Preço do boi gordo apresenta queda nas principais regiões do Brasil

Publicado em 19/05/2011 09:17
Principal motivo é a maior oferta de animais nesse pico de safra.
O preço da arroba do boi gordo vem apresentando queda nas últimas semanas e já está abaixo de R$ 100 nas principais regiões produtoras do Brasil. O principal motivo é a maior oferta de animais nesse pico de safra. Segundo analistas, as cotações devem voltar a subir a partir do início de julho.

Edimur Pedroso é pecuarista há 30 anos. Ele é proprietário de um frigorífico onde são abatidas, em média, 200 cabeças de gado por dia. 20% são do rebanho próprio. O restante ele compra de outros produtores, e tem pago mais barato. Segundo ele, nos últimos 10 dias, o valor da arroba caiu de F$ 101 para R$ 96.

– Pela época, pelo mês que nós estamos, é um preço razoável, bom – comenta.

Uma das explicações para essa baixa é que o período é de safra e a oferta está maior. Além disso, o clima está mais frio em algumas regiões produtoras e os animais tendem a perder peso. O pecuarista, então, procura vender o gado antes que isso aconteça.

Segundo a analista de mercado Renata Fernandes, o preço pago pelo dono do frigorífico está dentro da média do mercado. Ela garante que, por enquanto, o pecuarista consegue manter a rentabilidade, mesmo com a queda.

 No Estado de São Paulo, as cotações têm variado entre R$ 96 e R$ 98 por arroba. Em Mato Grosso, o preço varia entre R$ 88 e R$ 92. Em Goiás, R$ 88 a R$ 90. Em Mato Grosso do Sul, o preço tem variado entre R$ 91 e R$ 93 por arroba. Esses valores são maiores do que os praticados no mesmo período do ano passado.

A expectativa é de que a arroba volte a subir a partir de julho, quando a oferta de boi a pasto deve ser menor. Mas o especialista César Alves, da MB Agro, não acredita que a cotação chegue a R$ 120, como ocorreu no ano passado. Segundo ele, a conta para o produtor confinar o gado ainda não fecha por enquanto, mas a expectativa para os próximos meses é positiva. A Assocon, entidade que reúne os confinadores, projeta uma alta de 31% no volume de animais confinados neste ano.

– Os insumos estão mais caros e muita gente não tem condições de fazer compras estratégicas que viabilizem esse confinamento hoje, mas existe uma expectativa geral da parte de muitos pecuaristas de que o futuro será melhor, ou seja, de que o preço futuro em outubro vai estar mais alto que hoje, o que faz essa conta ficar melhor – ressalta Alves.

O pecuarista Edimur já tomou providências. Das cerca de seis mil cabeças que possui, separou mil e já mandou confinar.

– A gente confina para ter uma reserva futuramente, se a gente, se os preços subirem muito ou o pecuarista quiser muito a gente abate o da gente.

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Fonte:
Canal Rural

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