Boi: ‘Quintal mato-grossense´ oferta matérias-primas

Publicado em 12/04/2010 11:30

O sistema de confinamento reduz o ciclo do boi, aumenta a produção de arrobas por hectare/ano e, sobretudo, amplia lucros. Utilizado na época da seca, o sistema de produção de boi confinado envolve benefícios diretos e indiretos, garante qualidade a custo baixo, alta produtividade, padronização da carcaça, com qualidade e em escala, e precisão dos custos de produção da bovinocultura de corte.

Segundo o sócio-proprietário e consultor Agropecuário da Nutrideal, Thales Borges Fagundes, a pecuária nos últimos cinco anos sofreu com um “desestímulo” em decorrência da baixa remuneração que a atividade oferecia. “O desestímulo pelo segmento fez com que boa parte dos produtores deixasse a atividade, passando a investir em outros segmentos”, pontuou.

Com experiência de mais de 10 anos no desenvolvimento de suplementos minerais de alto desempenho e rações produzidas através de grãos, como milho e soja, típicos da região mato-grossense, Thales destaca como principais pontos favoráveis ao confinamento, em Mato Grosso, a aptidão do Estado na produção de grãos e subprodutos da agricultura, o que viabiliza a produção de gado através do sistema de confinamento e semi-confinamento.

Além da redução do tempo, a criação em confinamento possibilita uma melhor utilização do espaço, permitindo a integração lavoura/pecuária. Segundo pesquisa, em Mato Grosso, mais de 50% dos confinadores trabalham também com lavoura de milho, soja e algodão.

A realidade é que o produtor buscou um meio de tornar a pecuária viável e, aos poucos, aliou a tecnologia do confinamento com as vantagens naturais do Estado. Para exemplificar, de 2005 para 2006, o crescimento foi de 50% na quantidade de animais confinados. De 2006 para 2007, saltou para 144%. Aliado a isso, a necessidade da população mundial de consumir proteínas fortalece o mercado da carne e obriga o pecuarista a investir em tecnologia, certificar a origem do gado e formar boas parcerias comerciais.

De acordo com Thales Fagundes, o pecuarista que sobreviveu à crise dos últimos cinco anos e conseguiu investir em tecnologia, começa agora a colher os frutos do seu empreendedorismo, especialmente no momento de baixa oferta de animais para abate.


 

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Fonte:
Diário de Cuiabá

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