Custos da pecuária de corte sobem no 1º semestre

Publicado em 22/08/2013 11:17

A alta dos preços dos animais de reposição, da suplementação mineral, da mão de obra e de outros itens elevou os custos da pecuária de corte em 4,52% no acumulado do primeiro semestre de 2013, superando as variações registradas em todo o ano passado. Apesar de o período entre janeiro e junho de 2013 ter sido de redução da oferta de animais para reposição e abate, fenômeno que elevou o preço da arroba, a receita da atividade pecuária não cresceu de forma suficiente para compensar os custos de produção.

A análise está na mais recente edição do boletim “Ativos da Pecuária de Corte”, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). O estudo tem como base os mercados de dez estados: Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

O levantamento da CNA/Cepea mostra que, na média do Brasil, o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 4,50% e o Custo Operacional Total (COT), 4,52%, no primeiro semestre de 2013. Entre janeiro e junho de 2012, esses custos haviam subido 2,28% e 2,94%, respectivamente. No acumulado de 2012, a variação positiva do COE foi de 2,85% e do COT, de 4,36%.

Os preços do boi gordo subiram 2,81% no período acumulado até junho deste ano, segundo o Indicador Esalq/BM&FBovespa, referência para as negociações envolvendo animais vivos. De acordo com o boletim, apesar de a variação da receita ser inferior ao aumento dos custos, a situação da pecuária é mais favorável em 2013 do que a verificada em 2012, quando a cotação do boi gordo acumulava queda de 8,8%.

Com base neste cenário, os pecuaristas têm calculado o número de animais que serão confinados até o final do período de entressafra, quando o tempo frio compromete a qualidade das pastagens, obrigando os pecuaristas a buscarem outro sistema de engorda para seus rebanhos. Para a CNA/Cepea, o momento é de cautela, porque, além dos fatores macroeconômicos que têm se mostrado mais preocupantes, há também dúvidas sobre os preços dos insumos, que podem ter alta significativa em função do dólar. 

Clique aqui e confira o boletim na íntegra 

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CNA

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