Vacinação contra a febre aftosa está mantida no PR
O Governo do Estado fez um concurso para a contratação de funcionários em 2006. Cerca de 130 técnicos atenderam ao chamamento e estão trabalhando. Neste mês deve ser feita uma terceira chamada. ""Não acredito que vamos atingir o número suficiente"", disse o secretário estadual de Agricultura, Erikson Camargo Chandoha, que também é presidente do Conesa. Ele afirmou que uma solução alternativa seria fazer um novo concurso público, o que não é possível com o período eleitoral. Seria necessária a contratação de 68 veterinários, 297 técnicos agrícolas e 110 funcionários administrativos.
Ele acredita que um dos motivos que pode estar desmotivando os candidatos é o salário incompatível hoje em R$ 1.300 para técnicos e R$ 3 mil para veterinários. O estado vizinho de Santa Catarina paga R$ 1.700 para técnicos e R$ 4,5 mil para veterinários. Segundo ele, a estrutura de pessoal foi o que mais pesou na decisão do Conesa.
Além disso, ele destacou que será necessário estruturar algumas barreiras sanitárias. O objetivo é ativar dois postos de vigilância sanitária na fronteira com a Argentina e outros dois na divisa com São Paulo, além de reforçar os 31 já existentes.
Em maio, foram vacinados animais com até 24 meses. Agora, a vacina será estendida para todo o rebanho do Estado. O custo para o produtor por animal varia de R$ 1,10 a R$ 1,20.
Chandoha acredita que o reconhecimento do Paraná pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como área livre da aftosa sem vacinação pode acontecer em 2011. O Estado entregou ao Ministério uma solicitação para suspender a vacinação no primeiro trimestre deste ano.
Apenas Santa Catarina é reconhecida pelo Ministério como área livre da doença sem vacinação. O Paraná não registra aftosa há cinco anos. Em 2005, o Estado sacrificou 6.781 cabeças de gado por causa do vírus da aftosa.
O presidente do Fundepec e representante da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ronei Volpi, disse que a decisão do Conesa foi coerente. Para ele, ""o maior gargalo é a estrutura de recursos humanos da Seab"". Com isso, a previsão é que atrase em cerca de um ano o reconhecimento do Estado como área livre sem vacinação. ""Não podemos correr o risco de não ter estrutura de vigilância bem firme e ficar sem a vacina. O objetivo continua e cabe a todo o agronegócio perseguir a meta"", destacou.