Novembro é mês de vacinação contra febre aftosa

Publicado em 16/10/2012 15:25
Todo o rebanho de bovinos e bubalinos deve ser vacinado no período de 1º a 30 de novembro.
Começa no mês de novembro a segunda etapa da vacinação de Febre Aftosa no estado do Paraná. Os pecuaristas devem vacinar todo o rebanho de bovinos e bubalinos durante o período de 1º a 30 de novembro.  A primeira etapa da campanha foi realizada em maio e o índice de vacinação em Guarapuava foi de 97%.
            
A médica veterinária da Secretaria do Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Márcia Maria Zago destaca que a vacinação é obrigatória e o produtor que não comprovar fica sujeito a penalidades e multas. “O produtor precisa vacinar 100% do rebanho, recém-nascidos, bovinos e bubalinos”.
            
A ação é uma estratégia da Seab para que os animais com até 24 meses sejam vacinados duas vezes ao ano e os acima de 24 meses, apenas uma vez. Durante este período, os agropecuaristas devem se dirigir a casas veterinárias e adquirir a vacina contra febre aftosa.
            
Márcia alerta sobre os cuidados na hora da vacinação. “Para que a vacina tenha uma boa resposta é necessário ter cuidados com o manejo, por exemplo, manter em uma caixa isotérmica, refrigerada, também é importante fazer a esterilização do material de aplicação, como as pistolas e agulhas”, recomenda.
            
Além disso, a veterinária lembra também da importância do bem estar animal durante a aplicação. “Não se deve desprezar as condições e o local onde vai ser aplicada a vacina, de preferência vacinar nos horários mais frescos e que os animais estejam descansados. Qualquer dúvida que o produtor tiver pode entrar em contato com a Seab e a Adapar”.
            
Para auxiliar no trabalho de conscientização e apoio à campanha de vacinação da aftosa, Márcia destaca o papel dos Conselhos Municipais de Sanidade Animal (CSA´s). “O objetivo principal no Conselho na campanha é a conscientização e disseminação de informações sobre a doença. Assim ele colabora para que o produtor mude de atitude, e realmente tenha práticas que ajudem a combater e controlar a enfermidade. Assim, o Conselho é um parceiro e nos auxilia a disseminar sobre a importância de vacinar e declarar corretamente”, opina.
            
Em 2012, com a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) a campanha tem intenção de ser ainda mais forte, mas segundo Márcia os procedimentos não mudam. “Todo serviço que vinha sendo feito pelo Defis passou a ser Adapar, mas só mudou o nome. A intenção agora é aperfeiçoar esse órgão”.
            
Segundo a supervisora da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), Ana Lúcia Menon a conscientização dos produtores pode representar um avanço sanitário no estado do Paraná para que se almeje alcançar mais mercado para a carne paranaense no exterior.  “A expectativa nossa é sempre que se vacine 100% do rebanho para que não haja riscos. Os produtores devem estar atentos no período da campanha para que possamos atingir essa meta e sermos um Estado livre de aftosa sem precisar de vacinação”, comenta.
 
Recadastramento e GTA
 
Novembro também é o momento do produtor atualizar seus dados com a Seab sobre todo rebanho existente, explica Márcia. “É necessário recadastrar também outras espécies como suínos, caprinos, ovinos entre outros, conforme as informações solicitadas no comprovante de vacinação. E também se alguma propriedade não estiver regularizada, é o momento do produtor atualizar seu cadastro”.
            
A Seab informa que durante a campanha de vacinação, a Guia de Trânsito Animal (GTA) fica condicionada ao comprovante de vacinação.  Assim, a movimentação e  transporte de animais só é autorizada depois da vacinação e quando o cadastro estiver em dia, e assim aguardar o prazo previsto para movimentação.
 
Febre Aftosa

A doença é uma das mais contagiosas que atingem os bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos e é transmitida por meio de vírus.  Os sintomas são muita febre, feridas na boca e nos cascos, perda de peso e queda na produção leiteira. A transmissão por animais doentes ocorre por meio de secreções na urina, saliva, urina, leite, por exemplo. A existência da doença pode causar forte impacto econômico e restrições de mercado. Nesse sentido, é importante que os produtores se conscientizem da importância da vacinação neste período.

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Fonte: Sindicato Rural de Guarapuava

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