Governo de Minas prorroga prazo para vacinação contra aftosa

Publicado em 07/11/2012 13:45
Serão beneficiados os municípios do semiárido em estado de emergência.
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) informa que foi prorrogada a vacinação dos bovinos contra a febre aftosa nos municípios localizados nas regiões do semiárido e que se encontram em estado de emergência por causa da longa estiagem. De acordo com o secretário Elmiro Nascimento, a medida faz parte das ações para convivência com a seca desenvolvidas pelo governo do Estado, e neste caso atende à solicitação dos pecuaristas, que alegam grandes dificuldades de manejo dos animais para receber a vacina.
 
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Seapa e responsável pela sanidade animal e vegetal no Estado, dividiu duas macrorregiões de Minas que seguirão as seguintes datas para a realização da 2ª etapa de vacinação contra Febre Aftosa (Novembro/2012). A primeira microrregião é constituída das seguintes coordenadorias do IMA: Bambuí, Belo Horizonte, Curvelo, Guanhães, Juiz de Fora, Oliveira, Passos, Patos de Minas, Patrocínio, Pouso Alegre, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Viçosa. Terão tolerância até o dia 17/12/2012 para que criadores comprem a vacina, imunizem seus bovinos e bubalinos até 24 meses de idade e declarem a vacinação nos Escritórios Seccionais do IMA.
 
Já Almenara, Governador Valadares, Janaúba, Montes Claros, Teófilo Otoni e Unaí, na segunda microrregião, terão tolerância até o dia 31/12/2012 para que criadores comprem a vacina, imunizem seus bovinos e bubalinos até 24 meses de idade e declarem a vacinação nos Escritórios Seccionais do IMA.
 
O secretário diz que um dos casos mais preocupantes no grupo dos municípios atendidos pela prorrogação do prazo de vacinação é Araçuaí, localizado no Baixo Jequitinhonha. O município e cidades vizinhas, como  Coronel Murta, Virgem da Lapa, Berilo, Itinga, José Gonçalves de Minas e Jenipapo de Minas tiveram neste ano um registro mínimo de chuva, segundo relatório da Emater-MG,também vinculada à Secretaria da Agricultura.
 
“Nesses locais, a aplicação da vacina, no momento, pode ocasionar maior número de morte de animais do que já vem ocorrendo devido à dificuldade de manejo dos bovinos para a vacinação”, enfatiza Nascimento.   
 
O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, também destaca as consequências da falta de chuvas no período de vacinação. Ele cita a falta de pastagem e água nessas regiões, levando o rebanho a ficar mais fraco. “Por isso, não é indicado vacinar os animais nessas condições, já que isso influencia no resultado da vacinação. Ao vacinar um animal debilitado, a resposta imunitária não é tão eficaz, além dos prejuízos de mortalidade no momento de reunir o rebanho. Com o início das chuvas, os pastos e animais estarão em melhores condições. Porém, para as propriedades que não se encontram nessa situação, a vacinação deverá ser realizada em novembro, data oficial da segunda etapa da campanha”, informa.
Meta será mantida

Para o secretário da Agricultura, a prorrogação da vacinação deverá possibilitar o cumprimento da meta estabelecida pelo governo do Estado para a segunda etapa da campanha contra a aftosa, que iria de 1º a 30 de novembro. “O índice previsto é superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, que foi de 98,28% do rebanho. A expectativa do governo de Minas, ao conceder o novo prazo, é garantir a imunização de aproximadamente 9,5 milhões de bovinos e bubalinos entre 0 e 24 meses”, enfatiza.

O secretário acrescenta que a vacinação contra a Febre Aftosa é de grande importância para a proteção do rebanho mineiro, e recomenda a observância das instruções do IMA. Na hora de vacinar o animal, o produtor deve tomar cuidados básicos e importantes, tais como: reunir o gado nos horários mais frescos do dia, transportar a vacina em caixa térmica com três partes de gelo para uma de vacina mantendo a temperatura entre 2 graus e 8 graus centígrados.

O local da aplicação correta é na tábua do pescoço do animal, preferencialmente por via subcutânea, tendo o cuidado de manter a seringa na posição inclinada, quase em pé, com a agulha apontando para baixo. O produtor que possuir animais de alto valor econômico deverá solicitar o acompanhamento de veterinário autônomo no manejo da vacinação.
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Fonte:
Sec. Agricultura de MG

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