RS: Produtores somam perdas com avanço da raiva bovina

Publicado em 09/09/2010 07:31
Em Santa Cruz do Sul, os recentes casos de raiva bovina vêm mobilizando líderes e comunidades, especialmente nas localidades de divisa com Passo do Sobrado, município onde há mais casos confirmados da doença. Em Cerro Alegre Baixo, os produtores começam a calcular os prejuízos. Conforme o presidente da associação de moradores, Edi Lopes, levantamentos iniciais apontam mais de R$ 20 mil em perdas.

Nos últimos dias, Lopes tem visitado criadores da região e relata a aflição nas propriedades. “As pessoas estão preocupadas, porque ainda há muita desinformação.” Destaca também que muitos animais morrem sem que haja confirmação da doença. “A situação gera pânico, principalmente pela possibilidade de contágio em seres humanos”, relata.

Para esclarecer as dúvidas dos moradores sobre o assunto, o líder comunitário chama a população para participar da reunião sobre a raiva em herbívoros amanhã, às 14 horas, no Salão Winckelmann, em Cerro Alegre. A promoção é da Inspetoria Veterinária e Zootécnica e deve abordar questões como responsabilidades institucionais, atual situação e ações de controle e prevenção.

Até o momento, exames laboratoriais atestam três mortes de bovinos por causa da raiva em Santa Cruz. No entanto, a doença pode estar relacionada a outras mortes. Na propriedade de Irineu Arnoldo Schuck, de 59 anos, em Capão da Cruz, não há nenhuma confirmação da moléstia, mas recentemente uma vaca morreu com sintomas suspeitos. Outro animal também está doente e permanece separado do restante do rebanho. O prejuízo já é de R$ 2,5 mil. “A produção de leite também ficou comprometida”, lamenta.

Segundo Schuck, os dois animais afetados são financiados e ainda nem foram pagos. O pecuarista se diz preocupado, principalmente porque próximo da sua propriedade existe uma cascata onde pode haver o morcego transmissor. Para prevenir mais problemas, o restante do gado já foi vacinado. “Vou aplicar a segunda dose em outubro.”

IMPORTANTE

Conforme o veterinário da inspetoria de Santa Cruz, Hermann Bruchmann, os produtores precisam estar atentos à vacinação de bovinos e equídeos com idade superior a 3 meses (com aplicação da segunda dose após 30 dias e revacinação anual). Outro alerta é para que os proprietários não manipulem animais suspeitos de raiva.

Além disso, as pessoas devem auxiliar na diminuição dos morcegos hematófagos, repassando à inspetoria veterinária informações sobre refúgios. Os principais esconderijos dos morcegos são fendas de rochas, furnas, cavernas, ocos de árvores, buracos no chão e casas abandonadas.

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Fonte:
Gazeta do Sul

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