China suspende importações de mais 3 frigoríficos do Brasil, diz ministério

Publicado em 29/06/2020 20:45
Já são 4 frigorificos suspensos pela China: Além do Marfrig, em Várzea Grande (MT) e a Minuano, em Lajeado (RS), também a Agra, em Rondonópolis (MT), e a unidade de abate de frango da JBS, em Passo Fundo (RS).

SÃO PAULO (Reuters) - A China suspendeu importações de três unidades processadoras de carne do Brasil, informou o Ministério da Agricultura (Mapa) nesta segunda-feira, citando preocupações de Pequim de conter novo surto da epidemia de Covid-19.

O ministério não informou quais fábricas tiveram habilitações de exportação suspensa.

Em comunicado, o ministério acrescentou que o órgão chinês responsável pela área (GACC) "solicitou recentemente informações sobre alguns estabelecimentos brasileiros que exportam para a China e que tiveram notícias divulgadas na imprensa do Brasil sobre casos da Covid-19 entre seus trabalhadores".

"Não nos foram apresentados formalmente os motivos das suspensões", disse o ministério.

Segundo uma fonte a par do assunto, unidade operada pela Marfrig na cidade de Várzea Grande (MT) é uma das suspensas.

Além disso, segundo informações no site do Mapa, uma unidade de frangos da JBS, em Passo Fundo (RS), foi suspensa pela China na última sexta-feira e outra da Minuano, em Lajeado, também está impedida temporariamente de exportar aos chineses.

Um representante da Minuano não pôde ser contatado para comentários. JBS e Marfrig, dono da National Beef, negaram-se a comentar.

"O Mapa está buscando junto à GACC as razões da suspensão dos três estabelecimentos, e, ao mesmo tempo, iniciou negociações para que as suspensões possam ser levantadas, visando à retomada por parte dessas empresas das exportações para a China", afirmou o Mapa em comunicado.

O texto foi enviado em resposta a questionamentos da Reuters sobre notícias na mídia sobre suspensão de exportações à China de fábrica da Marfrig em Várzea Grande (MT).

O ministério também afirmou que "suspendeu voluntariamente" a exportação para China de um estabelecimento que teve suas atividades paralisadas em função de decisão judicial ligada aos procedimentos de prevenção da Covid-19 entre seus trabalhadores. Na semana passada, a China identificou o frigorífico como sendo da exportadora Agra Agroindustrial de Alimentos.

Os principais frigoríficos brasileiros, JBS, Marfrig e Minerva assinaram declarações pedidas por autoridades chinesas dizendo que suas exportações estão livres do coronavírus, disseram fontes das empresas familiarizadas com o assunto na semana passada.

Já a BRF, maior exportadora de frango no mundo e fornecedora também de carne suína, disse à Reuters na semana passada que assinou a declaração pedida pela China "assegurando a qualidade e segurança de seus produtos".

A assinatura foi feita apesar de não haver evidências de que a Covid-19 seja transmitida por alimentos ou suas embalagens, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras autoridades de saúde.

 Jornal Valor antecipou que suspensões atingiram a Marfrig (MT) e Minuano (RS)

De acordo com publicação do Valor Econômico nesta segunda-feira (29), a Administração Geral de Alfandêgas da China (GACC, na sigla em inglês) atualizou a lista de frigoríficos autorizados a exportar para o país, oficializando a suspensão temporária de mais dois abatedouros brasileiros. A unidade da Marfrig, em Várzea Grande, no Mato Grosso, e a Minuano, em Lajeado, no Rio Grande do Sul, estão temporariamente impedidas de exportar seus produtos para o país asiático.

Em comum, os frigoríficos brasileiros suspensos tiveram casos de covid-19 entre os funcionários.

Com isso, já são quatro frigoríficos brasileiros suspensos de exportar para a China, já que na semana passada, o abatedouro de bovinos Agra, em Rondonópolis (MT), e a unidade de abate de frango da JBS, em Passo Fundo (RS), tiveram a habilitação chinesa suspensa.

A decisão de suspender os abatedouros, que vem ocorrendo como uma medida preventiva do próprio Ministério da Agricultura do Brasil, ocorre em meio aos esforços chineses para evitar uma segunda onda de contaminação de covid-19 no país.

Embora não existam evidências de que os alimentos transmitam o vírus, as autoridades chinesas pediram os países que exportam carne para seu mercado suspendam empresas com casos da doença entre funcionários, como o Valor já informou.

Notícias Agrícolas entrou em contato com as assessorias de imprensa da Marfrig e da Minuano Alimentos, e ambas disseram que as empresas não irão se pronunciar sobre o assunto no momento. 

Na última terça-feira (23), a Marfrig e outras empresas do ramo assinaram declarações pedidas por autoridades chinesas dizendo que suas exportações estão livres do coronavírus

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Fonte:
Reuters/Notícias Agrícolas

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