Febre aftosa avança na Coreia do Sul
Mercados de gado bovino foram fechados no país e o movimento de animais foi limitado para conter a doença, que causa grandes perdas econômicas. O país também enfrenta um surto de influenza aviária.
A febre aftosa causa preocupação entre os importadores da Coreia, que comprou 222,9 mil toneladas de carne bovina entre janeiro e novembro de 2010 de países como Austrália e EUA e 160,1 mil toneladas de carne suína de exportadores como EUA, Chile e Canadá.
Para garantir a oferta, o governo sul-coreano acaba de habilitar 32 plantas de abate de suínos na Alemanha, mas ainda não deu seu aval à carne suína produzida em Santa Catarina.
Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), lamenta que Santa Catarina ainda não tenha sido liberada para exportar o produto ao mercado sul-coreano num momento em que há demanda. "Infelizmente o processo [negociação de acordo sanitário com os coreanos] está paralisado desde novembro, aguardando o ministério responder a um questionamento da autoridade sanitária da Coreia", disse o dirigente.
Há cerca de 60 dias, o governo coreano questionou o Brasil sobre a entrada de carne bovina gaúcha em Santa Catarina, o que não é permitido já que o Estado é livre de aftosa sem vacinação e o Rio Grande do Sul, livre com vacinação.
"De fato, está demorando a resposta. Mas vamos aproveitar uma viagem à China, no dia 26, para levar em mãos um documento aos coreanos", afirmou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim. "Tivemos que levantar um mundo de documentos que eles pediram, informações técnicas, dados e números. Mas, na semana que vem, já teremos algo definitivo para levar à Coreia".
O secretário vai à China e ao Japão para resolver questões bilaterais. Na China, tratará da habilitação de novos frigoríficos exportadores brasileiros, sobretudo de frango e bovinos. Na próxima semana, na Alemanha, também terá reunião com o russo Sergei Dankvert para tratar de questões sanitárias.