Rússia impõe restrições à exportação de carne bovina brasileira após doença da vaca louca

Publicado em 17/09/2021 10:54 e atualizado em 17/09/2021 11:42

O serviço de inspeção da Rússia (Rosselkhoznadzor) determinou que a carne bovina importada dos estados de Minas Gerais e Mato Grosso, no Brasil, só pode ser originada de animais abatidos com até 30 meses ou menos. Essa determinação ocorre após a confirmação de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (“doença da vaca louca”). 

De acordo com as informações do Valor Econômico desta sexta-feira (17), a carne bovina para ser embarcada vai precisar de uma certificação veterinária comprovando a idade do animal abatido e que essas restrições também valem para os animais importados vivos. 

A Rússia adotou essas medidas após a suspensão dos embarques anteriormente pela Arábia Saudita com foco em cinco frigoríficos localizados no estado de Minas Gerais. Outros países como a Indonésia, Irã e Egito também decidiram suspender os embarques de carne bovina nesta semana. 

Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a Rússia não é um importador relevante como é o caso da China. “O que acaba impactando o mercado é a falta de informações concretas. Os orgãos oficiais precisam se manifestar sobre as restrições dos embarques para Rússia, Indonésia, Egito e Irã”, comentou.

O Notícias Agrícolas procurou o Ministério da Agricultura brasileiro para obter mais informações sobre as restrições à compra de carne bovina, mas até o momento não tivemos uma resposta. 

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Paixão e Reposição: O Retrato da Pecuária no Norte e Nordeste, Segundo Pesquisa da Comitiva HN AGRO
Exportações de carne bovina disparam em novembro, com alta de 39,6% no volume e salto de 57,9% no faturamento
Scot Consultoria: Estabilidade em São Paulo
Indústrias testam preços menores para a arroba, enquanto pecuaristas seguram vendas à espera de preços melhores
Pecuária sustentável: tecnologia brasileira promete até 7 cabeças/ha sem desmatamento
Alta do dianteiro reduz competitividade da carne bovina frente ao frango e à suína