EUA investem US$ 5 mi na eficiência alimentar do seu rebanho bovino

Publicado em 27/04/2011 07:29
O Instituto Nacional de Alimentos e Agricultura (NIFA), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), vai conceder um subsídio de US$ 5 milhões dentro da Iniciativa de Pesquisa em Agricultura e Alimentos a um grupo multidisciplinar de pesquisadores de oito instituições para desenvolver nova tecnologia baseada no DNA bovino para prever o mérito genético da eficiência alimentar.

"Atualmente, não temos ferramentas altamente efetivas para melhorar a eficiência alimentar, o que pode levar a um aumento nas emissões de gases de efeito estufa e demanda por mais terras para produzir alimentos", disse o pesquisador de genética animal da Faculdade de Agricultura, Alimentos e Recursos Naturais da Universidade de Missouri, Jerry Taylor. "Historicamente, a única forma que temos de melhorar a eficiência do crescimento do gado seria seletivamente criar os animais que cresciam mais rápido. Embora essa opção reduza o tempo que demora para trazer o animal ao mercado, isso não lida com uma questão fundamental que é melhorar a eficiência de conversão de nutrientes da dieta em carne".

Nesse estudo, dados fenotípicos serão coletados de 8.000 animais representando oito raças, incluindo Angus, Red Angus, Simental, Gelbvieh, Charolês, Heregord, Limousin e Wagyu. Os pesquisadores avaliarão ingestão, desempenho e características da carcaça. Além disso, coletarão amostras de DNA para mapeamento genético. Depois que os dados forem compilados, a meta da equipe é gerar ferramentas e conhecimento que permita uma seleção genética para eficiência alimentar.

Entretanto, um dos maiores desafios da pesquisa de eficiência alimentar é a necessidade de coletar e mediar a ingestão individual de alimentos pelos animais, disse o professor assistente do Departamento de Ciência Animal da Universidade de Illinois, Dan Shike. Os animais são alimentados em currais e é difícil determinar a ingestão individual que é necessária para calcular a eficiência.

"Para completar esse estudo, precisamos de informação de milhares de animais para ter uma amostra representativa de fenótipos com a qual trabalhar", disse Shike, dizendo que a Universidade pode obter os dados de ingestão individual de alimento pelos animais dentro do curral. A Universidade de Illinois tem um dos maiores centros de pesquisa de carne bovina do país e poderá coletar dados de mais de 3.200 cabeças de Simental, Angus, Red Angus e Charolês.

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Fonte: DCI

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