Vigilância sanitária para além da aftosa
Segundo ele, um dos pedidos do setor é a criação do órgão de Defesa Agropecuária, responsável por controlar todas as questões que envolvem a sanidade do setor. ''Temos que ter muita responsabilidade nessa área, pois medidas fortes de controle sanitário valorizam nosso produto'', afirma Koslovski.
E a responsabilidade da nova administração é grande se for observado que as exportações do agronegócio do Estado crescem ano a ano. Dados da Ocepar dão conta de que em 2009, somente as cooperativas foram responsáveis por movimentar US$ 1,450 bilhão. Em 2010, a exportação cresceu e a expectativa da organização é ter fechado o período com um volume de exportação de US$ 1,7 bilhão.
O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Gustavo Andrade e Lopes, afirma que o momento pede a criação desse órgão de vigilância sanitária para trabalhar especificamente em prol do setor. Quanto à transformação do Paraná em área livre de aftosa, Lopes observa que os pecuaristas sempre estiveram ao lado do governo, respeitando as campanhas de vacinação, executando-as da melhor forma possível e que assim deverá continuar.
Ele considera muito responsáveis até o momento as atitudes do governo no sentido de tornar o Estado área livre da doença sem vacinação. ''Tudo tem sido feito com muito cuidado, dialogando com outros estados'', afirma.
Na opinião de Ágide Meneguette, a criação da Agência de Defesa Sanitária, também é prioridade para o setor. ''Vai garantir a qualidade sanitária de nossos produtos pecuários e agrícolas e abrir novas perspectivas de mercado'', reitera.
A sanidade plena é requisito básico, para o representante da Seab, Norberto Ortigara. ''É a base para sermos mais competitivos'', afirma. Para isso, confirma a criação da Agência de Defesa Agropecuária. Segundo ele, o projeto já está pronto e só falta tramitar pelo governo e seguir para a Assembleia. Atualmente, acrescenta Ortigara, o setor tem muitas deficiências, principalmente no quesito pessoal.
''Vamos recompor as equipes das barreiras sanitárias e adequar a capacidade física dos locais'', adiantou. O secretário reforça, por exemplo, que voltará a pleitear ao Ministério da Agricultura o status de área livre de febre aftosa quando essa medidas de adequações forem tomadas. ''Vamos gastar o ano para isso''.