China suspende a habilitação de quatro plantas frigoríficas australianas

Publicado em 11/05/2020 15:39
Os fechamentos vêm após troca de acusações entre os governos australiano e chinês acerca da crise do COVID-19

De acordo com as informações divulgadas pela a Consultoria Agrifatto, a Administração Geral da Alfândega da China suspendeu nesta segunda-feira a habilitação de quatro plantas frigoríficas australianas. O volume exportado de carne bovina para a China subiu 41% em março na comparação mensal, tornando a Austrália o 4º principal fornecedor chinês com 11% de marketshare.

Dentre as plantas que foram suspensas pela a potência asiática estão as unidades 170 e 235 da JBS, a unidade 239 da NCMC e a unidade 640 da KILCOY. “Os fechamentos vêm após troca de acusações entre os governos australiano e chinês acerca da crise do COVID-19, em que a Austrália solicitou investigações profundas sobre a origem do surto em Wuhan e da atuação do governo central da China”, ressaltou a consultoria.

Ainda segunda a Agrifatto, a China está sob suspeita da comunidade internacional de ter ocultado informações sobre a transmissão e patogenicidade do vírus, e usa a Austrália como exemplo de como poderá retaliar ações que apontem o dedo para sua atuação ao longo do surto.

As plantas bloqueadas estão entre as maiores habilitadas para exportar, a China enfrenta uma inflação de alimentos persistente que, apesar de ter desacelerado em março para 18,3%, está nos maiores patamares históricos já registrados em função a peste suína africana ter dizimado metade do rebanho suíno no país.

Tags:

Por: Andressa Silva Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Paixão e Reposição: O Retrato da Pecuária no Norte e Nordeste, Segundo Pesquisa da Comitiva HN AGRO
Exportações de carne bovina disparam em novembro, com alta de 39,6% no volume e salto de 57,9% no faturamento
Scot Consultoria: Estabilidade em São Paulo
Indústrias testam preços menores para a arroba, enquanto pecuaristas seguram vendas à espera de preços melhores
Pecuária sustentável: tecnologia brasileira promete até 7 cabeças/ha sem desmatamento
Alta do dianteiro reduz competitividade da carne bovina frente ao frango e à suína