Brasil assume desafio de ampliar mercados para carne premium

Publicado em 30/03/2015 17:01

Líder mundial nas exportações, país já domina mercado de “carne-ingrediente” e tem como meta avançar no segmento gourmet

São Paulo, 30 de março de 2015 - As últimas três décadas foram transformadoras para a indústria de exportação de carne bovina brasileira. No período, o país abandonou o perfil de importador para assumir a liderança no ranking de exportadores do produto no mundo. Somente em 2014, foram exportadas mais de 1,5 milhão de toneladas de carne resultando em um faturamento recorde de US$ 7,2 bilhões.

Apesar do ritmo acelerado de crescimento, a indústria da carne bovina segue em busca constante para ampliar mercados e oportunidades. Segundo pesquisa encomendada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e realizada pela consultoria TopBrands, para entender qual era a percepção de mercado sobre o produto nacional, foi constatado que o próximo desafio para o setor é a ascensão na hierarquia da carne bovina no mundo.

O levantamento, realizado junto a associados, formadores de opinião e compradores internacionais, apontou que o produto brasileiro é amplamente reconhecido pela capacidade de produção, flexibilidade em tipos de cortes e preço acessível e já ocupa espaço importante no mercado.

O estudo ajudou a identificar “categorias” de carne, em função de sua utilização final pelo mercado consumidor e as dividiu em três: carne-ingrediente, carne culinária e carne gourmet.

Carnes-ingredientes são produtos basicamente com um papel coadjuvante na refeição, tais como picados, recheios, moídos, molhos e embutidos. O segmento de carne culinária é composto de cortes de bifes finos, fatiados, roast beefs emeat loafs, utilizados no dia a dia por donas de causa e restaurantes. Já a carne gourmet é aquela considerada o centro das atenções na refeição, seja em steak houses ou em churrascarias. São bifes altos, tenros, marmorizados.

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As entrevistas realizadas durante o estudo de branding demonstram que o Brasil ainda é visto como um fornecedor de carnes ingrediente, mas ainda precisa avançar na percepção de carnes culinária e gourmet.

“Hoje, estamos no meio do caminho entre o mercado de ingredientes e de culinária e temos um desafio importante de manter este trabalho de difusão da confiabilidade e qualidade da carne brasileira para o consumidor internacional”, explica o presidente da ABIEC, Antônio Jorge Camardelli.

Para ampliar o reconhecimento da marca brasileira, A ABIEC tem feito um trabalho incansável no sentido de demonstrar que o gado brasileiro tem sanidade, saudabilidade e rastreabilidade comprovadas. “Nós já conquistamos um espaço importante nos negócios de carne bovina mundial, mas estamos atentos para a possibilidade de atingir mercados mais exigentes e, consequentemente, com preços mais altos. Por isso estamos desenvolvendo uma estratégia focada no marketing com a finalidade de mudar essa percepção e desenvolver a imagem do Brasil como produtor de uma carne de excelência”, afirma Camardelli.

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Imagem – a partir do diagnóstico e da possibilidade de ampliar a penetração nesse tipo de mercado, a ABIEC – em parceria com a Apex-Brasil, por meio do projeto setorial Brazilian Beef - já vem desenvolvendo uma série de ações com o objetivo principal de mudar a percepção da imagem da carne brasileira. Os principais mercados identificados como alvo para essa demanda são a Europa, países da Ásia - com foco na China e do Oriente Médio - como os Emirados Árabes.

“O que pretendemos é uma mudança na percepção que compradores e consumidores estrangeiros têm da carne brasileira. Quando se fala em uma carne de qualidade, uma carne premium ou gourmet,  pensam na Argentina, na Austrália ou no Uruguai. O que queremos é que passem a pensar no Brasil. Temos todas as condições e competitividade para atender esse mercado. Quando associamos o Brasil à imagem da carne gourmet, automaticamente transferimos valor agregado também às outras categorias, que representam o maior volume de comércio”, explica Fernando Sampaio, diretor-executivo da ABIEC.

Uma das ações já realizadas neste sentido aconteceu durante a SIAL, uma das maiores feiras de alimentos do mundo, realizada em outubro passado, em Paris. Em parceria com a Associação Brasileira de Angus, a ABIEC promoveu oBrazilian Angus Beef Day, que levou ao público do evento a experiência do consumo da carne Angus brasileira. Vale destacar também que outra estratégia adotada pela ABIEC é entregar a carne premium, com selo do programa Brazilian Beef na embalagem, diretamente para o varejo, em supermercados e restaurantes da Europa, Ásia e Oriente Médio.


Brand Equity desejado da carne brasileira:

 

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Fonte:
Abiec

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