Febre aftosa: Seca no norte de Goiás atrasa vacinação
A estiagem de quase cinco meses este ano deixou o gado fraco e magro. Por isso, muitos pecuaristas do norte do estado ainda não vacinaram o rebanho contra a febre aftosa.
“É um gado que está totalmente desnutrido. Se for lidar com os animais dentro de um curral e colocar num tronco para a vacina, eles vão cair, não vão levantar e vão machucar. O estresse do curral vai fazer com que tenha prejuízo”, justificou o criador Antônio Carlos Almeida.
A imunização do gado deve ser concluída até 30 de novembro. Segundo o seu Antônio Carlos, o ideal mesmo seria a Agrodefesa prorrogar o prazo. “Se o órgão conceder um período mais longo para a gente continuar com a campanha, normalmente, a gente vai deixar mais para o final. Agora, tem o período de chuva e o gado vai se nutrir com o novo capim que está nascendo”, completou.
O norte goiano tem um dos maiores rebanhos do estado. São quase 2,5 milhões de animais nos 24 municípios da região. O produtor que deixar de imunizar o gado pode ser multado e ainda ter a propriedade interditada.
O pecuarista Luiz Henrique do Nascimento já começou a imunizar o rebanho da Fazenda São Sebastião em Porangatu. O produtor tratou bem do gado durante a seca. Os animais estão fortes e preparados para receber a vacina contra a febre aftosa.
“As chuvas que chegaram já estão propiciando a saída mais de pastagem. Com isso, eles começam a restabelecer o estado corpóreo. Nós observamos nos pastos os animais que sentiram menos a estiagem. Assim, a gente faz a seleção para começar por eles”, explicou Nascimento.
Se não houver prorrogação, a campanha contra a aftosa em Goiás termina no fim do mês.