Gado de reposição acumula valorização

Publicado em 27/08/2010 07:34 e atualizado em 27/08/2010 08:58
Apesar da instabilidade da cadeia pecuária nos últimos meses, o mercado do boi gordo continua sustentado pela manutenção dos preços pagos aos pecuaristas este ano, ao mesmo tempo em que o gado de reposição (bezerros) sofreu nova valorização. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com o aquecimento do mercado de gado de reposição, foi registrada no acumulado deste ano uma valorização de 7,85%, ou seja, R$ 43,67 por cabeça, no preço pago pelo bezerro de desmama pesando 5,5 arrobas.

Considerando esta valorização, o bezerro (animal vivo) foi comercializado no mês de julho a R$ 599,67 a cabeça. No acumulado de janeiro a julho de 2010, a arroba do boi gordo registrou alta de 10,59%, sendo comercializada no mês passado a R$ 73,54/arroba, no pagamento à vista.

Na avaliação do Imea, a evolução dos preços do bezerro de desmama demonstra o “reaquecimento da cadeia de gado de corte”, juntamente com a arroba do boi gordo no Estado de Mato Grosso, nos últimos seis meses.

Diferente da maioria das relações de troca da arroba do boi gordo com os insumos em julho, a relação entre a arroba com o mineral Calfon, frasco com 200 ml, teve uma alta de 0,68 arroba/frasco de junho para julho. No mês passado, se comprou 5,95 frascos do mineral com a venda de uma arroba de boi gordo. No ano, foi a segunda pior relação de troca, perdendo apenas para o mês de fevereiro, quando a relação estava em 5,91 arrobas por frasco. Esta queda verificada na relação em julho é explicada pela valorização ocorrida no preço do produto de R$ 1,43/arroba no mesmo período, uma vez que a o preço da arroba do boi gordo obteve incremento de R$ 1,05/arroba de um mês para o outro.

Futuro - Nesta semana o contrato para vencimento em outubro continuou sua tendência de alta, fechando o pregão do último dia 20 cotado a R$ 91,40/arroba. A média móvel dos 10 dias desse contrato depois de certa estabilidade nos meses de abril a julho – época em que a média se manteve na casa dos R$ 85,00/@ –, iniciou uma tendência de alta.

“Esta tendência de alta da média está intimamente ligada às variações ocorridas no preço da arroba do boi gordo no mercado físico que desde maio anda na mesma tendência. Por outro lado, a média móvel dos 100 registrou ligeira desvalorização neste mês”, explica o Imea.

Uma breve análise da média dos últimos dias do preço à vista do boi gordo e da escala de abate mato-grossense mostra uma oscilação nos preços desde o início do ano, quando registrou R$ 66,42/arroba, tendo seu ápice em R$ 75,97/arroba na metade do mês de agosto. Pode-se observar nos últimos movimentos que os frigoríficos estão operando entre quatro e cinco dias de média.

O mais importante, segundo os analistas, é constatar que este movimento de queda das escalas de abate é constante e vem desde o início de maio, quando atingiu a escala de 5 a 7 dias. Desde então houve pequenos altos e baixos, mas há uma tendência clara de queda. “A prova maior de que há dificuldades na aquisição de bovinos está na recuperação do preço da arroba, que segue aumentando sem uma reação efetiva no aumento das escalas”.

Exportações - O mercado da carne demonstra um acréscimo nas exportações, registrando sua terceira alta seguida nos volumes embarcados. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, as vendas para o exterior, em julho, acumularam 24,25 mil de toneladas, registrando um aumento de 0,57 mil toneladas se comparado ao mês de junho, evolução de 2,4%. Quando comparado com julho de 2009, o incremento é de 53,8%.

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Fonte:
Diário de Cuiabá

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