidez de um fuzileiro naval americano, Foi o que fez neste fim de semana, na entrevista ao jornal espanhol El País.

Manejando o trabuco imaginário em defesa dos seis ministros que perderam o emprego por envolvimento em bandalheiras, o trapalhão vocacional acabou disparando uma verdade de grosso calibre: “Dilma se viu obrigada, contra sua vontade, a prescindir de seus ministros”, constatou. Todo 171 sabe reconhecer um colega de ofício. Uma faxineira de araque não engana um guerrilheiro de festim. Uma dilma tem tanto apreço por códigos éticos quanto um dirceu.

O discurso de posse da presidente somou 3.612 palavras. As mais citadas foram “brasileiras” e “brasileiros” (17 vezes). “Corrupção” ficou numa só menção. O falatório durou 40 minutos. Dilma precisou de 11 segundos e 21 palavras para liquidar a questão da roubalheira desavergonhada: “Serei rígida na defesa do interesse público. Não haverá compromisso com o desvio e o malfeito. A corrupção será combatida permanentemente”. Passados 11 meses, teve seis chances para mostrar ao país que fora sincera. Desperdiçou-as todas.

O vídeo de 3min25 editado pela repórter Fernanda Nascimento, do site de VEJA, é um documento tão penoso quando revelador. Curto e contundente, começa e termina com o trecho do discurso de posse em que o combate à corrupção apareceu pela primeira e última vez num palavrório presidencial. A fantasia recitada em 11 segundos é destroçada por cenas que registram as despedidas de Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais e Orlando Silva. A sexta chance atirada ao lixo continua homiziada no Ministério do Trabalho.

Como admite Dirceu e comprova o vídeo, Dilma não demitiu ninguém. Apenas aceitou o pedido de demissão que os pecadores redigiram depois de perdida a derradeira esperança de salvação. Se pudesse, manteria por perto todos os parceiros que afrontaram o Brasil decente com o espetáculo da bandalheira impune. No Palácio do Planalto, corrupção deixou de ser crime. É garantia do que os donos do poder chamam de “governabilidade”. É esse o novo nome da velha bandidagem sem perigo de cadeia.

(por Augusto Nunes)

30/11/2011

 às 7:01

Esquerdopatia, a psicopatia da política. Ou: Primeiro eles tentam desumanizá-lo para, então, matá-lo. Foi assim que eliminaram mais de 100 milhões no século passado

Por que os psicopatas são capazes dos piores horrores sem sentir remorso? Faltam-lhes mecanismos, e os motivos ainda não estão muito claros, que lhes permitam fazer um exercício simples, comezinho, a que nos dedicamos várias vezes ao longo do dia: colocamo-nos no lugar do outro. É o senso de proporção e de justiça que nos empurra para isso. Aliás, dessa prática nasce uma das boas recomendações da ética aplicada: ao praticar uma determinada ação, especule se ela poderia ser generalizada — vale dizer: se todos agissem como você age, o mundo seria melhor ou pior, um lugar mais agradável ou menos? O psicopata não reconhece a humanidade do outro; não se comove com o seu sofrimento. Ao contrário até: a dor alheia excita a sua imaginação. Estudos comprovam que o psicopata acredita que as vítimas são as verdadeiras culpadas pelo mal que ele lhes fez. Na sua imaginação delirante, elas queriam ser molestadas.

Existe na política o correlato da psicopatia, manifestado, no caso, não como uma doença mental, do indivíduo, mas como uma moléstia coletiva, ideológica. Há tempos emprego a palavra “esquerdopata” (já usado por blogueiros portugueses, o que muito me honra; atravessamos o mar, depois de a palavra “petralha” ter ido parar no dicionário!) para definir certo tipo de comportamento. Alguém tocado pela esquerdopatia está sempre justificando os malfeitos daqueles da sua turma. Até aí, dirá alguém, assim fazem todos. Mas isso ainda não o define: além da justificativa, há a tentativa de nos convencer de que o crime atende aos anseios dos “oprimidos” e tem uma função libertadora. A exemplo do psicopata, seu padrão moral é elástico o bastante para justificar qualquer coisa, desde que concorra para atingir seus objetivos ou os do grupo.

Mas a caracterização ainda está incompleta: também o esquerdopata precisa desumanizar o adversário, transformá-lo num portador de todos os horrores: pode, assim, eliminá-lo sem constrangimento, acusando-o de ser o verdadeiro responsável pelo mal que o atinge. Isso explica por que os esquerdistas, no século 20, mataram tanto e de forma tão contumaz! No seu delírio, aqueles muitos milhões morreram porque estavam criando entraves para o avanço da história. Se a libertação dos homens de seus algozes custa mais de 100 milhões de vidas, fazer o quê?

Denunciei ontem aqui, como viram, uma página criada no Facebook com o fito único de me atacar. Pior do que isso: há ali o incentivo claro, inequívoco, à violência, à agressão física, ao linchamento — não apenas o moral. Esta é uma novidade do Brasil do lulo-petismo: a organização de falanges, de milícias, com o objetivo de calar aqueles de quem discordam. A origem desse movimento está em algumas penas de aluguel, que recebem dinheiro do governo ou de estatais para manter no ar blogs e sites que têm o fito exclusivo de difamar aqueles que são considerados “adversários do regime”. Há casos até de notórios inimigos figadais que se tornaram aliados íntimos porque descobriram que uma mesma paixão os une: a pistolagem a mando. Estes, ao menos, sabem por que fazem o trabalho sujo: dinheiro! Papel triste, patético mesmo!, desempenham os idiotas que trabalham, sem saber, de graça para os pançudos. Nota à margem: fui, aos 16, tratado como “inimigo do regime”, durante a ditadura. Aos 50, sou tratado como inimigo do “regime petista”. Fui menos esperto do que alguns: eram amigos antes; continuam amigos agora.

Não, senhores! Não havia gente dessa espécie no governo FHC. Esse trabalho de ataque sistemático, organizado, a alguns nomes da imprensa nasce do esforço frustrado do PT — a turma de José Dirceu e companhia — de criar mecanismos para censurar a imprensa. Como malograram no seu intento, então recorrem aos matadores de aluguel.

Eu sou um dos alvos e não vou aqui tirar onda de ingênuo. Sei muito bem por que me atacam. Não gostam das minhas opiniões. Até aí, bem! O QUE ACHO FABULOSO É QUE NÃO GOSTEM SOBRETUDO DAS OPINIÕES QUE JAMAIS EMITI. Defendem, abertamente, que eu seja empalado, espancado, agredido, hostilizado… Alguns traços de civilidade subsistem em sua formação. Sabem que isso não é coisa de gente de bem. Então precisam encontrar um culpado para seus crimes. E eles não hesitam: o culpado sou eu, a vítima.

Na tal página asquerosa, acusam-me, vejam que fabuloso, de “racista”. Mas não peçam a esses delinqüentes morais que dêem um só exemplo do meu racismo, porque eles não conseguirão. Ao contrário: eu sou o criador da expressão“racismo de segundo grau”, desvio que consegue ser ainda mais desprezível do que aquilo que se entende habitualmente como preconceito. Se há os cretinos que acreditam que um negro está impedido de aprender isso ou aquilo porque negro, há os que acham, julgando-se muito progressistas, que os negros estão condenados a determinados conteúdos ou talentos naturais porque negros. Esse é o texto em que denuncio — eu mesmo!!! —  o “Machado de Assis branco” da propaganda da Caixa Econômica Federal. Propaganda que foi refeita!

Eu sou, isto sim, contra cotas raciais — e chamar isso de racismo é coisa de pilantras, de vagabundos. Até porque há muitos negros que também são! Eu sou contra, isto sim, a que ONGs subam os morros do Rio ou cheguem à periferia das grandes cidades para ensinar meninos pretos e pobres a bater lata, a fazer rap e a dançar funk. Por que eles não podem aprender Machado de Assis — o próprio — morando na periferia, como aprendi? Aos 14, eu lia Machado numa casa de dois cômodos. Aos 18, eu me libertava da pobreza dando aula sobre Machado.

Eu tenho é um profundo desprezo por esses cretinos que acreditam que a carência é um parque de diversões para que exercitem a sua má “boa-consciência”, é uma variante antropológica, uma cultura de outro planeta. A pobreza, seus delinqüentes morais, é apenas algo que precisa acabar. Parem de fazer subliteratura com a miséria alheia, seus nojentos!

Por que não exemplificam com um texto, uma entrevista, um livro: “Aqui está a prova do racismo”?! Não o farão porque não existe! Ao contrário! Racistas e antipobres são eles! Querem que eu exercite a sua mesma suposta piedade babona e vagabunda! Sim, eu sou contra cotas. Entendo que são, inclusive, inconstitucionais! Eu quero é uma escola pública de qualidade, como a que cheguei a ter, para que os pobres, pretos ou brancos, possam também competir. Acusam-me de “racista” porque, assim, podem se entregar ao linchamento e ainda se desculpar: “Ele é culpado pelas agressões que praticamos”.

“Ah, mas Reinaldo é homofóbico”. Sou? Cadê o texto, a entrevista, a declaração, o que seja, que o evidencie? Esses idiotas repetem o que lêem nas páginas de gente que é paga pra me atacar — e a outros jornalistas que não rezam segundo a cartilha oficial — sem nem se preocupar em saber se há alguma base de verdade no que propagam. Já escrevi aqui mais de uma vez, o que me rendeu críticas de alguns leitores que costumam gostar do que escrevo, que não me oponho à união dos gays, nem mesmo à adoção de crianças. Literalmente: “Note-se: crianças abandonadas, no Brasil, são um verdadeiro flagelo social. Os orfanatos estão cheios. Parece que as famílias tradicionais não têm acorrido em seu socorro em número suficiente. Não posso crer que seja um ato de amor impedir que dois homens ou duas mulheres - dotados das devidas condições psicológicas, morais e financeiras - as adotem. Nesse caso, essa é minha escolha moral. E não me parece generoso, ademais, que uma pessoa impedida de escolher a sua sexualidade também seja impedida de ser feliz ao lado de quem ama.”

Isso é o que eu penso. E há o que os canalhas dizem que eu penso. Eu sou, sim, contrário é à tal lei que criminaliza a homofobia porque já demonstrei aqui, mais de uma vez, que se trata, antes de mais nada, de censura. Fiz, sim, picadinho da tal PL 122, que é uma coleção de absurdos, que impunha, inclusive, na sua forma original, discriminação religiosa. E critiquei também o encaminhamento que o STF deu à “união estável”, ignorando o que diz a Constituição, que afirma explicitamente que ela se realiza ente “homem e mulher”. O Supremo decidiu contra a letra da Carta. Não é assim porque eu quero; é porque é. Homem tem pingolim; mulher tem borboletinha, ainda que seja um pingolim que goste de outro pingolim, e uma borboletinha que aprecie a outra. Mas seguem sendo “homem” e “mulher”. O que sustentei, e sustento, é que uma corte suprema age de modo temerário quando decide contra a letra da Constituição: o mal que potencialmente faz é superior ao bem que pretende fazer. Homofóbico é quem acha que uma autoridade é gravemente ofendida se associada à homossexualidade. Eu só acho isso uma bobagem. O que as pessoas fazem entre quatro paredes, não envolvendo crianças e não sendo forçado, não é da minha conta. Eu debato é legislação e cultura democrática.

“Ah, mas Reinaldo é contra o aborto”. Sou! “É contra a descriminação das drogas”. Sou! “É contra a invasão de propriedade privada”. Sou (eu e a família Safatle, diga-se!). “É a favor da internação compulsória de drogados que moram nas ruas”. Sou! “É a favor do novo Código Florestal”. Sou! “É a favor de bandido dentro da cadeia”. Sou!

E produzi quilômetros de textos tratando de cada um desses assuntos. Tenho, sim, muitos milhares de leitores: gente que gosta de debater, de argumentar, de contra-argumentar e que, à diferença do que dizem por aí, nem sempre concorda comigo. A questão que resta sem resposta é esta: por que eu não poderia defender cada um desses pontos de vista?

Não, senhores! O que os esquerdopatas pretendem é agir à moda dos psicopatas: desumanizando-me, caracterizando-me como um ogro, podem, então, exercer à vontade a sua pistolagem. Um sujeito chamado “Renato” tentou explicar o comportamento dos linchadores: “Se você fosse imparcial em suas matérias, como todo bom jornalista deveria ser, provavelmente não teríamos comentários tão absurdos como os citados por você. Lembre-se que a pessoa só colhe aquilo que planta.” Viram só? “Ser imparcial”, para ele, é certamente concordar com o que ele pensa. Ele reconhece os tais comentários como “absurdos”, mas acha que a culpa é minha. Na Alemanha dos anos 30, teria dito aos judeus: “Se vocês fossem mais discretos; se vocês cobrassem juros menores; se vocês não se metessem em conspirações…”. Em suma, ele usaria contra as vítimas todas as acusações de seus algozes para poder lavar as mãos, não sem antes dizer: “Quero deixar claro que não concordo com a perseguição, mas…” Acreditem: um colunista de um grande jornal já escreveu o mesmo…

Já uma tal “Marina” é mais direta: “Sou contra qualquer violência, mas vc, Reinaldo, bem que poderia morrer de câncer nas mãos ou na língua. Seus artigos são, sim, tendenciosos. É um arrogante. Come merda e rota (sic) caviar.” Marina é contra a “violência”, mas a favor do câncer, castigo que, parece, tem, na sua imaginação, algo de divino. Talvez acredite que os cânceres de Dilma  e Lula tenham nascido da praga de algum antipetista…

Estamos diante de um padrão moral! O espírito que anima aquela página, reitero, matou mais de 100 milhões de pessoas no século passado. Vivemos dias um tanto bárbaros. O rapaz que administra aquele lixo tenta se justificar: “A questão não é ter coragem para criar um blog, e sim dizer algo suficientemente plausível. Tudo o que Reinaldo faz é denegrir as pessoas que pensam diferente dele.”Entenderam? Ser “plausível”, claro!, é concordar com ele, que me acusa, entre outras coisas, de “racista”. Ele, que se considera certamente um anti-racista, emprega, não obstante, a palavra “denegrir” como sinônimo de “desqualificar”.

Merecíamos coisa melhor até para nos atacar, não?

Por Reinaldo Azevedo

30/11/2011

 às 6:55

Criada outra página no Facebook, a do bem!

Hesitei um tanto em publicar este post porque fica parecendo cabotinismo, mas o fato é que não há razão para omitir a informação, convence-me Dona Reinalda. Depois do post em que denunciei aquelas barbaridades no Facebook, o leitor Guilherme Macalossi criou a página Apoiamos Reinaldo Azevedo. Está lá, cheia de gente.

Aquele tal rapaz diz que não “agüenta mais” ler o que escrevo… Coitado! Vocês certamente vêm aqui porque isso lhes faz bem. Imaginem o que é ser viciado em algo que só lhe causa desprazer! E há, claro!, a questão psicanalítica: como ele tem medo de concordar comigo, então convoca os falanges do ódio para tentar destruir o objeto secreto de sua admiração. Sabiam que essa é, segundo diversos estudos, a psique de um terrorista? Que ele fique só no Facebook!

Quanto a vocês, escrever o quê? São mesmo do balacobaco!. Obrigado pelas manifestações de carinho, de apreço, de afeto mesmo! Há mais um motivo para dizer tudo o que penso: homenageá-los!

Por Reinaldo Azevedo

29/11/2011

 às 22:03

“Irã enfrentará sérias conseqüências pelos ataques”

Na VEJA Online:

Os ataques contra prédios do complexo da embaixada britânica na capital iraniana, realizados por estudantes islâmicos insatisfeitos com as sanções de Londres por causa do programa nuclear iraniano, abalaram ainda mais as relações entre Teerã e Londres. O secretário britânico de Relações Exteriores, William Hague, alertou, na noite desta terça-feira, que o Irã enfrentará sérias conseqüências pela atitude, que colocou em risco a segurança de seus funcionários e causou grandes prejuízos às propriedades do governo. A Grã-Bretanha considerou o governo iraniano responsável pela “gravíssima falha” de segurança que permitiu o ataque.

O Conselho de Segurança da ONU também condenou os ataques e exigiu que as autoridades iranianas protegessem os diplomatas. “Os integrantes do Conselho de Segurança condenaram nos termos mais fortes os ataques contra a embaixada da Grã-Bretanha em Teerã, no Irã, que resultaram em invasões das instalações diplomática e consular, causando sérios danos”, afirmou o embaixador de Portugal na Organização das Nações Unidas, José Filipe Moraes Cabral. O comunicado, sem força de cumprimento obrigatório, foi aprovado por unanimidade pelos 15 integrantes do Conselho, incluindo Rússia e China.

O Ministério de Relações Exteriores da Grã-Bretanha recomendou que os cidadãos de seu país evitem as viagens não essenciais ao Irã e pediu ao pequeno número de britânicos que se encontram ali que permaneça em suas casas. Os jovens manifestantes içaram a bandeira iraniana no mastro do edifício britânico, queimaram a insígnia da Grã-Bretanha e entraram nas dependências, onde saquearam documentos e destruíram um retrato da rainha Elizabeth II. O cenário lembrou uma outra invasão, em 1980 - daquela vez da embaixada americana, que envolveu uma longa negociação pela liberdade dos reféns.

Polícia
A polícia esvaziou a embaixada britânica em Teerã e suas imediações depois dos três ataques de estudantes islâmicos que protestavam pelas novas sanções impostas por Londres ao Irã. Além de serem expulsos de dois edifícios do principal complexo diplomático, os manifestantes também foram forçados a deixar um outro prédio pertencente ao governo britânico no norte da capital, segundo a agência estudantil Isna. De acordo com a imprensa local, a situação se normalizou por volta das 20h15 do horário local (14h45 de Brasília), quando as forças de segurança deram um ultimato aos estudantes.

A agência local Mehr declarou que a polícia utilizou gás lacrimogêneo e outros materiais antidistúrbios contra os manifestantes concentrados na zona da residência do embaixador e da embaixada britânicas. Os estudantes, por sua vez, disseram à agência que tiraram “documentos muito importantes” da embaixada britânica e que os transferiram para um “lugar seguro”. Os ocupantes asseguravam que só sairiam do local por ordem do líder supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei. De acordo com algumas agências, os estudantes teriam mantido retidos durante a tarde seis funcionários da embaixada britânica não identificados, que teriam sido libertados pela polícia e entregues a um representante da Grã-Bretanha. Mas a informação é negada pelo governo britânico.

Episódio
Os ataques ocorreram um dia depois de o Irã aprovar legislação que diminui as relações diplomáticas com o governo britânico, em retaliação ao recente boicote às instituições financeiras e empresas iranianas adotado por Londres e Washington para pressionar o país islâmico a interromper seu programa nuclear, altamente suspeito de desenvolver armas atômicas segundo relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Em resposta, o governo britânico condenou o protesto, a que chamou de ‘inaceitável’, e pediu ao Executivo iraniano que defenda seus diplomatas em serviço no país.

O Ministério de Relações Exteriores do Irã, de acordo com a Mehr, manifestou em comunicado que lamenta o “comportamento inaceitável” de alguns manifestantes nas instalações diplomáticas britânicas. A nota afirmou que os fatos aconteceram “apesar dos esforços da polícia” e do reforço das medidas de proteção da Embaixada. Também pede que sejam adotadas as medidas necessárias para acabar com o problema “de forma urgente”. O documento ressaltou o respeito do Ministério de Relações Exteriores do Irã pela legislação internacional e pela imunidade do pessoal e dos recintos diplomáticos.

Por Reinaldo Azevedo

29/11/2011

 às 21:42

Então… Vocês devem se lembrar de todas aquelas “injustiças” cometidas por VEJA, não é? Pois é… Leiam isto:

CGU aponta falhas graves na Agricultura e Conab

Por André de Souza, no Globo:
Mais de três meses depois da queda do ministro Wagner Rossi, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu nesta terça-feira auditorias para apurar denúncias de irregularidades no Ministério da Agricultura e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entre as irregularidades encontradas estão falhas no processo licitatório, sobrepreço e problemas gerenciais. A auditoria, instaurada em 2 de agosto deste ano, incluiu as várias notícias veiculadas na imprensa nas semanas que precederam a queda d e Rossi, em 17 de agosto.

A lista de irregularidades é tamanha que algumas delas chegam a apontar situações curiosas. É o caso da aquisição excessiva e sem necessidade de impressoras e scanners pelo ministério em 2010, havendo inclusive um grande número de máquinas ainda estocadas. Mas, se sobram impressoras, cartuchos de impressão deixaram de ser entregues, e ainda assim o ministério foi moroso para penalizar a empresa responsável.

A CGU diz, no entanto, que a apuração contou como o apoio de Rossi e do seu substituto no comando da pasta, Mendes Ribeiro. Em comunicado à imprensa, a CGU diz que foi o ex-ministro quem solicitou a apuração dos fatos e que o atual colaborou “para o pleno acesso da equipe de auditores a toda documentação, processos e arquivos necessários do Ministério e da Conab”.

A CGU também informou que, ainda nesta terça, encaminha os relatórios da auditoria para os órgãos competentes - Ministério da Agricultura, Conab, Casa Civil da Presidência, Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União (AGU),Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF) - que tomarão as devidas providências. A CGU recomenda ainda que o Ministério da Agricultura instaure procedimento administrativo para apurar responsabilidades individuais pelas irregularidades apontadas na auditoria.

Empresas pagavam menos do que deviam aos agricultores
A CGU concluiu que houve pré-definição da contratação da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP, pelo ministério. Foi constatada montagem processual e pesquisa de preço viciada. Segundo a CGU, a contratação, feita sem licitação, resultou em preços superiores aos de mercado e no pagamento por serviços de consultoria desnecessários e sem execução comprovada, causando um prejuízo de cerca de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos.

A Controladoria-Geral da União recomenda que o ministério suspenda os cursos de capacitação ainda vigentes prestados pela Fundasp. Também pede a devolução de valor relativo a serviços desnecessários de consultoria.

A CGU, no entanto, não foi capaz de comprovar se a contratação foi fruto da ação de um lobista, embora tenha ficado claro que ele é o proprietário de uma empresa que presta serviços à PUC-SP e que sua filha trabalha em uma empresa terceirizada com contrato com o ministério.

Na Conab, a CGU confirmou a denúncia de que a empresa Commerce Comércio de Grãos Ltda está em nome de laranjas e tem sede de fachada, em Jataí, no interior de Goiás. A empresa recebeu cerca de R$ 6,5 milhões em 2011 e outros R$ 916 mil em 2010 da Conab. Ao todo, as três empresas dos verdadeiros proprietários receberam mais de R$ 16,6 milhões dos cofres públicos para adquirir milho em grãos de produtores rurais. Nesse processo, diz a CGU, as empresas pagavam aos produtores menos do que o preço mínimo fixado pelo governo, num prejuízo superior a R$ 1,1 milhão.

A CGU contatou que essa prática é disseminada nas operações de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), mas que a Conab não toma providências efetivas. Só em 2010, isso causou um prejuízo de pelo menos R$ 20,5 milhões aos cofres públicos, podendo chegar à cifra de R$ 228 milhões. A CGU recomenda que a Conab busque o ressarcimento dos valores pagos indevidamente às empresas.

A CGU também constatou que a venda de um terreno da Conab localizada em área valorizada de Brasília foi feita de forma “prematura e sem as devidas cautelas de preservação e valorização do ativo imobilizado da Companhia, causando-lhe prejuízo”. Assim, a recomendação é de que os processos para alienação de imóveis sejam suspensos.

A Conab apresentou outros problemas gerenciais no programa Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e no escoamento de estoque (pagamento de frete). Também foram detectadas irregularidades na contratação de serviços de mão-de-obra braçal e na área jurídica da companhia. A CGU concluiu que a defesa da Conab é deficiente, “tanto por parte dos escritórios terceirizados contratados, como da parte da Procuradoria e das áreas administrativas que dão suporte à defesa da Companhia em juízo”.
(…)

Por Reinaldo Azevedo
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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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