Incidência do Percevejo mexe com mercado bovino

Publicado em 27/12/2010 07:34
Pecuaristas do norte do MS estão vendendo tudo e aumenta muito abate de fêmeas naquela região.

Os problemas nas pastagens na região Norte do MS e parte do Pantanal, provocados pela incidência vigorosa do Percevejo Castanho, já estão causando reflexos preocupantes no processo de comercialização de gado. Há uma superoferta de bovinos no mercado na região Norte. Temendo prejuízos mais sérios, os pecuaristas que enfrentam o problema com essa praga estão optando por esvaziar seus pastos, ofertando inclusive fêmeas e bezerros aos frigoríficos. Algumas áreas, além da incidência do Percevejo Castanho, também sofrem com a falta de chuvas, o que vem a causar ainda maiores danos às pastagens, comprometendo a alimentação do gado.

Na unidade do Frigorífico Margem, instalada em São Gabriel do Oeste, as fêmeas estariam representando mais de 90% dos abates de algumas semanas para cá, segundo informou o presidente do sindicato rural de Pedro Gomes, José Roberto Scalabrini. Isso representa preocupação não apenas momentânea, mas futura, uma vez que o abate excessivo de vacas poderá representar dificuldades de reposição no futuro, comprometendo o rebanho na região.O presidente do sindicato rural de Coxim, José Cláudio Pozzobom confirmou na última quarta-feira que aumentou significativamente a oferta de gado magro, gado gordo e fêmeas na região. “Aqui está faltando chuva e o pasto, em algumas áreas bem prejudicado pelo registro dessa praga, está cada vez mais raro para alimentar o gado. Por isso a corrida pela venda dos animais”, justificou.

Incidência da praga
Técnicos da Famasul, a Embrapa e a Agraer estão envolvidos nos estudos visando detalhar qual afinal é a incidência do Percevejo Castanho no Estado, especialmente na região Norte e em áreas do Pantanal.

Na quarta-feira passada, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel confirmou que equipes de técnicos e pesquisadores ja estiveram na região fazendo levantamentos e conversando com os fazendeiros sobre o problema.

Riedel considera um problema bem difícil pela complexidade em se combater essa praga, uma vez que é dificil apurar onde, afinal, ela está e onde ela não está instalada. Mas vê o problema como um fator grave, que pode prejudicar muito a pecuária estadual.

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Fonte:
Correio do Estado

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